quarta-feira, 31 de julho de 2013

Quando o comportamento da mídia é criminoso



Mídia: comportamento criminoso

No texto (Viomundo) “Carla Hirt: Baleada, agredida e acusada de formar quadrilha”, assinado pelo Azenha, registra-se que O Globo de 25/07/2013 traz a manchete: “Agente da Abin e mulher foram presos participando de quebra-quebra”. A partir daí, passa a contar a sua versão, sem dar oportunidade de defesa aos acusados ou de apresentar outra história que não a inventada pelo jornal.

Infelizmente esse comportamento de O Globo não é isolado, faz parte do cotidiano da maioria dos jornais, pasquins e jornalecos por esse nosso Brasil a fora. Também é comportamento de parte das rádios e TVs, principalmente se o cidadão ou a cidadão foi preso ou presa. Se for pobre, pior.

Recentemente, assombrou o país o caso dos quatro jovens torturados aqui no Paraná. Foram submetidos às mais violentas torturas para confessar que haviam cometido estupro coletivo seguido de homicídio. Era a polícia incompetente querendo provar competência e agilidade na suposta solução de mais um ato de violência contra a mulher (estupro seguido de homicídio). (...)

-CLIQUE AQUI  para ler na íntegra o artigo do Dr. Rosinha (via Viomundo)

terça-feira, 30 de julho de 2013

Esta notícia vai para a 'oposição raivosa', para os céticos, críticos, PiG* e demais conspiradores, secadores e detratores ensandecidos e contumazes dos governos Lula/Dilma

Evolução do IDHM entre 1991 e 2010: grande parte dos municípios saíram da situação de muito baixo desenvolvimento humano, representada em vermelho. Foto: IDHM 2013

ONU: Atlas Brasil 2013 mostra redução de disparidades entre norte e sul nas últimas duas décadas

- Mas, afinal: o Brasil mudou ou não mudou - para melhor - nestes últimos 10 anos?

CLIQUE AQUI  para ler a matéria, na íntegra.  


*PiG: Partido da Imprensa Golpista

domingo, 28 de julho de 2013

A entrevista do governador Tarso Genro ao Sul21

"O que está ocorrendo agora é um debate sobre
a correlação de forças no plano da política"

Porto Alegre/RS - Sul21 - por Marco Weissheimer - O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, foi um dos raros casos de políticos brasileiros que colocou a cara para bater durante as manifestações de rua que sacudiram o país em junho e julho deste ano. No calor dos protestos, promoveu reuniões, entrevistas coletivas, audiências públicas, convidou os jovens manifestantes para debater e ouviu diretamente, sem nenhum filtro, críticas destes à atuação das forças de segurança e sobre outros problemas relacionados a políticas e serviços públicos. Dentro do PT, suas iniciativas acabaram tendo projeção nacional, diante do ruidoso silêncio que se ouvia então. Foi um dos primeiros a defender a necessidade de uma Constituinte exclusiva, proposta que mais tarde seria abraçada pela presidenta Dilma Rousseff e, rapidamente, bombardeada pelo “Centrão” político que comanda o Congresso Nacional e tem crescente poder inclusive dentro do PT.

Goste-se ou não de suas opiniões, do governador gaúcho não se pode dizer que pecou pela omissão. Entrou em várias bolas divididas e segue entrando. Tarso Genro está preocupado com o que considera ser uma interpretação ingênua por parte de setores da esquerda a respeito das consequências políticas de todo o processo de manifestações até aqui. O desdobramento do debate sobre a Reforma Política no Congresso, a subordinação do PT à lógica Vaccarezza, e a tentativa de desconstituição das conquistas sociais dos últimos 10 anos são alguns dos fatos apontados por Tarso para analisar a conjuntura atual. “O que está ocorrendo agora não é mais um debate sobre normas mais, ou menos, democráticas, mas um debate sobre a correlação de forças no plano da política,  para a aplicação dos princípios que inspiraram a Constituição de 88. E quem está ganhando é o “centrão”, resume.

