quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Frente Brasil Popular fez pré-lançamento no RS



Por Marco Weissheimer*

O ato de pré-lançamento da Frente Brasil Popular no Rio Grande do Sul, realizado no final da tarde desta terça-feira (29), no Plenarinho da Assembleia Legislativa, reuniu 52 dirigentes sindicais de 12 categorias de trabalhadores, lideranças de movimentos sociais como MST, Via Campesina e Movimento de Luta pela Moradia, representantes de entidades estudantis como a União Nacional de Estudantes (UNE) e de dois partidos políticos, PT e PC do B. O ato teve ainda uma participação especial do deputado estadual Gabriel Souza (PMDB) que, reconhecendo as diferenças políticas em nível estadual, manifestou apoio à luta contra os movimentos golpistas que ameaçam “o governo da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer”. O evento lotou o Plenarinho da Assembleia, numa demonstração de força das entidades que estão empenhadas na organização da Frente Brasil Popular no Estado.
O sindicalista Milton Viário, ex-presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul, destacou que mais de cem entidades estão envolvidas no esforço de construção da Frente Brasil Popular em nível nacional. “Pela primeira vez, no período mais recente da história do país, estamos desafiados a construir uma frente desta natureza. Essa é uma necessidade ditada pela conjuntura de acirramento da disputa política no país, com o avanço das pautas conservadores e do projeto neoliberal que nós derrotamos em 2002, que ameaçam o projeto democrático brasileiro”, disse Viário. Essa conjuntura, acrescentou, “exige uma nova composição das forças de esquerda e centro-esquerda no país em torno de uma agenda que compreende a defesa dos direitos dos trabalhadores, de uma política econômica diferente da que está sendo aplicada hoje, da defesa da soberania nacional e do projeto de integração latino-americana”. (...)
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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Coluna Crítica & Autocrítica - nº 104




Crítica & Autocrítica - nº 104

* Nesta terça-feira, 29/09, ocorrerá o lançamento da Frente Brasil Popular . O evento será realizado no Plenarinho (3º andar) da Assembleia Legislativa do RS, em Porto Alegre. 

* O que é a FBP? "No último dia 5 de setembro, em Belo Horizonte, 2,5 mil delegados vindos de 21 estados  e do Distrito Federal lançaram uma nova coalizão, agrupando movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos e personalidades.

Estavam presentes entidades tradicionais, como a CUT, o MST e a UNE, ao lado de PT e PCdoB, entre outras legendas.

Inúmeras outras organizações se somaram a este evento multicolorido que aglutinou os mais importantes destacamentos da mobilização popular por direitos sociais e civis.

Lideranças oriundas de agremiações centristas, como Roberto Amaral (ex-PSB) e o senador Roberto Requião (PMDB-PR), ajudaram a afirmar o caráter amplo e plural da empreitada.

O nome de batismo da iniciativa: Frente Brasil Popular.

Mas do que se trata, afinal, este projeto desenhado por tantas mãos?

Representa, acima de tudo, uma tentativa da esquerda em responder, da forma mais unitária possível, à ofensiva conservadora em curso.

Não se define, porém, como aliança de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff, ainda que um de seus compromissos centrais seja a defesa da legalidade democrática e do mandato constitucional sacramentado pelas urnas.

O outro pé programático da FBP, associado à salvaguarda da democracia, é o combate à política econômica adotada pelo governo depois da reeleição, centralizada pelo chamado ajuste fiscal.

A Frente, portanto, luta simultaneamente contra o golpismo, representado pelo setores mais conservadores, e o sequestro da agenda governamental pelos interesses do capital financeiro.

A dupla batalha constitui, aliás, o elemento mais esquizofrênico da situação política. Retrata, no entanto, a realidade pós-eleitoral, forjada pela opção presidencial por soluções opostas ao consenso progressista que levou ao quarto triunfo petista.

A bandeira da democracia, assim, é essencial para resistir às tentativas de desestabilização e derrubada da presidente, impulsionadas por forças que desejam recuperar a direção do Estado para o bloco oligárquico-rentista.

O golpismo não resume, contudo, os perigos que ameaçam o processo de mudanças iniciado em 2003.

