domingo, 30 de setembro de 2012

Santiago/RS: A oposição elenca os reais motivos do cancelamento do debate eleitoral em emissora local



O Blog 'O Boqueirão' teve acesso e publica - em primeira mão -  a íntegra da correspondência encaminhada pelas coordenações de campanha da  'Unidade Popular' e da 'União por Santiago' ao diretor do jornal Expresso Ilustrado, informando dos motivos pelos quais seus candidatos ao Executivo Municipal (Antônio Bueno e Diniz Cogo) declinaram de comparecer ao debate  que seria promovido por esse veículo juntamente com a rádio Central FM no último sábado. Leia a seguir:


Ilustríssimo Senhor
João Lemes
M.D. Diretor
Jornal Expresso Ilustrado
Nesta Cidade

                                                                  Santiago, 27 de setembro de 2012.



                                                                  Senhor Diretor:


                                             Ao cumprimentá-lo cordialmente, as coordenações de campanha da União por Santiago e da Unidade Popular, em decisão conjunta vem, por intermédio deste instrumento, informar aos organizadores do “Grande Debate” da impossibilidade de participação de seus candidatos a prefeito no evento.

                                     Tal decisão foi tomada após o recebimento  das regras que devem reger o debate, consideradas absolutamente anti-democráticas, preparadas, cremos, não para valorizar os candidatos, mas sim, para enaltecer os seus organizadores e os órgãos de comunicação que comandam. Pelo que percebemos, na análise das regras, trata-se de uma trama bem engendrada, em que os jornalistas participantes terão, sempre, a última palavra. Não temos conhecimento de evento assemelhado em que haja três mediadores; em que o jornalista escolhe o candidato que fará a réplica e ainda tem direito a comentário final e nem de sorteio único de ordem dos candidatos para o evento inteiro. 
                                              
                                         Percebemos claramente, Senhor Diretor, que o evento em questão foi organizado para ser um espetáculo, não um debate político entre candidatos a prefeito, por motivos outros que não os de possibilitar à comunidade confrontar as ideias e projetos dos candidatos e, assim, poder assentar a escolha do próximo prefeito de Santiago com informações úteis, colhidas a partir do evento.

                               Ademais, como poderíamos participar de um evento com cartas marcadas, em que o órgão de comunicação gerador do debate, a rádio comunitária Central FM, é um aparelho do partido que está no poder atualmente e em seus estúdios, são montados e gravados os programas eleitorais de rádio do PP, com a voz dos próprios locutores, sendo um deles o diretor da rádio? Se não bastasse tal acinte, como pode a produção do debate avocar-se em isenta se tem, entre os três mediadores, uma pessoa que não tem pudor em manifestar-se, diariamente, nas redes sociais, em favor da candidatura do PP?

                                    Pelas razões acima expostas, as coordenações da União por Santiago e da Unidade Popular não vão participar do “Grande Debate”, em respeito, principalmente, ao povo de Santiago, que não merece ser submetido, mais uma vez, a manobras eleitoreiras tal qual essa que se desenhou, mas não vai ser concretizada.

                                                             
                                                             É a nossa decisão final.
                                                            
                                                              
                                                             Cumprimentos,


                                                             Antonio Valério Martins da Rosa
                                                             Coordenador da União por Santiago  
                                                                     
                                                             Rubem Bitencourt Finamor
                                                             Coordenador da Unidade Popular  

'A salvação da lavoura'



*Charge do Kayser  ('Transgênicos')

(Clique na charge para ampliar)

sábado, 29 de setembro de 2012

BUENO se manifesta



Santiago/RS - O candidato a prefeito pela  Unidade Popular por Santiago (PT/PPL e PDT, com o apoio do PSD), Antônio BUENO, assim manifestou-se sobre a   Enquete  realizada pelo Blog ‘O Boqueirão’,  ontem divulgada, que mostra que a disputa em Santiago pela prefeitura  está parelha (empate técnico). Veja a seguir:

"Essa nova Enquete, mais uma vez,   confirma o cenário que presenciamos no dia-a-dia: um profundo desejo de mudança que se manifesta quase que silenciosamente no seio da comunidade. 

Como já dissemos anteriormente,  esse desejo  traduz  a imensa insatisfação pela forma com que o  atual prefeito e seu partido, o PP, administram Santiago. E, mais uma vez,   de forma cabal, demonstra que é real o crescimento da nossa coligação, a Unidade Popular, que está alicerçada pela intensa mobilização dos nossos candidatos, militantes e apoiadores.  Essa tendência  está sendo atestada também pela 'Enquete Virtual' que o Blog  'O Boqueirão' realiza, a qual, até o presente momento, estamos liderando.