Tarso Genro expõe assim as suas principais preocupações a respeito do atual momento político no país e sobre as leituras que vêm sendo feitas sobre as manifestações de rua e suas consequências:

“A ingenuidade de uma parte da esquerda meio pollyana”

O que me pasma é uma certa ingenuidade de uma parte da esquerda  meio “pollyana” a respeito das manifestações do início de julho, pela qual confundem  as autênticas manifestações dos estudantes e de certos novos movimento sociais – que aliás já estão na cena pública há mais de duas décadas-  com a instrumentalização que a mídia oposicionista fez do próprio movimento, direcionando-o para dois níveis: primeiro, desgastando as funções públicas do Estado, principalmente nas áreas da saúde e do transporte público das grandes regiões metropolitanas e, segundo, pretendendo “apagar” da memória popular, de forma totalitária, as grande conquistas  dos governos do Presidente Lula, seguidas pelo governo atual da Presidenta Dilma, na base do “gigante acordou”, que tanto deleitou as classes médias mais conservadoras.  Tudo isso veio combinado com um ataque aos partidos e aos políticos em geral, que atingem a própria democracia, que certamente na visão destes conservadores deve ser substituída por um processo “limpo”, de manejos tecnocráticos,  feito por gerentes do capital financeiro.

A histórica campanha da grande mídia contra o Estado

Na verdade, ocorreram dois movimentos neste processo: um movimento tipicamente eleitoreiro da grande mídia, seguido por algumas redes sociais, preparando o ambiente eleitoral para o próximo ano, e um autêntico movimento popular, insatisfeito pelas limitações das conquistas até agora obtidas, cujo seguimento e  aprofundamento, agora,  só pode ser dado por novos processos de participação popular direta, inclusive para reformar o atrasado sistema político brasileiro, que já é um emperramento para que se aprofundem as conquistas sociais até agora obtidas.

Dou o exemplo da saúde pública. Quem não sabe  que o SUS faz dezenas de milhões de atendimentos às populações mais pobres  e que é uma das grandes conquistas do povo trabalhador do país, que salva milhões e milhões de vidas em cada ano?  Pois bem, dezenas de reportagens “contra” este sistema público foram feitas precisamente no momento em que os planos privados, que eram apontados como a grande saída pelos neoliberais, entraram  numa crise profunda, que ficou totalmente subsumida nos noticiários, pois o “problema”, para esta mídia,  era o Estado, não o mundo privado.

Há luta ideológica sobre a saúde pública

Ambos, certamente, estavam e estão subfinanciados e  o nosso SUS precisa ser muito melhorado. Mas o que foi escondido  -nestes ataques ao  sistema de saúde pública no Brasil-   é que ele é, predominantemente bom para o povo e que o  privatismo  não resolveu a questão nem para a classe média que paga religiosamente os seus planos.  A direita, na verdade, se propôs a uma luta ideológica, sobre a questão da saúde no Brasil, manipulando a informação,  e a esquerda e os governos se recusaram a fazê-la. As lideranças de esquerda em geral, com algumas exceções honrosas, manifestaram-se “encantadas” com os movimentos, como se eles fossem uniformemente “autênticos”, não manipulados, o que não é verdade. Basta ver que quando eles saíram da domesticação induzida passaram a ser depreciados.

A falência do sistema político atual

O que preocupa não é mais simplesmente a eleição do ano próximo, pois acredito que a Presidenta vai recuperar o seu prestígio,  porque o governo tem bala na agulha. O  que me  preocupa é o grau de governabilidade que qualquer governo terá, no próximo período, em função da falência do sistema político atual, que estimula as alianças fisiológicas que tornam os governos reféns de maiorias artificiais,  e,  em função da incapacidade dos estados e municípios  -sejam eles quais forem-  de responder às demandas populares, por melhor saúde, melhor educação, melhor transporte, em função de duas coisas: as desonerações que sacrificam as nossas arrecadações,  através da redução dos valores do Fundo de Participação dos Estados e dos Fundo de Participação dos Municípios, e em função das dívidas do Estados,  que não param de crescer  e impedem  que se obtenha novos financiamentos para obras de infraestrutura, por  exemplo

A tarefa estratégica para um governo de esquerda

Reagir contra a “desindustrialização” do país e reforçar a capacidade de resposta dos Estados e Municípios -principalmente os que governam com  participação popular-   no próximo período é, na minha opinião, a principal tarefa estratégica de um governo democrático de esquerda, pois ,como parece que não haverá reforma política nem reforma tributária, a estabilidade política dos governos só pode ser moldada através de “remendos” no pacto federativo, mais no âmbito da política do que âmbito de reformas na legalidade vigente.

