sábado, 30 de abril de 2016

O Senado e a dimensão burlesca do golpe


O pedido de impeachment é um lixo que carece de fundamento jurídico. É um ventilador de besteiras nas bocas de personagens dantescos.


                                                               
Por Jeferson Miola*

O pedido de impeachment defendido no Senado ontem, 28 de abril, pelos advogados do PSDB Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, não seria sequer aceito para discussão em qualquer Parlamento digno e sério do mundo moderno.

Além disso, está por ser inventada uma republiqueta na face da Terra capaz de aceitar como válida para a deposição de uma Presidente eleita por 54.501.118 votos uma denúncia tão desqualificada apresentada daquela maneira tresloucada.

O pedido de impeachment é um lixo que carece de fundamento jurídico e de razoabilidade intelectual. É um ventilador de besteiras nas bocas de personagens dantescos.

É impossível conter o sentimento de vergonha alheia causado por Miguel Reale e Janaína Paschoal: são seres burlescos que causam vergonha nos demais seres humanos que pertencem à espécie humana como eles.

Miguel Reale Jr representa a ressurreição, no século 21, da índole udenista e reacionária da classe dominante que derrubou Jango em 1964 e que hoje se veste de PSDB, PMDB, DEM etc para promover novo golpe contra o Estado Democrático de Direito no Brasil.

Reale Jr. carrega esta índole golpista no DNA, traz de família – a conspiração e o golpismo são da natureza da burguesia, que sempre conspira para eliminar a “ameaça” representada por governos populares e progressistas.

Reale herdou o Júnior no sobrenome por ser filho de Miguel Reale, um jurista que, na biografia descrita pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil [CPDOC] da Fundação Getúlio Vargas, “ainda na época de estudante filiou-se à Ação Integralista Brasileira, organização política de inspiração fascista fundada por Plínio Salgado .... e veio a tornar-se um dos mais destacados teóricos do movimento integralista”. Nos anos posteriores, foi dirigente do PSP e integrante do governo paulista de Adhemar de Barros, ferrenho opositor de Getúlio Vargas e criador do bordão “rouba mas faz”.

O CPDOC/FGV menciona ainda que “em 1964, [Miguel Reale] cumpriu importante papel nas articulações que levaram à deposição do presidente João Goulart e à implantação da ditadura militar no país. Nos anos seguintes, foi colaborador do regime militar, principalmente na elaboração da Emenda Constitucional de 1969” – na verdade, foi um dos redatores dos Atos Institucionais que aprofundaram o terror da ditadura civil-militar.

Janaína Paschoal não tem ancestrais conhecidos na política nacional. Além do estrelato na notoriedade por causa do impeachment sem crime de responsabilidade, ganhou fama de jurista de causas vergonhosas na atuação como advogada de defesa de Douglas Kirchner, fanático religioso e procurador do Ministério Público Federal que foi demitido do serviço público pela prática de agressão e tortura física e psicológica contra a própria esposa.

Apesar da pantomima espalhafatosa, Janaína Paschoal não é um ponto fora da curva. Ela é a imagem fiel do golpe, é o símbolo lapidar dos golpistas; ela é, enfim, a perfeita síntese dos 367 bandidos que na “assembléia geral de bandidos comandados por um bandido chamado Eduardo Cunha” do 17 de abril expuseram o Brasil ao ridículo perante o mundo.


*Fonte: Carta Maior - Créditos da foto: Jeferson Rudy

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Representantes da Cultura e estudantes se unem em ato na Esquina Democrática (Porto Alegre)




Sul21 - Por Jaqueline Silveira - Representantes da Cultura e estudantes fizeram um ato, na noite desta quinta-feira (28), em Defesa da Democracia e da Legalidade na Esquina Democrática, na Capital. Enquanto manifestantes se concentravam no local por volta das 18h, um grupo de estudantes partiu da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “É um aquece para o 1º de maio, é uma roda de conversas”, comentou Pedro Loss, um dos organizadores da manifestação, referindo-se ao ato unificado no próximo domingo no Monumento do Expedicionário, no Parque da Redenção, em defesa da democracia e dos direitos trabalhistas.
No dia 17 de abril, a Câmara dos Deputados autorizou a abertura de processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Agora, o caso é analisado pelo Senado, que deverá votar no dia 11 de maio a instauração do processo. “É inaceitável que uma quadrilha de deputados faça um processo de impeachment de uma presidente que não é acusada de nenhum crime”, argumentou Loss, enquanto aguardava a chegada dos estudantes para dar início ao ato.
Para marcar o Dia Nacional de Luta dos Estudantes, os alunos que integram a Frente Universitária em Defesa da Democracia foram em caminhada até a Esquina Democrática e chegaram cantando: “A nossa Luta é todo dia, não vai ter golpe, vai ter democracia”, “Sou estudante, é pra valer, não vou deixar esse golpe acontecer.” A frente é constituída por alunos da UFRGS, PUCRS e Uniritter. 
Com todos reunidos no local, os manifestantes usaram um megafone para dar o recado, que era repetido pelos demais para que a mensagem pudesse atingir quem passava pela Esquina Democrática. “No dia de hoje, de Norte a Sul, os estudantes mostraram mais uma vez seu compromisso com a democracia. No Brasil, não vai ter mais golpe”, pregou um dos manifestantes, convocando todos a irem para a rua lutar.  As intervenções eram intercaladas por cantos como: “A mensagem é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura.”

