domingo, 31 de janeiro de 2016

Lula divulga todos os documentos do Guarujá: Passo a passo da armação contra o ex-presidente


Ex-PR LULA e Jornalistas 08
Os documentos do Guarujá: desmontando a farsa
Como os adversários de Lula e sua imprensa tentam criar um escândalo a partir de invencionices. Entenda, passo a passo, mais uma armação contra o ex-presidente. (...)
CLIQUE AQUI para ler na íntegra.
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Blogue 'O Boqueirão Online' segue bombando...

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Brasil
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Estados Unidos
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Alemanha
25568
China
10597
Rússia
6376
Malásia
4472
França
2378
Ucrânia
1790
Portugal
966
Reino Unido
....
452
(...)

sábado, 30 de janeiro de 2016

Lula usa sitio de amigo e FHC usa apartamento de amigo em Paris. E daí?

bote

É estarrecedor o que está acontecendo neste país. Virou manchete na Folha de São Paulo deste sábado que dona Marisa, esposa de Lula, comprou um bote para sua família usar no lago de um sítio em atibaia que um amigo e sócio de um de seus filhos empresta.
O bote foi comprado por quatro mil reais e a nota fiscal foi emitida em nome da esposa de Lula. Segundo a Folha, essa seria a “prova” de que, na verdade, o imóvel em Atibaia pertenceria a Lula. Afinal, se a família Lula investiu tanto no barco, só o faria se fosse proprietária do imóvel.
É hilariante. Lula tendo investido a fortuna de quatro mil reais no bote acima, está provado que é o verdadeiro dono do sítiozinho.
A mesma lógica, porém, não vale para outro político envolvido há décadas em denúncias de corrupção que nunca são investigadas pela imprensa ou pelos órgãos competentes graças a conchavos.
Lembram-se da velha história do apartamento de FHC em Paris, denunciada por Janio de Freitas quando o tucano deixou a Presidência, em 2003, e foi “descansar” na “Cidadade Luz” durante uma bela temporada?
Por muito tempo espalharam que o apartamento na luxuosa avenue Foch, em Paris, um dos endereços mais caros da cidade, seria de FHC. Formalmente, porém, nunca foi. O imóvel pertence à família de Jovelino Mineiro, parceiro e sócio de FHC em alguns negócios, inclusive em uma fazenda em Buritis, MG.
Abaixo, foto do amigo do tucano e da avenida em Paris onde fica o imóvel que FHC usa, assim como Lula usa imóvel de amigo em Atibaia.
bote 1
Foi Jovelino Mineiro quem, no final do governo FHC, passou o chapéu para arrecadar dinheiro para o tucano entre empresas hoje enroladas na Lava Jato, tais como Odebrecht e Camargo Correia.
Em um jantar, FHC levantou R$ 7 milhões para a montagem do Instituto FHC; “uma noite de gala”, noticiou a revista Época em 2002, sem se escandalizar com o fato de que um presidente e seu melhor amigo rodavam a sacolinha em pleno Palácio da Alvorada, durante o mandato
A revista apagou a matéria de seus arquivos na internet para tentar proteger FHC, mas foi possível recuperá-la em cache. Confira, abaixo. (...)
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O radialista que mandou cuspir em Lula é um idiota banal — e esse é o problema. Por Kiko Nogueira (DCM)