Fica claro, também, que estamos disputando  - apesar das dificuldades materiais - com grandes condições de vitória e que,  apesar do poder econômico  do continuísmo local e do descarado apoio de setores  da mídia  aos nossos adversários (especialmente de algumas rádios e um certo jornal que nos atacam sistematicamente com baixarias e inverdades), temos condições sim de ganharmos essas eleições  para  começarmos um novo ciclo de progresso, oportunidades, cidadania plena  e inclusão social que nosso município tanto precisa." (Antônio BUENO - 13 - Unidade Popular)

BUENO e DINIZ discordam das regras confusas e debate em rádio é suspenso




Regras não convencem e debate não sairá

Santiago/RS -  Estava tudo certo para o maior debate desta eleição para prefeito, até que surgiu um impasse de grande relevância para um processo democrático: as regras do jogo

Constatando que elas não estavam claras e nem contribuíam para o equilíbrio do debate (seria possível até mesmo que os mediadores pudessem opinar após as tréplicas, sem nem ao menos poderem ser questionados), a coligação Unidade Popular decidiu que Antônio BUENO não vai participar do evento, posição que foi adotada em conjunto com o candidato Diniz Cogo

Com isso, fica suspenso o debate organizado pelo jornal Expresso Ilustrado e rádio comunitária Central FM, até então marcado para  amanhã {hoje}, 29.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Enquete do Blog 'O Boqueirão' mostra 'EMPATE TÉCNICO' entre RUIVO e BUENO


Santiago/RS - O  Blog 'O Boqueirão' realizou (através de uma equipe especialmente contratada para isso) uma Enquete para verificar a tendência do voto dos santiaguenses para a eleição majoritária do próximo dia 07 de outubro. Foram entrevistados 1.300 eleitores, sendo 1.181 da zona urbana (centro e bairros)  e 119 do interior. As opiniões  dos eleitores foram coletadas nos dias 24, 25, 26 e 27/09. O resultado - que a seguir divulgamos - mostra um 'empate técnico' entre os candidatos  RUIVO (PP/DEM)  e BUENO (Unidade Popular - PT/PDT/PPL, com apoio do PSD). Em terceiro lugar, mas bem distante, aparece o candidato COGO (PMDB/PSDB/PTB). 

A seguir os números da Enquete:

Júlio RUIVO -  38,8 %

Antônio BUENO -  36,5 %

Diniz COGO -  14,9 %

Indecisos  - 9,8 %

- Já a  'Enquete Virtual '  que  está sendo realizada pelo Blog mostra uma alteração significativa na liderança: até este momento (19,18h) o candidato Antônio BUENO aparece na frente, com 46% das intenções de voto, seguido por  Julio RUIVO, com 32% e Diniz COGO,  novamente em terceiro lugar, com 20%. (Até agora já registraram seu voto 216 internautas.  Ainda faltam dois (02) dias para o encerramento dessa Equete*).
***
*Obs.:  Estas Enquetes não se tratam de pesquisa eleitoral, descrita no Art. 33 da Lei nº 9.504/97, mas de mero levantamento de opiniões, sem controle de amostra, a qual não utiliza método científico para sua realização, dependendo, apenas, da participação espontânea dos interessados. (Artigo 21 da Resolução TSE 23.190/09).

-Postado às 19,21h  -  *Atualizada às 8,20 h do dia  29/09/2012.

Porquê vou votar no BUENO 13 para Prefeito de SANTIAGO/RS



Antônio Bueno - Um Homem de Coragem

A história oficial conta os feitos de homens considerados de coragem, heroísmo, bravura. a meu ver, a grande maioria desses homens e suas façanhas, contadas pela história oficial, são questionáveis. devemos nos cuidar com o que diz a história oficial, e, especialmente, buscar saber quem conta.

Coragem e garra para mim 

É o que está tendo o companheiro antônio bueno, ao abdicar de uma vida tranqüila, para ser o meu representante e de muitas outras pessoas que sonham, desejam e se emocionam quando imaginam uma Santiago livre das amarras, que pense o pequeno, que realmente inclua, onde o trabalhador tenha voz e vez, onde haja políticas sociais com oportunidades, em que o medo de expressão dos menos favorecidos faça parte do passado...

Coragem e heroísmo para mim 

É aceitar ser candidato a prefeito e enfrentar, todos os dias, de cabeça erguida o preconceito em ser oposição petista na cidade de Santiago.

