sexta-feira, 11 de abril de 2025

‘Vou correr atrás dos votos’, afirma Rui Falcão sobre disputa de presidência do PT

Deputado Federal de SP anunciou que será candidato ao seu terceiro mandato como presidente do partido

Deputado Federal e candidato à presidência do PT, Rui Falcão (PT-SP). - Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) anunciou nesta quarta-feira (9) que vai disputar a presidência do Partido dos Trabalhadores (PT), na eleição interna que está marcada para 6 de julho. O petista já foi presidente da legenda de 2011 a 2017, e antes disso, de 1993 a 1994, quando conseguiu derrotar a corrente majoritária do partido, a Construindo um novo Brasil (CNB), da qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também faz parte.

Falcão pertence à corrente Novo Rumo, e terá como principal adversário na disputa interna o ex-ministro do governo Dilma Rousseff e ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, favorito da CNB. Além deles, outras duas pessoas apresentaram candidatura: Valter Pomar e Romênio Pereira.

Em entrevista ao Brasil de Fato, Falcão afirmou que sua candidatura busca promover o debate interno. Um dos desafios da candidatura, segundo ele, é o processo eleitoral interno e a prioridade de reeleger Lula em 2026. Falcão sugere que um processo de eleição indireta, com delegados, seria mais politizador.

“Eu preferia que houvesse um outro processo de eleição que não fosse simplesmente todo mundo votar, que tivesse um processo de debate político prévio, elegendo delegados, como nós já fizemos em outras ocasiões. Seria mais politizador, envolveria mais gente, mas o voto direto sempre é positivo e eu vou correr atrás dos votos. Esse é o maior desafio lado a lado com a nossa principal estratégia que é reeleger o Lula em 2026. Uma coisa tem que tá combinada com outra”, defendeu.

O parlamentar paulista comentou sobre sua estratégia para promover o retorno às raízes do partido, defendido por ele, em contraponto à posição de outras correntes internas, que defendem a superação da polarização e um “giro ao centro” em busca de ampliar o arco de alianças da legenda. Falcão defende uma comunicação que combine o uso de redes sociais com o contato direto com a população.

“As redes sociais são elementos poderosos em comunicação, mas essas redes também devem servir para impulsionar a organização partidária, para multiplicar as redes, mas também permitir o corpo a corpo, que é insubstituível. As pessoas querem também olho no olho, querem que você vá ao bairro, querem que você ouça os problemas concretamente. Então, é uma conjugação de redes e ruas de comunicação ativa e de luta social”, disse Falcão.

Entre as principais propostas do agora candidato, está o apoio do PT ao projeto que altera a escala de trabalho 6×1, à isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e a reeleição do presidente Lula em 2026.

O presidente Lula tem evitado comentar as eleições internas do partido. Cerca de 1,3 milhão de filiados deverão participar da eleição interna para a nova direção nacional do PT, em 6 de julho. 

*Editado por: Nathallia Fonseca - Fonte: BdF

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Redução da jornada de trabalho: 65% dos brasileiros apoiam a mudança

Entrevistados citam melhoria na qualidade de vida e na produtividade

   Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

 

Da Agência Brasil*

Um levantamento feito pela Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados mostra que 65% dos brasileiros são favoráveis à redução da jornada de trabalho atual de 44 horas semanais. Segundo a pesquisa, 27% são contrários à diminuição; 5%, não são nem a favor e nem contra; e 3% não souberam responder.

Foram ouvidas presencialmente 2 mil pessoas com mais de 16 anos de idade, nas 27 unidades da federação. As entrevistas foram realizadas de 10 a 15 de janeiro de 2025.

De acordo com a pesquisa, os principais benefícios criados pela redução da jornada apontados pelas pessoas ouvidas foram:

Melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores (indicado por 65% dos entrevistados)

Aumento na produtividade (55%)

Desenvolvimento social do país (45%)

Desenvolvimento econômico (40%)

Aumento da lucratividade das empresas e indústrias (35%)

Em relação à jornada de seis dias de trabalho por um dia de folga, a opinião dos entrevistados foi: 

54% contra

39%, a favor

4% nem contra nem a favor

3% não souberam responder

Especificamente perguntados sobre a Proposta de Emenda à Constituição conhecida como a PEC da escala 6×1, em análise na Câmara dos Deputados, que prevê a redução da jornada máxima de trabalho semanal para 36 horas, sendo 4 dias de trabalho e 3 dias de folga, sem a diminuição do salário, a opinião dos entrevistados foi: 

63% a favor

31% contra

4% nem contra nem a favor

3% não souberam responder

A maioria (42%) disse ainda que a alteração seria positiva para o país; 30%, negativa; 22%, não faria diferença; e 6%, não soube responder.