“Nós não iremos aceitar nenhum presidente eleito indireto. Nós não vamos reconhecer, de forma alguma, o governo Temer”, afirmou a estudante de Jornalismo Laura Sito, uma das organizadoras da Frente Universitária, sobre a possibilidade de o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), assumir o comando do país em caso de afastamento de Dilma. No ato, também sobraram críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), que liderou o processo de impeachment da presidenta, expressas em cartazes e nos gritos de “Fora Cunha!”
CLIQUE AQUI para ler - e ver - na íntegra (via Sul21)

Com trancaço nacional, MTST e Frente Povo Sem Medo respondem ao golpe dos ladrões liderado por Temer e Cunha



Do UOL/SP - O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) promove manifestações na manhã desta quinta-feira (28) em defesa de direitos sociais e contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O alvo principal dos protestos é o vice-presidente Michel Temer.
Segundo os organizadores, cidades de pelo menos oito Estados e do Distrito Federal foram palco dos protestos dos movimentos da Frente Povo Sem Medo, que bloquearam ruas e avenidas.
De acordo com o próprio MTST, são 14 bloqueios na região metropolitana de São Paulo.
As manifestações aconteceram simultaneamente em Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Goiânia, Belo Horizonte, Uberlândia e Brasília.
“O objetivo da mobilização é denunciar o golpe em curso no país e defender os direitos sociais, que entendemos estarem ameaçados pela agenda de retrocessos apresentada por Michel Temer caso assuma a Presidência”, diz comunicado do MTST nas redes sociais.
“Não aceitaremos golpe. Nem nenhum direito a menos”, completa a nota. (...)
CLIQUE AQUI para ler - e ver - mais (via Viomundo)

segunda-feira, 25 de abril de 2016

domingo, 24 de abril de 2016

Reflexos do baile de domingo



Seis dias depois do circo e o país ainda está escandalizado.
Difícil superar a vergonha.
Adeptos mais que confessos do golpe, como Nelson Motta, fingem-se chocados com as cenas de fisiologismo e mediocridade dantescos que eles próprios patrocinaram.
Não querem entender que a mediocridade dos que disseram o “sim” em nome de um falso Deus e da falta de amor aos seus filhinhos – que filho merece pais que se acanalham? -, apesar de horrível, é menos vergonhosa do que a deles, que nenhum pudor tiveram de usá-los  como instrumentos de seus incontidos desejos.
Desejos tão obsessivos que não puderam esperar 2018.
Os vitoriosos estão cobertos de vergonha, da mancha que não se lava.
Consumem ou não a tomada de poder, ela é indelével e inevitavelmente exposta.
Se a escória parlamentar se mostrou na TV, seus mandantes não podem mais se desvincular deles.
Aliás, nem se livrarem deles poderão, seja na prática, porque lidam com um bandido que fez o que fez com garantias,  seja moralmente, porque foi o comandante de campo de sua guerra suja.
Nelson Motta, por exemplo, pode dizer que a neta de nove anos tampava os olhos diante daquelas cenas. E menina, na sua pureza, pode tentar fugir do horror, mas ele, no seu comprometimento, não vai poder escapar da pergunta: mas vovô, porque o senhor está torcendo por eles?
É perceptível um sentimento geral de nojo no país.
Nojo é algo que fermenta e explode, mais cedo ou mais tarde.
Se dali se parir um governo, será um governo maldito desde a sua concepção.
É por isso que, com tudo o que dispõe, de apoio parlamentar, do dinheiro, das empresas e sobretudo da mídia que trata o filho como se não fosse produto da mãe monstruosa de domingo, o “pré-governo” Temer se mostra tão fraco e incapaz de atrair senão para obutim do governo e do Estado brasileiro.
É um governo de saque e o saque, embora doce, fica marcado à testa do saqueador.
*Por Fernando Brito no Tijolaço