Também o transformismo do governo, submetido a programa e composição ministerial derivados de concessões profundas ao conservadorismo, coloca em alto risco as conquistas pós-Lula e o futuro de uma alternativa sob a batuta da classe trabalhadora.

A FBP, ao se propor a soldar coalizão pela democracia com mudança da política econômica, busca igualmente alterar a função caudatária que foi reservada aos movimentos sociais e mesmo aos partidos de esquerda em boa parte do período posterior à vitória de 2002." (...) Extrato do artigo de Breno Altmann, no site Opera Mundi - http://www.brasil247.com/

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* O 'Movimento Muda OAB! - 'Oposição de Verdade' deverá lançar chapa para disputar a eleição da OAB/RS - que ocorrerá em novembro próximo - realizará nova Plenária no próximo dia 15 de outubro, no Plenarinho da AL/RS. Colegas advogados(as) e estagiários estão todos(as) convidados! 

*Para conhecer nosso Manifesto e propostas clique em: http://www.mudaoabrs.com.br/ 


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* Eleições 2016 - Alguns companheirxs e amigxs têm me indagado se serei - ou  não - candidato nas próximas eleições municipais (em Canoas ou em Santiago, caso realize a transferência  do meu domicílio eleitoral). Minha resposta 'peremptória': não serei candidato!

* Aliás, depois da minha última experiência como candidato a deputado estadual pelo PT/RS (onde enfrentei uma campanha difícil, principalmente devido ao fato de que disputei a mesma com parcos recursos financeiros - e praticamente sem apoio partidário onde seriam 'minhas bases eleitorais mais fortes', pelo menos teoricamente!), resolvi que agora seria prudente ficar mais na 'retaguarda'. Tenho condições - e disposição - de contribuir de outras maneiras com nosso projeto. Firmei convicção de que, sem uma verdadeira Reforma Política (que se dará somente através da convocação de uma Assembleia Constituinte Exclusiva e Soberana, que implemente de vez a proibição do financiamento empresarial das campanhas, e que contemple o financiamento público e o voto em lista), uma candidatura do campo popular e socialista, por mais qualificada que seja - mas amparada unicamente em propostas claras, ousadas e não demagógicas, defendida por alguns poucos abnegados companheiros(as) e amigos(as)-, tem muito poucas chances de prosperar. 

* Eu, creio, já dei minha 'contribuição' - também - nessa seara, e mais de uma vez; agora, é hora de deixar essa honrosa tarefa para outros(as) companheiros(as), sei que temos muitos quadros preparados para bem nos representar. 

* Então, no momento devido, externarei aqui neste espaço - em primeira mão - os nomes que apoiarei para as eleições à prefeitura e vereança (especialmente em Santiago, Canoas e Porto Alegre). A luta segue!

(Por Júlio Garcia, especial para o Blog 'O Boqueirão Online')

ADVOCACIA




*Escritórios em Santiago Canoas/RS. Temos parcerias com conceituadas e tradicionais bancas de Advocacia de Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul  e Brasília. 

(Solicitamos agendar consulta pelos telefones - ou e-mails - contidos  no cartão acima).

domingo, 27 de setembro de 2015

RS 'no fundo do poço': Secretário Estadual da Segurança defende que “pessoas mais desprendidas” façam trabalho da polícia