48 anos
                               48 anos
O radialista Alexandre Fetter divulgou uma espécie de pedido de desculpas pelo absurdo que perpetrou na sexta, dia 29.
“Ninguém cospe no Lula, velho? Que troço desesperador, isso é desesperador. Ninguém dá uma cuspida no Lula? Um sujeito desses é digno de uma cusparada”, disse no ar.
Segundo Fetter, o Grupo RBS, dono da rádio Atlântida, que transmite seu programa, tem um “rígido código de ética” seguido por todos os funcionários. Ele e seus amigos não incitam a violência e “prezam a vida, a família e os bons costumes”. Então tá.
É um falso mea culpa provocado pela carta aberta do deputado Paulo Pimenta, que indagou se a empresa “concorda com incitação ao crime”. Fetter, como o desocupado que xingou Chico Buarque de ladrão, refugou por medo de um processo.
Quem acompanha a atração que ele comanda garante que não é a primeira vez que deblatera contra Lula, Dilma, o PT etc. Apenas desta vez foi mais longe. Por quê? Porque sabe que não dá em nada. Na próxima, se não tivesse sido flagrado, provavelmente sugeriria que alguém metesse uma bala na cabeça de alguém.
Alexandre Fetter é uma subcelebridade regional. Seu “Pretinho Básico” é um suposto sucesso no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Fora daqueles limites, ninguém sabe quem ele é. Soube-se agora.
O “PB”, como é chamado, é uma imitação do “Pânico”, em mais uma prova inconteste de que tudo o que é ruim sempre pode piorar. Fetter é o Emilio Surita, âncora do negócio. Quatro ou cinco apaniguados têm a função de concordar com o chefe.
A mulher dele, apresentadora da RBS, faz participações especiais. Aparentemente, eles são considerados um casal famoso e têm fãs preocupados com sua estabilidade emocional, se estão juntos ou separados e se cozinham juntos. Fazem o marketing da fofura para saciar os seguidores.
Os “pretinhos” fazem piadas, ofendem pessoas, riem uns dos outros, fazem mais piadas — e comentam “fatos do dia”, simulando gravidade diante de alguns temas. A tragédia da boate Kiss, por exemplo. Ou — tcharããã — corrupção.
Aos 48 anos, Fetter age e pensa como um adolescente de uma família disfuncional qualquer. Até chegar às cusparadas de Lula, naquele dia, percorreu o caminho clássico de todo revoltado on line.
“O brasileiro pensa em política infantilmente”, falou. “Não tem acesso à informação, não tem acesso à notícia. Pra imensa população brasileira não faz diferença a crise. E vão votar no PT de novo”.
Em resumo, Fetter é um idiota banal. E aí está o problema.
A atmosfera está tão envenenada que o idiota banal passa a achar normal mandar cuspir nos outros. O bocó se considera bem informado e reproduz o que ouve, lê e vê, apenas acrescentando um toque pessoal de violência.
Para o bocó é trivial instigar sua audiência no sentido de escarrar num sujeito que ele odeia pela simples razão de que o mandam odiar. Ele nem reflete.
Hannah Arendt pergunta se “podemos detectar uma das expressões do mal, qual seja, o mal banal, como fruto do não-exercício do pensar”. Parece ser o caso de Alexandre Fetter e seus cometas.
Ou é mais simples. O poeta pernambucano Ascenso Ferreira escreveu uma quadra que descreve bem o talento de Fetter. O nome é “Gaúcho”. Lá vai:
Riscando os cavalos!
Tinindo as esporas!
Través das coxilhas!
Sai de meus pagos em louca arrancada!
— Pra quê?
— Pra nada!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Corte Europeia já pune “publicidade opressiva” como a usada contra Lula

