domingo, 30 de abril de 2017

Belchior me ensinou que a felicidade é uma arma quente


Por Nathalí Macedo*
Belchior foi o meu primeiro contato com a poesia da vida real, quando meu pai ouvia o vinil de “Coração Selvagem”  em manhãs de domingo tão melancólicas quanto esta e eu me deixava fisgar, sem nenhuma relutância, pelos versos que de tão autênticos me pareciam epifanias, embora eu ainda não soubesse que se chamavam epifanias.
Quando me disseram que era estranho que uma criança gostasse de Belchior “porque é cafona”, entendi: São cafonas os mais sensíveis. E comecei um romance eterno – ainda que na divina comédia humana nada seja eterno – com a cafonice. E com Belchior.
Nessa época eu ainda não sabia que o “cantor cafona” fabricado pela indústria fonográfica era, na verdade, um gênio. Não era ainda capaz de captar seu apelo em nos chamar para a realidade – em chamar a própria arte para a realidade -, ainda não percebera que o seu engajamento político não se deixara engolir pela famigerada indústria cultural, mesmo porque não sabia ao certo o que eram engajamento político e indústria cultural, mas sabia, sensitivamente: falávamos o mesmo dialeto. O dialeto da alma.
Cresci. E o tempo, você sabe, “andou mexendo com a gente”, mas Belchior continuou me compreendendo em todos os anos da minha vida desde então (costumava pensar, sem certeza, que a arte existe para nos compreender).
Me compreendeu quando não estive – quase nunca estou – interessada em nenhuma tiuria. Me abraçou nos dias em que estive cansada do peso da minha cabeça. E nos dias de apatia, me disse que a felicidade é uma arma quente.
Então, mesmo sem alma infantil, eu continuo entendendo sensitivamente – como tem que ser – a poesia de Belchior.
A diferença é que agora eu já consigo alcançar – ainda que nem de longe satisfatoriamente – a magnitude de sua importância para a música brasileira, o modo fascinante como ele ajudou a construí-la, a relação pura e bonita que manteve com a arte. Posso me deixar acolher pela “emoção democrática de quem canta no chuveiro e faz arte pela arte sem cansar a sua beleza.”
Belchior foi um provocador, daqueles dos quais um país como o Brasil necessita. A humanidade, eu diria, necessita. Questionou o capitalismo e, mais do que isso, o trabalho alienado como ladrão de subjetividades muito mais eficientemente que muito cientista político que conheço.
Antes de poética, a música de Belchior é filosófica, porque toca em algumas das mais profundas questões humanas – a política, o trabalho, o tempo, o amor –  com a esperança lúcida dos artistas maduros a as canções de arranjos simples, “falando fácil, muito fácil, claramente”, para ser de fato democráticas, para que todo mundo entenda – até mesmo uma criança de 8 anos.
Belchior, que me abraçou como criança, agora me abraça como artista, como mulher e como pessoa que politiza sua condição, porque a arte, agora penso, não existe apenas para nos compreender – e talvez seja mesmo, para além disso, um dos atos mais políticos de nossa existência.
Então quando Nietzsche escreve que “a arte existe para não morrermos com a verdade”, não me ocorre qualquer constrangimento em discordar, porque “a minha alucinação é suportar o dia-a-dia, e o meu delírio é experiência com coisas reais.”
E mesmo compreendendo a arte política de Belchior como imortal, hoje o dia teima em ser triste porque perdemos a chance de ver e ouvir tudo o que ele ainda poderia fazer. Porque o Brasil ainda necessita de artistas como ele.
Mas ele fez tanto por mim que tudo o que consigo, com lágrimas nos olhos, é lhe agradecer em silêncio.
“Não sou feliz, mas não sou muda. Hoje eu canto muito mais.”

sábado, 29 de abril de 2017

O Histórico 28/04 em Santiago (GREVE GERAL)




O 28 em Santiago

Por Thaisy Finamor, especial para ‘O Boqueirão Online’*

Há exatos 100 anos se consolidou a primeira greve geral no Brasil, com aproximadamente 400 operários, em maioria mulheres, com reivindicações que resultaram nos direitos trabalhistas atuais, tais direitos que querem ser retirados, de nós trabalhadores. 