sábado, 23 de abril de 2016

O bom moço do PMDB



Por Paulo Muzell*
Ele vem lá do MDB e começou sua carreira política em 1976, eleito vereador em Caxias Do Sul. Seguiram-se cinco mandatos consecutivos, dois de deputado estadual e três de deputado federal e governador do Estado no quadriênio 2003/2006, sucedendo Olívio Dutra. Hoje é presidente do Instituto Reformar, de estudos políticos e tributários e, também, colunista semanal aqui do Sul21. O seu MDB, como se sabe, foi composto por quadros políticos escolhidos a dedo pelos militares dentre aqueles nomes que não constituíam ameaça real à ditadura. Uma oposição “conveniente” que tinha a função de dar uma aparência de legitimidade ao regime de exceção, integrantes passivos de um simulacro de democracia parlamentar. Notórios membros da oligarquia gaúcha e nacional além de reacionários de carteirinha integraram ou integram seus quadros: Paulo Brossard (falecido), Nelson Jobim, Alceu Moreira, Darcísio Perondi, Sérgio Cabral Filho, Anthony Garotinho (de 2003 a 2009), Delfim Neto (ex-integrante da Arena, PDS e PP), José Sarney e o famigerado Paulo Skaf, apenas para citar alguns.
Em 1980 o MDB mudou de nome, ganhou um P de partido como letra inicial da sigla. Nada se alterou: o movimento, agora partido, manteve a velha prática de querer aparentar o que não é. A sua principal liderança do Rio Grande do Sul, Pedro Simon, é um típico exemplo. Posou sempre como progressista e liberal: na prática, todavia, sempre foi um político conservador, inimigo nº 1 do PT. Beneficiado pelo apoio do principal partido político do Estado, a RBS, construiu uma bem sucedida carreira política que começa lá em 1963, como deputado estadual, vice-líder da bancada do PTB. Também favorecido pela cassação do líder do partido, deputado Wilmar Taborda, assumiu a liderança da bancada do PTB em 1964. Na ditadura, sua carreira “decolou”: foi deputado estadual por quatro legislaturas e senador durante vinte e sete anos, governador do Estado de março de 1987 a abril de 1990.
Simon é a cara do PMDB, membro de um grupamento de políticos fisiológicos, sem qualquer identidade ideológica ou linha programática, perfeitamente afinados com as classes patronais – FIERGS, Sinduscon, Federasul, dentre outras -, cujas entidades funcionam como suas “casas de acolhimento” nos momentos de dificuldades. Um partido que defende as privatizações, o estado mínimo, a redução de impostos e dos gastos sociais, a entrega do pré-sal, os interesses da banca financeira. Enfim um típico “partido do patrão e do banqueiro”.
O nosso “bom moço” não tem a agressividade nem os maus modos de um Alceu Moreira, de um Darcísio Perondi ou de um Eliseu Padilha. E tem, ao menos, um mínimo de pudor. Defende o afastamento de Dilma, tergiversa quando diz que o impeachment não é golpe, mas manifesta um pequeno constrangimento porque o processo é conduzido pelos Cunha e pelos Temer da vida. Queixa-se amargamente da corrupção parecendo esquecer que o TSE apontou o seu PMDB e o DEM como os dois partidos que maior número de cassações tiveram por corrupção, 40% do total, 20% para cada. Afirma que Dilma deve ser afastada por que não cumpriu o programa de governo, esquecendo que o atual governador do Estado, do seu PMDB iniciou sua gestão como uma “boia à deriva”. Depois de um péssimo início que já perdurava há mais de um ano, em que apenas lamentou-se da crise sem apresentar soluções e propostas, Sartori teve um estalo e, por fim anunciou uma “grande iniciativa”: a instituição do dia estadual da galinha e do ovo. Na segunda sexta feira de cada mês de agosto teremos no estado a comemoração de uma grande efeméride inaugurada com explosão de omeletes, fios de ovo, quindins, ovos duros e moles, frangos a passarinho, ao molho pardo, empanados, peitos, patas, asinhas e sobrecoxas. Uma loucura gastronômica que, certamente, irá colocar o Rio Grande lugar de destaque no mapa da avicultura mundial. Um lampejo de gênio, indício claro que, embora tardiamente, começa brotar a visão de estadista do nosso governador.
O bom moço defende a urgência de fazer a reforma política parecendo esquecer que sua bancada na Câmara sempre se opôs a ela. Lamenta que os jovens não sejam mais atraídos para o exercício da política, do desencanto que existe. Finge desconhecer que o seu PMDB, pelas suas práticas é um dos grandes responsáveis pela desmoralização da política brasileira. E, por fim faz um apelo para que seus companheiros de partidos abandonem seus cargos conquistados no toma lá dá cá. Faz isto tardiamente: o PMDB fez parte de todos os governos federais há mais de vinte anos. Ocupou ministérios e exerceu centenas de cargos da União. E agora, no momento de maior dificuldade do governo que até ontem integrou, abandona rapidamente o navio na undécima hora. Previsível e massivo movimento de uma ratazana em desespero. A prova disso é que domingo passado 59 dos 66 votos do PMDB foram SIM, pelo impeachment.
O singular personagem que inspirou este comentário é extremamente ingênuo e/ou distraído ou cultiva autoengano no limite do autismo. Depois de quatro décadas de vida política não percebeu ou finge não perceber que está no partido errado. Não há, nem nunca houve, espaço algum para o bom mocismo no PMDB que não é nem nunca foi um partido político. É, na verdade, um agrupamento de aves de rapina.
.oOo.
*Paulo Muzell é economista. - Fonte: http://www.sul21.com.br/