Caso a redução da jornada de trabalho se tornasse uma realidade, 47% afirmaram que utilizariam o tempo livre do trabalho para se dedicar à família; dedicar atenção à saúde (25%); fazer renda extra (22%); e investir em cursos e capacitações profissionais (17%).

*Via Sul21

terça-feira, 8 de abril de 2025

SANTIAGO/RS: PT SE POSICIONA SOBRE O DÉFICIT MILIONÁRIO DO FAPS E ABERTURA DE CPI

DIREÇÃO DO PT SANTIAGUENSE LANÇA NOTA ORIENTANDO VEREADOR JOEL CRESTANI, O DÉIO, A VOTAR CONTRA A REPACTUAÇÃO DO DÉFICIT DO FAPS* (HOJE MAIS DE MEIO BILHÃO DE REAIS**) E ASSINAR PROPOSTA DE CPI



*FAPS - Fundo de Aposentadoria dos/as Trabalhadores/as Municipais de Santiago-RS

 **Segundo informações do próprio Executivo Municipal

***Via WhatsApp

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Não seria saudável e urgente repensar os meios de comunicação?


Por Franklin Cunha*

“O capitalismo neoliberal não trata apenas da exclusiva acumulação de capitais, de poder e de liberdades, mas também utiliza e exerce essas três condições para negá-las à maioria das pessoas excluída do sistema” – Noam Chomsky

A expansão metastática da violência se constitui num dos vetores principais do processo de globalização. A guerra pela produção e pelos mercados não é paralisada pelos limites territoriais, temporais e muito menos pelos éticos. Uma vez desencadeada a luta selvagem para a obtenção do poder e dos lucros, não existem mais limites para a capacidade de destruição. O extermínio maciço, organizado e sistemático de populações indefesas, diluído numa tragédia enorme, incessante e infinda, tornam obsoletas as acadêmicas delimitações conceituais entre guerra civil, total, de guerrilhas, justas ou santas, genocídio, limpeza étnica, terrorismo ou corriqueiros latrocínios.

Só as tragédias nos comovem. E só as que nos tocam de perto. Quanto maior a ‘milhagem’, menos nos perturbam o número de mortes violentas causadas por fenômenos naturais ou por ações bélicas de quaisquer origens, aparentemente justificadas ou não. De aliviar nossos sentimentos de pena, culpa ou horror – não nos preocupemos -, disso a mídia se encarregará.

O capitalismo neoliberal não trata apenas da exclusiva acumulação de capitais, de poder e de liberdades, mas também utiliza e exerce essas três condições para negá-las à maioria das pessoas excluídas do sistema. E, nessa tarefa, a mídia exerce um papel fundamental ao ‘fabricar consensos’ manipulando fatos e publicando versões do que se passa no mundo, versões essas criadas nas redações dos editorialistas, que pensam rigorosamente como seus patrões e esses como seus poderosos anunciantes.

Há vinte e cinco anos, um livro chamado ‘Fabricando Consensos’, escrito por Noam Chomsky e Edward S. Herman, definiu o novo modelo dos meios de comunicação, o qual eles chamaram de ‘Modelo Propaganda’. Trataram de interpretar a estrutura dessas empresas comerciais cuja base de lucros são os anúncios, a propaganda que executam de qualquer produto ou ideia para quem mais lhes pagar. O livro revela a origem e a maneira de como são expostas as notícias, em geral originadas nas grandes agências noticiosas, que dominam o mercado e as redações dos jornais, revistas e TVs. Na realidade, elas ditam o pensamento de seus leitores e sua ideologia é profundamente conservadora, incentivadora de todos os regimes da direita política e da crença no mercado e na livre iniciativa. Procuram e conseguem influenciar a orientação econômica dos governos, sejam liberais ou liberticidas, fazem parte da política econômica, refletindo os desejos do grande capital nacional e transnacional, mas estão sempre disputando e arrancando generosos empréstimos, concessões e incentivos governamentais.

Zizek diz que ‘não pensamos, a mídia nos pensa’ e nos pauta. Há vários dias as manchetes de primeira página são as bombas da maratona de Boston, com três mortos e alguns feridos a lamentar. Quando os ‘drones’ americanos no Afeganistão assassinam famílias inteiras e incendeiam ônibus com crianças, tais fatos ocupam pequenas notas no interior dos jornais e apenas alguns segundos nas TVs. Essa orientação editorial da mídia revela entre outras coisas que ela está impregnada de ideias racistas, pois faz-nos parecer que vidas de cidadãos norte-americanos valem muito mais do que a vida de seres humanos dos países pobres ora invadidos e violentados pela máquina bélica e comunicacional do Império.

