quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

UERGS abre inscrições para vestibular


Porto Alegre/RS - A Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) está oferecendo 1.320 vagas, em 18 cursos, distribuídos em diferentes regiões do Estado. As oportunidades estão divididas entre vestibular, com inscrições de 29 de dezembro a 16 de janeiro, e SISU (Sistema de Seleção Unificada, do Ministério da Educação), com inscrições entre 7 e 12 de janeiro. Para as licenciaturas em Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, o ingresso ocorrerá via Enem e também mediante vestibular.

A Uergs oferece ensino público e gratuito, e reserva 50% de suas vagas para candidatos com baixa renda familiar e 10% para pessoas com deficiência. As inscrições para o vestibular serão realizadas unicamente pela internet, no portal da Fundatec: www.fundatec.org.br.

Cursos disponíveis- 769 vagas para ingresso via vestibular. Inscrições de 29 de dezembro a 16 de janeiro (www. uergs.edu.br)
- 20 vagas para as licenciaturas em Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, cujo ingresso ocorrerá via Enem e também vestibular (60 vagas). Há necessidade de prova de habilitação específica (www.uergs.edu.br)
- 531 vagas para ingresso via SiSU. Inscrições de 7 a 12 de janeiro (sisu.mec.gov.br ou 0800-616161)

Os cursos, cidades e vagas
Administração - Gestão Pública (80 vagas) em Frederico Westphalen e Porto Alegre
Administração - Sistemas e Serviços de Saúde (40 vagas) em Porto Alegre
Administração Rural e Agroindustrial (40 vagas) em Cachoeira do Sul
Artes Visuais (20 vagas) em Montenegro
Dança (20 vagas) em Montenegro
Desenvolvimento Rural e Gestão Agroindustrial (40 vagas) em Santana do Livramento
Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (160 vagas) em Bento Gonçalves, Novo Hamburgo, Santa Cruz do Sul e São Borja
Engenharia em Energia (40 vagas) em Novo Hamburgo
Engenharia em Sistemas Digitais (40 vagas) em Guaíba
Música (20 vagas) em Montenegro
Pedagogia - Licenciatura (240 vagas) em Alegrete, Bagé, Cidreira/Osório, Cruz Alta, São Francisco de Paula e São Luiz Gonzaga
Teatro (20 vagas) em Montenegro
Tecnologia em Agroindústria (160 vagas) em Cachoeira do Sul, Cruz Alta, Encantado e São Luiz Gonzaga)
Tecnologia em Agropecuária Integrada (80 vagas) em Cachoeira do Sul, São Borja
Tecnologia em Automação Industrial (40 vagas) em Novo Hamburgo
Tecnologia em Fruticultura (40 vagas) em Vacaria
Tecnologia em Gestão Ambiental (200 vagas) em Erechim, Sananduva, São Francisco de Paula,Três Passos e Tapes
Tecnologia em Horticultura (40 vagas) em Santa Cruz do Sul

Conforme deliberação do Conselho Superior da Universidade (Consun), as provas serão aplicadas em fevereiro, em 10 unidades da Uergs no Estado. Na inscrição, o aluno irá optar por uma das seguintes unidades para realizar a prova: Alegrete, Bagé, Bento Gonçalves, Cruz Alta, Erechim, Porto Alegre, Santana do Livramento, São Luis Gonzaga, Três Passos e Vacaria.
 
Texto: Luciene Barbiero Vieira Machado - Edição: Redação Secom - fone (51) 3210-4305 http://www.estado.rs.gov.br/

'Crime de imprensa'


"Internet virou uma cadeia da legalidade"

         Por Claudio Leal*

A eleição presidencial de 2010, vencida pela petista Dilma Rousseff, começa a ganhar os primeiros relatos históricos. Um dos lançamentos editoriais sobre a campanha política, o livro "Crime de imprensa" (Plena Editorial), de Palmério Dória e Mylton Severiano, analisa o comportamento dos grandes grupos midiáticos durante a sucessão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Repórteres veteranos, Palmério e Severiano (o Myltainho) atuaram na imprensa alternativa e também em grupos como "Estado de S. Paulo", "Folha de S.Paulo", "Realidade", "Rede Globo" e "TV Record". No livro, provocantemente "prefaciado" pelo escritor Lima Barreto, os autores sustentam que a mídia nacional assumiu as bandeiras de partido político e apoiou a candidatura de José Serra (PSDB).