sexta-feira, 22 de abril de 2016

A Cusparada Nacional (Humor)



*A Cusparada Nacional (Bemvindo Sequeira)

Conheça a nova Resolução do Diretório Nacional do PT



Conheça a nova resolução do Diretório Nacional do PT








Diretório Nacional do PT se reuniu nesta terça; participaram o ex-presidente Lula e representantes da Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunido em São Paulo, nesta terça-feira (19), aprovou uma nova Resolução Política em que avalia a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff como golpe contra a Constituição.
Além disso, o documento reforça a necessidade de uma reforma política e da democratização dos meios de comunicação.
“O Partido dos Trabalhadores jogará todas as suas energias, em conjunto com os demais agrupamentos e movimentos democráticos, estimulando os Comitês pela Democracia e contra o Golpe. Em cada cidade e Estado, em cada local de trabalho e estudo, vamos nos mobilizar para deter a aventura golpista e defender a legalidade, exigindo que o Senado respeite a Constituição”.
Leia a Resolução:
“Reunido no dia 19 de abril de 2016, em São Paulo, o Diretório Nacional do PT aprovou a seguinte resolução política:
A admissão do processo de impeachment pela Câmara dos Deputados representa um golpe contra a Constituição. Viola a legalidade democrática e abre caminho para o surgimento de um governo ilegítimo. Escancara, também, o caráter conservador, fundamentalista e fisiológico da maioria parlamentar eleita pelo peso do poder econômico e de negociatas impublicáveis.
As forças provisoriamente vitoriosas expressam coalizão antipopular e reacionária. Forjada no atropelo à soberania das urnas, aglutina-se ao redor de um programa para restauração conservadora, marcado por ataques às conquistas dos trabalhadores, cortes nos programas sociais, privatização da Petrobras, achatamento dos salários, entrega das riquezas nacionais, retrocesso nos direitos civis e repressão aos movimentos sociais. O programa neoliberal difundido pela cúpula do PMDB, “Uma Ponte para o Futuro”, estampa com nitidez várias destas propostas.
A coalizão golpista é dirigida pelos chefões da corrupção — trabalhados por setores incrustados nas instituições do Estado, no Judiciário e na Polícia Federal –, da mídia monopolizada e da plutocracia, como deixou clara a votação do último domingo. Presidida por Eduardo Cunha — réu em graves crimes de suborno, lavagem de dinheiro e recebimento de propina — a Câmara dos Deputados foi palco de um espetáculo vexaminoso, ridicularizado inclusive pela imprensa internacional. O Diretório Nacional reitera a orientação da nossa Bancada para prosseguir na luta pelo afastamento imediato do presidente da Câmara dos Deputados.
circo de horrores exibido no domingo reforça a necessidade de uma reforma política e da democratização dos meios de comunicação.
Subjugada por pressões e traições patrocinadas por grupos políticos e empresariais dispostos a recuperar o comando do Estado a qualquer custo, a maioria parlamentar tenta surrupiar o mandato popular da companheira Dilma Rousseff para entregá-lo a um receptador sem voto. Uma presidenta eleita por mais de 54 milhões de votos, que não cometeu qualquer crime e contra a qual não pesa nenhuma acusação de corrupção. O Partido dos Trabalhadores manifesta irrestrita solidariedade à companheira Dilma Rousseff, contra as mais diferentes formas de violência que vem sofrendo.
O Partido dos Trabalhadores saúda todos e todas parlamentares e governadores que se mantiveram firmes contra a farsa e o arbítrio. Cumprimenta também o presidente, dirigentes e os/as parlamentares do PDT por sua postura digna e combativa. E expressa seu reconhecimento aos/as deputados/as que tiveram a valentia de afrontar o pacto de seus próprios partidos diante da conspiração comandada pelo vice traidor Michel Temer e seus sequazes.
Apesar de minoritária na Câmara, a resistência antigolpista cresceu formidavelmente nas últimas semanas, retirando o governo da situação de defensiva e cerco em que antes se encontrava. E a resistência ampliou-se qualitativamente, com a firme participação de jovens, intelectuais, juristas, artistas e dos mais diversos setores da sociedade e dos movimentos populares.
O Partido dos Trabalhadores congratula-se com os homens e mulheres que participam da campanha democrática, muitos dos quais com críticas à administração federal, destacando o papel organizador e unitário da Frente Brasil Popular, aliada à Frente Povo sem Medo, que participam da luta democrática e que avaliam novas formas de luta popular.
Também reconhecemos a vitalidade dos movimentos sociais, a abnegação e a combatividade de nosso aliado histórico, o Partido Comunista do Brasil.
Prestamos igualmente nosso respeito, entre outras agremiações, ao Partido do Socialismo e Liberdade (PSOL) e ao Partido da Causa Operária (PCO), que têm sido oposição aos governos liderados pelo PT, mas ocupam lugar de vanguarda na defesa da democracia.
Fazendo autocrítica na prática, o Partido dos Trabalhadores tem reaprendido, nesta jornada, antiga lição que remete à fundação de nosso partido: o principal instrumento político da esquerda é a mobilização social, pela qual a classe trabalhadora toma em suas mãos a direção da sociedade e do Estado.
Perdemos apenas a primeira batalha de um processo que somente estará finalizado quando as forças populares e democráticas tiverem derrotado o golpismo. Conclamamos, assim, à continuidade imediata das manifestações e protestos contra o impeachment, sob coordenação da Frente Brasil Popular e da Frente Povo sem Medo, dessa feita com o objetivo de pressionar o Senado a bloquear o julgamento fraudulento autorizado pela Câmara dos Deputados.
Um evento simbólico e incentivador nessa direção pode ser a realização de jornadas de luta em todo o País, culminando com um 1º. de Maio unitário de repúdio ao golpe, defesa da democracia e de bandeiras da classe trabalhadora.
O Partido dos Trabalhadores recomenda à presidenta Dilma Rousseff que proceda imediatamente à reorganização de seu ministério, integrando-o com personalidades de relevo e representantes de agrupamentos claramente comprometidos com a luta antigolpista, além de incorporar novos representantes da resistência democrática.
Também indicamos que o governo reconstituído deve dar efetividade aos projetos do Minha Casa Minha Vida, das iniciativas a favor da reforma agrária, bem como de medidas destinadas à recuperação do crescimento econômico, do emprego e da renda dos trabalhadores.
O Partido dos Trabalhadores jogará todas as suas energias, em conjunto com os demais agrupamentos e movimentos democráticos, estimulando os Comitês pela Democracia e contra o Golpe. Em cada cidade e Estado, em cada local de trabalho e estudo, vamos nos mobilizar para deter a aventura golpista e defender a legalidade, exigindo que o Senado respeite a Constituição.
Se a oposição de direita insistir na rota golpista, reafirmamos que não haverá trégua nem respeito frente a um governo ilegítimo e ilegal.
São Paulo, 19 de abril de 2016.
Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores.”
*Via http://www.pt.org.br/ e http://jcsgarcia.blogspot.com.br/

