sábado, 13 de fevereiro de 2016

Eleições Municipais - Santiago/RS




Crítica & Autocrítica - nº 107

*Nas últimas eleições municipais realizadas em Santiago/RS, em outubro de 2012, a 'novidade' foi o resultado altamente positivo alcançado pela coligação denominada 'Unidade Popular', integrada pelo PT, PDT e PPL - com apoio do PSD. Inicialmente a 'cabeça de chapa' estava reservada para o então vereador Miguel Bianchini (PPL), hoje deputado estadual. Bianchini desistiu de concorrer a prefeito, optando por concorrer à vereança, reelegendo-se com facilidade.

*A tarefa de liderar a coligação oposicionista coube então ao Partido dos Trabalhadores, o PT, que lançou o sindicalista e ex-vereador Antônio Bueno para prefeito e  João Silveira para vice. Em que pese a força da estrutura partidária do PP, que detinha o comando da 'máquina' e do PMDB, legenda tradicionalmente forte no município, que não abriu mão de lançar candidatura própria e ficou de fora da coligação oposicionista, a Unidade Popular (PT/PDT/PPL) fez bonito e literalmente 'incomodou' os favoritos, ficando com 4.723 votos (16,47% dos votos válidos). A eleição foi ganha pelo PP (Júlio Ruivo), ficando o PMDB (Diniz Cogo) em segundo lugar e Bueno (PT/PDT/PPL) em terceiro. A Unidade Popular, contudo, saiu-se muito bem nas eleições proporcionais, elegendo 4 vereadores (dois do PT, um do PPL e um do PDT).

*A tendência agora, em cima dos resultados verificados nas eleições de 2012, seria o relançamento da chapa da Unidade Popular (PT/PDT/PPL); mas, devido principalmente a diferenças políticas, ideológicas e programáticas que se agudizaram no último período no Estado e no País (e o município não é exceção) entre o PT e a maioria desses partidos (mais PMDB, PSDB e PSD), somados a falta de vontade política de suas principais lideranças de recompor, dificilmente essa coligação será repetida.

*Uma pena, pois está mais do que na hora de se 'apear' o PP (sucedâneo do PDS e da velha Arena) do Paço Municipal e termos uma alternância verdadeiramente progressista à testa do Executivo Santiaguense. Fracionadas as oposições, a vitória fica mais difícil, mas não impossível.

*Mas, quem sabe, como as eleições ocorrerão em outubro e o prazo fatal para a definição das candidaturas ocorrerá somente em agosto, tudo ainda ficará em aberto ... independente das especulações na mídia e das manifestações das lideranças... Afinal, como diz o ditado, 'muita água passará ainda por debaixo da ponte'.

*Uma coisa, contudo,  é certa: caso a Unidade Popular não seja reeditada em Santiago (pelo menos nos moldes da eleição passada), deveremos ter três ou quatro candidaturas concorrendo ao Executivo Municipal. O Deputado Bianchini (PPL) já informou que não vai concorrer a prefeito. Teremos então o candidato da situação (PP), nome ainda não definido; o candidato do PMDB (idem); o candidato do PSD e aliados (provavelmente Guilherme Bonotto, ex-secretário municipal do governo do PP) e Antônio Bueno (PT, já lançado como pré-candidato), com uma companheira candidata de vice. À conferir. (por Júlio Garcia, especial para 'O Boqueirão Online')

*Nota: O PMDB, segundo foi informado ao Blog, não deverá lançar candidato, uma vez que decidiu integrar a coligação que terá Guilherme Bonotto (PSD) como candidato a prefeito (nome oficializado hoje, após prévia onde Guilherme derrotou Paulo Rosado, do PDT). Deveremos ter, então, somente três candidaturas ao Executivo Municipal Santiaguense: duas de oposição (a do PSD e aliados e a  do PT) e uma de situação (PP).


 **Postada originalmente em 11/02/2016 - Atualizada em 13/02/2016. 

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