- A Dilma enfrentou, durante a campanha, uma espécie de túnel de trem fantasma. A cada curva, havia uma cilada, um sobressalto, uma chamada "bala de prata". Hoje a imprensa continua assim, apesar de ela ser uma das três mulheres mais poderosas do planeta - afirma Palmério Dória, autor do best-seller "Honoráveis Bandidos - Um retrato do Brasil na Era Sarney" (Geração Editorial), em entrevista a Terra Magazine.

Craque da reportagem e frasista veloz, sempre a denunciar uma rica formação literária, Palmério Dória (foto) recorre ao humor - essa escopeta às vezes subestimada - para confrontar os velhos fantasmas da Nova República. O livro sobre o senador José Sarney, que frequentou por meses as listas dos mais vendidos, iniciou uma trilogia da vida política brasileira. A internet, pondera o jornalista, ajudou a balançar o previsível coreto.

- A Globo chegava a dominar 100% da audiência, nos anos 70 e 80. Ainda outro dia, a Globo dominava. Isso mudou. (...) Agora tem a força da blogosfera, que, de repente, se articula numa espécie de cadeia da legalidade, para citar o episódio do Brizola (em 1961)... Mas também tem os dois lados. Pode ser a internet do bem e do mal. A internet do mal procovocou aquela peste emocional que levou a eleição para o segundo turno, trazendo questões como o aborto, questões que eu achava que já tinham desaparecido - lamenta Palmério.

Confira a entrevista.

Terra Magazine - Você pôs um trecho de "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", de Lima Barreto, como prefácio de "Crime de imprensa". Ele tinha uma visão bem ácida do jornalismo. De lá pra cá, a coisa tem piorado?

Palmério Dória - A situação é praticamente a mesma. Porque ele verifica as famílias e constata que o domínio dos "Grandes Irmãos" já prevalecia. Isso piorou porque há uma concentração maior do poder da mídia. A Globo chegava a dominar 100% da audiência, nos anos 70 e 80. Ainda outro dia, a Globo dominava. Isso mudou. Existe uma abertura maior. Agora tem a força da blogosfera, que, de repente, se articula numa espécie de cadeia da legalidade, para citar o episódio do Brizola (em 1961). Isso melhorou. Mas também tem os dois lados. Pode ser a internet do bem e do mal. A internet do mal procovocou aquela peste emocional que levou a eleição para o segundo turno, trazendo questões como o aborto, questões que eu achava que já tinham desaparecido.

No livro, vocês sustentam que os principais grupos de comunicações do País apoiaram a candidatura de José Serra e se comportaram com parcialidade nas eleições. Essa postura tem se refletido na cobertura do governo Dilma ou houve uma mudança?

Essa postura não mudou. A Dilma enfrentou, durante a campanha, uma espécie de túnel de trem fantasma. A cada curva, havia uma cilada, um sobressalto, uma chamada "bala de prata". Hoje a imprensa continua assim, apesar de ela ser uma das três mulheres mais poderosas do planeta. Pra mim, é a segunda mais poderosa, porque Hillary Clinton (secretária de Estado dos EUA) é uma empregada. Apesar de ser presidente do maior país do hemisfério sul, Dilma é tratada como uma qualquer. A imprensa vai engolir. De maneira geral, não mudou a atitude. Ela não era um poste, não era e não é uma laranja, ela segurou a base política, a fisiologia, e de uma maneira geral os números estão comprovando que ela caiu até no gosto popular. Agora, descaradamente, só o "Estadão" assumiu que apoiava o Serra, através de um editoral. Os outros, não. A "Folha" gosta de parecer isenta, coisa que ela não é. Essa pluralidade é tão artificial quanto perna de pau.

