*Agora é oficial: sou candidato a #vereador em Santiago/RS!!!
Blog de notícias, política, artigos, cultura, entrevistas, variedades, opiniões... y otras cositas más! (Santiago/RS e Região) - Editor: Júlio Garcia
Por Júlio Garcia*
*Sobre as últimas inverdades e delírios proferidos por Bolsonaro (sem partido) na Assembleia Geral da ONU: “Os grandes jornais fazem uma ginástica vernacular para dizer que Jair Bolsonaro, em seu discurso na ONU, “distorceu”, “fantasiou” e “delirou”, para ficar no que escreveram Estadão, Folha e O Globo. Foge-se do verbo óbvio: mentiu”, escreveu o jornalista Fernando Brito em seu Blog. Tenho absoluta concordância.
*A manchete da postagem do conceituado jornalista [no ‘Tijolaço’] já diz tudo: “Por que fugir da palavra ‘mentiu’ para o que fez Bolsonaro?” Ele, literalmente, ‘vai na mosca’: “Ana Carolina Amaral, na Folha [de S.Paulo], em texto sóbrio feito sobre os dados do Inpe e do Cadastro Rural mostra como é mentira o que disse o presidente, diante de toda a comunidade internacional, ao dizer que “uma parte considerável das pessoas que desmatam e tocam fogo é indígena, caboclo”. Assentamentos rurais e terras indígenas tiveram, respectivamente, 11% e 12% dos focos de calor registrados pelos satélites no primeiro semestre de 2020 e nem isso quer dizer que eles foram responsáveis por eles, porque em ambos, além de ocorrências acidentais, é possível que desmatamentos feitos por invasores podem ter gerado queimadas.
Em comparação, 50% dos incêndios ocorreram em grandes e médias propriedades rurais na Amazônia Legal, que inclui mais áreas já ocupadas pelo agronegócio. Considerada apenas as quatro áreas mais atingidas da Floresta Amazônica, este índice sobe para 72%, quase três quartos do total. No Pantanal, nove grandes fazendas foram responsáveis pela carbonização de 1.417,73 km², uma área maior que a de todo o município do Rio de Janeiro. Não é, em hipótese alguma, a prática tradicional da coivara, técnica ancestral da agricultura de subsistência, que tem séculos e jamais provocou desastres semelhantes. Mas “indígenas e caboclo” servem de cortina de fumaça para algo que devora a terra com mais força que as labaredas: o dinheiro”.
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*Pré-Candidato a Vereador em Santiago/RS – Conforme já tinha registrado nesta Coluna, atendendo apelos de vários companheiros e companheiras, dirigentes, amigos(as), militantes do PT e dos movimentos sociais para que eu reconsiderasse a decisão de não concorrer à vereança neste pleito, decidi atender ao ‘apelo’ dos(as) amigos(as) e companheiros(as) e colocar meu nome na relação dos pré-candidatos à vereança pelo Partido dos Trabalhadores. Buscarei, desta forma, contribuir (mais uma vez!) com o ‘bom debate’, através de intervenções, propostas e projetos viáveis mas, sobretudo, na fiscalização dos atos do Executivo e, por conseguinte, com o fortalecimento da legenda estrelada e da luta organizada do nosso povo. Então, como no próximo domingo (27) inicia oficialmente a ‘campanha’, farei um ‘intervalo’ como ‘colaborador’ [que sou] deste conceituado jornal, devendo retornar com esta ‘Coluna’ assim que forem encerradas as Eleições Municipais deste ano.
*Para concluir: “Sou um combatente provisório/ de uma causa quase eterna no homem/ acredito ter como bandeira/ senão o sonho perfeito/ a melhor utopia possível”. (Trecho do Poema ‘Inventário de Cicatrizes’, do valoroso companheiro Alex Polari de Alverga,poeta, combatente e preso político durante os ‘anos de chumbo’ da [nada saudosa] ditadura militar). –Até breve! #Alutasegue!
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**Júlio César Schmitt Garcia é Advogado, Pós-Graduado em Direito do Estado, Consultor, dirigente político (PT) e Midioativista. Foi um dos fundadores do PT e da CUT. - Publicado originalmente no Jornal A Folha (do qual é Colunista) em 25/09/2020.