Coragem para mim 

É entender que merecem respeito até os que acreditam que ir contra o PT na nossa cidade traz status e bem querença dos “poderosos”, ainda que aqueles que pensem essa bobagem sejam oprimidos, desvalorizados e explorados.

Coragem para mim 

É enfrentar uma campanha com inimigos ocultos, invisíveis, incrustados em diversos seguimentos, minando, inventando, jogando, tudo para manter inalterada a realidade, a qual garante a eles a continuidade das benesses, dos ajeites, da prepotência, das indicações, do cabresto, do terrorismo camuflado...

Homem de coragem para mim é o companheiro Antônio Bueno, que mostrou a cara, que está honrando seu partido e a coligação que representa e que ousa sonhar em mudar para melhor Santiago.

Eu sou Bueno e João Silveira, sou PT, sou 13 e tenho orgulho da minha escolha! Você também pode se sentir orgulhoso por querer uma Santiago melhor.

Em outubro vote  Bueno e João Silveira - Vote UNIDADE POPULAR!  Vote 13!

(Por  ADRIANA CASTIEL)
...
*Fonte:  Postado originalmente no Blog do Tide Lima-Sebo Santiago  http://tidelimajr.blogspot.com.br/  - Edição final e grifos deste Blog

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Nova Enquete sobre as Eleições em Santiago/RS



Paralelamente a Enquete  virtual que O Blog ‘O Boqueirão’ está realizando (que está 'bombando' e que já conta com mais de 150 votantes, veja na coluna da direita, ao lado),  contratamos uma nova Enquete  para  auscultar - fisicamente -, em vários bairros, centro e distritos,  a  tendência do voto  dos eleitores  santiaguenses em relação às  eleições municipais do dia 07 de outubro. 

As equipes já estão fazendo o trabalho de campo e em breve estaremos divulgando os resultados.

Os Editores

Barbosa se irrita com divergências e constrange STF



  O relator do chamado “mensalão” alterou-se reiteradas vezes após o revisor apresentar entendimento diferente do seu. Postura constrangeu o plenário. Demais ministros interviram para defender o direito à divergência e o respeito ao STF. 

Lewandowski foi direto: “Se Vossa Senhoria não admite a controvérsia, deveria propor a comissão de redação do STF que abolisse a figura do revisor. Para quê o revisor? Você quer que eu coincida com Vossa Excelência em todos os pontos?"

CLIQUE AQUI para ler a postagem, na íntegra (via Carta Maior

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

terça-feira, 25 de setembro de 2012

I Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional


Porto Alegre/RS - O governador Tarso Genro e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, abriram, nesta terça-feira (25), a I Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional, que ocorre até quarta-feira (26), no City Hotel, em Porto Alegre. No evento, serão eleitos os delegados que representarão o Estado na Conferência Nacional, marcada para dezembro deste ano, em Brasília. O objetivo é construir uma nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) através do diálogo, reflexão e avaliação das políticas públicas com os atores locais de cada região do País.

Após destacar a postura adotada pelo Rio Grande do Sul de conectar-se ao projeto implementado pelo Governo Federal, Tarso enfatizou a necessidade das políticas de desenvolvimento regional para evitar o esgotamento do atual modelo. O chefe do Executivo também enumerou as diretrizes adotadas pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e que foram incorporadas pelo Governo do Estado.

De acordo com o governador, este projeto se baseia em quatro características: valorização do mercado interno, que prestigia a capacidade de trabalho e o empreendedorismo dos agentes locais; aposta na distribuição de renda para reduzir desigualdades sociais e promover o ingresso de milhões de pessoas no mercado; inserção soberana do Brasil na nova ordem global, atuando como sujeito ativo - e não passivo - no processo de globalização; e restituição do papel indutor e planejador do Estado na economia, estabelecendo as margens para o desenvolvimento da economia do País.

"Esse modelo também pode se esgotar, e a sua fronteira de esgotamento é o não-tratamento das questões relacionadas com o desenvolvimento regional, tomado no seu sentido amplo, de nação, e também nas dimensões internas, das regiões e microrregiões que compõem o território". Para Tarso, a realização dessas conferências é uma iniciativa estratégica e que dará coerência ao sentido nacional de desenvolvimento, às articulações no território e ao pacto federativo. "Nós também estamos empenhados e desenvolvemos essa visão. O vice-governador Beto Grill e os secretários de Planejamento e do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social são os articuladores deste processo aqui no Rio Grande do Sul". 