Mas até que ponto assumir um candidato é positivo? Isso não pode influenciar, negativamente, o leitor ou o telespectador?

É positivo, sim. A Carta Capital também assumiu. É tocada por um grande jornalista (Mino Carta), que foi diretor da revista Quatro Rodas, da Veja, e que já foi um dos mais poderosos editores da imprensa. Não se pode dizer que a revista é pequena imprensa. A imprensa americana, que é nosso padrão, assume os candidatos. Isso é muito bom. O problema é dividir a notícia do editorial.

Discute-se muito o "silenciamento" da chamada grande mídia sobre temas que, em tese, desagradariam os grupos partidários com que os jornais e televisões mais simpatizam. Isso teria ocorrido, neste mês, com o livro "A privataria tucana". Para não cair numa teoria conspiratória, você acha que essas omissões ocorrem de forma inercial ou vertical, como uma determinação?

Esses "grandes irmãos" parecem que combinam entre si. É inexplicável. No caso do livro, o timing foi o mesmo. Eles mantiveram o silêncio total, que durou uma semana. É pendular. Eles saíram juntos do silêncio total: a imprensa e o partido atingido (o PSDB). E agora partiram para o berro, esquecendo que bom tucano não berra. Se eu fosse pauteiro de um jornal, e já fui, veria que saiu a Carta Capital (com capa sobre o livro de Amaury Ribeiro Jr.), falando de corrupções numa escala de bilhões. Sendo pauteiro, é natural que você diga: pega um repórter para apurar isso. Mas, não. Todo o exército da grande imprensa estava dedicado a perseguir (Fernando) Pimentel, o amigo da Dilma. Não estou discutindo a corrupção, a escala da grana, nem o caso do Pimentel. Mas o exército todo estava caçando Pimentel. São essas contradições que mostram que não há isenção. Há um acordo tácito.

Os repórteres não podem ousar mais? Não ocorre também aqueles casos em que os repórteres imaginam o que o patrão gostaria que eles fizessem?

Acredite, mas eu já fui moleque e até jovem repórter. Havia nas redações os repórteres que faziam o trabalho sujo. Nós até agradecíamos. O "Estadão" tinha seus homens que faziam esse trabalho, "vamos pegar fulano de tal", de interesse da empresa. A gente sabia quem fazia isso claramente. Hoje, pegam esses meninos "trainees" pra fazer capa da "Veja" demonizando o MST. Bem jovens, e já estão mandando brasa, mora. Trabalhei na imprensa alternativa e sei que nós éramos bois de piranha, fazíamos as matérias que a grande imprensa não poderia publicar, como a matéria do "EX" sobre a morte do Vlado (Herzog). Depois essa matéria, Ricardo Kotscho ampliou os limites da liberdade de imprensa, coordenando uma matéria sobre a mordomia (publicada em "O Estado de São Paulo"). Ele me disse: "Porra, aquela matéria do EX ampliou os nossos limites". Tanto que as duas disputaram o Prêmio Esso. Vendeu a da mordomia, mas ficamos com os votos de Castelinho (Carlos Castelo Branco) e de Cláudio Abramo. Cada repórter vai conquistando sua margem de liberdade. Mas, cada vez menos os repórteres dizem: "não, isso eu não faço".

Você falou rapidamente, no início da conversa, sobre a presença política da internet. De que forma ela alterou o debate público?

No livro, citamos o editor do "The Guardian". Ele falou que, hoje em dia, temos uma gráfica em casa. Quando há temas muito complexos, até para os padrões ingleses (poderes podres ou grandes poderes), ele vai jogando pitadas no Twitter dele. Isso num grande jornal, com um grande editor... Desde Gutenberg não vejo nada tão espetacular. Não dá ainda para medir. O buraco é muito embaixo. 

Fonte: Terra Magazine*  http://terramagazine.terra.com.br

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Chita, adiós!