O 28 de abril neste ano se tornou um dia histórico porque os trabalhadores e estudantes brasileiros pararam grande parte dos serviços públicos e essenciais ao funcionamento do país. Devido ao contexto histórico do dia 28, a data não foi escolhida à toa, como estava sendo dita pelo senso comum e alguns órgãos de comunicação. 

Em Santiago, não foi diferente. O dia 28 foi um marco para o município, onde centenas de trabalhadores urbanos e rurais, militantes e dirigentes de esquerda (PT), estudantes secundaristas (UMES) e universitários, cientes do futuro que nos aguarda, deixaram sua comodidade e foram ocupar o centro da cidade, participando de um grande Ato Público seguido de passeata contra esse desgoverno que vem destruindo nossos direitos.

O Ato Público foi dado por fortes pronunciamentos públicos dos representantes dos sindicatos, movimentos sociais e trabalhadores presentes, expondo suas opiniões contra a reforma da previdência e trabalhista adotadas pelo governo Temer, tal reforma que diminui nossos direitos conquistados como trabalhadores e nos coloca em um futuro ameaçado. A ex-vereadora Iara Castiel representou o Partido dos Trabalhadores de Santiago. O Deputado Estadual Valdeci Oliveira (PT/RS) esteve representado por seu assessor Rômulo Vargas e o Deputado Federal Marco Maia (PT/RS) por seu assessor regional, Júlio Garcia.

O Ato foi finalizado com uma histórica caminhada pelo centro da cidade que reuniu aproximadamente mil pessoas, a maior já ocorrida no município de Santiago. Foi encerrada em frente a Prefeitura Municipal onde os manifestantes, após cantarem o Hino Nacional, bradaram em alto e bom o som o já tradicional "Fora Temer! Nenhum direito a menos!"

*Thaisy Guarda Finamor é santiaguense; é Acadêmica de Jornalismo pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa).
...















*Fotos via face

sexta-feira, 28 de abril de 2017

"Termino o dia de alma lavada e com a consciência impregnada com o dever de continuar lutando pelo nosso povo" (Deputado Marco Maia)

Porto Alegre, hoje - Foto: Guilherme Santos, Sul21


A MAIOR GREVE GERAL QUE CONHEÇO

Por Marco Maia*

Minha primeira greve geral, a fiz em 1983, na época com 18 anos. Naquela oportunidade se retomava nas ruas a possibilidade do povo se manifestar e de dizer o que sentia sobre os governos e suas políticas. Lembro que nossas dificuldades eram enormes. Pouca adesão, enfrentamentos com o aparato policial e estatal e muita disputa política.

De lá para cá muita coisa mudou. Muitas foram as greves tb. Mas hoje pude perceber, pela primeira vez, uma adesão diferente. O povo não foi trabalhar, os transportes não funcionaram espontaneamente e poucos foram os conflitos entre os ativistas e a população em geral.

A greve aconteceu ao natural. Como deve ser uma greve geral. Óbvio que teremos uma guerra de versões. A direita e os grandes veículos de comunicação tentarão deturpar o sentido da greve e seu impacto. Trabalharão apenas números.

A Luta política continuará!!

Mas o certo é que estamos diante da maior paralisação da história, que conheço.

Por isso todos estão de parabéns!! Nossos sindicatos, nosso partido, nossos militantes, o povo que soube se resignar na luta e principalmente a vontade popular que mais uma vez aparece se sobrepondo aos interesses capitalistas e anti sociais de nossa sociedade!!

Termino o dia de alma lavada e com a consciência impregnada com o dever de continuar lutando pelo nosso povo.

ESSA É A MAIOR GREVE GERAL QUE EU CONHEÇO E QUE EU TENHA PARTICIPADO!!