Nilo
Imprensa e Justiça
Corte Europeia de Direitos Humanos já decidiu que a condenação de jornalistas por publicidade opressiva não viola a liberdade de comunicação
A centralidade que a questão criminal assumiu, visível nas altas taxas de encarceramento ou na criminalização do cotidiano privado e da vida pública, responde às transformações econômicas das últimas décadas.
Interessa-nos um aspecto dessa centralidade: a espetacularização do processo penal e os sérios danos que causa a direitos fundamentais e ao estado de direito.
A espetacularização do processo penal não é novidade. Na Inquisição, a colheita de provas e o julgamento eram sigilosos.
Falsas delações e torturas são eficientes na obscuridade; a festa era a execução da pena de morte.
Com a adoção da pena de prisão, a execução numa cela tornou-se uma rotina sem apelo jornalístico. O espetáculo deslocou-se para a investigação e o julgamento.
Basta ligar a TV à tarde: deploráveis reality shows policiais, nos quais suspeitos são exibidos e achincalhados por âncoras “policizados”. Diz a Constituição inutilmente que “é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral”, garantia repetida pelo Código Penal e pela Lei de Execução Penal.
Mas é no noticiário “sério” sobre inquéritos e ações penais que reside um grave problema, opondo a liberdade de comunicação à presunção de inocência e ao direito ao julgamento justo. A liberdade de imprensa geralmente prevalece sobre o direito à privacidade.
Contudo, quando o confronto se dá com a presunção de inocência e o direito ao julgamento justo, a solução é distinta, como se constata em países democráticos.
A Corte Suprema dos EUA manifestou desconforto por ter identificado “julgamento pela imprensa” e anulou condenações. Numa delas, registrou que “o julgamento não passou de uma cerimônia legal para averbar um veredicto já ditado pela imprensa e pela opinião pública que ela gerou”.
Alertou que o noticiário intenso sobre um caso judicial pode tornar nula a sentença e que a publicidade dos julgamentos constitui uma garantia constitucional do acusado e não um direito do público.
Na Europa, o assunto preocupa legisladores e tribunais. França e Áustria criminalizaram a publicação de comentários sobre prováveis resultados do processo ou sobre o valor das provas.
Em Portugal, a publicação de conversas interceptadas em investigação é criminalizada, salvo se, não havendo sigilo de Justiça, os intervenientes consentirem na divulgação: o sigilo de Justiça vincula todos aqueles que o acessarem a qualquer título.
A Corte Europeia de Direitos Humanos já decidiu que a condenação de jornalistas por publicidade opressiva não viola a liberdade de comunicação.
Não será por meio da criminalização da publicidade opressiva que se poderá reverter o lastimável quadro que vivemos, onde relações entre agentes do sistema penal e alguns jornalistas produzem vazamentos escandalosos, editados e descontextualizados, com capacidade de criar opiniões tão arraigadas que substituem a garantia constitucional por autêntica “presunção de culpa” e tornam impossível um julgamento justo.
Entre nós, existem casos em que todo o processo se desenvolve na mídia. Nesse cenário, pelo menos deveria ser exigido dos meios de comunicação aquilo que é exigido dos tribunais e das repartições públicas: obedecer ao contraditório.
Hoje, após a longa veiculação da versão acusatória, segue-se breve menção a um comentário do acusado ou de seu defensor, que frequentemente desconhece a prova já divulgada para milhões de telespectadores.
Se vamos persistir neste caminho perigoso — afinal, o sistema penal é historicamente um lugar de expansão do fascismo — pelo menos o contraditório obedecido pelos tribunais deveria ocorrer na mídia.
Se a autoridade policial ou o Ministério Público divulgar sua acusação por três minutos, o acusado ou seu defensor deveria desfrutar do mesmo tempo para falar o que quisesse em sua defesa. Já que o processo se desenrola na mídia, que haja pelo menos paridade de armas. A prática atual é abertamente antidemocrática.
Nilo Batista é professor de Direito Penal da UFRJ e da Uerj
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Bolsonaro, falso mito beija a lona



Jair Bolsonaro esteve em Porto Alegre. Foi recebido com festa no aeroporto por seus fãs ardorosos.
Provocou polêmica e beijaço gay.
É um ator em cena, um provocador, um farsante (no sentido teatral da palavra).
Jogo o tempo inteiro para a sua plateia.
Nunca será presidente da República.
Talvez nem pretenda concorrer a tal posto.
No momento, quer é aparecer, brilhar e faturar para satisfação do seu imenso ego.
Fizemos entrevista com ele no Esfera Pública.
Ele deu o seu show. Mas não teve escada.
Tentou aplicar que os partidos haviam sido extintos na ditadura pelo AI-5, de 1968.
Os admiradores de Bolsonaro, saudosos da ditadura, sabem bem que foi pelo AI-2, em 1965.
Jair faltou à aula de história antes de ir fazer baderna no quartel, onde tomou 15 dias de cana.
Sedutor, no estilo os brutos também amam, embora prefiram odiar, Bolsonaro não teve levanta-bola para soltar as suas frases de efeito contra gays, negros, pobres, militantes de esquerda e mulheres.
Conclusão: Bolsonaro tem carisma, certa simpatia acanalhada, postura cênica e pouca bala na agulha.
A sua munição não dá para grandes combates.
É homem para tiro curto.
Nem a governador chegará.
Salvo uma grande virada na opinião pública.
Bolsonaro é falso mito. Faz estardalhaço em espaço pequeno.
Já bateu no teto.
Por ser xiita, fundamentalista e radical, jamais ganhará votos de moderados.
O terrorismo verbal é a sua força e a sua fraqueza.
É discurso que só fascina direitopatas empanturrados de ideologia.
Em favor de Bolsonaro cabe dizer: é melhor do que Danilo Gentilli em stand-up.
Tem mais domínio de palco que o Lobão.
Comunica-se melhor do que Rodrigo Constantino e Reinaldo Azevedo.
Não precisa ter o sumido Olavo de Carvalho como guru.
Alimenta-se da sua própria falta de ideias.
Um autêntico cavaleiro solitário que se perdeu do Zorro.
A arma contra ele se chama ironia.
Baba e beija a lona em 15 segundos.