“Quem está ganhando é o centrão”

Que me perdoem os estetas da democracia formal, mas o que está ocorrendo agora não é mais um debate sobre “normas” mais, ou menos, democráticas, mas um debate sobre a correlação de forças no plano da política,  para a aplicação dos princípios que inspiraram a Constituição de 88. E quem está ganhando é o “centrão”,  ou seja, as mudanças que eles toleram já chegaram ao seu limite. Agora, para eles, é conservar e acalmar a plebe. Para nós deve ser mais igualdade, o que significa reforma tributária, reforma política, democratização dos meios de comunicação e mais combate às desigualdades sociais e regionais. Que tal encarar um imposto sobre  as grandes fortunas e um bom CPMF, para Transportes e Saúde?

Um Nome!





*Carlos Puebla -  Un Nombre  (Che Guevara)

Cuando se hable de valor estoico,
de la vida cabal, profunda y clara,
sin mencionar al guerrillero héroico,
estaremos diciendo Che Guevara.

Cuando se hable de la luz creadora,
cuya fuerza inmortal la noche clara;
hasta tornarla en un nueva aurora,
estaremos diciendo Che Guevara.

Cuando se hable de los decididos,
de los que salen a mostrar la cara
por la miseria de los oprimidos,
estaremos diciendo Che Guevara.

Cuando se hable del deber profundo,
de la lucha ejemplar que nunca para
por conseguir el pan de todo el mundo,
estaremos diciendo Che Guevara.

Cuando se hable de mejor latino,
de la voz que más alto resonara,
sin pronunciar el nombre tan querido
estaremos diciendo Che Guevara.

sábado, 27 de julho de 2013

O massacre dos coxinhas na Cantina Brasil



*Por Renato Rovai

É impressionante como as coisas ficaram sérias na Cantina Brasil. De repente quibes e empadinhas resolveram se revoltar como nunca antes na história deste país contra os coxinhas.

Mas quem são os tais ou as tais coxinhas na opinião dos outros quitutes?

Do ponto de vista da análise clássica marxista seriam os burgueses, esse segmento que é um cancro social ao qual não estão vinculados, por exemplo, quibes e empadinhas. E que utilizam o lupenzinato para impor sua agenda e sua pauta. Além de operar para impedir as grandes transformações revolucionárias que o atual governo estaria operando.

Mas quem são os quibes e as empadinhas que tanto criticam os coxinhas? Em geral, são pessoas que passaram pelas boas universidades, dedicam boa parte do seu dia ao estudo e que têm relativo sucesso profissional. Pessoas, poderíamos dizer assim, bem sucedidas.

Mas por que cargas d´água eles não são coxinhas, se não acordam às 5h da manhã para ir trabalhar numa fábrica ou numa casa de família? Se têm uma renda bem acima da média da nação? Se têm grau universitário, algo, aliás, que é utilizado para jogar na lama boa parte da legitimidade dos movimentos que foram às ruas do Brasil nos últimos dias?

Eles não são coxinhas porque teriam o que se convencionou chamar de consciência política. E por conta disso, acreditam ter uma representação consentida pelos que estão no pé da pirâmide para representá-los. E em nome deles acusar de coxinhas todos aqueles que não consideram legítimos representantes do povo.

É algo realmente impressionante a forma como as análises vêm se desenvolvendo na Cantina Brasil. A tese central da análise que lá acontece é que os 2 milhões que foram às ruas não sabiam o quanto estavam sendo usados. E que a ocupação das ruas só interessava ao golpismo.

O resto é mero detalhe.

Tudo o que esse movimento de ruas está alcançando, como uma nova configuração da política não merece estudo.

Nas análises da Cantina Brasil só interessa falar de coxinhas.

Dr Rey, RC & Cia no Boqueirão III - Hehehe!




#OS MELHORES DO 1/2 ANO - 2 -  Hehehe!

-Após  a realização do badalado evento holiudiano (versão guasca) realizado neste mês de julho  (07/12) no Baita Chão, para ficar 'serviço completo', já está sendo preparada a outra metade do mesmo (não se sabe ainda  ao certo quem exatamente serão os organizadores) para dezembro, logo após o Natal. Será 'Os Melhores do (outro) 1/2 Ano!' A atração principal (ainda não confirmada) será o 'Rei' RC

Se não der, deve vir o clone dele mesmo...