quarta-feira, 20 de abril de 2016

A vergonha dos jornalistas do golpe diante dos seus colegas estrangeiros



Fernando Brito*
Comentei, ontem, que a imprensa brasileira, na frase concisa de Xico Sá, está desarvorada porque a imprensa estrangeira percebe o golpe de estado, que ela teima em esconder.
A colunista da “massa cheirosa”, Eliane Cantanhêde, também o percebeu.
O PT e o governo estão ganhando a guerra da comunicação com o mundo. Jornais importantes das Américas e da Europa vêm encampando a tese de que ocorre um “golpe de Estado” no Brasil, apesar de o impeachment da presidente Dilma Rousseff estar seguindo todos os trâmites legais, com votação na Câmara, agora no Senado, supervisão do Supremo Tribunal Federal e direito a transmissão ao vivo pela TV de todos esses passos do processo.
Transmissão ao vivo, muito bem. Mas  o que se viu nas transmissões ao vivo? “Alô mamãe”? ‘Por meus filhinhos”? “Para a minha namorada’?
Tens uma palavrinha sobre isso, que todo mundo viu, Eliane? Ou “não vem ao caso” e “podemos tirar, se achar melhor”.
Vai ela adiante:
São três os pontos aos quais a imprensa internacional recorre para desqualificar o impeachment de Dilma: não estaria caracterizado o crime de responsabilidade; o comando do processo é do PMDB e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ambos envolvidos em denúncias de corrupção; e a acusação de que, caso o vice Michel Temer venha a assumir a Presidência, ele iria sabotar a Lava Jato. Esta última versão foi admitida, incrivelmente, até pelo prestigiado jornal The Guardian, de Londres.
Incrivelmente, Eliane? “Tás brincando?”, como no bordão do personagem de Chico Anysio? Bastam os recortes aí da ilustração do post, não é?
Pedro Zambarda, no Diário do Centro do Mundo dá conta do esforço de outro rapaz do golpe na mídia, Diego Escosteguy para convencer os jornalistas estrangeiros de que o golpe não é golpe.
Não adianta. O circo da Câmara todo mundo viu, e na cabeça de qualquer jornalista estrangeiro aquilo que se viu foi tão escrachado que não tem como ser entendido de outra forma.
Aliás, não só na cabeça de jornalistas de fora, não. Também na dos brasileiros.
A diferença é que muitos não podem e alguns não querem dizer que o circo foi o circo do horror golpista.
Têm ainda este microscópico pudor da vergonha do criminoso.
*Editor do (excelente!) Blog Tijolaço, fonte desta postagem.