*Deputado Federal do PT/RS

(Via Whats App)

GREVE GERAL: Trabalhadores e juventude de Santiago e Região mostraram força e seu repúdio ao desgoverno golpista e suas 'reformas'

A Greve Geral em Santiago/RS teve Ato Político seguido de Caminhada pelas ruas
 centrais - Foto: Antônio Bueno (via face)

*Em Santiago/RS, como de resto no RS e no Brasil, os trabalhadores e a juventude foram às ruas demonstrar sua indignação com o desgoverno golpista de Temer e cia. A GREVE GERAL foi plenamente vitoriosa!!! E é só o (re)começo da Luta!!!

**Em breve, nova postagem com a cobertura - e mais fotos - da histórica mobilização em Santiago. (O Editor)

quinta-feira, 27 de abril de 2017

GREVE GERAL - Nenhum Direito a Menos! Fora Golpistas!!!





*Esta luta também é tua!!!!

-Em Santiago: Ato Público às 13 horas na Esquina Democrática (Praça Moisés Viana).  #Todxs lá!!!!

CHARGE DO KAYSER



*Charge do Kayser -'Premiados'

A CLT FOI GOLPEADA DE MORTE!


Na madrugada de hoje, por 296 votos a 177 a base do governo golpista de Temer começou a destruir 74 anos de conquistas dos trabalhadores. É o mais duro ataque aos direitos trabalhistas da história do Brasil.

*Veja como cada deputado federal  gaúcho votou :

Votaram A FAVOR DOS TRABALHADORES

Afonso Hamm (PP)
Afonso Motta (PDT) 
Bohn Gass (PT) 
Heitor Schuch (PSB)    
Henrique Fontana (PT)      
João Derly (REDE) 
José Fogaça (PMDB)              
Jose Stédile (PSB)    
Marco Maia (PT)      
Marcon (PT)      
Maria do Rosário (PT)      
Paulo Pimenta (PT)      
Pepe Vargas (PT)      
Pompeo de Mattos (PDT)   
Sérgio Moraes (PTB)    

Votaram CONTRA OS TRABALHADORES

Alceu Moreira (PMDB) 
Cajar Nardes (PR)      
Carlos Gomes (PRB)   
Covatti Filho (PP)      
Danrlei de Deus (PSD)   
Darcísio Perondi (PMDB)                              
Jerônimo Goergen (PP)
Jones Martins (PMDB)              
Luis Carlos Heinze (PP)      
Mauro Pereira (PMDB)              
Onyx Lorenzoni (DEM)  
Renato Molling (PP)  
Ronaldo Nogueira (PTB)    
Yeda Crusius (PSDB)

(via face)

quarta-feira, 26 de abril de 2017

GREVE GERAL - Sexta - 28/04 - Nenhum Direito a Menos! Fora Golpistas!!!




*Esta luta também é tua!!!!

-Em Santiago: Ato Público às 13 horas na Esquina Democrática (Praça Moisés Viana).  #Todxs lá!!!!

terça-feira, 25 de abril de 2017

Após ser vítima de “Fake News” e receber ameaças, deputado Paulo Pimenta aciona PF


O deputado federal Paulo Pimenta {PT/RS} acionou a Polícia Federal nesta terça-feira (25) para que sejam identificados os autores da edição de um vídeo que retira do contexto observações que o parlamentar fez ao Poder Judiciário. No dia 13 de abril, Pimenta fez uma transmissão, via rede social, em que comentou sobre as regalias e supersalários de juízes e, assim como muitos juristas e até ministros do Supremo Tribunal Federal, fez críticas às condutas de Sérgio Moro na Operação Lava Jato. 

De acordo com Pimenta, o vídeo dessa transmissão, que possui mais de 1 hora e 33 minutos, foi editado e tem sido usado por grupos adversários em redes sociais, na tentativa de relacionar o nome do parlamentar a possíveis conflitos que venham a ocorrer em Curitiba no dia em que o ex-Presidente Lula prestará depoimento ao juiz Sérgio Moro. “O vídeo é resultado de uma manipulação com objetivo de gerar violência e tentar atribuir a mim a responsabilidade por propagar um discurso de ódio, algo que jamais fiz”, rebate Pimenta.

No documento encaminhado à Polícia Federal em que pede apuração dos fatos, o deputado Pimenta assegura que “a edição criminosa distorce e reconstrói frases, retirando-as do contexto original, com a finalidade de criar um novo sentido às minhas opiniões”.