*Fonte: http://www.seplag.rs.gov.br/

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Desembargador Ruy Gessinger também apóia a Unidade Popular



'Prefiro morrer a cabrestear'

A  inteligente, contundente, politizada, demarcatória  e corajosa postagem* que reproduzo abaixo veio do  Blog do meu prezado amigo Ruy Gessinger. Leiam a seguir:

'A PROPÓSITO DA MATÉRIA DE ZH QUE APONTOU SANTIAGO COMO REDUTO IMBATÍVEL DA ARENA

O título poderia  trocar Arena por PSD, UDN, sei lá.
Isso tudo não tem importância. A verdade é que o pessoal da Arena, hoje PP, domina a área e sai tocando de prima na região.

O meu amigo querido Júlio Garcia publicou esclarecedora matéria no seu blog, demonstrando que não é bem assim. E dá o exemplo do que o PTB representou em Santiago (http://o-boqueirao.blogspot.com.br/ ).

Mas o que  queria dizer é que quando eu era pequeno minha família tinha pavor dos PTB. Eu ouvia gente falando em PTBosta. Até quando pediam um troco para alguém, ouvia: " só tenho uns PTB aqui no meu bolso".

Bem de ver o vezo recriminatório contra os pobres.  E a verdade é que às vezes foi preciso que homens de projeção, até poderosos, como o dr. Rubem Lang, dessem seu testemunho em favor das reformas, como ele fez.

Não raro homens que não precisariam se incomodar deram uma força a partidos " questionadores" só para dar uma mexida na unanimidade burra. Exemplo: o Tarso Genro; outro, o Paulo Brossard, no tempo da Ditadura, outro ainda, o Procurador Bicudo.

Não me comparo com essas figuras, sei de minhas limitações. Inobstante  isso gravei uma mensagem de apoio  ao candidato Bueno do PT em Santiago.

O que não me impede de apoiar o dr. Ribeiro do PP em Unistalda, aliado ao PT do Antolini.

Não sou contra ninguém. Mas gosto da alternância no poder e outra coisa: ainda não nasceu, nem vai nascer quem me ponha o buçal. Prefiro morrer a cabrestear.'

...

*Edição final e grifos deste blog.  (Júlio Garcia)

domingo, 23 de setembro de 2012

Nova ENQUETE ausculta a preferência dos eleitores de Santiago/RS



O Blog ‘O Boqueirão’ está realizando uma ENQUETE para auscultar a preferência dos eleitores  santiaguenses em relação às próximas eleições municipais. 

A pergunta é: “Se as eleições para prefeito de Santiago fossem hoje, em qual destes candidatos você votaria?”

As alternativas (por ordem alfabética) são:

Antônio BUENO - PT/PDT/PPL

Diniz COGO - PMDB/PSDB/PTB

Júlio RUIVO - PP/DEM

O internauta poderá votar apenas uma vez ('gadget' na coluna da direita, ao alto), podendo, contudo, alterar o seu voto até o dia do encerramento da Enquete (01/10), quando o teor da mesma será divulgado.

Os Editores do  Blog  'O Boqueirão' agradecem antecipadamente pela democrática participação.

Secretário da Agricultura do RS veio trazer seu apoio à Unidade Popular

Secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio  do RS,  Luiz  F. Mainardi, esteve ontem em Santiago para trazer seu apoio aos candidatos da Unidade Popular,  companheiros Bueno e João Silveira.
Candidatos e militantes da Unidade Popular em campanha  no centro de Santiago (Praça Moisés Viana)
Candidato a prefeito pela Unidade Popular (PT/PDT/PPL), Bueno,  liderando caminhada no centro de Santiago/RS.

sábado, 22 de setembro de 2012

Uma breve análise - dos equívocos?! - da matéria de ZH sobre as eleições em Santiago/RS


A  - já - (no mínimo) polêmica matéria (de hoje)   veiculada pelo  jornal Zero Hora (do grupo RBS, principal braço midiático do PiG* gaudério) sobre as razões da  hegemonia do setor majoritário da direita em Santiago (PP)  está eivada de erros,   tendenciosidade, imprecisões e declarações  equivocadas ... também de setores  'oposicionistas ao PP', sobretudo  de parte do ilustre ex-prefeito Vulmar Leite, hoje no PSDB. 

Para começo de conversa, a manchete  'O município que é governado há 120 anos pelo mesmo grupo partidário' está errada, pois dá idéia de continuidade, o que não é verdade. No corpo da matéria está o desmentido: " (...) os opositores só conseguiram chegar ao poder por duas vezes, em 1956 e 1993 (...)" Então,  cara pálida, o PP e aliados estão no governo municipal, de forma consecutiva, há 16 anos -  e não há 120! 