*Por Juremir Machado da Silva, jornalista,  no sítio do Correio do Povo 
 http://www.correiodopovo.com.br/

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*AOS CLIENTES E AMIGOS: Informamos à todos(as) que estamos transferindo - em caráter provisório -  nosso Escritório de Advocacia para a Rua Marçal Rodrigues Fortes, 651, Bairro Alto da Boa Vista - Santiago/RS

*Contatos e agendamentos devem ser realizados somente através dos e-mails e/ou telefones celulares constantes no banner acima. Em breve informaremos nosso novo endereço.

(Clique no banner para ampliar)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Canoas: com ingresso de Beth Colombo, PRB projeta conquistar primeira prefeitura no RS



Vice-prefeita e pré-candidata à sucessão do petista Jairo Jorge oficializou, hoje, saída do PP

A vice-prefeita de Canoas e pré-candidata à sucessão de Jairo Jorge, do PT, nas eleições de outubro deixou hoje o PP. Beth Colombo oficializou, no fim da tarde, o ingresso no PRB em ato com a presença do presidente nacional da legenda, Marcos Pereira. Hoje, o PRB gaúcho, mesmo tendo representatividade na Câmara Federal, na Assembleia Legislativa e em legislativos municipais, não comanda nenhuma prefeitura.
Para o presidente estadual do PRB, deputado federal Carlos Gomes, o ingresso de Beth Colombo representa o passo inicial para conquistar a primeira de outras administrações públicas que a legenda pretende angariar no pleito de 2016 no Rio Grande do Sul. “Nós vamos trabalhar para isso com muito esforço, dedicação e humildade. A Beth representa a continuidade da grande gestão de Jairo Jorge (PT)  e foi vice nas duas gestões. Por isso, ela conhece os problemas da cidade, e nossas chances são grandes”, apostou.
Mesmo deixando o PP, a vice-prefeita garante ter a manutenção do apoio da legenda em uma aliança com a adesão de 12 partidos, incluindo o PT.
http://www.radioguaiba.com.br/

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

FSM 15 anos — O espírito de rebeldia de Porto Alegre voltou e, com ele, a esperança