Nota:
-Informamos que, temporariamente, reativamos este Blog pelo fato de estarmos realizando alguns ajustes técnicos no Portal O Boqueirão Online, sendo esse o motivo pelo qual o mesmo encontra-se sem atualização de suas postagens.
Em breve o Portal retornará a seu ritmo normal.
Agradecemos a compreensão.
O Editor
Organizações ambientais e políticos criticaram ontem o discurso feito pelo presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Sem citar diretamente o presidente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso disse que o combate ao desmatamento não é escolha política – e sim dever constitucional assumido pelo País em acordos internacionais.
Mariana Mota, coordenadora de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil, afirmou que Bolsonaro agrava a situação enfrentada pelo Brasil ao minimizar o drama ambiental, piorando ainda mais a imagem do País no exterior.
“Ao invés de negar a realidade, em meio à destruição recorde dos biomas brasileiros, o governo deveria cumprir seus deveres constitucionais em prol da proteção ambiental e apresentar um plano eficiente para enfrentar os incêndios que consomem o Brasil”, disse.
Bolsonaro disse nesta terça 22 que é vítima de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal”. Dados mostram que o Pantanal registra o maior índice de queimadas desde 1998, quando os incêndios passaram a ser medidos, e a Amazônia volta a se aproximar dos recordes de destruição ocorridos no ano passado.
O argumento é o mesmo que tem sido ecoado pela base militar que ocupa o Palácio do Planalto e que é alardeado pelo Ministério da Agricultura e pelo próprio Meio Ambiente: países incomodados com a competitividade do agronegócio brasileiro querem prejudicar a imagem do Brasil.
Bolsonaro disse que “os focos criminosos são combatidos com rigor e determinação”, mas programas que existiam para combater os incêndios foram eliminados pelo governo.
Gabriela Yamaguchi, diretora de Sociedade Engajada do WWF-Brasil disse que o discurso de Bolsonaro foi cheio de “acusações infundadas e ilações sem base científica”, afirmando ainda que postura não é condizente com o papel de chefe de Estado.
“Como um roteiro de ficção, o discurso uniu palavras-chave das Nações Unidas com descrições de um Brasil que não existiu em 2020, em completo negacionismo da realidade do país e desconsiderando a urgência e seriedade dos desafios globais que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterrez, descreveu em sua fala.”
O uso de dados distorcidos sobre o meio ambiente também foi lembrado pela diretora executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia.
“O governo atual se especializou em disseminar a ‘pós-verdade’ para eximir-se da responsabilidade pelos graves problemas que o país enfrenta. E isso em nada contribui para que tenhamos as soluções necessárias.”
Políticos questionaram a veracidade de pontos levantados pelo presidente, como o valor do auxílio emergencial. “Alguém sabe me dizer qual o brasileiro que recebeu esse auxílio emergencial de 1.000,00 dólares que Bolsonaro falou na ONU?”, questionou o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), líder da oposição na Câmara, chamou o presidente de mentiroso. “Bolsonaro foi à Assembleia-Geral da ONU para mentir. Será demolido pela imprensa internacional e brasileira.”
Líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), assistiu ao discurso junto ao presidente e o parabenizou. “Discurso impecável do presidente, esclarecendo posições de governo com ênfase no meio ambiente”, escreveu Barros.
Ao encerrar uma audiência pública no STF para tratar da política ambiental brasileira, Barroso afirmou que o Brasil está entre os sete maiores emissores de gases do efeito estufa, mas diferentemente de outras nações em que a emissão está associada ao “progresso, industrialização e consumo”, por aqui as emissões decorrem de “atividades criminosas, que incluem desmatamento, extração ilegal de madeira e grilagem de terras”.
“Esses são fatos objetivos consensuais. Não são opiniões nem manifestações ideológicas, são fatos, como disse, documentados e consensualmente admitidos. Para resolvermos os nossos problemas, nós precisamos fazer diagnósticos corretos e não criar uma realidade imaginária paralela”, afirmou.
*Fonte: Revista Carta Capital
Em entrevista ao DCM, o ex-presidente Lula criticou a política ambiental do governo Bolsonaro e afirmou que os incêndios no Pantanal e na Amazônia são consequência da “irresponsabilidade” do chefe de Estado e seus ministros.
