quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Sartori: o Governador dos Enganados




Por Al Reiffer, no Blog 'Arte do Fim'*

Se você votou no Sartori, desculpa: mas ou você tinha más intenções ou foi enganado. José Ivo Sartori e seu  partido, PMDB ( e seus aliados, PP, PSDB, Dem, PTB, até o PDT, entre outros), venceram as eleições para governador do RS não por seus projetos, mas por sua campanha de marketing. Projetos, Sartori não mostrou praticamente nenhum. Tudo era vago, frouxo, contraditório. Já a propaganda era digna das grandes empresas, das multinacionais, ou seja: imagem, engodo, enganação, venda de gato por lebre. O povo gaúcho, em geral, mesmo muita gente que se julga inteligente, foi enganado.

Agora o RS vive seu pior momento. Inúmeras entidades classificam o governo Sartori já como o pior de todos os tempos. A crise se originou com Sartori? Claro que não. Mas seu governo não só não soube lidar com ela e aprofundou-a ainda mais, numa incompetência sem par, como jogou a responsabilidade de toda crise nos serviços públicos, seus funcionários, e por fim, na população gaúcha, que é quem pagará o pato, naturalmente.

Sartori não governa para o povo, e isto está claro. Governa para a classe empresarial, para o agronegócio, para o desenvolvimento econômico, deixando em quinto plano o desenvolvimento humano e social.  Sartori não quer bons e justos serviços para a população. Quer fazer caixa. Tem a visão do empresário, ou da maior parte dos empresários: acumular lucros. A maioria absoluta das empresas, digam o quiserem, está se lixando para seus recursos humanos, para sua clientela, para o meio-ambiente, enfim. O que ela quer é dinheiro, é lucro. É claro que, algumas vezes, as empresas se dão conta que lucrarão muito mais se conquistarem o cliente, se realizarem projetos ditos "sócio-ambientais" e se derem uma pequenina participação nos lucros, ou premiaçõesinhas, presentinhos, aos seus funcionários. Mas não fazem nem por bondade nem por ética. Fazem com a intenção de ter uma ótima imagem perante a sociedade. E assim, lucrar mais.

Por que as pessoas votam em grandes empresários para governar? No Congresso Nacional, por exemplo, dos 513 deputados, 169 são empresários. E outros tantos, do agronegócio. Na Assembleia gaúcha, o índice é ainda maior. No entanto, apenas 3% da população brasileira é da classe empresarial. Por que esse fato? Talvez porque, segundo estatísticas, é necessário em torno de 6 milhões de reais para se eleger um deputado. Só os grandes empresários têm esse dinheiro. Quem não tem, acaba por pedir doações de campanha às grandes empresas. E aí se fica com o rabo preso. Então, o poder legislativo no Brasil não representa o povo. Representa os capitalistas. E ponto final.

Sartori representa claramente esses mesmos interesses. E conta com a classe empresarial na Assembleia para ter seus projetos aprovados.  E seus projetos são todos de penalização dos serviços públicos, do funcionalismo, de retrocesso dos avanços sociais. Mas quase nada fazem contra a pior das corrupções, que rouba bilhões todos os anos dos cofres públicos no Brasil: a sonegação. Ou seja: Sartori não toca em seus parceiros. Aqueles que futuramente irão comprar as empresas do governo a serem privatizadas e que irão investir na terceirização dos serviços.

Mesmo que o estado viva um déficit de pessoal em áreas vitais como Educação, Saúde e Segurança, Sartori não só não quer investir nessas áreas, mas, pelo contrário, quer desinvestir. A aprovação do PLC/206 é a prova: Sartori quer o sucateamento dos serviços públicos. Ora, o estado não existe para fazer caixa.  Existe para oferecer serviços dignos aos cidadãos, que pagam seus impostos para isso. As nações mais socialmente justas investem tudo o que têm em serviços públicos de qualidade e sabem que o resultado virá com o tempo. Todos sabem disso por aqui também. Mas na hora de votar, são facilmente ludibriados pelo poder econômico, pela imagem. Brasileiro, em geral, tem dificuldade em ir além da imagem.

Enquanto tivermos Sartori e sua turma no governo, poderemos colocar na entrada do RS os dizeres do portal do Inferno de Dante: "Deixai toda esperança, vós que entrais."

*Al Reiffer é professor (Santiago/RS) e editor do Blog 'Arte do Fim', fonte desta postagem. 

http://artedofim.blogspot.com.br/
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*Nota do Editor do Blog 'O Boqueirão Online': Al Reiffer foi preciso, correto e certeiro em sua avaliação do des-governo Sartori. Acertou, como se diz, 'na mosca'

Eu só acrescentaria o papel nocivo realizado pela 'grande mídia' - ou PiG - Partido da Imprensa Golpista (aqui no RS a RBS, principalmente) e seus satélites retransmissores  ideológicos reacionários regionais/municipais (Santiago tem vários, escritos, falados, blogs, 'portais'  etc...) que, não só ajudaram a elegê-lo (como antes já fizeram com Britto, Rigotto e Yeda), como agora tentam, em vão, 'blindá-lo', com a desculpa 'da crise'... Sem sucesso, é claro, eis que - finalmente! -  'o rei está nú'. (por Júlio Garcia)

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Confira como os deputados votaram em projetos polêmicos aprovados na Assembleia Leg. do RS


Servidores protestaram contra aprovação da Lei de Responsabilidade Estadual|Foto: Marcelo Bertani/AL
Servidores protestaram contra aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual|Foto: Marcelo Bertani/AL
Uma longa e tumultuada sessão extraordinária encerrada na madrugada de terça-feira (29) resultou na aprovação da maioria dos projetos do governo José Ivo Sartori (PMDB).