Por Mauri Cruz*
Nestes últimos dias, Porto Alegre foi novamente invadida pela juventude mundial, pelas mulheres, pelas lutas do povo negro, por moradores de rua, artistas populares, juventude do hip-hop, sindicalistas, e milhares de representantes de variados movimentos sociais de mais de 60 países. Numericamente, foram 5.100 inscritos que pagaram a taxa de inscrição, no entanto, como as atividades são abertas, calcula-se que mais de 10 mil pessoas participaram das atividades ao longo dos cinco dias, sem contar com a participação na Marcha de Abertura que contou com mais de 15 mil participantes.
Passado o evento, quanto ao balanço, é possível afirmar que a realidade na qual este evento esteve inserido tem muita semelhança com aquela de 2001. A crise econômica se aprofundou. Desde 2001, embora no Brasil e na América Latina, resultado de políticas públicas implementadas por Governo Populares o impacto da crise foi amenizado, no resto do mundo, no entanto, a crise só se aprofundou. Um exemplo é o aprofundamento da concentração de renda, demonstrada por estudos da OXFAN, organização não governamental europeia, que indica que os 1% dos mais ricos possuem 53% de toda a riqueza do mundo, restando, aos demais 99%, o equivalente a 47%. Mais que isso, que as 64 pessoas mais ricas do mundo, possuem a mesma quantidade de riqueza que 3,5 bilhões de pessoas. A crise econômica, do ponto de vista da maioria da população é a desigualdade e, deste ponto de vista, está maior que em 2001.
Já, na questão da crise ambiental, em 2001, havia uma denuncia dos movimentos sociais ambientalistas mundiais sobre a insustentabilidade do atual modelo econômico e modo de vida. Infelizmente, aquela denuncia que não foi levada em conta pelos governos no mundo, inclusive os populares, hoje é uma realidade. Ninguém questiona a existência de um rápido e profundo câmbio climático e suas consequências para o equilíbrio da vida no planeta. O que pode se discutir são as suas causas.
Por fim, o FSM nasceu em 2001 pelo reconhecimento, já naquele ano, da crise de representação política dos governos e dos partidos políticos pelo mundo. A metodologia que tem mobilizado os processos do FSM desde os primeiros anos é que cada um se representa. Cada cidadã e cidadão do mundo tem o direito de representar-se diretamente, sem mediações de organizações, partidos ou governos. Nos dias de hoje, esta crise de representação se agudizou. Desde 2011, governos foram derrubados, com consequências positivas, em algumas poucas experiências e crítica em outras. O que está claro é que o atual modelo de representação política que organiza as frágeis democracias no mundo não atende as necessidades e o desejo das pessoas. Pior que isto, as democracias foram, na sua maioria, capturadas pelo capitalismo financeiro internacional que, através da corrupção e de seu poder econômico, tutelam partidos e governos, subvertendo a democracia e a vontade popular.
Mas além das crises econômica, política e ambiental, outras coisas também mudaram. Nas primeiras edições do FSM em Porto Alegre, as principais vozes eram homens, brancos, europeus ou latino americanos, quase todos intelectuais de esquerda que denunciavam o sistema capitalista e o neoliberalismo e entendiam que era preciso um protagonismo dos movimentos sociais. Para quem participou de todo processo de preparação e realização do FSM 15 Anos em Porto Alegre não há dúvida de que o protagonismo foi das mulheres, autodenominada de primavera feminina, dos vários movimentos de povo negro e da juventude brasileira, latino-americana e internacional. Esse novo protagonismo, trás consigo, toda a diversidade das lutas urbanas, ecológicas, das lutas contra os feminicídios, contra o extermínio da juventude negra, em defesa dos direitos sociais no mundo, na defesa da paz, da democracia e de outra forma de vida.
Neste sentido, outra mudança fundamental, é quanto a construção do outro mundo possível. Em 2001, haviam muitas ideias, propostas e utopias do que se pretendia fazer. Nestes últimos quinze anos várias destas propostas foram postas em prática, em especial, no Brasil e na América Latina. E, na sua maioria, se demonstraram eficazes na superação da pobreza, no fortalecimento das culturais locais e tradicionais das comunidades quilombolas, indígenas e tradicionais, na construção de outra economia tendo por base a economia solidária e popular, a criação das quotas nas universidades, a gestão das águas sob controle público, o fortalecimento dos sistemas de saúde pública, da educação pública e gratuita com metodologia transformadora. São tantas experiências de sucesso que já se faz necessário um Fórum Social dedicado exclusivamente para discussão e apresentação das boas práticas.
Neste sentido, a realização da edição do FSM 15 Anos Porto Alegre cumpriu um papel estratégico no debate e na sistematização dos processos do FSM até os dias de hoje. O resultado deste debate será sistematizado pelos movimentos e organizações participantes em Porto Alegre e servirão como base para os debates e atividades no Fórum Social Mundial que se realizará de 09 a 14 de agosto de 2016, em Montreal, no Canadá. Porto Alegre, mais uma vez, dá sua modesta contribuição para esta longa trajetória de construção de outro mundo possível.
.oOo.
*Mauri Cruz é advogado socioambiental, especialista em direitos humanos, professor de pós graduação em direito à cidade e Mobilidade urbana, diretor da AbongRS.
Fonte: http://www.sul21.com.br/