Ele criticou o desmonte do Ibama e do Inpe.
“Aquele ministro do Meio Ambiente dele é um cidadão descaracterizado de caráter. Ele não tem respeito pela natureza, não tem respeito pelos índios, não tem respeito pelos negros, não tem respeito pelas matas, não tem respeito pela floresta”.
Lula afirma que “o incêndio não é só da responsabilidade de Bolsonaro”, mas “a gravidade do incêndio passa a ser da irresponsabilidade de Bolsonaro e da sua turma”.
Cristina Serra: a volta de Lula faz bem à democracia
Do 'Tijolaço'* - Neste Brasil de tristezas, mortes, chamas, ódios e de um deserto de ideias nos jornais – já escrevo sobre a maldade que a folha estampa em sua manchete – ler o texto de Cristina Serra na edição do jornal paulista traz um pouco de volta os versos de Thiago de Mello em seu Estatutos do Homem: “até as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo”.
Conforta, afinal, saber que uma geração de jornalistas consegue escapar do que ela mesmo chama de “trapaça informativa e cognitiva sobre a qual parte relevante da imprensa brasileira precisa fazer autocrítica”.
Menos por uma preferência político partidária – as décadas que a conheço permitem garantir aos que suspeitam de tudo que a jornalista não é lulopetista, como se tornou moda dizer entre profissionais que flutuam no universo do ódio – e mais por uma compreensão de quem, por mais de três décadas, acompanhou a caminhada deste país, para o bem e para o mal, desde a redemocratização.
Cristina escreve o óbvio, mas que muitos teimam em não ver: a exclusão do ex-presidente Lula do processo político é uma deformidade que compromete a democracia brasileira e, pelo conteúdo de policialismo que contém.
Inclusive na mídia, que acata, aceita e comemora qualquer nova ação lavajatista contra ele, não importa que já cinco anos de exeme microscópio de sua vida desacreditem estas novas e ineptas ofensivas.
Antes do texto, um lembre: os textos, sempre honestos e corajosos, da jornalista podem ser todos lidos em seu blog. (*por Fernando Brito) - https://tijolaco.net/
Cristina Serra, na Folha [de S. Paulo]
No vídeo que gravou para as redes sociais no dia da Independência, Lula deu a partida para 2022. O ex-presidente percebeu a movimentação do adversário no terreno que lhe é (ou era?) favorável, o Nordeste. E está ciente das agruras do PT em ter candidatos competitivos e/ou estabelecer alianças para as eleições municipais que se aproximam.
É muito difícil saber, hoje, se o petista conseguirá candidatar-se a qualquer cargo que seja, considerando a corrida de obstáculos nos tribunais. Um dos maiores entraves é o julgamento do pedido de suspeição de Sergio Moro, o juiz-acusador que o tirou do jogo na eleição de 2018 e virou ministro da “justiça” da extrema direita violenta que nos governa.
O julgamento sobre a suspeição de Moro na Segunda Turma do STF começou em dezembro de 2018 e empacou no “perdido de vista” feito por Gilmar Mendes. O desfecho afigura-se imprevisível com a aposentadoria do ministro Celso de Mello daqui a mês e meio.
Passados quase dois anos de um governo que afronta a democracia dia sim, outro também, não deixa de surpreender que tenha vindo do ministro Edson Fachin a constatação de que a candidatura de Lula em 2018 teria “feito bem à democracia”. A postulação foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral com base na lei da Ficha Limpa porque Lula já havia sido condenado em segunda instância no caso do tríplex.
O PT ganhou quatro das oito eleições para presidente desde a redemocratização e ficou em segundo lugar nas outras quatro. Em 2018, recebeu 47 milhões de votos.
Independentemente das convicções e afinidades políticas de cada um de nós, é preciso reconhecer que um partido com essa representatividade não pode ser excluído do debate público. E Lula não pode ser “cancelado”. A esparrela dos “dois extremos” é uma trapaça informativa e cognitiva sobre a qual parte relevante da imprensa brasileira precisa fazer autocrítica.
Lula está de volta. E isso é uma boa notícia para a democracia.
**Via Blog do Júlio Garcia