"A lei permite que qualquer cidadão prenda em flagrante quem estiver cometendo crimes", disse o Secretário da Segurança do RS. (Foto: Divulgação)
“A lei permite que qualquer cidadão prenda em flagrante quem estiver cometendo crimes”, disse o Secretário da Segurança do RS. (Foto: Divulgação)
RS Urgente - O Secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Wantuir Jacini, defendeu que a parcela “mais desprendida” da população exercite o papel de polícia e aja por conta própria quando presenciar algum crime. A afirmação foi feita durante entrevista ao programa Conexão Guaíba, da Rádio Guaíba. Na entrevista, Jacini rejeitou o pedido feito pelo prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, que defendeu a convocação da Força Nacional de Segurança para enfrentar a onda de violência que se abateu sobre o Estado nos últimos meses. Ao invés disso, pediu apoio das “pessoas mais desprendidas” para enfrentar a criminalidade:
“Concordo que a sociedade não tem esse preparo, no entanto, a lei permite que qualquer cidadão prenda em flagrante quem estiver cometendo crimes. A obrigação é da polícia, não estou dizendo que todo cidadão faça isso, mas as pessoas mais desprendidas que fizerem estão respaldadas pela lei. Melhor seria não atuar, mas se for inevitável, que atuem”.
As declarações do Secretário contrariam as orientações expressas dos órgãos de segurança que orientam as pessoas a não reagir em caso de assaltos ou outros tipos de crimes. A página da Brigada Militar dá as seguintes orientações à população:
– Não reaja, a reação pode cuasar sua morte.
– Procure manter a calma diante de uma arma, mesmo que isso pareça difícil.
– Acredite sempre que a arma do bandido é verdadeira e está carregada.
– O bandido está quase sempre mais nervoso que a vítima, mas, em geral, não tem a intenção de matar.
– Não faça movimentos bruscos e procure alertar o assaltante dos gestos que pretende realizar, como pegar uma carteira, por exemplo.
– Tenha consciência de que há possibilidade de existir outra pessoa dando cobertura ao crime.
– Lembre-se que o bem maior é a vida. Bens materiais podem ser adquiridos novamente.
– Procure observar as características dos assaltantes, se possível.
– Após o criminoso sair, ligue imediatamente para a Brigada Militar, pelo telefone de emergência 190 (CIOSP), transmita as características do assaltante e direção que tomou.
– Memorize as características e as placas de seu veículo, isto é fundamental para recuperação do mesmo.
– Ao se deparar com sua residência arrombada, não entre, ligue para a Brigada Militar, pelo telefone de emergência 190 (CIOSP) e aguarde a chegada de uma viatura policial.
Via https://rsurgente.wordpress.com

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

PT votou contra o aumento de ICMS do governo Sartori (PMDB) que penaliza os trabalhadores


Assembleia

A bancada do Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul foi incansável na defesa dos trabalhadores gaúchos, contrária ao aumento do ICMS aprovado pela base aliada do governo Sartori (PMDB) por 27 a 26 votos. Os onze deputados e deputadas do PT revezaram-se na tribuna do parlamento gaúcho até a madrugada desta quarta-feira (23/9) na tentativa de convencer seus pares a votar contra o PL nº 320. O projeto eleva a alíquota básica do ICMS de 17% para 18% e aumenta de 25% para 30% do tributo sobre gasolina, álcool, telefonia e energia elétrica comercial e residencial acima de 50 kW.
Os petistas destacaram, na Tribuna, que o governo Tarso Genro melhorou a receita, aumentou a arrecadação do ICMS em 44,5% em valores nominais e atuou fortemente na captação de recursos externos no combate a crise do Estado. No médio prazo, “lideramos um processo de renegociação da dívida, o que possibilitou a abertura de um espaço fiscal de R$ 2,3 bilhões ainda em 2014 e possibilitará a redução de quase R$ 20 bilhões até 2027”, lembraram. “No médio e longo prazos, enfrentamos o problema da Previdência, com a criação de um novo Regime e um Fundo Previdenciário”, registraram os parlamentares do Partido dos Trabalhadores dialogando com o plenário na busca dos votos necessários para derrubar o projeto de aumento do ICMS.
O IMPOSTO DE CADA UM


Ao contrário do que afirma a imprensa, o PT não é contraditório em seu discurso.

O Partido dos Trabalhadores defende o imposto sobre a circulação financeira e não sobre o consumo de serviços ou mercadorias essenciais. Por isso, defende a CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira -  que taxa toda e qualquer movimentação bancária, cobra imposto sobre o dinheiro que circula nos bancos, taxando as grandes fortunas, o lucro empresarial, aqueles que fazem grandes transações, e até o caixa dois de empresas. A CPMF é o imposto mais justo que o País já teve, pois paga mais quem ganha mais.


Enquanto o aumento do ICMS, escolhido pelo governo Sartori (PMDB), taxa mercadorias de consumo diário, como energia, telefonia, gás de cozinha, encarecendo serviços essenciais que por mais que se queira economizar, acaba-se consumindo. E cobra o mesmo percentual dos assalariados e dos ricos.

Esta é a diferença.

NAS RUAS


O PT/RS através de sua direção mobilizou a militância para ir às ruas em toda as manifestações programadas pela CUT, CTB e Coordenação Estadual dos Movimentos Sociais e Movimento Unificado dos Servidores gaúchos, durante o período de discussão do PL 320 e outros projetos que propunham mudanças na estrutura administrativa do Estado.