domingo, 24 de janeiro de 2016

CANOAS/RS - Exemplo de Participação, Democracia & Cidadania

Prefeito Jairo Jorge (PT) e a cidadã canoense Cássia Munhoz 

'Prefeitura na Rua' ultrapassa 29 mil atendimentos e recebe visita internacional
Canoas/RS - Durante a 277ª edição do “Prefeitura na Rua”, realizada neste sábado (23), na Praça Antônio Barônio, no bairro São José, foi registrado o atendimento de número 29 mil, feito à moradora Cássia Luciara da Silveira Munhoz. Ela solicitou ao prefeito Jairo Jorge (PT) uma vaga na Escola Municipal de Ensino Fundamental Governador Leonel de Moura Brizola, que tem turno integral. Esta demanda foi encaminhada à respectiva secretaria, assim como outras 29.114 que já foram contabilizadas neste projeto, iniciado em 2009, 115 somente nesta edição. “É a primeira vez que venho ao Prefeitura na Rua. Este é um canal próximo às pessoas. Elas podem trazer as suas solicitações diretamente para as áreas envolvidas. Não costumamos ver isso em muitos lugares”, afirmou. 
Foi justamente esta interação semanal do prefeito, da vice-prefeita, dos secretários e dos diretores municipais com a comunidade que chamou a atenção de um grupo de visitantes que estão no Estado para o Fórum Social Temático 2016. Uma comitiva formada pelo secretário geral do Escritório de Consulta Pública de Montreal (Canadá), Luc Doray, e pelos representantes das cidades brasileiras de Caruaru (Pernambuco), Lino Portela, e de Guarulhos (São Paulo), Fábio Casemiro Gomes, acompanhados de outros representantes de Brasília (Distrito Federal), presenciou a dinâmica do evento.
Jairo Jorge, antes de iniciar os atendimentos conversou com o grupo e explicou que esta é uma das 13 ferramentas de participação popular disponibilizadas aos canoenses. “A Àgora em Rede, o Prefeito na Estação e as Plenárias de Serviços são outros exemplos”, destacou.
O evento contou com a presença da vice-prefeita, Beth Colombo, do subprefeito da Região Nordeste, Denilson Oliveira Santos, secretários do município, além de outras autoridades e comunidade da região.
As impressões dos visitantes
Doray contou que em Montreal houve uma atividade parecida. “O prefeito ia aos bairros de ônibus, para fazer atendimentos. Mas nossa experiência não era tão organizada e sistematizada como aqui”, comparou. De acordo com ele, o Prefeitura na Rua é muito interessante porque, de um lado, oportuniza que moradores exponham seus problemas. De outro, possibilita que secretários e diretores saibam mais sobre a realidade dos cidadãos. “Isso os ajuda a desenvolverem ações mais acertadas”.  
Portela, por sua vez, também elogia o projeto e declara que voltará para Caruaru impressionado com política “tão avançada e tão radical, quando se fala em transparência e de relação com o cidadão, que Canoas tem mostrado ao longo dos últimos anos.” Ele comentou que levará informações que auxiliarão a potencializar as ações desenvolvidas na cidade pernambucana, que possui uma secretaria denominada Participação Social. “Rico demais. Importante demais. Especialmente porque são eventos que só acontecem se as pessoas participarem. É a contramão do processo digital e virtual. Só há o Prefeitura na Rua, se as pessoas aparecerem”, acrescentou, sem deixar de ressaltar que percebeu a relação cordial e o respeito estabelecido entre a comunidade e o poder público.  
Jairo Jorge lembrou que o Prefeitura Na Rua é uma atividade inovadora, premiada internacionalmente, que serve de modelo para muitas cidades brasileiras e do exterior. “Esta experiência está sendo construída também em Moçambique”, exemplificou. 
Crédito da notícia: Jornalista Rosilaine Pinheiro MTE 17242
http://www.canoas.rs.gov.br/

sábado, 23 de janeiro de 2016

FSM: Movimentos sociais pedem auditoria da dívida pública e criticam impeachment



Da Agência Brasil  - http://agenciabrasil.ebc.com.br/



Porto Alegre/RS - Assembléia dos movimentos sociais marca o encerramento do Fórum Social Temático, em Porto Alegre (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Assembléia dos movimentos sociais marca o encerramento do Fórum Social Temático, em Porto AlegreMarcelo Camargo/Agência Brasil

Movimentos sociais que participam do Fórum Social Temático, em Porto Alegre, aprovaram hoje (23), na assembleia final do evento, uma carta compromisso com agendas comuns para as organizações. A primeira delas, é fazer do 1° de maio (Dia Internacional do Trabalho) um dia de luta na América Latina em defesa da democracia e de enfrentamento do conservadorismo e do “golpismo” na região.