A estratégia da gestão peemedebista de votar rapidamente e sem muito debate as propostas do Ajuste Fiscal gaúcho funcionou, já que boa parte das matérias foi encaminhada na última quarta-feira (23), depois que já havia iniciado o recesso, necessitando a convocação extraordinária pelo Executivo.

CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Sul21)

domingo, 27 de dezembro de 2015

Deputado Jeferson Fernandes critica entrevista de secretário de Segurança: “Patética”


Foto: Filipe Castilhos/Sul21
Jeferson Fernandes em imagem de arquivo | 
Foto: Filipe Castilhos/Sul21
Sul21 - da Redação - O deputado estadual Jeferson Fernandes (PT) criticou duramente em seu Twitter a entrevista concedida pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Wantuir Jacini, ao jornal Zero Hora deste domingo. Na entrevista, entre outras coisas, Jacini sugere que as guardas municipais deveriam ter poder de polícia.
Neste domingo, Fernandes fez uma série de tuítes criticando as falas de Jacini. “Patética a entrevista do secretário de segurança do RS. Não vê que a política do Sartori desagregou todos servidores da área”, escreveu Fernandes. O deputado também salientou que os policiais foram prejudicados pelas medidas de ajuste fiscal do governado do Estado. “Com a sequência de ataques às conquistas desses servidores, milhares pediram aposentadoria e quem ficou está desanimado. Desarticulou tudo”.
3) C/ sequência d ataques às conquistas desses servidores, milhares pediram aposentadoria e quem ficou está desanimado. Desarticulou tudo.


O deputado também criticou as falas de Jacini em relação ao sistema prisional. “Um tema que o secretário insiste em tangenciar é o da superlotação de penitenciárias. Omite que é dalí q se articulam as facções. (…) Paradoxalmente, afirma o gestor de segurança que há impunidade por causa da frouxidão das leis. Ignora que nunca tivemos tanta gente presa. (…) Não faz uma observação sequer sobre o perfil de quem está sendo preso, quais crimes cometeram e qual o resultado disso tudo. Secam gelo”, concluiu Fernandes.
http://www.sul21.com.br/

sábado, 26 de dezembro de 2015

CANOAS/RS: VICE-PREFEITA DEIXA O PP E CONCORRERÁ À SUCESSÃO DE JAIRO JORGE (PT)

Vice-prefeita Beth Colombo com o prefeito Jairo Jorge


Canoas/RS - A atual vice-prefeita de Canoas, Beth Colombo, ex-PP (Partido Progressista), encaminhou carta ao Diretório Municipal do PT informando que deverá filiar-se a um partido da base de apoio do Governo Federal e que esteja em oposição ao governo Sartori. Colocou seu nome à disposição para suceder o prefeito Jairo Jorge (PT) e dar continuidade ao projeto vitorioso ora em curso. Também reafirmou sua solidariedade ao Partido dos Trabalhadores e à Presidenta Dilma, em defesa do mandato popular, da ordem constitucional, da Democracia e do Estado Democrático de Direito. 

Segundo o Jornal Diário de Canoas, o prefeito Jairo Jorge e a direção municipal do PT (que, por maioria absoluta, aprovou o nome da atual vice-prefeita para concorrer ao Executivo nas eleições de 2016 pela coligação que dirige o município há 7 anos) reuniram-se com Beth Colombo para informar-lhe da posição adotada pela agremiação partidária: "É uma decisão inédita não termos candidatura própria {em Canoas}, mas entendemos que era preciso essa inovação. E a Beth encarna a continuidade deste projeto, desse governo", disse o prefeito Jairo Jorge, que destacou a lealdade da vice. "Administramos juntos 2.536 dias, sem qualquer desentendimento. Ela sempre foi uma vice leal, parceira, é uma gestora experiente", destacou.

Ainda por confirmar, especula-se que o futuro partido da atual vice-prefeita de Canoas seja o PRB. O Deputado Estadual Nelsinho Metalúrgico (PT) retirou sua pré-candidatura. O prefeito reuniu também o Conselho Político (formado pelos 17 partidos da base governista), cuja maioria referendou a decisão, com exceção do PTB e  PMDB, que deverão deixar o governo e lançar candidatura própria. O PDT ficou de avaliar a nova situação e dar um posição em breve se vai  também apoiar a candidatura de Beth Colombo e aliados (BOM) - e continuar no governo. 

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Vai pra Cuba, Jesus Cristo!