 Muere Chita, el chimpancé que protagonizó las películas de Tarzán en los años 30 y 40

Chita, el chimpancé que protagonizó películas de “Tarzán” en las décadas del 30 y 40, murió a los 80 años de edad, informó el santuario de Florida donde el animal vivió por más de 50 años.

“Es con gran pesar que la comunicad ha perdido a un querido amigo y un miembro de la familia el 24 de diciembre de 2011″, señaló en su sitio web el Santuario Suncoast Primate de Palm Harbor, en Florida.

Chita participó, entre otras, en las películas “Tarzán the Ape Man” (Tarzán de los Monos) en 1932 y “Tarzán and his Mate” (Tarzán y su compañera) en 1934, filmes clásicos que relatan las aventuras de un hombre criado en la selva, protagonizados por Johnny Weissmuller y Maureen O’Sullivan.

El chimpancé, que llegó al santuario en 1960, amaba pintar con sus dedos y mirar football, y se calmaba escuchando música, dijo al diario Tampa Tribune Debbie Cobb, director del Santuary Suncoast Primate.

El podía saber cuando yo tenía un día bueno o un día malo. Siempre trataba de hacerme reír si yo estaba teniendo un día malo. Estaba muy a tono con los sentimientos humanos”, comentó Cobb al periódico.

Ron Priest, un voluntario que trabaja en el santuario, dijo al Tribune que Chita se destacaba porque podía pararse con la espalda erguida, como un humano, además de tener otros talentos.

“Cuando a él no le gustaba alguien o algo que pasaba, tomaba algo de sus excrementos y se los arrojaba. Podía lanzarlo hasta a unos 30 pies (unos 9 metros) a través de las barras” de su jaula, recordó Priest.

(por Cubadebate, con información de AFP)

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Patativa do Assaré



Crítica & Autocrítica – nº 85

* O Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com a presença do governador Tarso Genro, lançou na noite de 21/12,  o projeto Conexões Globais 2.0, no Palácio Piratini. O evento é uma promoção das Secretarias de Cultura e de Comunicação Social e Inclusão Digital.    Segundo os organizadores, 'o Conexões Globais 2.0 acontecerá durante o Fórum Social Mundial Temático 2012, de 24 a 29 de janeiro de 2012, na Casa de Cultura Mario Quintana. A proposta é transformar a CCMQ em uma referência da cultura digital a partir do evento, oferecendo uma programação diversificada, com debates, oficinas, serviços multimídia e diversas manifestações artísticas'. Fui convidado pelo Governador - na qualidade de blogueiro e twitteiro - e estive lá para conferir.
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* Ainda a propósito do lançamento do Conexões Globais 2.0 , informa o governo gaúcho 'o primeiro Fórum Social Mundial, realizado em 2001, em Porto Alegre, estabeleceu uma nova fase de conexão entre os movimentos sociais emergentes nos cinco continentes. Estava inaugurada a era de movimentos sociais globais articulados em redes via internet. De lá pra cá, este novo fenômeno de articulação e mobilização social, tendo a internet como plataforma, se aprofundou, evoluiu e seus protagonistas não são os mesmos. Acompanhamos recentemente - especialmente via web - as revoltas árabes e as manifestações globais em todo mundo, do Chile a Wall Street e por toda a Europa, que questionam os limites da democracia representativa e o sistema econômico global.'
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* Fiquei extremamente feliz ao receber um gratificante presente de Natal e Ano Novo do  meu amigo virtual, ‘cumpadi’ e companheiro Prof.  Diafonso,  combativo blogueiro e professor pernambucano: trata-se nada mais, nada menos do que um ótimo  DVD com  um muito bem produzido documentário sobre o poeta e repentista cearense
Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré (fotos acima).
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* Segundo nos informa o Wikipedia, Patativa do Assaré (Assaré, Ceará, 5 de março de 19098 de julho de 2002) foi “‘uma das principais figuras da música nordestina do século XX. Segundo filho de uma família pobre que vivia da agricultura de subsistência, cedo ficou cego de um olho por causa de uma doença. Com a morte de seu pai, quando tinha oito anos de idade, passou a ajudar sua família no cultivo das terras. Aos doze anos, frequentava a escola local, em qual foi alfabetizado, por apenas alguns meses. A partir dessa época, começou a fazer repentes e a se apresentar em festas e ocasiões importantes. Por volta dos vinte anos recebeu o pseudônimo de Patativa, por ser sua poesia comparável à beleza do canto dessa ave.