terça-feira, 19 de abril de 2016

A família brasileira está salva



Por Moisés Mendes*

Golpistas, recolham suas indignações seletivas e suas panelas. O país está em paz. Encaminhou-se a consumação do golpe. Guardem o que sobra da brutalização das falas e dos gestos para outros momentos, porque daqui a alguns anos teremos outro golpe, e depois mais outro, até o fim dos tempos.
Está tudo dominado. Ninguém mais precisa ter medo das cotas, do ProUni e das fortunas que mantêm milhões de vagabundos viciados em Bolsa Família. Salvaram-se reputações, interésses e brioches. Recolham o medo que um dia sentiram do avanço do comunismo, da nova classe média e do filho da empregada que vai virar doutor e pode ter a petulância de querer tratar dos nossos reumatismos.
A família brasileira, tão exaltada nos discursos do golpe na Câmara, estará em breve sob a liderança do grande chalaça. O líder Michel Temer foi o que sobrou para a direita enrustida. A direita que andou de mãos dadas com Bolsonaro e com Zé Agripino (onde andam Zé Agripino e Aloysio Nunes Ferreira, se já podem sair dos esconderijos?) tem agora a quem seguir.
A direita, tão agarrada a lições bíblicas _ citadas à exaustão na falação na Câmara _, passou trabalho mas venceu, depois de abandonar Aécio e os tucanos avariados pelas pesquisas sobre as eleições de 2018. Vai seguir a orientação do autor de uma carta infantil com queixas de que Dilma nunca olhou direto nos seus olhos e nunca ligou para suas carências afetivas.
Mas o medíocre Michel Temer, Cunha e seus asseclas desmoralizaram o jornalismo brasileiro. Nunca se viu tantos jornalistas sob a saia de golpistas. Vergonhosamente, nunca se viu tão pouco jornalismo.
Desde ontem, os golpistas e seus cúmplices (inclusive os camuflados) podem acalmar suas almas. Já podem até jogar Eduardo Cunha ao mar. Podem dormir em paz porque o Brasil e a Lei de Responsabilidade Fiscal, sem pedaladas, estarão daqui a pouco sob a austeridade de Michel Temer e de Armínio Fraga.
Liberais, defensores de normas e leis que os favoreçam, adoradores do livre mercado que ontem votaram em nome de Deus e da família, durmam em paz.  Indignem-se com a corrupção e continuem aplaudindo corruptos impunes. Economizem os discursos duplos, as duas caras, a falsa defesa da democracia. Cuidem bem da fala dos seus oráculos adesistas.
Comemorem, abram champanhe, reabram contas secretas, voltem a superfaturar metrôs, roubem a merenda das crianças paulistas e enterrem a Lava-Jato antes que chegue mais perto das suas casas, dos seus governos e dos seus ninhos. Peçam para que os delatores parem de delatar Aécio Neves. Leiam a Constituição onde lhes interessa, declamem o Hino, vistam a camiseta da Seleção dos 7 a 1.
Percorram o Brasil com Janaína Paschoal em sessões de exorcismo. Gritem o nome do procurador-geral da República, de Gilmar Mendes e do juiz Moro. Elejam o japonês da Federal como o mais votado deputado brasileiro de todos os tempos. Reexaminem com cuidado, sabedoria e critério a Previdência Social, o SUS, o FGTS, os direitos trabalhistas. Façam o arrocho sem parcimônia.
O governo será de Michel Temer, do Lobão, do Paulinho da Força, do Caiado, do Abel das Galinhas, dos investidores estrangeiros e dos seguidores dos patos da Fiesp. Eles conseguiram o que velhos protagonistas e figurantes da velha direita do golpe que derrubou Jango nunca imaginaram. A nova direita venceu e tomará o poder sem votos, sem farda e sem tanques.
Golpistas sobreviventes de 64 devem estar espantados com o que viram ontem, enquanto Eduardo Cunha votava pelo golpe e rogava aos céus para que Deus tenha misericórdia do Brasil. Com tanta proteção, não há quem possa conspirar contra a família brasileira.
o.O.o
*Moisés Mendes é jornalista (texto enviado por e-mail a amigos).
 Fonte: Sul21