-Certo eles(as). Afinal, pelo que sei, o ano ainda  tem 12 meses... válido também para a 'Terra dos Poetas'.  E, além do mais, dá para premiar - e faturar mais um pouquinho... (JG)
...

*Como diz o José 'Macaco Simão' (FSP): 'Nois Sofre Mais Nois Goza'!
...

** Atendendo - a mais!!!  Hehehe!!! - 'inúmeros pedidos', estamos 'repostando' a matéria acima (postada originalmente em 25/07/2013 neste blog).


- Inté mais!...

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Ex-presidente do Ipea acusa a mídia de terrorismo econômico



Marcio Porchmann fala sobre política e, sobre economia, desmonta várias deturpações dos fatos pela mídia. 
-CLIQUE AQUI  para ler a íntegra da matéria (entrevista concedida ao Blog da Cidadania).

quinta-feira, 25 de julho de 2013

A Carta Aberta do companheiro Eduardo Martinez ao PT




"Formalmente, foram dez anos de militância real, nos espaços públicos e nas ruas, e virtual, na blogosfera e nas redes sociais, no melhor e mais rico período da história do PT: a Era Lula e Dilma. Com a conquista da Presidência da República, em 2002, transformamos o Brasil em um país de todos, nos dois mandatos do companheiro Lula. No terceiro mandato, em andamento, assumimos o desafio de reafirmar ao mundo que país rico é país sem pobreza, na gestão da companheira Dilma, de origem trabalhista como eu. 
Com tristeza, pude acompanhar a descaracterização do PT como um partido dos trabalhadores em São Borja. Algumas decisões partidárias praticamente reeditaram os atos institucionais da ditadura militar. (...) Fomos cassados, expulsos, suspensos e impedidos de participar das eleições internas deste ano por termos feito antes o que aqueles que nos cassaram, expulsaram, suspenderam e impediram nossa participação na vida do Partido estão fazendo agora." (Eduardo Martinez)


- Notícia que este Editor não gostaria de dar, mas que o faz  por dever de ofício - e pela relevância e significado do gesto: o militante e dirigente do Partido dos Trabalhadores de São Borja/RS, companheiro Eduardo Martinez (que é jornalista, acadêmico da Unipampa - Relações Públicas - e também Editor do ótimo blog Carteiro do Poeta, que anda hoje meio 'encarangado'), anunciou ontem sua saída do PT

Os motivos apresentados pelo Eduardo (foto) estão elencados na Carta Aberta encaminhada ao DM do PT de São Borja (que postamos a seguir, para conhecimento - e reflexão -, sobretudo dos petistas e simpatizantes).

Leiam e tirem suas conclusões. (Júlio Garcia)


                                                      'São Borja, 23 de Julho de 2013.


Prezado companheiro de luta
Sindicalista PAULO OMAR DE PAULA IBAIRRO
Presidente Municipal do Partido dos Trabalhadores
São Borja, RS


            Meu caro presidente e fraterno amigo.

Por este meio, comunico e solicito a minha desfiliação do Partido dos Trabalhadores.

As razões que me levaram a esta decisão certamente são conhecidas pelos petistas são-borjenses que respeitam os documentos históricos do PT, particularmente, o Manifesto de Fundação, a Carta de Princípios e o Código de Ética.

            A princípio pensei em apenas enviar um ofício formal, lacônico. Mas depois cheguei à conclusão de que diante das conquistas do povo brasileiro e são-borjense neste período, como nunca antes na história deste país e desta cidade, não poderia sair do PT sem pelo menos fazer uma pequena análise da conjuntura. Uma prestação de contas políticas à minha consciência, dedicada aos companheiros de luta conscientes do seu papel neste momento histórico.
 
            Antes de tudo, quero destacar meu reconhecimento ao presidente pela sua posição digna e firme na defesa da democracia e no respeito aos companheiros, tanto na divergência quanto na convergência. Assim como a posição de outros companheiros que junto com o presidente hoje formam uma minoria na Executiva e no Diretório municipais. Também quero deixar claro que não guardo rancor dos companheiros mais agressivos na defesa de suas convicções. Eu mesmo posso ter agido da mesma forma sem perceber. Neste caso, peço desculpas a quem eu possa ter ofendido com alguma coisa que eu tenha dito ou feito. Não é e nunca foi minha intenção confundir luta política com briga pessoal.