Patativa do Assaré obteve popularidade a nível nacional, possuindo diversas premiações, títulos e homenagens (tendo sido nomeado por cinco vezes Doutor Honoris Causa). No entanto, afirmava nunca ter buscado a fama, bem como nunca ter tido a intenção de fazer profissão de seus versos. Patativa nunca deixou de ser agricultor e de morar na mesma região onde se criou (Cariri) no interior do Ceará. Seu trabalho se distingue pela marcante característica da oralidade. Seus poemas eram feitos e guardados na memória, para depois serem recitados. Daí o impressionante poder de memória de Patativa, capaz de recitar qualquer um de seus poemas, mesmo após os noventa anos de idade.A transcrição de sua obra para os meios gráficos perde boa parte da significação expressa por meios não-verbais (voz, entonação, pausas, ritmo, pigarro e a linguagem corporal através de expressões faciais, gestos) que realçam características expressas somente no ato performático (como ironia, veemência, hesitação, etc.). A complexidade da obra de Patativa é evidente também pela sua capacidade de criar versos tanto nos moldes camonianos (inclusive sonetos na forma clássica), como poesia de rima e métrica populares (por exemplo, a décima e a sextilha nordestina). Ele próprio diferenciava seus versos feitos em linguagem culta daqueles em linguagem do dia-a-dia (denominada por ele de poesia "matuta").”
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*Ao ‘cumpadi’ e amigo Professor Diafonso – Editor do ótimo Blog Terra Brasilis – o meu carinho e os meus agradecimentos!
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* Com o lançamento da Unidade e Luta Democrática - ULD, ocorrido em 17/12 (vide post abaixo), foi oficializada a mais nova tendência  interna do  Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul, resultado da fusão  entre a  corrente petista Unidade na Luta (UL) com setores oriundos da extinta Ação Democrática (AD). O evento - que teve a presença de mais de 700 militantes do PT gaúcho -  ocorreu no Ritter Hotel, centro de Porto Alegre, e contou na sua abertura com a presença do governador  Tarso Genro,  além dos  secretários João Motta e Ivar Pavan e do presidente da Assembleia Legislativa e pré-candidato do PT ao Paço Municipal de Porto Alegre, deputado  Adão Villaverde (estes três últimos também integram os quadros da nova tendência), assim como de  lideranças sindicais, comunitárias, estudantis  e  representantes das várias correntes do PT do RS.
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* Segundo seus fundadores, a ULD  - que no PT  Nacional integra o 'campo político' Construindo um Novo Brasil -  se propõe a 'fortalecer o diálogo interno do PT, sintonizar o partido com os processos de âmbito nacional e reafirmar o compromisso com os trabalhadores, juventude e movimentos sociais.  Vivemos um novo momento no nosso partido. A população gaúcha nos conduziu ao Palácio Piratini por acreditar que somos o partido que pode dirigir a concertação política necessária para colocar o Rio Grande no caminho do desenvolvimento, assim como fizemos com o Brasil. É hora de unificar as forças, construír juntos um novo momento político, aliado à construção partidária e consolidação do nosso projeto de desenvolvimento econômico e social.'
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* O governador Tarso Genro (que na ocasião recebeu dos organizadores um exemplar do livro A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr), ao saudar  a criação da nova tendência, enfatizou que 'na última década passamos de um partido de lutas de classe para um partido de governo e esta transição não é nada fácil. Demonstramos que a Esquerda numa coalizão política pode governar na democracia, o que nos permite vislumbrar no horizonte a regeneração dos ideiais libertários do socialismo.Quero saudar esta nova corrente e a proposta de fortalecer a comunicação interna do partido em nome do nosso projeto maior que é o PT.'