jesus

É raro encontrar pesquisador histórico que discorde de que Jesus existiu, mesmo à falta de consenso sobre a precisão dos Evangelhos. Em um ponto, porém, a maioria dos cientistas históricos concorda: Jesus foi um pregador judeu que, por suas ideias sobre igualdade, foi considerado ameaça pelas elites e pelo Império Romano, e condenado a uma execução lancinante para servir de exemplo a outros revolucionários.
Os acadêmicos construíram vários perfis do Jesus histórico que geralmente o retratam em um ou mais dos seguintes papéis: o líder de um movimento apocalíptico, o Messias, um curandeiro carismático, um sábio e filósofo, um reformista igualitário.
O reformismo pregado por Jesus, suas pregações, levaram os poderosos de dois milênios atrás a se preocuparem com uma revolução que pretendesse distribuir riquezas de forma igualitária entre os povos.
Tomemos como exemplo a parábola sobre o jovem rico, episódio da vida de Jesus que trata da vida eterna e que pode ser encontrado nos três evangelhos sinópticos: Mateus 19:16-30, Marcos 10:17-31 e Lucas 18:18-30.
Nesse episódio, Jesus prega sobre “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas, pois mais fácil é passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (Lucas 18:24-25).
E Jesus expulsando os vendilhões do Templo? Eis um dos eventos do ministério de Jesus, narrado nos quatro evangelhos canônicos do Novo Testamento, que não deixa dúvidas sobre a ideologia política do “filho de Deus”.
Nesse episódio, Jesus e seus discípulos viajam a Jerusalém para a Pessach (a Páscoa judaica) e, uma vez lá, Ele expulsa os cambistas do Templo de Jerusalém (o Templo de Herodes ou “Segundo Templo”), acusando-os de tornar o local sagrado numa cova de atividades comerciais.
A narrativa ocorre perto do final dos evangelhos sinóticos (em Marcos 11:15-19; Mateus 21:12-17 e Lucas 19:45-48) e perto do início do Evangelho de João (em João 2:13-16).
Esse é um relato evangélico sobre Jesus utilizando a força física; sim, Jesus promovia uma revolução socialista, o que o levou a uma morte horrível, imposta por uma elite que queria deixar bem claro que ideias sobre igualdade entre os homens não seriam toleradas.
Pregar contra os ricos?
Pregar distribuição de renda?
Pregar igualdade?
Muitas vezes foi feita essa analogia, mas vale revivê-la porque ganha um significado todo especial neste país em um momento no qual ideias como as de Jesus Cristo são tratadas pelos impérios de comunicação e por grupos político-ideológicos quase que como perversões.
Imaginemos, pois, Jesus Cristo caminhando pela avenida Paulista, com um megafone à mão, pedindo distribuição de renda, igualdade, fraternidade, solidariedade. Não é difícil imaginar quanto tempo demoraria até que uma súcia de fanáticos de ultradireita se aglomerasse em torno Dele e berrasse a principal palavra de ordem do fascismo contemporâneo tupiniquim: “Vai pra Cuba, petralha!”
É Natal. Em vez de se atirar nos ritos pagãos que ironicamente usurparam a comemoração do nascimento do maior socialista da história, molde seu pensamento ao de Jesus Cristo.
Extremistas de direita e ratos de igreja, deixem de ser hipócritas. Ao combater ideias de igualdade entre os homens enquanto aproveitam a celebração máxima do cristianismo para se deliciarem com bugigangas e iguarias que o dinheiro pode comprar, sejam cristãos de verdade. Defendam as ideias socialistas pelas quais Jesus Cristo deu a vida.
*
PS: Feliz Natal a todos e a todas que prestigiaram este Blog em 2015 (por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania)
http://www.blogdacidadania.com.br/

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

A fúria dos que saíram do armário

Essa direita troglodita ataca à traição. E sabe que figuras públicas não costumam reagir, para não alimentar a sede mesquinha dos escrevedores de intrigas.

Reprodução

Por Eric Nepomuceno, na Carta Maior*

O que mais impressiona – e preocupa – na agressão verbal que um grupo de garotões cuja profissão principal é ser filho de pai rico lançou contra Chico Buarque na noite da segunda-feira, 21 de dezembro? Três coisas. Primeiro, a extrema fúria dessa direita desgarrada que acaba de sair do armário embutido. Segundo, a facilidade com que repetem o que dizem os grandes meios de comunicação. E terceiro, a incapacidade para qualquer gesto minimamente civilizado.

Chico saía de um jantar com amigos quando, ao buscar um táxi, passou a ser chamado de ‘petista’. Ouviu a repetição de clichês idiotas repetidos à exaustão pelos meios de incomunicação e pelos deformadores de opinião. A um dos garotões ele respondeu com humor. Dizia o valentão que defender o PT quando se mora em Paris é fácil. ‘Você mora em Paris?’, perguntou Chico. E o rapaz respondeu: “Não, quem mora em Paris é você!’. Chico, então, perguntou: ‘Você andou lendo a Veja?’. A ironia continua sendo uma válvula de escape. Mas para ter ironia é preciso inteligência, artigo definitivamente raro na praça.


Não foi a primeira nem a décima agressão verbal que ele e seus amigos ouvem, todas relacionadas ao PT, a Lula e a Dilma. O mais recomendável é, sempre, fazer ouvidos moucos. Mas também essa regra tem suas exceções. O episódio de segunda-feira foi inevitável: Chico estava no meio da rua, é pessoa pública, reconhecível a milhas marítimas de distância.

Mais grave é saber que não foi a primeira nem a decima ocasião, e também não terá sido a última. O país está polarizado como poucas vezes esteve nos últimos 50 ou 60 anos. O grau de agressividade, de furiosa intransigência dessa direita recém-saída de um imenso armário – certamente embutido – é o que mais chama a atenção. E preocupa. Muito. Dizer na cara de alguém ‘Você é um merda’ pode ter consequências sérias. Chico sabia e sabe que qualquer reação à altura não faria outra coisa que atiçar ainda mais a fúria dessa direita desembestada, fartamente alimentada pela grande imprensa. Até nisso a direita recém assumida em sua verdadeira essência é covarde. Até quando?

O país se acostumou às tristes cenas de violência entre torcidas organizadas no futebol. Elas pelo menos têm a decência de se uniformizar, ou seja, é fácil identificar o adversário à distância.

Essa direita troglodita, não. Ataca à traição. E sabe que figuras públicas como as que foram atacadas à sorrelfa não costumam reagir, para não alimentar a sede mesquinha dos escrevedores de intrigas.

Há poucos registros, que eu me lembre, de alguém que tenha saído do armário com tanta sede de ação. Cuidado com eles: tantas ganas reprimidas, quando subitamente liberadas, desconhecem limites.


*Eric Nepomuceno é jornalista e escritor, estava com Chico no episódio relatado - 

Fonte: http://www.cartamaior.com.br/

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Mexeu com Chico, mexeu comigo!