            Minha decisão passou por um longo processo de amadurecimento. Tentei chamar a atenção para as questões locais e procurei o apoio de companheiros de várias instâncias, correntes e campos políticos do Partido na busca de soluções. Acreditei sinceramente, por um bom tempo, que a situação de São Borja teria a imediata solidariedade de quadros históricos do PT. Falo de pessoas reconhecidas com justiça pelo combate permanente contra qualquer injustiça ou mal feito. Pensava assim daqueles que se manifestaram publicamente contra as más companhias ou protestaram contra as cassações e as condenações políticas dos destituídos de Gravataí ou das vítimas do domínio do fato no mensalão. Para citar apenas dois dos episódios mais conhecidos.

            Em São Borja, a raiz e o tronco ideológicos, as ramificações e a folha de serviços prestadas à sociedade, representadas pelas concepções teóricas e pela prática política originais do Partido dos Trabalhadores, a meu ver, têm sido descaracterizadas. Parece que a árvore foi arrancada pela raiz da sua base orgânica para que seus frutos satisfaçam apenas o interesse de pessoas nas correntes e nos grupos. Não há mais relação com os movimentos sociais. As associações comunitárias, os assentamentos e os acampamentos agora parecem vizinhos distantes da sede e do coração dos petistas. Os sindicatos foram amputados do organismo partidário e os sindicalistas parecem órfãos políticos. A democracia participativa foi substituída por uma espécie de democracia preventiva na qual as decisões são tomadas antes para evitar que sejam modificadas pela construção coletiva.
            
               O Partido dos Trabalhadores estaria deixando de ser um partido dos trabalhadores?

            Para contribuir com essa reflexão, destaco algumas ideias centrais de documentos históricos do PT como o Manifesto de Fundação, a Carta de Princípios e o Código de Ética.

                        Do Manifesto

            O Partido dos Trabalhadores nasceu da vontade de independência política dos trabalhadores cansados de servir de massa de manobra para os políticos. Por isso protestam quando veem o partido sendo formado de cima para baixo. Somos um Partido dos Trabalhadores, não um partido para iludir os trabalhadores. O PT não deve atuar apenas nos momentos das eleições. Queremos uma estrutura interna democrática permanente, apoiada em decisões coletivas e cuja direção e programa sejam decididos pelas bases.

Da Carta de Princípios

            Não acreditamos que partidos dirigidos pelas elites políticas, ainda que ostentem fachadas democráticas, possam propiciar o acesso à plena participação política a seus militantes. A existência do PT responde à necessidade que os trabalhadores sentem de um partido que se construa intimamente ligado ao processo de organização popular, nos locais de trabalho e de moradia.

Do Código de Ética

            O nosso compromisso partidário implica reconhecer que a legitimidade dos resultados decorre também da legitimidade dos meios. Ninguém poderá estar acima das exigências éticas e das decisões democraticamente aprovadas pelas instâncias partidárias. Pleno respeito ao direito da divergência e de defesa. Supremacia dos interesses partidários sobre os interesses particulares, das tendências, das correntes ou dos grupos internos.

            Após uma longa trajetória de militância política de esquerda, a partir do trabalhismo histórico, iniciada na campanha para eleger o primeiro prefeito de São Borja depois da ditadura, em 1985, entusiasmado por esses princípios, decidi me filiar ao PT em 2001. Já nessa época, uma disputa interna protagonizou um curioso extravio de fichas de um grupo de novos filiados e muitos tiveram que realizar nova filiação. Diante desse episódio, minha filiação oficial passou a ser com a data de 27 de setembro de 2003. Dois anos depois.

            Formalmente, foram dez anos de militância real, nos espaços públicos e nas ruas, e virtual, na blogosfera e nas redes sociais, no melhor e mais rico período da história do PT: a Era Lula e Dilma. Com a conquista da Presidência da República, em 2002, transformamos o Brasil em um país de todos, nos dois mandatos do companheiro Lula. No terceiro mandato, em andamento, assumimos o desafio de reafirmar ao mundo que país rico é país sem pobreza, na gestão da companheira Dilma, de origem trabalhista como eu.