Segundo erro: o poeta Aureliano de Figueiredo Pinto é natural de Tupanciretã (seu berço de nascimento), tendo adotado Santiago  somente  na etapa madura da vida.

A matéria  também ‘esquece’  de citar o  importante papel do antigo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) de Rubem  Lang , na época em ascenso (semelhante ao PT de hoje), com grande apoio popular pelos seus méritos e pela liderança emergente de Brizola (o Dr. Lang parece, na matéria de ZH,  ter concorrido  e governado sem partido, de 1956 a 1959).

A declaração atribuída ao ex-prefeito Vulmar  (de que a razão das  derrotas  para a ex-Arena é culpa do PT) é sintomática dos motivos pelos quais a ‘unidade da oposição ao PP local’ é muito difícil de ser conseguida. Vulmar esqueceu-se (se verídica sua declaração) de elencar que, dentre os fatores que proporcionaram sua vitória (ou, melhor, a vitória da oposição de centro-esquerda) em 1992 esteve o fato do Partido dos Trabalhadores, mesmo  não  tendo integrado oficialmente a coligação liderada pelo PMDB/PDT,  tê-lo apoiado e participado ativamente da campanha vitoriosa. Como recompensa, depois da vitória o PT foi solenemente ignorado  (para dizer o mínimo) na montagem do governo Vulmar Leite (1993/1996)...

Por fim  (teríamos outras considerações, mas deixa pra lá), para comprovar  outra imprecisão da matéria, o sociólogo, advogado   e blogueiro Júlio Prates (um dos entrevistados por ZH) informa em seu blog que suas avaliações sobre os motivos da hegemonia do PP estão fora de contexto:  “(...) a matéria onde eu sou citado precisa ser contextualizada, pois os dados do meu livro PAMPA EM PROGRESSO foram pesquisados em 2003/2004, escritos em 2005 e publicado em janeiro de 2006.”  Faço questão de destacar, contudo, que  um dos motivos (da hegemonia conservadora)  que ele elenca é relevante e merece a atenção, sobretudo, do PT e dos setores de esquerda e populares: como foi olvidado, ao longo dos últimos anos, sobretudo, a intervenção e a disputa nos movimentos populares locais, nas entidades sociais/comunitárias, nas associações de moradores (sobretudo)? Ora, deixar para organizar-se  e 'fazer oposição ao PP' apenas nos períodos eleitorais é a receita do fracasso, para a satisfação de quem detém,  principalmente,  os cabides de emprego  e outras 'facilidades' proporcionadas  por quem controla - com punho de ferro mas, sobretudo, com a 'caneta' -   a 'máquina municipal'.

Então, para os pepistas,  entusiastas, adesistas e  afoitos, devagar com o andor, pois a coisa não é assim como parece ser... 

Aliás, em tempos de governos Tarso e Dilma, quando o Rio Grande e o Brasil crescem, avançam, reparam injustiças históricas, geram emprego, renda, resgatam o papel da cidadania,  são respeitados nacional e internacionalmente, Santiago “orgulhar-se” do conservadorismo e do atraso proporcionados pela direita jurássica  ...  seria  dose. 

Ainda bem que ZH/RBS, assim como a maioria dos seus colegas do PiG (Partido da Imprensa Golpista) estão cada vez mais desacreditados, pois não é esse o sentimento  que auscultamos da maioria da população  - que quer mudanças de verdade também no município  e que,  não por acaso, a matéria  tendenciosa de ZH não captou.  (por Júlio Garcia)
...
ET: Repercussão: A propósito dessa reporcagem de ZH, diz o blogueiro Jorge Loeffler, do conceituado Blog Praia de Xangri-lá: "(...)  isto é uma notícia que entristece aos que pensam. Estamos no terceiro milênio e uma cidade deste estado ainda se conserva ouso dizer no medievo em termos de pensamente político. A alternância no poder é e sempre será salutar e por razões óbvias. Pobre cidade que tem um povo politicamente tão pobre."

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

'A tentativa de demonizar Lula consegue é endeusá-lo'



A obsessão da mídia

Por Mino Carta*

Por que Lula se tornou a obsessão da mídia nativa? Por que tanta raiva armada contra o ex-presidente? Primeiro é o ódio de classe, cevado há décadas, excitado pelo operário metido a sebo, tanto mais no país da casa-grande e da senzala. Onde já se viu topete tamanho? Se me permitem, Lula é personagem de Émile Zola, assim como José Serra está nas páginas de Honoré de Balzac. O sequioso da emergência que chegou lá.