Chico, governo e terceira catilinária


Por Juremir Machado da Silva*
Até quando, ó eleitor despolitizado, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há de zombar de nós essa tua postura? A que extremos se há de precipitar a tua ignorância sem freio? Até quando, ó eleitor desinteressado, insistirás que política não te interessa e deixarás aos outros a missão de cuidar do teu destino? Até quando, ó eleitor incauto, votarás em que não conheces, pegando um santinho no chão antes de entrar no prédio da tua seção? Até quando, ó eleitor irresponsável, reelegerás corruptos e repetirás dando de ombros, “esse rouba, mas faz”? Até quando, ó eleitor interesseiro, tomarás por candidato quem te oferece uma prenda?
A que extremos, ó eleitor alienado, fingirás que não é contigo e dirás que te lixas para política, que teu negócio é outro, que política é coisa chata, que todo político é corrupto mesmo, que até gostarias de ver o retorno dos milicos, que tanto faz como tanto fez se governa este ou aquele? Até quando, ó eleitor venal, te venderás por um prato de lentilha e, uma semana depois do pleito, não lembrarás mais em quem votaste?
Por quanto tempo ainda há de zombar de nós essa tua estupidez, essa tua falta de cultura política, essa tua incapacidade de compreender o que se passa a tua volta, essa tua burrice mesmo quando podes exibir diplomas, dinheiro e viagens?
Até quando, ó eleitor inculto, votarás em celebridades por achá-las lindas, bacanas, por serem o que são, famosas, por terem sido teus ídolos em outros campos e outros tempos? Até quando, ó eleitor patético, confundirás emoção e razão, idolatria e capacidade administrativa, talento na mídia e competência política? Até quando, ó eleitor cínico, elegerás os que te roubam, os que nos roubam, os que se locupletam, os que te desprezam, os que te ignoram, os que te usam e só te procuram a cada quatro anos para te comprar ou enganar novamente? Até quando, ó eleitor bobinho, farás papel de vaquinha de presépio e ajudarás a manter em pé o sistema que criticas nas tuas conversas de bar? Até quando abusarás da nossa paciência com a tua falta de paciência para saber em que votas e negar o teu voto a quem jamais te representará por só representar a si mesmo? Até quando?
A que extremos nos precipitará a tua ignorância sem freio? Elegerás presidente da República um Jair Bolsonaro? Encherás o Congresso Nacional de Tiriricas? Continuarás a ajudar a encher os parlamentos de ladrões e de oportunistas? O que mais, ó eleitor descomprometido, ainda aprontarás? Até quando, ó eleitor volúvel, te deixarás conduzir pelo cabresto?
Até quando a tua preguiça te afundará e atolará a nação?
Até quando, ó eleitor que se acha esperto, acreditarás que o teu voto, um votinho só, não muda coisa alguma e que, portanto, podes dormir com a tua consciência tranquila?
Até quando, ó eleitor manipulado, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há de zombar de nós essa tua sandice? A que extremos há de nos precipitar a tua alienação sem freio? Até quando, ó eleitor vacilão, vais abraçar a víbora que cobra para te picar?
*
Até quando, governo petista, abusarás da paciência dos teus eleitores com tuas guinadas neoliberais que enlouquecem o senador Paulo Paim? Vais realizar com o desenvolvimentista Nelson  Barbosa no Ministério da Fazenda a reforma do sonhos dos patrões que o neoliberal Joaquim Levy não conseguiu? Vais acabar com a CLT fazendo valer o negociado sobre o legislado? Vais muda a Previdência contrariando todos os teus discursos e promessas?
A que extremos nos precipitarão os teus estelionatos sem freio?
Até quando, governo, darás de Natal aos teus eleitores esses presentes gregos?
*
Até quando, lacerdinhas e coxinhas, vocês abusarão da nossa paciência com atitudes fascistas como os insultos a Chico Buarque por sua defesa da legalidade e da Constituição?
Até quando vocês simplificarão a realidade com essa indigência intelectual do “vai morar em Paris”? Ricos, mimados, direita Miami, playboys, todos dos camarotes falando em crianças com fome contra um artista que, famoso e bem-sucedido, jamais deixou de denunciar  a ganância da elite brasileira? Até quando, sonegadores de impostos, infratores de trânsito, eleitores de uma direita que se locupleta há séculos, vocês reduzirão tudo à ideologia do mais forte?
A que extremos levará a radicalização da luta de classes imposta pelo desespero sem freios diante de esquálidas políticas sociais de um partido cada vez mais atolado nas suas alianças e disposto a entregar os braços para se manter no poder? Até quando, direita, vais criticar a pretensa esquerda por estar executando, cada vez mais, o teu programa neoliberal?
Chico Buarque, todo mundo sabe, é um gênio da música e um homem de princípios, de convicções, de boas causas e de coragem? Até quando, lacerdinhas e coxinhas, a inveja e o ressentimento de classe farão com que vocês ofendam o melhor em defesa do pior?
*Fonte: Correio do Povo 
http://www.correiodopovo.com.br/

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Mobilização popular freou o golpe do 'mordomo' Temer


Lula Marques/ Agência PT

Novos apoios se uniram à lista de combatentes contra o complô para derrubar Dilma, entre eles os dos cantores Chico Buarque e Gilberto Gil, além da CNBB

Por Darío Pignotti, de Brasília*Uma frente social para impedir o golpe do “mordomo” Michel Temer. A semana que passou será recordada como aquela na que Dilma Rousseff reafirmou sua força como presidenta da República e nomeou um novo ministro da Fazenda desenvolvimentista, Nelson Barbosa, fortalecida pelo respaldo de uma coalizão entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e os movimentos populares, que frustrou, pelo menos por enquanto, o plano destituinte para instalar o vice Michel Temer na presidência.

Nos últimos dias, houve uma mudança no cenário político do Planalto. Dilma, aconselhada por Luiz Inácio Lula da Silva, dedicou menos tempo às reuniões com tecnocratas especialistas em calcular o superavit fiscal para priorizar as reuniões com os jovens da União Nacional de Estudantes, dirigentes da Frente Brasil Popular e o religioso franciscano Leonardo Boff.