            Com tristeza, pude acompanhar a descaracterização do PT como um partido dos trabalhadores em São Borja. Algumas decisões partidárias praticamente reeditaram os atos institucionais da ditadura militar. A cassação dos meus direitos políticos, e de outros companheiros, representada pela minha substituição no Diretório e na Executiva municipais sem a devida previsão estatutária ou mesmo qualquer registro de prática semelhante em alguma instância do PT, foi uma delas. A decisão acabou sendo mantida por consenso pela Executiva Estadual. Fui considerado culpado, com outros companheiros, pelo crime político de divergir do comando de uma chapa construída por acordo entre correntes e coletivos internos, da qual fiz parte.

            Não há como não comparar o que aconteceu aqui com a nomeação dos deputados biônicos pela ditadura, em substituição aos cassados pelo regime, com a finalidade de construir uma maioria artificial no parlamento, controlar com mão de ferro os nomeados e lançar uma fachada de democracia sobre um jogo de cartas marcadas. Um equívoco histórico gigantesco de companheiros que provavelmente desconhecem a história do PT e a luta do povo brasileiro contra a ditadura.
           
            Isso aconteceu porque vencemos no voto duas vezes a mesma disputa e alteramos a correlação de forças dentro do Partido. A primeira vitória democrática aconteceu na reunião do Diretório Municipal realizada no histórico Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação. O campo majoritário até então, alegando não ter sido comunicado, enviou ao local um representante e apresentou um recurso pedindo a anulação da reunião antes que ela ocorresse. Ora, como é possível alegar não ter conhecimento a respeito de uma reunião e enviar um representante ao local antes do início dos trabalhos para pedir a anulação de uma decisão que ainda não foi tomada? É a democracia preventiva para evitar a democracia participativa, da qual falei antes.

Mesmo com essa alegação sem fundamento a reunião foi anulada pela Executiva Estadual, que convocou nova reunião e nova votação, desta vez com a presença de observadores estaduais. Vencemos outra vez no voto em reunião do Diretório Municipal realizada no plenário da Câmara de Vereadores. O campo derrotado não desistiu. Sem alternativa orgânica ou legal para alterar o resultado de mais uma decisão coletiva legítima e incontestável, apresentou uma absurda substituição de membros do Diretório para recompor sua maioria. Foram nomeados substitutos biônicos no lugar dos cassados e o controle do Partido voltou ao mesmo pragmatismo político de antes. A democracia preventiva tomou de assalto a democracia participativa do protagonismo coletivo.

Mas ainda era preciso dar o exemplo e desencorajar futuras tentativas de restaurar o protagonismo coletivo. Então, após ter sido excluído do Diretório e da Executiva municipais, virei um exilado político na vida partidária. Fui expulso, junto com outros companheiros, sem o imprescindível processo na Comissão de Ética, por decisão da nova maioria artificial do Diretório.

A Executiva Estadual, desta vez, atendeu parcialmente um recurso interposto com a finalidade de anular esta decisão e suspendeu a expulsão até a decisão final do Diretório Estadual. Curiosamente, depois de vários adiamentos, a punição da instância municipal foi transformada em suspensão das atividades partidárias pelo período de seis meses por consenso no Diretório Estadual. Exatamente o tempo necessário para impedir a minha participação, e a de outros companheiros, no processo de eleições diretas internas deste ano, por tornar impossível o cumprimento dos prazos necessários para participar do processo.

            O motivo político dessa disputa fratricida no PT são-borjense, é bom deixar claro, foi uma decisão da maioria do Diretório Municipal, por duas vezes, reitero, de tirar o PT do isolamento político e de uma conjuntura artificial na qual era preparada nas entrelinhas uma verdadeira armadilha para o Partido. Na verdade, o que estava sendo articulado nos bastidores era uma aliança com a direita, na qual o PT indicaria o vice na chapa do PP nas eleições municipais de 2012. O isolamento era uma tática para aprovar essa proposta de afogadilho como única alternativa de sobrevivência e suposto fortalecimento do Partido.

A negociação dessa aproximação com a direita não levava em conta os prejuízos para o PT. Além de ressuscitar o PP na cidade, o acordo acabaria fortalecendo a candidatura da direita ao Governo do Estado contra a reeleição do companheiro Tarso. Nosso objetivo estratégico foi levar o Partido a compor imediatamente o governo municipal do campo popular e democrático, comandado por um prefeito do PDT à frente de uma ampla coligação composta por partidos da base dos governos petistas e por algumas siglas de fora desse campo, mas pouco representativas na cidade. Era nosso dever articular um movimento interno para evitar que o Partido viesse a cair na arapuca que estava sendo armada às escondidas.