Os petistas foram às ruas lutar por uma saída para o Rio Grande através do desenvolvimento, da atração de investimentos, por uma matriz tributária justa, seletividade e progressiva, pelo aumento nos saques dos depósitos judiciais – só agora proposto, e tantas outras propostas, que não penalizassem o povo gaúcho.


Todos os esforços foram feitos, inclusive o de garantir a democracia e o diálogo com o governo Sartori (PMDB). Em nota, as bancadas do PT, PCdoB, PTB e PSOL pediram a abertura do diálogo com entidades representativas dos servidores e com os demais Poderes, buscando consenso por alternativas para a crise das finanças; o fim da urgência nos projetos encaminhados a Assembleia; e, pasmem, o desbloqueio do acesso ao parlamento gaúcho – Casa do Povo, aos cidadãos do Rio Grande que lutaram para se manifestar diante da intransigência do governo do Estado.

INÉRCIA


Venceu a inoperância do governo do PMDB, que viu no aumento de impostos uma saída fácil para as finanças do Rio Grande, demonstrando a inércia administrativa que vive o Estado, desde o começo do ano. Esta é a terceira vez que um governo do PMDB propõe aumento de ICMS para gerar receita. Diferente do governos do PT, com Olívio Dutra e Tarso Genro, que sempre pagaram os salários e o 13º rigorosamente em dia sem aumentar impostos.

O QUE FOI APROVADO


Projeto de Lei nº 320


Eleva a alíquota básica do ICMS de 17% para 18% e aumenta de 25% para 30% do tributo sobre gasolina, álcool, telefonia e energia elétrica comercial e residencial acima de 50 kW por tempo indefinido.

OS VOTOS


PT
Adão Villaverde: Não
Altemir Tortelli: Não
Edegar Pretto: Não
Jeferson Fernandes: Não
Luiz Fernando Mainardi: Não
Miriam Marroni: Não
Nelsinho Metalúrgico: Não
Stela Farias: Não
Tarcisio Zimmerman: Não
Valdeci Oliveira: Não
Zé Nunes: Não

PMDB
Alexandre Postal: Sim
Álvaro Boessio: Sim
Gabriel Souza: Sim
Gilberto Capoani: Sim
Ibsen Pinheiro: Sim
Tiago Simon: Sim
Vilmar Zanchin: Sim

PP
Adolfo Brito: Não
Ernani Polo: Sim
Frederico Antunes: Não
João Fischer: Sim
Pedro Westphalen: Sim
Sérgio Turra: Não
Silvana Covatti: Não

PDT
Ciro Simoni: Sim
Dr. Basegio: Sim
Eduardo Loureiro: Sim
Enio Bacci: Sim
Gilmar Sossella: Sim
Juliana Brizola: Sim
Marlon Santos: Sim
Regina Becker Fortunati: Sim

PTB
Aloísio Classmann: Não
Luís Augusto Lara: Não
Marcelo Moraes: Não
Maurício Dziedricki: Não
Ronaldo Santini: Não

PSDB
Adilson Troca: Sim
Jorge Pozzobom: Não
Pedro Pereira: Sim
Zilá Breitenbach: Sim

PSB
Catarina Paladini: Sim
Elton Weber: Sim
Liziane Bayer: Sim

PPS
Any Ortiz: Não

PCdoB
Juliano Roso: Não
Junior Piaia: Não

PV
João Reinelli: Sim

PSD
Mario Jardel: Sim

PR
Missionário Volnei: Sim

PSOL
Pedro Ruas: Não

PPL
Bombeiro Bianchini: Não
...