Novos apoios se uniram à lista de combatentes contra o complô para derrubar Dilma, entre eles os dos cantores Chico Buarque e Gilberto Gil, além da CNBB, cujas posições tomaram um giro progressista depois da eleição do papa Francisco.

A semana teve seu momento mais movimentado a partir da quarta-feira, dia em que a CUT, o MST e o PT reuniram cerca de 210 mil pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e outras capitais por onde marcharam e gritaram o coro que dizia “não vai ter golpe”, e consignas contra Joaquim Levy, o então ministro de Fazenda, e Eduardo Cunha, o presidente da Câmara dos Deputados e cúmplice de Michel Temer, o vice-presidente que ganhou o apelido de “mordomo de filme de terror”.

Nos atos desta última quarta-feira, os defensores da democracia triplicaram os números das marchas do anterior domingo, que pediam o “Fora Dilma” e a “Intervenção das Forças Armadas”.

Semelhante presença de manifestantes fortaleceu o campo democrático, e ao mesmo tempo mostrou um certo desgaste das classes médias opositoras, além de desnudar as limitações da dirigência conservadora. Assim como os diagnósticos errados dos chefes do complô, que achavam que Dilma estava entregue à própria sorte, e se equivocaram.

Apressados, os dirigentes da Fiesp e do PSDB, liderados pelo ex-mandatário Fernando Henrique Cardoso, imaginaram que iriam impor o impeachment e consagrar a Michel Temer como presidente de “unidade nacional”, um novo integrante da nova onda conservadora governante na América do Sul.

Temer é um político hábil para as intrigas dentro do Palácio, mas carece de liderança e apoio popular. Na última vez em que foi candidato a deputado, em 2006, ele foi o 54º mais votado entre os 70 eleitos pelo Estado de São Paulo.

Uma pesquisa publicada ontem pelo instituto DataFolha revela que 68% dos entrevistados consideram Temer um dirigente regular ou péssimo, e 58% acham que um governo do atual vice seria igual ou pior que o de Dilma, governo que apresentou leve melhora em sua popularidade.

Segundo a pesquisa, “a população brasileira não vê com bons olhos” uma administração de Temer, que chegou a elaborar um programa de governo, que foi apresentado aos banqueiros e aos empresários, com promessas de ajuste severo e privatizações.


Fim do “austericídio”?

Outra mudança importante no cenário político e econômico do país foi a queda do ministro da Fazenda Joaquim Levy, um neoliberal com experiência no FMI, substituído por seu adversário no gabinete, o desenvolvimentista Nelson Barbosa, que era ministro do Planejamento até então. 

Barbosa vinha sendo um dos inimigos do “austericídio” defendido por Levy Joaquim dentro do governo, e após ser nomeado prometeu uma política que dê importância às obras de infraestrutura e à dinamização do crédito, mas sem romper com a disciplina fiscal. 
“É uma pessoa com experiência na administração pública, sabe atuar com responsabilidade e que tem a sensibilidade, e capacidade de gerar empregos”, disse o diretor do Instituto Lula, Paulo Okamotto. (...)
CLIQUE AQUI para continuar lendo (via Carta Maior)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

sábado, 19 de dezembro de 2015

RÉQUIEM PARA O AMIGO JORNALISTA WOLMER JARDIM


Wolmer Jardim  

CRÍTICA & AUTOCRÍTICA - nº 105

*Somente no dia de hoje, mais de um ano após o ocorrido, fiquei sabendo do falecimento do amigo jornalista e blogueiro Wolmer Jardim, ocorrido em 22 de agosto do ano passado, em Porto Alegre. 

*Conheci Wolmer Jardim no início de 1991, em Santiago. Ele era natural de Uruguaiana, mas residia há muito tempo em Porto Alegre. Dali nasceu uma amizade, fortalecida por afinidades jornalísticas, mas também políticas e ideológicas - e pelo entendimento de que Santiago e Região careciam de um veículo jornalístico impresso, diferenciado, moderno, democrático  e independente - fato esse que resultou numa interessante parceria cujo resultado foi o lançamento do saudoso jornal quinzenário 'Tribuna de Santiago', que marcou época pela qualidade, coragem no enfrentamento aos 'poderosos',  somado a independência editorial que norteou aquele empreendimento. Foram  52 edições (pouco mais de 3 anos circulando), mas que fizeram a diferença, contribuindo também significativamente na politização do povo e na vitória da oposição ao PP (então PDS) santiaguense nas eleições municipais de 1992.  

*A Tribuna de Santiago, que teve direção minha e do Wolmer, em que pese o papel importante realizado ao fazer o 'contraponto' aos veículos impressos  e rádios 'chapa branca' alinhados com o PP local, foi, de certa forma, incompreendida por aqueles setores que não rezavam a política do conservadorismo e que poderiam ter colaborado mais com a continuidade do jornal; além disso, o jornal - devido a sua linha editorial independente e crítica, em que pese ter sido sempre 'plural' - foi fortemente boicotado pelas 'elites' empresariais/latifundiárias e seus aliados políticos reacionários, o que nos levou, em sinal de protesto e cansados de 'malhar em ferro frio',   a acabar desistindo do projeto. 

*Considero hoje que foi um erro político termos adotado essa decisão radical de fechar o jornal mas, naquele momento, achamos que não restava outra alternativa... Para quem acompanha minimamente o 'papel' e a 'qualidade' (?!!) da mídia terrunha, hoje, há de convir comigo: a 'Tribuna de Santiago' continua fazendo falta  ... e como! (Para quem quiser conhecer e/ou mesmo realizar pesquisas, as edições completas do jornal Tribuna de Santiago foram doadas por este Editor ao Museu Pedro Palmeiro, de Santiago/RS, e encontram-se à disposição dos interessados).