            Agora, a mesma maioria biônica do PT fez o que havia condenado antes: decidiu compor o mesmo governo municipal do campo popular e democrático, comandado pelo mesmo PDT e composto pela mesma coligação. Essa é a prova de que a nossa decisão foi a melhor para o Partido, resultado de uma leitura política estratégica responsável e consequente.

            Portanto, fomos cassados, expulsos, suspensos e impedidos de participar das eleições internas deste ano por termos feito antes o que aqueles que nos cassaram, expulsaram, suspenderam e impediram nossa participação na vida do Partido estão fazendo agora.

            Diante desse quadro, levado a efeito pela ação de alguns e pela omissão de outros, incluindo quadros históricos do PT, que protestam publicamente contra atos como esse externamente, mas não agem da mesma forma quando eles acontecem dentro do PT, não me restou outro caminho a não ser a desfiliação.

         Saio de cabeça erguida e consciência tranquila de um PT municipal artificial e inorgânico para continuar sendo militante orgânico do projeto político representado pelo PT original e pelos velhos e novos partidos históricos do campo popular e democrático. Continuo minha militância de esquerda, mantendo e reafirmando o meu compromisso de classe com a classe trabalhadora e na defesa do projeto político que está transformando o Brasil, o Rio Grande e São Borja para sempre.

Aos companheiros de luta do PT deixo meu abraço sincero e fraterno. 

Que a esperança vença o rancor da mesma forma que venceu o medo!
           
Até a vitória sempre!
  
                                    EDUARDO AQUINO MARTINEZ'
...


Na foto (tirada em meados do ano passado, em Porto Alegre), o companheiro Eduardo Martinez  aparece à esquerda, ao lado do companheiro Inácio Benincá  (Chefe de Gabinete do SDR/RS) e deste blogueiro.

Justiça obriga Telexfree a pagar R$ 101 mil a divulgador





 'O Direito não socorre quem dorme', diz beneficiado, que terá prioridade em ressarcimentos

*Vitor Sorano, via Blog do Luis Nassif

A Telexfree foi condenada em 1ª instância a pagar R$ 101.574 investidos pelo divulgador Samir Badra Dib, de Rondonópolis (MT). O dinheiro deverá ser transferido para uma conta da Justiça de Mato Grosso, onde vai ficar até o processo terminar.

A decisão abre um importante precedente, pois há milhares de pessoas com verbas bloqueadas nas contas da empresa, que foram congeladas pela Justiça do Acre há pouco mais de um mês. Com a decisão, Dib tem mais chances de conseguir receber o dinheiro de volta e mais rápido.

"O Direito não socorre quem dorme", diz Dib, que é advogado, ao iG . (...)

-Saiba mais clicando  AQUI

Os melhores do 1/2 Ano


OS MELHORES DO 1/2 ANO - 2

Esta me foi passada em primeiríssima mão, fonte confiabilíssima:

-Após  a realização do badalado evento holiudiano (versão guasca) realizado neste mês de julho  (07/12) no Baita Chão, para ficar 'serviço completo', já está sendo preparada a outra metade do mesmo (não se sabe ainda  ao certo quem exatamente serão os organizadores) para dezembro, logo após o Natal. Será 'Os Melhores do (outro) 1/2 Ano!' A atração principal (ainda não confirmada) será o 'Rei' RC. Se não der, deve vir o clone dele mesmo...  