*Via http://portal.ptrs.org.br/ 

PT de Santiago realizará Encontro neste sábado



*Todos(as) lá!

terça-feira, 22 de setembro de 2015

RS: Após avanço da BM sobre servidores, Assembleia vota projetos com público nas galerias

Foto: Caroline Ferraz/Sul21
Foto: Caroline Ferraz/Sul21
Por Luis Eduardo Gomes e Jaqueline Silveira, no Sul21*
Avanço da Brigada Militar sobre servidores, cassetetes e spray de pimenta, além da detenção de três manifestantes, marcaram a manhã tumultuada na Assembleia Legislativa, que vota nesta tarde o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a ampliação limite dos saques dos depósitos judiciais de 85% para 95%. Os projetos de extinção das fundações de Pesquisa e Produção em Saúde (Fepps) e de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Fundergs) não deverão ser votadas nesta terça-feira (22), já que o governo pediu a retirada do regime de urgência das duas propostas que trancavam a pauta. Chegou a ser permitido que o público acompanhasse a votação das galerias e do Teatro Dante Barone, mas pouco depois das 14h, os servidores decidiram que não ingressariam no Teatro, assistindo à sessão apenas no Plenário.
Leia mais:
No início da manhã, os servidores começaram a se concentrar em frente à Assembleia com apitos, cartazes e nariz de palhaço. A coordenação do movimento unificado aguardava na chuva para uma reunião com deputados da oposição para tratar do acesso ao plenário. Gradis separavam manifestantes do prédio Legislativo, protegido no início da manhã por 10 policiais – que horas depois já eram mais de 50. Os sindicalistas reclamavam que a liminar concedida na noite de segunda-feira (21) pelo TJ, garantindo a entrada da população no prédio, não estava sendo cumprida. Por volta das 10h, as lideranças sindicais foram liberadas para entrar e participar da reunião com deputados petistas.
Enquanto estavam reunidos no interior do Legislativo, ocorreu a primeira confusão. Manifestantes que estavam na Praça da Matriz derrubaram os gradis e avançaram em direção ao prédio. Rapidamente aumentou o cordão de policiais, que isolou a entrada no Legislativo. Alguns chegaram até o vidro e batiam exigindo o cumprimento da liminar do TJ e lembrando que a Casa é do povo. “Entra, entra”, gritavam os manifestantes, além de frases como: “Tu aí fardado também é parcelado”, “I,i,i, o Sartori vai caí”.
Depois de se reunir com os deputados petistas, a coordenação se juntou a outros parlamentares e ao presidente da Assembleia, Edson Brum (PMDB), para tratar do acesso das pessoas à sessão desta terça-feira. Os sindicalistas pediam a liberação do Dante Barone, que o presidente prometeu responder mais tarde. As lideranças reclamaram mais uma vez da restrição dos servidores ao Legislativo. Enquanto os servidores deixavam  o encontro e a imprensa aguardava a reunião de líderes, a polícia, sob o olhar do comandante-geral da BM, Alfeu Freitas Moreira, avançou sobre os manifestantes com cassetetes e spray retirando-os da frente da Assembleia e os empurrando para a Praça da Matriz. Com isso, a polícia remontou a barreira. Foi um momento de muita confusão e tensão. Algumas pessoas passaram mal devido ao spray de pimenta, enquanto outras ficaram com os olhos irritados. Três manifestantes foram detidos, algemados e pelo menos um deles foi agredido no chão por vários policiais .(...)
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domingo, 20 de setembro de 2015

Ciro: “estarei na primeira fila para defender o mandato de Dilma”


cirofolha

Ontem, reproduzi aqui um vídeo onde Ciro Gomes falava da questão nacional e de sua visão de integração com soberania. E reclamei de que, apesar de ser uma dos mais relevantes quadros da política, a grande imprensa não lhe dê espaços, porque suas falas são sempre tão afirmativas e desabridas que não podem deixar de ser notícia.

Hoje, a Folha dá este espaço para que ele fale, e de política.

O que ele diz sobre a crise e a ameaça de impedimento é pleno de razão, embora seja necessário – e ele tem, ao que parece, alergia a isso – o exercício da política real, que não pode ser esquecido e o próprio Ciro sabe.

Como, fora do Governo e sem ter sequer como participar mais intensamente de articulações, mesmo sendo potencial candidato em 2018, Ciro não tem esta obrigação, chama a atenção o fato de ele não fazer concessões oportunistas ao movimento deimpeachment de Dilma e, cobrando da Presidente coerência com o projeto que representa e a levou à vitória, se ponha sem rodeios em defesa da legalidade.
Leia a sua entrevista ao bom repórter Bernardo Mello Franco, na edição de hoje da Folha.

Folha – Como o sr. vê a articulação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff?

Ciro Gomes – A democracia está ameaçada pelo golpismo. Está acontecendo uma escalada do golpe com apoio da oposição, que não aceitou o resultado das eleições.