Dez anos depois. No fim de setembro de 2002, jornalões e revistões enxergavam Lula como se vê acima. E o operário ganhou as eleições…

Depois vem a verdade factual, a popularidade de Lula, avassaladora. E vem o confronto com os tempos de Presidência tucana, e o triste fim de Fernando Henrique Cardoso, o esquecido, no Brasil e no mundo. Assim respondem os meus meditativos botões às perguntas acima. E as respostas geram outra pergunta.

Por que a mídia nativa, intérprete da casa-grande, goza ainda de prestígio até junto a quem ataca diária e obsessivamente se seus candidatos perdem os embates eleitorais decisivos? Memento 2002, 2006, 2010. Mesmo agora, véspera dos pleitos municipais, as coisas não estão bem paradas para os preferidos de jornalões e revistões. Será que o jornalismo brasileiro dos dias de hoje faz apostas erradas? Defende o indefensável?

Na semana passada publiquei os números da verba publicitária governista distribuída entre as empresas midiáticas. Mais de 50 milhões para a Globo. Para nós, pouco mais de 100 mil reais. E sempre há quem apareça para nos definir como “chapa-branca”… E a Editora Abril, então? Na compra de livros didáticos, fica com a parte do leão em um negócio imponente que em 2012 já lhe assegurou a entrada de 300 milhões. Pode-se imaginar o que seus livros ensinam. Enquanto isso, a Petrobras acaba de cancelar um contrato de 11 milhões que estava para ser fechado com a casa do Murdoch brasileiro. Vem a calhar, a confirmar-lhe tradições e intentos, a última capa da sua querida Veja, ponta de lança na estratégia da guerra contra Lula.

A revista de Policarpo Jr., parceiro de Carlinhos Cachoeira em algumas empreitadas, produz esta semana mais uma obra-prima de antijornalismo. Formula acusações gravíssimas contra Lula sem esclarecer quem as faz (Marcos Valério ou seus pretensos apaniguados?), mas nome algum é citado, e o advogado do publicitário mineiro desmente a publicação murdoquiana. Ricardo Noblat (porta-voz de Veja?) informa no seu blog que a Abril vai divulgar o áudio de uma entrevista com Valério, e horas depois comunica que Policarpo Jr. convenceu a direção da Abril a deixar para lá, ao menos por ora.

Quanta ponderação, por parte de Policarpo… Suas relações com Cachoeira CartaCapital provou com documentos tão irrefutáveis quanto inúteis: a CPI não vai convocá-lo para depor, como seria digno de um país democrático, porque o solerte presidente-executivo abriliano foi ter com o vice-presidente da República para lembrá-lo de que se Veja for julgada, todos os demais da mídia nativa entram na dança.

Este específico enredo prova as dificuldades de governar o país da casa-grande e da senzala. É preciso recorrer a alianças que funcionam como a bola de ferro atada aos pés do convicto e padecer como vice o representante de um partido pronto a ceder diante das pressões da Abril. E da Globo, como CartaCapital relatou ao longo da cobertura da CPI do Cachoeira. Resta o fato: a mídia nativa é bem menos poderosa do que os graúdos supõem, inclusive os do próprio governo.

Uma exceção talvez seja São Paulo, com sua capital dos shoppings milionários, da maior frota de helicópteros do mundo depois de Nova York, de favelas monstruosas a rodear os bairros endinheirados, de mil homicídios anuais (5 mil no estado). Refiro-me à cidade e ao estado mais reacionários do Brasil. Aqui tudo pode acontecer. De todo modo, os senhores, de um lado e do outro, caem na mesma esparrela dos jornalistas que os apoiam ou os denigrem. Os jornalistas e seus patrões, na certeza da ignorância da plateia, acabaram por assumir o nível mental que atribuem a seus leitores, ouvintes e assistentes. Os graúdos apoiados agarram-se em fio desencapado, os ofendidos temem um poder em vias de extinção. E não percebem que a tentativa de demonizar Lula consegue é endeusá-lo.

*Mino Carta, jornalista, Diretor da Revista Carta Capital

Nota à sociedade brasileira - PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB



Partidos divulgam nota em defesa do ex-presidente Lula


O PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB, representados pelos seus presidentes nacionais, repudiam de forma veemente a ação de dirigentes do PSDB, DEM e PPS que, em nota, tentaram comprometer a honra e a dignidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valendo-se de fantasiosa matéria veiculada pela Revista Veja, pretendem transformar em verdade o amontoado de invencionices colecionado a partir de fontes sem identificação.