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* Já o  Secretário Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, definiu o lançamento da ULD como um dia especial e ressaltou o papel da militância. “Este novo grupo já começa com uma militância histórica. Estamos construindo uma nova trajetória e nos orgulhamos de cada passo dela”.
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* Para João Motta, Secretário Estadual de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã,  a ULD veio para ajudar a alinhar o governo estadual ao trabalho realizado pelo ex-presidente Lula e atualmente pela presidenta Dilma. “Temos uma tarefa a fazer e é inevitável: colocar o Rio Grande do Sul no caminho do desenvolvimento”, informou Motta. 
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* Integram ainda a nova tendência os deputados estaduais Valdeci Oliveira e Marisa Formolo,  o 1º suplente de Deputado Federal e membro da direção nacional do PT,  Paulo Ferreira, o vice-prefeito de Passo Fundo, Rene Cecconello, o presidente da CUT Estadual, Celso Woyciechowski, a vice-prefeita de Alegrete, Preta Mulazzani, pelos vereadores  Adeli Sell, Mauro Pinheiro, Engº Comassetto, Sérgio Kumpfer, Lauro Brum, Tania Ferreira  e Neucir Benetti, por Paulo Accinelli (Subprefeito da Região sudeste de Canoas),  Vilmar Galvão, Nilvia Pinto, Inácio Benincá (SDR),  Valério Lopes (FEGAM), assim como por este blogueiro, dentre outros militantes do PT gaúcho.
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* Em Santiago, continuam  céleres as negociações visando a  construção de um programa de Governo e de uma chapa que unifique minimamente a ‘oposição’ ao PP para viabilizar uma vitória no pleito do ano vindouro. PT, PPL,  PSD, PDT e PMDB em estágio avançado de articulação.  Informações que chegam dão conta de que nes que chegam donista. PSDB o. apa que unifique minimamente a ' nada menos de ão está descartada também a participação do PTB e do apoio do PSDB à frente oposicionista.  
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*O vereador e Presidente do PT da capital gaúcha, Adeli Sell, será o coordenador geral da campanha do deputado Adão Villaverde à prefeitura de Porto Alegre nas eleições 2012 pelo Partido dos Trabalhadores.
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*Já em Canoas o PT deverá lançar o prefeito Jairo Jorge à reeleição, repetindo a  ‘dobrada’ com a vice-prefeita Beth Colombo (PP), apoiados por um amplo leque de partidos. Jairo Jorge desponta como fanco-favorito para continuar à frente do Paço Municipal (a oposição – leia-se PSDB e DEM - está em frangalhos e o governo hegemonizado pelo PT tem o apoio de mais de 70% da população, segundo última pesquisa realizada pelo Instituto Methodus).
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*Em São Borja, o PT (que já integra o governo liderado pelo PDT) credencia-se para compor em 2012 com os trabalhistas na chapa majoritária. Cresce o nome da professora Carmem Iara (atual Secretária Turismo, Cultura e Eventos) como possível candidata à vice-prefeita. Mas o PT precisa primeiro superar as divergências internas que hoje obstaculizam seu crescimento e unidade.
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*O livro 'A Privataria Tucana', do premiado jornalista Amaury Ribeiro Jr (um petardo que colocou a nú as privatizações realizadas durante o governo FHC, especialmente eivado de denúncias contra a lavagem de dinheiro nos paraisos fiscais e a corrupção capitaneada por José Serra e outros líderes tucanos)  vendeu 15 mil exemplares em um só dia. Sua segunda edição (mais 80 mil exemplares) já se esgotaram,  mas a obra continua sendo ignorada pela maioria da mídia tradicional - que, assim agindo, sem pudores,  finalmente demonstrou toda a sua tendenciosidade e falta de compromisso com a verdade. Mas eles não estão sozinhos:  por mais incrível que pareça, setores da própria blogosfera, inclusive a santiaguense e regional, continuam 'ignorando' o livro do jornalista paulista Amaury Jr.  Até quando?
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*O Editor, no apagar das luzes de 2011,  deseja à tod@s @s prezad@s leitores Boas Festas e um ótimo Ano Novo!  (Por Júlio Garcia, especial para o Blog ‘O Boqueirão’ e Jornal Correio Regional).