Diante da repercussão, o parlamentar e seus familiares receberam dezenas de ameaças nas últimas horas. Pelas redes sociais, os filhos do deputado - menores de idade, passaram a ser atacados, intimidados e xingados em massa.

Já em uma ameaça dirigida ao próprio deputado Pimenta, em um áudio, um homem identificado como Fernando Monteiro, da cidade de Santo Antônio da Platina, do Paraná, ataca: “queria conhecer sua mãe prá mim encher a cara dela de tapa, quero falar isso na sua cara rapaz, seu gaúcho de merda, veado”. Em outra mensagem, um sujeito identificado como Mauro Ressetti promete “venha para Curitiba sem medo para ver o que vai te acontecer”.

Na tarde desta terça, o deputado Pimenta divulgou um vídeo pelas redes sociais afirmando que não será intimidado por ações organizadas e criminosas. “Fatos como esse só multiplicam o nosso compromisso com a democracia e de combate ao golpe”. 

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domingo, 23 de abril de 2017

O Brasil sob a ditadura Globo-Lava Jato



É difícil aceitar a dolorosa realidade, mas o Brasil está, efetivamente, sob um regime ditatorial.
O golpe de 2016 e o regime de exceção evoluíram para a ditadura jurídico-midiática da Rede Globo com a Lava Jato e setores da PF, judiciário e STF. Assim como na ditadura instalada com o golpe de 1964, a engrenagem desta ditadura também contou com a participação decisiva da Rede Globo.
O editorial do jornal O Globo deste 22 de abril, por ironia o dia que marca 517 anos da descoberta do Brasil pelos dominadores portugueses, revela a simbiose estratégica entre a Globo e a força-tarefa da Lava Jato. Ambos, a serviço de interesses estrangeiros, adotam idêntica linguagem, empregam os mesmos métodos, e partilham do mesmo ódio fascista aos seus inimigos.
No editorial “Cerco de depoimentos confirma Lula como o chefe”, o Globo conclui existir “estridente evidência de que Lula não poderia desconhecer aquilo tudo”.
No dicionário do regime de exceção, “estridente evidência” é sinônimo de “não temos provas, mas temos muita convicção”.
A imputação da Globo – “Lula como o chefe” – é variante daquela acusação leviana, apresentada no power-point do fanático procurador Deltan Dallagnol: “Lula é o comandante máximo do esquema de corrupção”.
Num tom inquisitorial, medieval, O Globo sentencia: “O desnudamento de Lula em carne e osso, em praça pública, com os pecados da baixa política brasileira, parece apenas começar”.
Por outra ironia da história, esta frase dantesca foi escrita no dia seguinte ao feriado nacional de 21 de abril, data em que se homenageia o revolucionário Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, líder da Inconfidência Mineira na luta de libertação do Brasil da Coroa Portuguesa que em 21/4/1792 foi enforcado, esquartejado e as partes do seu corpo expostas “em carne e osso, em praça pública” – como preconiza a Globo – para desencorajar os revoltosos pela liberdade e pela independência.
O sistema político foi estrategicamente destroçado. Os sem-voto hoje deliberam sobre a política e os destinos do país, num contexto de flagrante ilegitimidade e desordem institucional. O Brasil não se movimenta para nenhum lado antes de assistir, todas as noites, as edições maniqueístas do Jornal Nacional – verdadeiras ogivas nucleares lançadas para dizimar a imagem do maior líder popular do país.
O que seria inconcebível numa democracia saudável é naturalizado no regime de exceção – como, por exemplo, o vídeo dos obscurantistas procuradores Dalagnoll e Carlos Fernando insuflando a população contra o Congresso para impedir a aprovação do projeto de lei que pune o abuso de autoridade deles próprios, posto que se consideram soberanos, acima das Leis e da Constituição.