As forças conservadoras revelam-se dispostas a qualquer aventura. Não hesitam em recorrer a práticas golpistas, à calúnia e à difamação, à denúncia sem prova.

O gesto é fruto do desespero diante das derrotas seguidamente infligidas a eles pelo eleitorado brasileiro. Impotentes, tentam fazer política à margem do processo eleitoral, base e fundamento da democracia representativa, que não hesitam em golpear sempre que seus interesses são contrariados.

Assim foi em 1954, quando inventaram um “mar de lama” para afastar Getúlio Vargas. Assim foi em 1964, quando derrubaram Jango para levar o País a 21 anos de ditadura. O que querem agora é barrar e reverter o processo de mudanças iniciado por Lula, que colocou o Brasil na rota do desenvolvimento com distribuição de renda, incorporando à cidadania milhões de brasileiros marginalizados, e buscou inserção soberana na cena global, após anos de submissão a interesses externos.

Os partidos da oposição tentam apenas confundir a opinião pública. Quando pressionam a mais alta Corte do País, o STF, estão preocupados em fazer da ação penal 470 um julgamento político, para golpear a democracia e reverter as conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula .

A mesquinharia será, mais uma vez, rejeitada pelo povo.

Rui Falcão, PT
Eduardo Campos, PSB
Valdir Raupp, PMDB
Renato Rabelo, PCdoB
Carlos Lupi, PDT
Marcos Pereira, PRB.

Brasília, 20 de setembro de 2012.

*Via http://www.pt.org.br/portalpt/

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A invenção do 'gaúcho' e a maldição conservadora no RS




Antes de entrar no tema que quero comentar, chamo a atenção para o “Desfile Cívico-Militar do Vinte de Setembro” (conforme consta da programação dos seus organizadores, os dirigentes do MTG – Movimento Tradicionalista Gaúcho) que está se desenrolando hoje, precisamente 20 de setembro de 2012.

Quero sublinhar a ênfase na expressão “cívico-militar” dado pelo MTG, em pleno século 21. Me explico. Ninguém desconhece a filiação positivista-comtiana dos republicanos brasileiros, na segunda metade do século 19. No Rio Grande do Sul, onde a República aconteceu depois de uma revolução cruenta que durou de 1893 a 1895, os positivistas foram mais radicais e, por isso, mais exitosos do que no resto do Brasil. Julio de Castilhos e os militantes do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) modificaram completamente o cenário político e social do estado mais meridional do País. No RS não houve a chamada troca de placa: sai a Monarquia dos Bragança, entra a República constitucional. Aqui, houve a mais completa e absoluta troca da elite no poder. Saem os velhos estancieiros pecuaristas da Campanha, entra uma composição de classes formada por uma pequena burguesia urbana, uma classe média rural, profissionais liberais e colonos de origem europeia da região serrana.

Os positivistas sulinos, fiéis aos ensinamentos dogmáticos de Auguste Comte, propugnavam – como o mestre – pela superação das fases pregressas da Humanidade. À fase militar-feudal deve seguir-se a fase industrial da Humanidade. Ou seja, à fase militar corresponderia a insurreição farroupilha de 1835-45 contra o Império do Brasil, agora – com o advento republicano – estávamos, pois, na hora de criar condições para o desenvolvimento e o progresso material que se daria por um processo intensivo de industrialização manufatureira.
   
Vejam, pois, que os tradicionalistas do século 21 continuam com os olhos fixos num passado praticamente feudal, marcadamente militarista, embora não tenhamos experimentado, de forma hegemônica e total, esse modo de produção pré-capitalista no Brasil. 

Um dos formuladores intelectuais do que chamamos de ordem delirante do atraso – o pensamento tradicionalista da estância – foi Ramiro Frota Barcellos. Na obra “Rio Grande, tradição e cultura” (1915), o santiaguense é de uma clareza solar quanto aos propósitos enfermiços do tradicionalismo estancieiro: “O que agora se verifica, mercê do atual movimento tradicionalista, é a transposição simbólica dos remanescentes dos ‘grupos locais’, com suas estâncias e seus galpões para o coração das cidades. Transposição simbólica, mas que fará sobreviver, na mais singular aculturação de todos os tempos, o Rio Grande latifundiário e pecuarista”.