*Eu tinha estranhado que o blog do Wolmer, o 'Ponto Livre', estava bastante desatualizado e, nos últimos dias, inclusive sem possibilidade de acesso (devido a 'problemas técnicos', pensei). Os últimos e-mails que tínhamos trocado foram em meados do ano passado, já no início da campanha eleitoral. Após, tentei contato com ele por e-mail, não tive retorno. Este ano novamente tentei contatá-lo, não tive sucesso. Hoje, ainda sem conseguir localizá-lo, e desconfiando que algo estranho pudesse ter ocorrido, resolvi fazer uma busca na internet colocando seu nome no Google e, para surpresa minha, fiquei sabendo do seu passamento. 

*Foi uma trágica surpresa. Fiquei, claro, chocado e triste.  A última vez que tínhamos conversado pessoalmente foi por ocasião da visita que ele me fez quando eu trabalhava na Casa Civil, no Governo Tarso Genro, em 2012. Ficamos de dar continuidade ao papo na outra semana, degustando uma Coruja Extra-Viva em algum restaurante do Mercado Público de Porto Alegre, uma das nossas paixões comuns. Por motivos de trabalho acabamos adiando a conversa... e o tempo foi passando... Wolmer Jardim ficou me devendo essa...

*Uma grande perda, não só de um grande jornalista, mas também de um amigo, parceiro, lutador e grande pai de família. 

Abaixo, transcrevo a notícia do seu falecimento, postada no site http://wp.clicrbs.com.br/:

"Morreu, na madrugada de sexta-feira, na Capital, o jornalista Wolmer Jardim, aos 68 anos, de problemas cardíacos.

Jardim atuava no jornalismo desde a década de 1970 – começou em Santana do Livramento, na combativa A Plateia. Na Capital, fez parte das redações de Zero Hora e do Jornal do Comércio e, no Interior, do Diário Popular, de Pelotas, O Semanário de Bento Gonçalves, {Tribuna de Santiago, Maria Fumaça}, Gazeta de Alegrete, Correio Serrano de Ijui, entre outros. Recentemente, assinava coluna em jornais interioranos, editava o mensário Mensageiro Rural, mantinha uma rádio na internet e o blog pontolivre.org

Nascido em Uruguaiana, levava a Fronteira Oeste dentro de si para onde ia. Reconhecido na região pela capacidade de polemizar, ganhou fama, entre os colegas, pela facilidade com que produzia humor a partir de qualquer situação. Era um fronteiriço clássico, dividido entre os valores do campo e a inconformidade com a resignação da região em relação à falta de crescimento econômico e de iniciativas inovadoras

Casado desde 1974 com Eni, teve três filhas, Jerusa, Juliana e Jeovana. Gremista fanático, quando nascia uma de suas filhas, divulgava no jornal que vinha ao mundo “a mais nova gremista.

Jardim deixa, também, os netos, Eduardo 
e Gabriela, e os genros, Rafael, Thiago e Lorenzo." - (O falecimento ocorreu em 22/08/2014)
...

-Nossos mais sinceros sentimentos aos amigos e familiares do saudoso amigo e companheiro Wolmer Jardim. (por Júlio Garcia, especial para 'O Boqueirão Online')

Michael Fox: a direita golpista brasileira financiada por grupos econômicos dos EUA



Por Conceição Oliveira, no Blog Maria Frô*
Quando nas primeiras movimentações dos golpistas nas ruas, em março de 2015, vários blogueiros denunciaram o financiamento da direita fascista brasileira foram tratados como adeptos da teoria da conspiração.
Agora, um jornalista estadunidense, especialista em política latino americana, diz com todas as letras que o Tea Party estadunidense financia agremiações de extrema-direita como os Revoltados Online, Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre.
No vídeo abaixo, uma tradução do original “Koch Brothers’ Funds Backs Anti-Dilma Protests in Brazil”, produzido pela organização e agência de notícias independente The Real News, o jornalista Michael Fox, um dos autores do livro Transições turbulentas da América Latina- O futuro do Socialismo no século XXI é o entrevistado. (...)
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ADVOCACIA - Escritório com novo endereço em Santiago/RS



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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

O impeachment naufraga - STF DERROTA RITO IMPOSTO POR EDUARDO CUNHA À CÂMARA; SENADO DECIDIRÁ E RENAN DIZ QUE NÃO HÁ INDÍCIO DE CRIME DE RESPONSABILIDADE


festa
Onde anda o Aécio?
Da Redação*
O Supremo Tribunal Federal anulou o rito de impeachment imposto à Câmara pelo presidente Eduardo Cunha.
O peemedebista deu andamento ao processo para se vingar do Partido dos Trabalhadores, depois que o PT se negou a dar a Cunha os três votos que poderiam livrá-lo de processo de cassação no Conselho de Ética.
Cunha decidiu, com apoio da oposição, que a escolha da comissão seria feita em votação secreta e com a possibilidade de disputa de mais de uma chapa. Com isso, conseguiu eleger uma comissão majoritariamente formada por oposicionistas.
Eles festejaram no plenário da Câmara com bonecos infláveis do ex-presidente Lula..
Na sessão de hoje do STF, a maioria dos ministros decidiu que o Senado terá um papel preponderante no processo de impeachment. A maioria também rejeitou a formação de chapas para disputar a comissão. O STF também decidiu, por 6 a 5, que no voto deve ser em aberto.
Se a nova comissão do impeachment da Câmara decidir, por maioria de dois terços, abrir o processo contra a presidente Dilma, caberá ao Senado tomar as principais decisões. Por maioria simples, aceitará ou não a abertura do processo. Por maioria de dois terços, decidirá pelo afastamento definitivo de Dilma.
Renan Calheiros, presidente do Senado, é visto como aliado do governo dentro do PMDB. Ele também está sob investigação na Operação Lava Jato. Renan disse hoje a uma comissão liderada por Leonardo Boff (ver vídeo acima) que não há qualquer indício de crime de responsabilidade da presidente Dilma.
Também citado por um delator, o vice-presidente Michel Temer faz campanha em benefício próprio para assumir o Planalto — é aliado de Eduardo Cunha e tem negociado a transição com líderes do PSDB.
A Procuradoria Geral da República pediu ao STF o afastamento de Cunha do mandato e da presidência da Câmara, alegando que ele está usando seu poder para obstruir investigações. A decisão do STF sobre Cunha ficou para fevereiro.
Assim, é possível que Eduardo Cunha, ainda no exercício da função, instale a comissão do impeachment obedecendo às novas regras definidas pelo STF.
Segundo fontes da Procuradoria Geral da República mencionadas pela mídia, já existem indícios suficientes para pedir a prisão de Cunha, mas enquanto ele tiver mandato isso só acontecerá se houver flagrante.
Portanto, não está completamente afastada a possibilidade do presidente da Câmara ser preso enquanto instala a comissão do impeachment! (...)
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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Denúncia: "O que não é contado nas rádios e jornais pela Gestão PP: SANTIAGO ESTÁ INFESTADA com larvas do Mosquito da Dengue. MAIS, DEMISSÕES em massa no Hospital de Caridade"