Não gostar do governo não é causa para impeachment. Isso é um mecanismo raro, a ser usado em caso de crime de responsabilidade imputável direta e dolosamente ao presidente. Ninguém tem nada disso contra a Dilma.

Seria muito caro o preço de uma interrupção do mandato. É só olhar a Venezuela. Quem produziu aquele quadro lá foi esse tipo de antagonismo odiento. O país vai viver momentos tensos e graves, vizinhos à violência, por causa desses loucos.

Quem iria às ruas defender o mandato de Dilma?

Estarei na primeira fila. Muitos brasileiros vão se perfilar. Não é para defender a Dilma, é para defender a regra. Veja o que já aconteceu quando um mandato foi interrompido por renúncia, suicídio ou impedimento.


O impeachment pode ser a catarse de quem está zangado, mas no dia seguinte os problemas serão os mesmos. Só que agora o PT, a CUT e os servidores estarão em pé de guerra com um presidente sem legitimidade.

Uma parte das pessoas está nisso de boa fé porque não sabe que quem assume é o vice, Michel Temer, que é do PMDB e amigo íntimo do Eduardo Cunha. Mas tem pessoas de muita má-fé.

A quem o sr. se refere?

A Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso. O PSDB está fazendo isso por pura vingança. Em 1999, quando houve a desvalorização violenta do real e a popularidade do presidente foi ao chão, o PT começou com o Fora FHC.


O comportamento do Fernando Henrique é constrangedor. Como dizia Brizola, ele está costeando o alambrado do golpe. Qual é a proposta do PSDB? Ficar contra o fator previdenciário e a CPMF, que eles criaram? Contra o ajuste fiscal, que eles introduziram como valor supremo?

Por que Dilma está tão fraca?

O maior problema do governo não é o escândalo, é a mentira. A zanga do povo não é propriamente com a corrupção, que é chocante, mas com o sentimento de ter sido enganada. A gente votou em um conjunto de valores e está recebendo o oposto.


O governo tem que se reorganizar politicamente e fazer uma gestão econômica coerente com o discurso que lhe deu a vitória. Ainda há tempo. O problema é que ela não tem projeto nem equipe.

A equipe da Dilma é de quinta, salvo exceções. Quem bota a [ex-ministra] Ideli Salvatti para tomar conta de uma situação dessa complexidade está pedindo para morrer.

Aí ela entrega a coordenação política ao vice, que distribui todos os cargos importantes ao PMDB e depois lava as mãos e sai. É uma coisa de cinema, rapaz. E os escândalos da Dilma 2.0 vão surgir dos nomeados por ele.

Nunca vi um vice-presidente se mexer tanto. O Temer foi dar palestra para um movimento que está no golpe contra a Dilma e fez uma frase que não admite dupla interpretação. Onde está escrito na Constituição que uma presidente com 7% [8%, segundo o Datafolha] de aprovação não se aguenta no cargo?

Ele quer a cadeira dela?

Vá ver se o José Alencar [vice de Lula], na crise do mensalão, saiu fazendo palestra e dizendo que era preciso achar alguém para unir o país. Eu costumo não ser idiota.

Como vê o novo pacote fiscal ?

É ilusionismo, mas 70% não sai do papel. E a medida mais importante [a recriação da CPMF] não podia ter sido anunciada daquele jeito.


A receita está despencando por causa da recessão que esses malucos estão produzindo. Se o governo não atrapalhasse com a taxa de juros, o Brasil poderia achar o caminho antes do que se supõe. O governo está atrapalhando.

Hoje a inflação é provocada por câmbio e preços administrados, dois setores sobre os quais os juros não têm o menor efeito. E os maiores bancos estão tendo lucro 40% acima do ano passado. Estão ganhando com a crise.

O sr. quer disputar o Planalto?

Acho extemporâneo falar de candidatura agora. Mas eu já fui candidato duas vezes, não posso disfarçar.


O PDT é seu sétimo partido. Como explica tantas mudanças?

Minha vida partidária é uma tragédia, muito ruim mesmo. Mas mudo de partido, não de convicções. Tenho 26 anos de vida pública e nunca respondi a um inquérito.


*Via Tijolaço  http://tijolaco.com.br/