-Certo eles(as). Afinal, pelo que sei, o ano ainda  tem 12 meses... válido também para a 'Terra dos Poetas'.  E, além do mais, dá para premiar - e faturar mais um pouquinho... (JG)
...
*Como diz o José 'Macaco Simão' (FSP): 'Nois Sofre Mais Nois Goza'!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O deboche do Papa – “Não trago ouro nem prata …”


'Só os tolos não sabem que a Igreja Católica nunca trouxe, só levou, da América Latina, os metais preciosos aos quais Francisco referiu-se. Dizem que boa parte do ouro está depositada em Fort Knox, nos EUA.
E levou em grande quantidade, ajudando a ceifar as vidas de milhões de íncolas utilizados na exploração das minas, principalmente na Bolívia e no Peru, em parceria com governos espanhóis.
Quem quiser números do genocídio do qual a ICAR foi parceira, no afã de saciar sua sagrada fome de ouro, leia EDUARDO GALEANO – As veias abertas da América Latina. (...)'
-Continue lendo (via Blog Praia de Xangri-lá) clicando AQUI

terça-feira, 23 de julho de 2013

No Conversa com a Presidenta, Dilma fala sobre ações para popularizar o acesso à internet

Conversa com a Presidenta
A presidenta Dilma Rousseff, na coluna Conversa com a Presidenta desta terça-feira (23), falou sobre as medidas tomadas pelo governo federal para a popularização do acesso à internet, que já chega a 70% entre os jovens. Ela citou a eliminação dos impostos cobrados para construção e modernização de redes de telecomunicações.

“Neste ano, eliminamos impostos que eram cobrados sobre os investimentos para a construção e modernização das redes de telecomunicações, especialmente as redes de fibras ópticas. Com isso, vamos acelerar a implantação da internet de alta velocidade em novas regiões do Brasil”, afirmou.
A presidenta ainda falou sobre o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), destinado a trabalhadores e aos estudantes do ensino médio. Com 4 milhões de matrículas já feitas, o programa ainda contará, até 2014, com 208 novas escolas federais de educação profissional e tecnológica.
“Também estamos repassando recursos para que 539 municípios possam construir, reformar ou ampliar suas escolas técnicas, por meio de convênios com o Ministério da Educação. O Senai, por sua vez, está construindo 53 novas escolas por meio de um financiamento do BNDES”, explicou. (via Blog do Planalto)
Confira a íntegra

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Começou a 'refrescar' em Santiago do Boqueirão...






*MAS BAH, TCHÊ!  SE CONTINUAR DESSE JEITO, DAQUI UNS DIAS ... É CAPAZ DE VIR UM FRIOZINHO POR AÍ!!

*Fotos 1 e 2: Blog do Rafael Nemitz; Foto 3: Blog do Júlio Prates (arquivo); Foto 4: Blog do Ruy Gessinger ('geada grande', foto tirada hoje de manhã em sua estância,  na vizinha Unistalda)

domingo, 21 de julho de 2013

Jornal Nacional, O Globo e Folha ignoram propinoduto tucano em SP. Estadão dá uma notinha envergonhada e sem vergonha


Tem gente que não acredita no PIG. Tem gente que não acredita que eles trabalhem em conjunto, na base do um por todos, todos por um. Vou falar exatamente pra esse pessoal. 

- Vocês leram reportagem da IstoÉ desta semana em que a multinacional alemã Siemens confessa esquema de corrupção em São Paulo, que atravessa todos os governos tucanos, de Mauro Covas a Alckmin, passando por José Serra? (...)

Continue lendo a postagem do blogueiro carioca Antônio Mello sobre o 'propinoduto tucano'  Clicando Aqui

"Hollywood é aqui"


Sobre a postagem 'Dr Rey em Santiago (essa foi forte!)', dois comentários:

"Quando a gente acha que já viu tudo, vê que ainda não viu nada!

Aguardo para breve a vinda do deputado federal tiririca para da mesma forma ensinar-nos algumas máximas maximorun em política, como se precisássemos.

Afinal, já temos o 'nosso' deputado dos 16.000 votos.

Weimar Donini"
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(...)

"É a pura verdade, conterrâneo...

Lamentável a alienação, babaquice e atraso político/intelectual desses setores terrunhos...

Mas nem tudo está perdido, novos tempos virão (é também o recado das ruas).

Abraço!

Júlio Garcia"
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*A propósito do citado evento terrunho, está imperdível o post do Dr. Júlio Prates (um dos seletos convidados para o festerê ontem realizado), cujo teor - sempre inteligente, irônico, mordaz às vezes - pode ser acessado clicando Aqui.
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**EXTRA EXTRA!!  UEPA!!!!  PARECE QUE O PERSONAGEM PAULISTA QUE ESTEVE ONTEM EM STGO TEM UM CLONE EM POA!!!  
VEJA AQUI!

**Gravura (Estilo Emma Bovary - 1850) meramente ilustrativa.