O Congresso, dominado por uma maioria de parlamentares corruptos e ilegítimos que perpetrou o golpe de Estado com o impeachment fraudulento da Presidente Dilma, promove a destruição dos direitos econômicos e sociais e entrega a soberania nacional esperando, em troca, ser retribuído pela ditadura jurídico-midiática.
Os empreiteiros já condenados na Lava Jato agora mudam o conteúdo dos depoimentos prestados no início da Operação e passam a fabricar mentiras [como a invenção de que Lula teria mandado destruir provas] para que o justiceiro Sérgio Moro consiga inventar, na audiência judicial de 3 de maio, um crime que caiba no Lula.
A prisão dos empreiteiros é usada como barganha e moeda de troca para fazer com que estes mesmos grupos capitalistas que corrompem o sistema político há décadas, ajudem a ditadura Globo-Lava Jato na missão doentia de liquidar Lula e o PT.
Em novembro de 2016, o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, mentiu e prestou falso testemunho no TSE com o objetivo de dar causa à cassação do registro do PT pelo tribunal presidido pelo tucano Gilmar Mendes, no que foi desmascarado pelas provas apresentadas pela defesa da Dilma. Apesar do dolo comprovado, o safado empresário ficou impune, não foi punido.
A mudança das delações da Odebrecht e da OAS, forçada para incriminar o ex-presidente Lula, é um atentado ao Estado de Direito e à democracia.
Esta prática corrente, de arbítrio da Lava Jato, só é possível porque a Operação foi concebida como um organismo monolítico dos militantes tucanos incrustrados na PF, no MP e no judiciário – todos eles [delegados da PF, procuradores e juízes], sem exceção, com manifestações odiosas nas redes sociais – anti-PT, anti-Lula e pró-PSDB.
Não existe na força-tarefa um único funcionário público com perspectiva jurídica dissonante, o que asseguraria equilíbrio, isenção e imparcialidade da Lava Jato. O controle ideológico da Operação por aqueles agentes partidarizados é absoluto; e, por isso, a Lava Jato se converteu neste campo livre e desimpedido para o arbítrio que se conhece.
A Lava Jato se afastou definitivamente do escopo investigativo e criminal e adentrou no território perigoso do nazi-fascismo; naquilo que Hannah Arendt conceituou como “a banalidade do mal” – um ambiente institucional propício às escolhas autoritárias, ditatoriais, fascistas.
A situação do Brasil no pós-golpe se encaminha para um regime ditatorial de novo tipo, diferente dos regimes ditatoriais do passado. A ditadura de hoje não é civil-militar; porque é jurídico-midiática.
O padrão da resistência democrática, por isso, tem de mudar, não pode seguir o mesmo curso.
A Lava Jato espezinhou totalmente o sistema político [a sobrevivência do Temer e da cleptocracia golpista se deve a isso]; a Operação vergou a resistência do grande capital, que é uma espécie de Estado paralelo dentro do Estado de Direito, fazendo com que os grandes capitalistas se insurjam [contraditoriamente] contra Lula, o governante que mais expandiu o capitalismo brasileiro.
Agora, com a ditadura jurídico-midiática, a Globo e a Lava Jato assumem a dominância absoluta do projeto transnacional de dominação anti-popular e anti-nacional.
A luta em defesa da Constituição e pela restauração do Estado de Direito no Brasil tem de subir de patamar – a desobediência civil é um direito humano inalienável; um direito legítimo e uma forma de luta eficiente contra as ameaças totalitárias e contra as formas de dominação baseadas na tirania e na opressão.
Leia também:
*Via Viomundo

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Alguém aí gosta de ser enganado(a)?!!!



*ET: Veja, Globo, assemelhados ... e seus 'satélites locais e regionais...'