A vereadora Iara Castiel (PT/Santiago) denuncia: "A cidade está vivenciando em relação a Dengue e todas as outras doenças que o mosquito Aedes Aegypti, pode causar, inclusive o ZICA VÍRUS? Os Senhores Vereadores estão cientes de que SANTIAGO ESTÁ infestada com larvas do mosquito da Dengue? Sabem que estamos a um passo de uma Epidemia no nosso Município? Não devem saber, como eu não sabia até começar a investigar sobre isso. Mas por que ninguém sabia? Por que a Administração, que é conhecedora e consciente da alarmante possibilidade de Epidemia em Santiago, NÃO ESTÁ TOMANDO AS DEVIDAS ATITUDES PREVENTIVAS. Depois, quando estoura, fica por conta do infortúnio. É inadmissível que em Santiago, cidade com mais de 50 mil habitantes, com nem sei quantas casas, terrenos, oficinas, piscinas...TENHA APENAS 5 Agentes de Endemias Concursados para prevenir possíveis contaminações no Município." (...) 

CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Blog da vereadora Iara).

domingo, 13 de dezembro de 2015

PDT, PT, PSOL, PCdoB e Rede: Legalidade do mandato de Dilma une partidos em Porto Alegre


Diversas autoridades e políticos dos partidos PDT, PT, PSOL, PCdoB e Rede, participaram nesta sexta-feira do lançamento de uma “nova campanha da legalidade” contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff ao lado do busto do ex-governador Leonel Brizola, ao lado do Palácio Piratini, em Porto Alegre. Em 1961, Brizola liderou, a partir do Rio Grande Sul, a Campanha da Legalidade para lutar pela defesa da posse de João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros.
O ato teve início com o pedetista e prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, lendo um documento de adesão ao “Movimento Rede da Legalidade”. “A democracia é maior que tudo e este pensamento nos permite separar, nesse momento, divergências ideológicas, programáticas, visões sobre a economia e projetos políticos para o País. É com esse discernimento que afirmamos que não há embasamento legal para o pedido de impeachment da presidente Dilma”, diz o documento, que também traz palavras de Brizola proferidas durante a Campanha da Legalidade.
Após esta leitura, Carlos Lupi, presidente nacional do PDT e ex-ministro do Trabalho dos governos Lula e Dilma, fez uma defesa veemente da legalidade e da necessidade de se defender o mandato da presidenta. “O momento que vive o País é muito grave, de ameaça à soberania constitucional”, disse.
Citando Brizola, Lupi afirmou que o processo de impeachment é um golpe de direita movido por “interéssesimpublicáveis” e disse que não era nenhum exagero compará-lo ao golpe militar de 1964. “Em 1964, começou com alguns civis apoiando o golpe. O governador da Guanabara, Carlos Lacerda, e o governador de Minas Gerais, José de Magalhães Pinto, defenderam porque achavam que iam ser presidentes em seis meses. O que era para durar seis meses durou 21 anos”, disse.
Na condição de presidente do PDT, afirmou que o partido “não se curvará ao golpe” e não fugirá do enfrentamento em nome da democracia. “Os nossos filhos, netos e bisnetos não aceitarão a nossa covardia”, disse Lupi.
Na mesma linha, o ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (RS), salientou que, por trás do processo de impeachment da presidente Dilma, estão as mesmas forças conservadoras que tentaram interromper a ordem democrática nos anos 1950 e 1960. “(O impeachment) É um instrumento de uma luta antirepublicana que sempre existiu no Brasil. Fizeram isso contra o Juscelino, fizeram isso contra o Jango, contra o Getúlio, contra o Brizola”, disse Tarso. “Não precisa mais de golpe militar, inclusive não há disponibilidade hoje das Forças Armadas para golpe militar, então eles utilizam essa força do capital financeiro, que submete a Constituição, que constrange a sociedade, que chantageia com equilíbrio macroeconômico, criando distorções na ordem republicana para se apropriar do Estado novamente. Então, é uma diferença qualitativa. Agora, o sentido estratégico é o mesmo, perverter o processo democrático, reduzir a influência dos movimentos sociais na definição de políticas públicas, manter as desigualdades sociais que nós vivemos”, complementou.
Defesa da legalidade
Apesar de suas disputas políticas com o PT em Porto Alegre, Fortunati foi uma das principais figuras do ato. O prefeito de Porto Alegre tentou deixar claro que, ao defender o governo Dilma, não estava defendendo a impunidade em casos de corrupção que envolveram o governo, mas salientou que, por não haver nada que responsabilizasse diretamente a presidenta Dilma, o processo de impeachment não tinha nenhum embasamento legal.