segunda-feira, 18 de abril de 2016

"A DERROTA DE ONTEM FOI MINHA VITÓRIA. EU DETESTARIA ESTAR NO LUGAR DE QUEM ME VENCEU"



Pronunciamento da Vereadora Iara Castiel na sessão de hoje na CV de Santiago/RS, reproduzido em seu Blog: (...) "Ontem, o mais assustador no cenário da  Câmara Federal foi a revelação de representantes despolitizados e despreparados. Homens e mulheres eleitos pelo povo, mostrarem-se tão infantis, tão grotescos, tão desequilibrados e tão preocupados consigo próprios e não com o coletivo, dedicando o voto a maridos, esposas, filhos, sobrinhos, genros, noras, pais... Foram ao microfone dizer SIM para acabar com a corrupção?  Mas acabar com a corrupção tirando uma mulher honesta, sem nenhum processo criminal, para apoiar Michel Temer, um traidor, Eduardo Cunha, o maior ladrão do país, Aécio Neves corrupto? Quem realmente quer acabar com a corrupção????" (...)

CLIQUE AQUI para ler  na íntegra.

Jean Wyllys, Bolsonaro e a cusparada que lavou a alma



Uma cusparada em alguém, talvez seja a agressão mais forte que se possa fazer. Mais do que o tapa na cara. Porque é sinal de repulsa total que sente o agressor pelo alvo da cusparada.

Ontem, o deputado do PSOL do RJ Jean Wyllys deu uma cusparada no deputado Jair Bolsonaro, do PSC, também do RJ. Uma cusparada que lavou a alma de todos nós, que ficamos indignados com a atitude repulsiva do deputado ao dedicar seu voto favorável ao impeachment da presidenta Dilma ao torturador (reconhecido pela justiça como torturador, frise-se) Brilhante Ustra.

A 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo negou hoje (14), por unanimidade, o recurso do coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra que pretendia reformular a sentença em que foi reconhecido como responsável por praticar torturas no período do regime militar. 

Em sentença proferida em outubro de 2008, pela 23ª Vara Cível Central, o juiz Gustavo Santini Teodoro julgou procedente o pedido dos autores da ação, César Augusto Teles, Maria Amélia de Almeida Teles e Criméia Alice Schmdt de Almeida para declarar que entre eles e o réu Carlos Alberto Brilhante Ustra existe relação jurídica de responsabilidade civil, nascida de pratica de ato ilícito, gerador de danos morais. 
O magistrado afirmou em sua sentença que "a investigação, a acusação, o julgamento e a punição – mesmo quando o investigado ou acusado se entusiasme com ideias aparentemente conflitantes com os princípios subjacentes à promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos –, devem sempre seguir a lei. O agente do Estado não deve torturar, pois qualquer autorização nesse sentido só pode ser clandestina ou manifestamente ilegal.”[Fonte: Tribunal de Justiça de SP]
O deputado Bolsonaro é o candidato de coração à presidência da República de 8% dos brasileiros, segundo última pesquisa Datafolha. Ele defende um governo militar, ou de linha militar, pulso firme, linha dura. Que dispute democraticamente as eleições e defenda suas ideias.

Mas homenagear um torturador é indefensável, infame, repulsivo. Garanto que a maioria dos militares pensa assim. A reação de Wyllys foi uma resposta à altura. Mas não pode ficar por aí. É hora de cassar o mandato de Bolsonaro na Comissão de Ética.

Mas, antes, é preciso cassar Eduardo Cunha, porque com ele no comando da Câmara, a bandidagem está no comando, tá tudo dominado.