(Via WhatsApp)

Cut assina nota da FENAJ contra demissão de sindicalista - Entidades repudiam demissão de Celso Schröder pelo Correio do Povo


Reprodução
Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) foi surpreendida, nesta quinta-feira (20), com a notícia de que o ex-presidente Celso Augusto Schröder, atual diretor de Relações Institucionais da entidade, foi demitido pelo Correio do Povo, jornal do Estado do Rio Grande do Sul onde o jornalista trabalhava há 30 anos.
Atual presidente da Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe (Fepalc), membro titular do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional e ex-vice-presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), Schröder foi convocado por telegrama para receber o comunicado de dispensa pelo diretor de Redação.
Durante a metade das três décadas em que foi funcionário da empresa, o ex-presidente da FENAJ foi impedido de exercer a função de chargista – para a qual fora contratado -, em função dos mandatos sindicais que exerceu ao longo dos últimos quinze anos.
Liberado para representar o movimento sindical dos jornalistas, há dois meses Schröder se apresentou para trabalhar e a direção do Correio do Povo teve de permitir a volta dele à função. Porém, ontem, a empresa anunciou o desligamento unilateral de Celso Schröder, que é também professor do curso de Jornalismo da Famecos – Faculdade de Comunicação da PUCRS.
A demissão de jornalistas é uma prática usual no Grupo Record. Na TV, por exemplo, o processo de afastamento dos profissionais que paralisaram as atividades em função de reivindicações da categoria foi amplamente denunciado pelo Sindicato dos Jornalistas no Estado do Rio Grande do Sul. À época, a equipe foi reduzida ao mínimo.
A dispensa de um dirigente sindical de reconhecida atuação internacional e acadêmica, contudo, confirma o desprezo do Correio do Povo à autonomia sindical e escancara uma forma de violência não só contra Schröder, mas contra todos os jornalistas, cujos dirigentes deveriam ter assegurado o direito de exercer com liberdade a defesa da categoria dentro e fora da empresa.
A agressão às entidades representativas dos jornalistas, a perseguição política e o desrespeito dos veículos de comunicação aos dirigentes sindicais não são fatos isolados. Mais que um novo caso de prática antissindical contra diretores no exercício do mandato, a demissão de Celso Schröder integra um contexto de ataques à democracia, aos direitos e a livre organização da classe trabalhadora, que devem ser denunciados e combatidos com firmeza não só pela categoria, mas por toda a sociedade.
A FENAJ, os 31 sindicatos de jornalistas filiados e as entidades abaixo subscritas repudiam de forma veemente a demissão do ex-presidente e informam que tomarão todas as providências cabíveis para devolver a Celso Augusto Schröder o direito de representar e defender a categoria com liberdade e autonomia, como prevê a legislação desrespeitada pelo jornal Correio do Povo.
Brasília, 20 de abril de 2017
Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ
Federação Internacional dos Jornalistas – FIJ
Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe – Fepalc
Federação Latinoamericana de Jornalistas – Felap
Central Única dos Trabalhadores – CUT
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
União Geral dos Trabalhadores no Pará – UGT/PA
Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC
Confederação dos Servidores Públicos Municipais – Confetam
Federação dos Trabalhadores em Rádio e TV – Fitert
Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal no CE – Fetamce
Federação dos Sindicatos dos Servidores Municipais Cutistas do PR – Fessmuc
Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do PA – Fetec/Centro Norte
Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Gráfica do CE – Sintigrace
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba – Sismuc
*Via http://cut.org.br

Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Toquinho e Miucha ...




*Via YouTube

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Protesto em frente ao Piratini marca quarto mês da extinção de fundações




Pelo quarto mês consecutivo, servidores de fundações estaduais protestaram diante do Palácio Piratini nesta quinta-feira (20) para marcar a data da votação na Assembleia Legislativa que aprovou a extinção de nove entidades – Fundação de Economia e Estatística (FEE), Fundação Zoobotânica (FZB), Fundação Piratini (TVE e FM Cultura), Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), Metroplan, Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF), Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS). (...)

CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Sul21)

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Denúncia do triplex é rejeitada em SP. Só serve para Moro