“Eu acho que a primeiro a destacar é que eu sou absolutamente a favor das investigações. Não somente a favor da Lava-Jato, mas todas as operações que estão investigando o uso indevido do dinheiro público devem ser aplaudidas. Isto é importante, para que não pareça que o nosso ato é para encobrir atos ilícitos, escusos ou acobertar ações de militantes, de empresários, de quem quer que seja. Nós defendemos a continuidade das investigações, doa a quem doer. A outra história é impeachment da presidente Dilma. Em toda a análise feita, os dados são inequívocos, não existe um único fato que atinge a honorabilidade da presidente Dilma. Não se conseguiu provar nenhum ato de improbidade que atinge a presidente Dilma. Nesse sentido, o impeachment é absolutamente ilegítimo e é contra isso que nós estamos nos rebelando”, disse.
11/12/2015 - PORTO ALEGRE, RS - Evento do PDT junto a estátua de bronze em homenagem a Leonel de Moura Brizola - entre a Catedral e o Palácio Piratini. Foto: Guilherme Santos/Sul21
Fortunati fez a leitura do documento de adesão ao “Movimento Rede da Legalidade” | Foto: Guilherme Santos/Sul21
Mesmo tendo divergências políticas com o PT em Porto Alegre, Fortunati está encabeçando uma campanha ao lado de prefeitos de outras capitais do Brasil contra o impedimento da presidenta.
“Nós estamos lutando pela legalidade e vamos continuar fazendo isso, independente das minhas divergências com o PT, das minhas divergências com os atos que estão acontecendo por parte de alguns, das minhas divergências com o Partido dos Trabalhadores aqui em Porto Alegre, isso não está colocado como ponto de partida. O que me move nesse momento, e move a outros prefeitos de capitais, é a preservação do Estado democrático de direito”, afirmou.
Mais incisivo, Lupi afirmou é preciso travar uma disputa de comunicação para esclarecer a população sobre as consequências de um possível impeachment. “Eu acho que a gente tem que fazer um contraponto de informação. A gente tem que esclarecer a população que, se tiver impeachment, não tem eleição direta, não. Muita gente do povo acha: ‘ah, vamos impedir a presidenta para fazer eleição’. Não tem. Segundo, na linha de sucessão da presidenta, depois de ela ser impedida, vem o Michel Temer, que é do PMDB. O mesmo PMDB do Eduardo Cunha, que tá indiciado pelo Ministério Público suíço, indiciado pelo Ministério Público brasileiro, pela Procuradoria Geral da República, suspeito de várias ações criminosas. E não é indício, ali você tem cheque, você tem contracheque, tem passaporte fotografado, tem gastos exagerados da sua esposa no exterior. Não é indício, não é um palpite, são provas. Que legitimidade tem essa gente de pedir o impedimento da presidente Dilma, que não paira sobre ela um único indício de qualquer responsabilidade. É um jogo pesado da política para apeá-la do poder e ficar no lugar dela”, afirmou.
Ele reiterou que esta nova campanha da legalidade não se trata de uma defesa do governo Dilma, mas sim da democracia. “O impeachment é algo muito sério. Ninguém pode começar a travar o impeachment porque não simpatiza, porque o Ibope está baixo, porque não gosta de um presidente, de um governador ou de um prefeito. Se isso virar moda, porque a população vai votar? Pode mudar daqui a seis meses, daqui a um ano, dependendo da vontade da oposição”, disse Lupi. “Eu não to aqui discutindo se o governo é bom ou ruim. Solução para governo ruim não é golpe, é democraticamente elegendo, na sua sucessão, outro candidato”.
Na mesma linha, o deputado federal Henrique Fontana (PT), defendeu a necessidade de se fazer a defesa do mandato da presidente Dilma com o viés de defesa da legalidade. “O que está em jogo agora não é aqueles que apoiam ou não apoiam, aqueles que têm a crítica A ou B, que tem o elogio A ou B ao governo da presidenta Dilma. Acima de tudo, nós estamos defendendo um mandato legítimo, de uma mulher que jamais roubou um centavo do dinheiro público. Não cometeu um único crime e querem cassar o mandato dela com a assinatura e a liderança de um dos políticos mais corruptos do Brasil (Eduardo Cunha). Nós não podemos aceitar isso”, disse o deputado. “A única maneira que a democracia aceita de colocar alguém no poder é através do voto da maioria da população. O que eles estão tentando fazer é pegar um atalho”.
Também participaram do ato o ex-governador Olívio Dutra, os deputados federais Maria do Rosário (PT), Deonilso Marcon (PT), os deputados estaduais Luiz Fernando Mainardi (PT), Stela Farias (PT), Edegar Pretto (PT), Tarcisio Zimmermann (PT), Manuela D’Ávila (PCdoB), Junior Piaia (PCdoB), o ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont, a ex-candidata à presidente Luciana Genro (Psol), o trabalhista histórico e ex-líder do governo Brizola na Assembleia Legislativa do Estado Sereno Chaise, entre outros.
Confira mais fotos do ato: 
11/12/2015 - PORTO ALEGRE, RS - Evento do PDT junto a estátua de bronze em homenagem a Leonel de Moura Brizola - entre a Catedral e o Palácio Piratini. Foto: Guilherme Santos/Sul21
Fotos: Guilherme Santos/Sul21

11/12/2015 - PORTO ALEGRE, RS - Evento do PDT junto a estátua de bronze em homenagem a Leonel de Moura Brizola - entre a Catedral e o Palácio Piratini. Foto: Guilherme Santos/Sul21
*Fonte: Por Luis Eduardo Gomes, do Sul21  com sítio do PDT Nacional