Por Eduardo Guimarães*
Este texto tem endereço certo: os
setores do PT e do governo Dilma que já acreditaram – e que, em boa parte,
ainda parecem acreditar – que é possível “virar a página” do episódio do
mensalão agora que seus alvos principais se encontram trancafiados por obra e
graça de medida judicial monocrática, açodada e, por isso mesmo, suspeita de
ser politiqueira.
É fácil entender o pensamento
político do PT e de seu governo: deixar os adversários se esbaldarem agora com
a deturpação dos fatos e, ano que vem, contar com o fenômeno eleitoral que vem
sendo constado desde 2005, ou seja, o desprezo do eleitorado à teoria de que
haveria mais corrupção no PT do que em outros partidos.
A partir de meados de 2005, com
aquela bombástica entrevista do então deputado Roberto Jefferson à Folha de São
Paulo que desencadeou o processo que, aparentemente, estaria chegando ao fim
com a execução das penas dos condenados, em nenhum dos cerca de três milhares
de dias seguintes o mensalão deixou de monopolizar o noticiário.
Contudo, a teoria que vem levando
a presidente Dilma a não se pronunciar sobre a prisão intempestiva dos petistas
imolados e que tem feito a cúpula do PT ser comedida na condenação dessas
prisões e no apoio aos companheiros encarcerados é a de que, com a desgraça deles,
a odisseia persecutória da mídia estaria chegando ao fim.
Trata-se de um erro de avaliação
(...).
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Cidadania)*
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