Por Fernando Brito*
O site jurídico Conjur noticiou ontem, já tarde da noite, que a Justiça de São Paulo rejeitou a denúncia – com a absolvição sumária (antes do julgamento do mérito) de todos os réus — incluindo o executivo José Aldemário (Léo)  Pinheiro, sócio da OAS, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto – apresentada pelos promotores estaduais que ficaram conhecidos como “os 3 patetas” inicialmente também contra Lula.
A acusação contra Lula, que virou capa da Veja,  foi destacada e enviada a Sérgio Moro. Foi esta denúncia, que a justiça paulista considerou feita sobre  “alegações vagas”, que serviu de base para o estrondoso powerpoint do Dr. Deltan Dallagnol e, claro, foi aceita pelo Savonarola de Curitiba.
Confirmou-se, na sentença da juíza Maria Priscilla Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, que a peça  acusatória “apenas afirma, de forma superficial, aquilo que entende como fato gerador dos crimes”. “Não há a minúcia necessária, tão somente alegações vagas, o que não pode ser aceito para prosseguimento de um feito criminal, pelo que, também por este aspecto, o feito é fadado à absolvição sumária”, escreve ela na sentença.
É sobre isso que, no dia 3, Sérgio Moro ouvirá Lula e tudo está posto para que, disto, só possa resultar uma condenação de natureza meramente política, por fatos que se rejeitam, sumariamente, em outra peça judicial, com outros réus.
A nota curiosa é que os promotores  Cássio Conserino, José Carlos Blat (o camisa negra da foto) e Fernando Henrique de Moraes, autores da denúncia, acabaram sendo premiados por uma decisão judicial que lhes rendeu R$ 90 mil como indenização paga pela Folha de S. Paulo por tê-los chamado de “três patetas”.
E por ter dito que a denúncia era um lixo, para onde agora foi remetida, exceto por sua parte curitibana.
É que os promotores, como se sabe, são intocáveis, e têm o direito de chamarem, sob “alegações vagas”, como diz a sentença, os outros de estelionatários.
Indenização por isso? Não, não, os acusados não são promotores.
E os promotores não são patetas, patetas somos nós.
*Via Tijolaço

Nota do PT/Santiago-RS



Nota da Direção Municipal do Partido dos Trabalhadores de Santiago

O PT de Santiago, por sua Direção Municipal, vem de público repudiar a desnecessária e maldosa ilação realizada por determinados veículos da imprensa local/regional no sentido de vincular suspeito de ato criminoso gravíssimo (estupro de menor) ao partido.  Adianta, ainda, que essa pessoa não integra mais os quadros do PT, estando filiado a outro partido desde 2014.

Condenável sobre todos os aspectos,  manifestamos nossa irrestrita solidariedade à vítima, familiares e amigos e esperamos que tudo seja apurado rapidamente,  mas sem pré-julgamentos.

Se comprovado pela justiça, esperamos seja o autor condenado exemplarmente pelo crime hediondo cometido.


Santiago, 19 de Abril de 2017.


Francisco de Assis Mattos
Presidente da Comissão Executiva Municipal do PT-Santiago/RS

terça-feira, 18 de abril de 2017

CUT/VOX: Lula vence no primeiro e segundo turnos em todos os cenários pesquisados para 2018 - Aumenta rejeição a Temer e ao desmonte da aposentadoria e da CLT