Qualquer semelhança com o enclave da bombacha e da fumaça que anualmente acampa, no mês de Setembro, no Parque da Harmonia, em plena área central de Porto Alegre, não é mera coincidência. A “mais singular aculturação de todos os tempos”, como premonitoriamente afirma Barcellos. Neste caso, “aculturação” é sinônimo de regressismo e estagnação.

É sobre isso que eu quero comentar brevemente. (...)

CLIQUE AQUI  para ler, na íntegra, o  (contundente, revelador  e questionador) artigo do sociólogo e pesquisador Cristóvão Feil

*Via Blog Diário Gauche  http://diariogauche.blogspot.com.br/

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

'A imprensa mentirosa'




Porto Alegre/RS - O deputado estadual e presidente do PT-RS, Raul Pont, enviou a seguinte resposta à coluna Página 10, do jornal Zero Hora, a propósito da nota intitulada “A esquerda constrangida”, publicada na edição desta segunda-feira:

A ZH, em sua Página 10, continua sua política de parcialidade e mentira no trato de temas já conhecidos, explicados à exaustão. O que importa não é a verdade, a informação correta para os leitores, mas o viés ideológico, a crítica política mesmo sem sustentação fática. A “esquerda constrangida” deve ser respondida com outro título: “a imprensa mentirosa”. Vamos aos fatos:

1º) a Lei do Piso é do governo Lula, portanto, de um governo do PT, de esquerda, discutido com as centrais sindicais do magistério. Portanto, não há nenhum constrangimento.

2º) O projeto original tinha como elemento de correção monetário o INPC, isto é, um índice que mede a inflação, conhecido, previsível e aceito em negociações salariais, sem prejuízo de ganhos reais negociados.

3º) O Congresso, a partir de uma emenda do Senado, substituiu o INPC por um indexador que não mede a inflação, não existe em negociação sindical ou para qualquer outro fim de estabelecer correção monetária.

4º) Imediatamente após a sanção, o governo Lula enviou um projeto de Lei corrigindo o ato legislativo pelo que constava no projeto original: o INPC. Até hoje o projeto de correção do índice não foi votado pelo Plenário da Câmara, apesar de aprovado nas comissões.

5º) O critério estabelecido pelo Congresso não é um índice de inflação, mas um critério com base em custos de aluno na 1ª série do ensino fundamental e os recursos que a União destina ao FUNDEB, que tendem a ser crescentes. Isso torna a lei impraticável pelos Estados e municípios, pois enquanto a inflação tem sido em torno de 5% ou 6% ao ano e o crescimento real das finanças públicas não é superior a 2,5% ou 3% ao ano, como se pode reajustar ANUALMENTE os salários da maior categoria dos Estados e municípios em mais de 20% ao ano? Ou seja, é uma total irresponsabilidade do Congresso estabelecer um indicador que não mede a inflação, não é previsível e crescente para que os Estados e Municípios paguem!

6º) Os Estados que se propuseram a “cumprir” a lei simplesmente modificaram os planos de carreira achatando o teto e tornando o piso um valor de início e fim de carreira em evidente prejuízo aos professores.

7º) O governo Tarso apresentou proposta ao magistério que já permitiu considerável recuperação das perdas anteriores (Rigotto e Yeda). Até 2014, considerando que a inflação permaneça no patamar atual, o ganho real dos salários dos professores será superior a 40%. O plano de carreira foi mantido integralmente e é defendido pelo governo como forma de avanço ao longo da carreira, numa política de valorização do magistério. Através de um termo de ajustamento proposto pelo Ministério Público e aceito na Justiça, o governo garantiu, por complementação, que TODOS os professores recebam hoje o PISO NACIONAL no Rio Grande do Sul, enquanto se discute na Justiça ou se corrige o indicador no Congresso.

8º) A ação de inconstitucionalidade não é nova, nem busca “judicialização” da questão salarial. O governo, simplesmente, tem que organizar seu Orçamento, prever sua receita, fixar suas despesas e não pode ficar à mercê de um corretor inflacionário que não mede a inflação, mas trabalha com uma “variação” superior a 20% ao ano, o que inviabiliza qualquer cumprimento do piso e o transforma em lei impraticável, com evidente prejuízo aos professores.

Essa é a realidade dos fatos e números, e não as “interpretações” facciosas de ZH. Se os (as) professores (as) não compreenderem isso e se acharem vítimas de “governos” e “políticos” que são todos “iguais”, estarão perdendo um momento essencial para a defesa de seus interesses imediatos e de um governo que tem lado e um projeto para a Educação e o país.

Saudações,

Raul Pont
Deputado estadual e presidente do PT/RS

Fonte: RS Urgente http://rsurgente.opsblog.org/