*Do Blog do Melo http://blogdomello.blogspot.com.br/

domingo, 17 de abril de 2016

Circo dos horrores: clamam a Deus, fazem o diabo




Por Fernando Brito*
A frase não é minha, mas do jornalista Fernando Molica. “Quem fala em família, em Deus e em seu estado vota sim (ao golpe)”. E a resposta da leitora, repugnada: “senti-me órfã, pagã e exilada”.
De fato, nem Deus, nem família alguma, nem lugar algum merece este circo.
O espetáculo que se assiste é deplorável, não apenas pelo fato de estar sendo golpeada a democracia, mas porque isso se dá com requintes de fanatismo, grosseiramente demagógico.Vão dos corretores de Goiás à Paz de Jerusalém.
A Câmara é uma vala, de onde pouca esperança pode haver de que brote algo que não feda.
O nojo é tanto que me abstenho de mais comentários, porque se consagra não só a maioria, mas a hegemonia de poder de Eduardo Cunha.
Não sei se, como parece, a noite será dele, como dele provavelmente será o Governo Temer.
Mas não será deles a manhã, não será deles o Brasil.
*Via http://www.tijolaco.com.br/

Júri popular diz que mídia brasileira é golpista, corrupta, elitista e racista


Júri popular da mídia golpista foi realizado no final da tarde deste sábado, no Acampamento da Legalidade, na Praça da Matriz, em Porto Alegre. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Por Marco Weissheimer, no Sul21
Qual o papel ideal da mídia e qual é, de fato, o papel que ela representa no Brasil hoje? Essa foi uma das questões centrais que orientou o Júri Popular da Mídia Golpista, realizado no final da tarde deste sábado, no Acampamento da Legalidade, instalado há cerca de uma semana na Praça da Matriz, por movimentos sociais articulados na Frente Brasil Popular e na Frente Povo Sem Medo. Coordenado pelo jornalista Ayrton Centeno, que fez às vezes de juiz, o júri popular foi realizado ao ar livre, no meio da praça, com a presença de centenas de pessoas. Coube ao próprio Centeno apresentar o que seria o papel ideal da mídia. Para ele, esse papel seria oportunizar o acesso à informação em igualdade de condições às diferentes visões que existem na sociedade. A realidade, porém, está longe disso, apontou, citando o jornalista Mino Carta, para quem a mídia do Brasil é a pior mídia do mundo.
O júri popular abordou ainda outras questões relacionadas ao comportamento da mídia brasileira, tais como o papel que ela desempenha na atual crise política e como se comportou em outras crises políticas na história do Brasil. Afinal, essa mídia, defende ou ameaça a democracia brasileira? Centeno relatou que os organizadores do júri convidaram representantes dessa mídia para participar do evento, mas eles se recusaram a participar. “Tentamos inclusive a condução coercitiva, mas não funcionou”, ironizou o jornalista. Diante dessa recusa, um ator fez às vezes do advogado de defesa da Rede Globo. Ele fez o seu trabalho rapidamente e a sua defesa despertou vaias e gargalhadas junto ao público:
“A Rede Globo é uma empresa respeitável que informa a população de forma imparcial, com muita lisura, respeitando os fatos. Vocês dizem que a Globo apoiou o golpe em 64. Que golpe? Aquilo foi uma revolução. A mídia tem que ser livre. Afinal, não queremos virar uma nova Cuba”.
Representando a mídia alternativa, Gustavo Turck recusou o rótulo e corrigiu: “Não somos mídia alternativa, mas sim alternativa de mídia. Assim como Zero Hora não é um jornal, mas sim um panfleto que não traz informação, só ‘opinação’. Essa mídia não está ajudando o golpe, eles são o golpe”, acusou Turck.
O ex-prefeito de Porto Alegre e ex-deputado estadual Raul Pont fez um testemunho sobre o comportamento da mídia no golpe de 64 e na ditadura que se seguiu a ele. “Em 64, éramos estudantes recém egressos na universidade e começamos a formar nossa visão de mundo no enfrentamento à ditadura. A grande mídia, na época representada principalmente pela Rede Diários Associados e Organizações Globo sustentaram o golpe e usaram a ditadura para se transformar no oligopólio que são hoje”, assinalou. Pont lembrou ainda que, logo que começaram as prisões, depois do AI-5, essa mídia apresentou muitas mortes de companheiros nossos como se fossem acidentes de trânsito, atropelamentos e coisas do gênero.
“Eu não fui preso, fui sequestrado pela Operação Bandeirantes por meio de uma condução coercitiva, algo que parece ter voltado à moda: prisões sem processo e sem julgamento. A imprensa e o Judiciário foram cúmplices desta ditadura. A gente conta nos dedos os juízes e desembargadores que se levantaram contra essas práticas. Os meios de comunicação alimentaram diariamente o isolamento e a invisibilidade de nossas lutas. Eu não tenho dúvida em afirmar que essa mídia é o maior inimigo da democracia brasileira hoje. Temos diante de nós monopólios ilegais que sobrevivem graças à sustentação e à omissão do Judiciário e do Ministério Público, que não garantem o cumprimento do que está na Constituição. A minha geração acompanhou o processo de nascimento desses oligopólios e combatê-los é, hoje, uma das principais lutas do povo brasileiro”, defendeu Raul Pont. (...)
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