Foto: Ricardo Stuckert
Se as eleições presidenciais fossem hoje, o ex-presidente Lula seria eleito em primeiro turno em todos os cenários pesquisados, mostra pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 6 e 10 de abril.
Lula tem de 44% a 45% dos votos válidos contra 32% a 35% da soma dos adversários nos três cenários da pesquisa estimulada. São os votos válidos, excluídos os nulos, em branco e abstenções, que valem para definir o resultado das eleições.
Na comparação com Aécio (13% em dezembro e 9% em abril), Lula subiu de 37% em dezembro para 44% em abril. Jair Bolsonaro (PSC-RJ) subiu de 7% para 11% das intenções de voto. Marina se manteve com 10% e Ciro Gomes (PDT-CE) os mesmos 4%. A soma dos adversários é de 34% dos votos válidos, os únicos contabilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral. 
Na comparação com Alckmin (10% em dezembro e 6% em abril), Lula sobe para 45% contra 38% em dezembro. Bolsonaro subiu de 7% para 12%. Marina caiu de 12% para 11% e Ciro de 5% para 4%. A soma dos adversários é de 33% das intenções de votos.
Na comparação com Doria, Lula tem 45% das intenções de voto; Marina e Bolsonaro empatam com 11%; Ciro e Doria empatam com 5%; ninguém/ bancos/nulos têm 16%; não sabem/não responderam têm 7%. A soma dos adversários é de 32%.
Lula também vence no segundo turno
Nas simulações de segundo turno, Lula também vence todos os candidatos. Se as eleições fossem hoje, Lula venceria Aécio Neves (PSDB-MG) por 50% a 17% das intenções de voto; Geraldo Alckmin (PSDB-SP) por 51% a 17%; Marina Silva (Rede-AC) por 49% a 19%; e João Doria (PSDB-SP) por 53% a 16%. 
Lula é o mais citado espontaneamente
No voto espontâneo, quando os entrevistados não recebem as cartelas com os nomes dos candidatos, Lula também vence todos os possíveis candidatos. Lula tem 36% das intenções de voto – em dezembro eram 31%; Doria surgiu com 6% das intenções. Aécio, Marina e Alckmin registraram queda de intenção de votos em relação à pesquisa realizada em dezembro do ano passado. Aécio caiu de 5% para 3%; Marina, de 4% para 2%; FHC, de 3% para 1%; e, Alckmin, de 2% para 1% - 8% disseram que votariam em outros; ninguém/branco/nulo totalizou 14% e não sabe/não responderam 29%. 
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, “quanto mais os brasileiros conhecem o presidente ilegítimo e golpista Michel Temer, mais avaliam seu desempenho como ruim e péssimo (65%) e mais sentem saudade do ex-presidente Lula”. 
Vagner avalia que as medidas de arrocho, como o desmonte da Previdência (reprovado por 93% dos brasileiros) e a terceirização (reprovada por 80%), também contribuem para o crescimento das intenções de voto em Lula.
Para ele, Temer é um presidente sem projeto para o país, que não pensa na geração de emprego e renda; só pensa em ajuste fiscal nas costas dos trabalhadores e essa é das maiores razões para a avaliação negativa do ilegítimo.
Quanto mais o povo conhece Temer, melhor avaliado é Lula
Algumas perguntas feitas pela pesquisa CUT-VOX confirmam a tese do presidente da CUT. À pergunta quem é o melhor presidente que o Brasil já teve 50% responderam que é Lula (em dezembro eram 43%). O segundo colocado é FHC, que registrou queda na preferência do povo: 11% em abril contra 13% em dezembro/2016.
Apesar do massacre da mídia e da perseguição do Judiciário nos últimos anos, a maioria dos brasileiros diz que ele é trabalhador (66%), um líder e um bom político (64%), bom administrador/competente (58%), é capaz de enfrentar uma crise (58%), entende e se preocupa com os problemas das pessoas (57%), é sincero/tem credibilidade (45%) e é honesto (32%).
Aumentou para 57% o percentual de brasileiros que acham que Lula tem mais qualidades que defeitos (35%). Em dezembro do ano passado, 52% achavam que ele tinha mais qualidade e 39% mais defeitos.   
Também aumentou para 66% (em dezembro eram 58%), o percentual dos entrevistados que acham que Lula cometeu erros, mas fez muito mais coisas boas pelo povo e pelo Brasil. Já os que acham que ele errou muito mais do que acertou caiu de 34% em dezembro para 28% em abril. 
Já em relação aos que admiram Lula, apesar da perseguição cruel da Lava Jato, aumentou de 33% para 35% o percentual dos que admiram Lula.  Em dezembro de 2016, 33% dos entrevistados admiravam/gostavam muito de Lula; em abril o percentual aumentou para 35%. Já o percentual  dos que não admiram/nem gostam caiu de 37% no ano passado para 33% este ano. 
O mais admirado e também o presidente que melhorou a vida do povo. Para 58% dos brasileiros, a vida melhorou nos 12 anos de governos do PT, com Lula e Dilma. Apenas 13% disseram que piorou e 28% responderam que nem melhorou/nem piorou.
A pesquisa CUT-VOX POPULI entrevistou 2000 pessoas, em 118 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.
Foram ouvidas pessoas com mais de 16 anos, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os Estados e do Distrito Federal, em capitais, Regiões Metropolitanas e no interior.
*Por Marize Muniz - http://www.cut.org.br