Enfim, os meios de comunicação fazem parte de um complexo financeiro, econômico e ideológico, verdadeira tropa de choque de interesses de grupos econômicos que dominam as finanças globalizadas, sejam elas de origem clara ou mesmo claramente obscuras.”

(*) Franklin Cunha, médico e escritor, em ‘Ensaios Contemporâneos’, Porto Alegre, AGE, 2014)

franklincunha1933@gmail.com

**Fonte: Jornal Brasil Popular

...

***Nota deste Editor: Esse artigo que reproduzimos acima data de 2014, mas continua atualíssimo. (J.G.)

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Quaest: Lula lidera todos os cenários de segundo turno

 


Um dia após a divulgação dos números da avaliação do governo federal, a pesquisa Genial/Quaest aponta que o presidente Lula (PT) lidera todos os cenários de segundo turno para as eleições de 2026. O cenário mais apertado é na disputa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, em que o petista aparece com 44% contra 40%, diferença no limite máximo da margem de erro.

Além do cenário entre Lula e Bolsonaro, foram medidas as intenções de voto do presidente contra outros 7 adversários (ver quadro abaixo). A disputa mais próxima seria contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), com vantagem de 44% a 38% para Lula. (...)

*CLIQUE AQUI para continuar lendo (via Sul21)

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Oposição denuncia vereadores de Porto Alegre ao MPF por apologia à ditadura militar

Mariana Lescano (PP) e Coronel Ustra (PL) defenderam o regime militar no plenário da Câmara

   Giovani Culau repudiou as falas | Foto: Fernando Antunes/CMPA

Os partidos de oposição da Câmara Municipal de Porto Alegre anunciaram que entrarão com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra os vereadores Coronel Ustra (PL) e Mariana Lescano (PP) em razão de falas durante a sessão plenária desta segunda-feira (31) que consideram configurar apologia à ditadura militar. 

Ustra, que utiliza o nome de seu familiar fazendo referência ao Cel. Brilhante Ustra, o único militar da ditadura que foi reconhecido como torturador, saudou o dia 19 de março, quando ocorreu a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que antecedeu a intervenção militar no País. Ele defendeu o período do regime militar e a anistia aos réus do 8 de janeiro. “Se em 1964 o Brasil escolheu a liberdade, hoje temos o dever de continuar essa luta”, afirmou. 

Já Mariana Lescano afirmou que o regime militar foi uma revolução democrática. “Nós temos que lembrar que foi um pedido do povo brasileiro, que não queria que o comunismo se instaurasse no Brasil”, disse. Ela afirmou ser contra o totalitarismo e a ditadura e que, “por mim existiria a proibição de ter um partido comunista no Brasil”. E ainda pediu por anistia aos réus do 8 de janeiro, afirmando que hoje se vive um regime totalitário onde, “se tu pedir voto impresso, é ato antidemocrático. Se tu criticar a suprema corte, atentado à democracia. Se tu protestar contra o governo, é golpe de estado”. 

*Com informações da CMPA. 

Os vereadores de oposição repudiaram as falas, inclusive ainda durante a sessão, acusando os Ustra e Lescano de fazer apologia à tortura ditatorial e apoiar o ato antidemocrático do 8 de janeiro. Também apontaram que as manifestações atentam contra o regime democrático e configuram crime na legislação penal brasileira. 

“As declarações desses parlamentares não são apenas um atentado à memória dos que lutaram contra a ditadura, mas também um grave desrespeito à Constituição Federal, que condena expressamente qualquer forma de apologia ao regime militar e à tortura”, diz Natasha Ferreira, líder do PT. 

Giovani Culau (PCdoB) leu o relato de uma militante política torturada durante o regime militar no Brasil, sob comando do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. “Não houve revolução em 1964, houve um golpe, que matou, torturou e cassou mandatos parlamentares, inclusive nessa cidade”. Também chamou de “nojenta” e “horrorosa” a manifestação do vereador, afirmando que não pode ser concedida anistia aos réus do 8 de janeiro, por conta dos vestígios do regime militar na sociedade.

**Fonte: Sul21

terça-feira, 1 de abril de 2025

Da ditadura ao bolsonarismo: Brasil busca por justiça após Bolsonaro se tornar réu pelo STF

 


Em meio a aniversário do golpe de 1964, país celebra decisão histórica do STF que pela primeira vez vai julgar golpistas. (...)

*CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Brasil de Fato).