No encerramento, as entidades também aprovaram uma campanha para cobrar a auditoria da dívida pública e se comprometeram a acelerar a construção da Frente Brasil Popular, formada por organizações e partidos de esquerda.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Rio Grande do Sul, Claudir Nespolo, disse que esta carta final do fórum é uma afirmação da luta dos segmentos que defendem a ampliação de direitos na sociedade. “Essa agenda reafirma a militância dos movimentos que aqui estão, que passa pelos direitos à moradia, à reforma agrária, o tema da saúde, da educação de qualidade, do meio ambiente, do combate a todas as discriminações”, listou.



Porto Alegre/RS - Assembléia dos movimentos sociais marca o encerramento do Fórum Social Temático, em Porto Alegre (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Documento final do fórum defende a democracia e propõe campanha pela auditoria da dívida públicaMarcelo Camargo/Agência Brasil

Nespolo diz que a cobrança por uma auditoria da dívida pública é uma forma de enfrentar o capital rentista.

“Se a presidenta [Dilma Rousseff] levantar qualquer crítica relacionada ao pagamento dos juros, desestabiliza esse tal de mercado, que é muito nervoso. Quem tem que levantar esse tema somos nós. Temos que dizer isso para sociedade, para desmascarar e criar uma correlação de forças para que o governo se posicione no sentido de verificar se essa dívida toda já não foi paga, se uma parte já foi paga. Vamos abrir essa caixa-preta”.

A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, disse que o documento aponta para a unidade das organizações de esquerda, inclusive na posição contrária à tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

“É uma carta de intenções dos movimentos que lutam contra o golpe em curso no país, tomando lado, dizendo que a democracia é o único caminho para que os direitos avancem e que a gente sabe exatamente o que está em jogo, que são todos os direitos conquistados nos últimos anos com muita luta dos movimentos sociais”, disse.

O encontro foi encerrado com um coro com palavras de ordem contrárias ao pedido de impeachment de Dilma.

Por Camila Maciel - Enviada especial
Edição: Luana Lourenço

Cruzeiro de Santiago/RS - 'É Campeão!'



*O Cruzeiro Esporte Clube, de Santiago/RS,  ao vencer (1 x 0) o São Paulo FC, sagrou-se como o Grande Campeão da 28º Copa Santiago de Futebol Juvenil. Hoje, em Santiago/RS. 

- Parabéns, Campeão!

Copa Santiago: Cruzeiro vence, avança e emociona no Alceu Carvalho


Santiago/RS - Do sítio da Rádio Santiago/AM - O sol quente não deu trégua ao Cruzeiro e Grêmio que entraram em campo na tarde (noite) desta sexta-feira, 22, para disputar a semi final da 28ª Copa Santiago de Futebol Juvenil.

O calor aumentou mais ainda quando as duas equipes entraram no gramado. 

O Cruzeiro de Santiago não se intimidou diante do Tricolor Gaúcho, atacou, marcou com um único objetivo: marcar o gol. E foi o que aconteceu, aos 30 minutos do segundo tempo Pablo fez a rede estremecer para o delírio dos torcedores.

A partir dai a garra do Cruzeiro de Airton Fagundes emocionou quem estava no Alceu Carvalho e o resultado foi a vitória. 1 a 0.
Assim o Cruzeiro marca a história da Copa Santiago ao mandar para casa Inter e Grêmio e fazer uma das mais belas campanhas dos últimos 28 anos.

*O Cruzeiro está na final e enfrenta o São Paulo neste sábado, às 19h no Alceu Carvalho.

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