Por Júlio Prates*
O meu maior defeito ou meu maior acerto na vida, não sei ao certo até hoje, talvez até nunca descubra, foi me definir pelo campo da esquerda desde quanto eu tinha modestos 16 anos.
Filiei-me ao PT em 1980 a convite do meu amigo desde então Júlio Garcia, o único líder de esquerda sério e da velha guarda que eu reconheço. Pessoa honesta sem igual, um homem sério e honrado e um companheiro irretocável. Somos amigos desde 1978.
Nessa vida, por onde passei, conheci pessoas de uma grandeza de caráter como o advogado Júlio Garcia e conheci as piores pessoas do mundo, gente falsa ao extremo, no momento oportuno meu livro com minhas memórias estará disponível e todos me entenderão.
Tenho amigos de longas datas, porém, todos falecidos e deixo, respeitosamente, de citá-los nessa matéria, onde restrinjo minha breve análise aos meus amigos vivos. É claro, cada um com seus defeitos e virtudes. Ninguém é perfeito. Mas sou amigo do livreiro Girelli desde 1976 e sou testemunha de sua grandeza. Curiosamente, o ex-prefeito Vulmar Leite é meu amigo dos velhos tempos, sempre gostei muito dele, embora eu tenha uma opinião específica sobre ele enquanto prefeito. Hoje, Vulmar voltou a ver velho Vulmar dos anos 70 e 80 e aí reside seu grande valor. Hoje, somos amigos de trocar ideias pelo whatsapp e Vulmar nem parece político, desses que só se lembram da gente em época de eleição.
Com o passar dos anos, com as mortes, nosso círculo de amigos começa a estreitar-se. Guilherme Bonotto é um dos raros amigos que fiquei, embora nunca mais tenhamos nos falado. Eu estou convencido de que Guilherme Bonotto seria o melhor prefeito que Santiago já teve, tamanha é minha admiração por sua visão negocial, sua honradez e honestidade com o trato de coisa pública.
Meus amigos atuais são mais recentes, todos recentes, todos com pouco mais de 20 anos de amizade, embora reconheça em quem me chama de amigo uma diferença fundamental. Existem aqueles que dão asas às armações das víboras, mas esses eu sei todos quem são.
Como todo ser humano, conheci o lado pobre de certas pessoas. E nisso creio que foi a maior lição que a vida me deu, pois conheci a extensão da podridão de quem vivia ao nosso lado e se dizia amigo e admirador. No fundo, esses sempre sonharam em me ver morto e nunca mediram a extensão dos danos causados em minha vida por suas ações sujas e mesquinhas.
Embora o fime AMADEUS tenha mostrado um lado da perversidade humana, já escrevi que os Salieres da vida estão por todos lugares, mesmo quem sequer imaginamos.
Hoje, voltei há pouco em Santiago e iria escrever sobre o meu amigo Arthur Viero e sua companheira, Rosane Fontela, que é ligada as famílias Goularte e Fontela de São Borja, sendo diretamente prima de Maria Teresa. Mas escreverei sobre eles numa outra oportunidade, nossa janta de ontem ainda está bem fresquinha e preciso digeri-la melhor.
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*Júlio César de Lima Prates (foto) é advogado, sociólogo, jornalista, escritor e blogueiro.
-Fonte desta postagem: Blog do Júlio Prates (04/12/2024).
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