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Unidade e Luta Democrática - ULD

Fundada a  ULD - Unidade e Luta Democrática do PT/RS

Porto Alegre/RS - Com o lançamento da Unidade e Luta Democrática - ULD, ocorrido  sábado, 17/12, foi oficializada a mais nova tendência  interna do  Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul, resultado da fusão  entre a  corrente petista Unidade na Luta (UL) com setores oriundos da extinta Ação Democrática (AD).

O evento - que teve a presença de mais de 700 militantes do PT gaúcho -  ocorreu no Ritter Hotel, centro de Porto Alegre, e contou na sua abertura com a presença do governador  Tarso Genro,  além dos  secretários João Motta e Ivar Pavan e do presidente da Assembleia Legislativa e pré-candidato do PT ao Paço Municipal de Porto Alegre, deputado  Adão Villaverde (estes três últimos também integram os quadros da nova tendência), assim como de  lideranças sindicais, comunitárias, estudantis  e  representantes das várias correntes do PT do RS.

Segundo seus fundadores, a ULD  - que no PT  Nacional integra o 'campo político' Construindo um Novo Brasil -  se propõe a 'fortalecer o diálogo interno do PT, sintonizar o partido com os processos de âmbito nacional e reafirmar o compromisso com os trabalhadores, juventude e movimentos sociais'.

O governador Tarso Genro (que na ocasião recebeu dos organizadores um exemplar do livro A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr), ao saudar  a criação da nova tendência, enfatizou que 'na última década passamos de um partido de lutas de classe para um partido de governo e esta transição não é nada fácil. Demonstramos que a Esquerda numa coalizão política pode governar na democracia, o que nos permite vislumbrar no horizonte a regeneração dos ideiais libertários do socialismo.Quero saudar esta nova corrente e a proposta de fortalecer a comunicação interna do partido em nome do nosso projeto maior que é o PT.'

Já o  Secretário Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, definiu o lançamento da ULD como um dia especial e ressaltou o papel da militância. “Este novo grupo já começa com uma militância histórica. Estamos construindo uma nova trajetória e nos orgulhamos de cada passo dela”.

Para João Motta, Secretário Estadual de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã,  a ULD veio para ajudar a alinhar o governo estadual ao trabalho realizado pelo ex-presidente Lula e atualmente pela presidenta Dilma. “Temos uma tarefa a fazer e é inevitável: colocar o Rio Grande do Sul no caminho do desenvolvimento”, informou Motta. 

Integram ainda a nova tendência os deputados estaduais Valdeci Oliveira e Marisa Formolo,  o 1º suplente de Deputado Federal e membro da direção nacional do PT,  Paulo Ferreira, o vice-prefeito de Passo Fundo, Rene Cecconello, o presidente da CUT Estadual, Celso Woyciechowski, a vice-prefeita de Alegrete, Preta Mulazzani, pelos vereadores  Adeli Sell, Mauro Pinheiro, Engº Comassetto, Sérgio Kumpfer, Lauro Brum, Tania Ferreira  e Neucir Benetti, por Paulo Accinelli (Subprefeito da Região sudeste de Canoas),  Vilmar Galvão, Nilvia Pinto, Inácio Benincá (SDR),  Valério Lopes (FEGAM), assim como por este blogueiro, dentre outros militantes do PT gaúcho.
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*Foto: Eduardo Quadros, do sítio Sul 21 
**Com informações oriundas da Revista Voto, Sul21  e do PT/RS 
***Via Blog do Júlio Garcia

Privataria


*Charge do Bira

sábado, 24 de dezembro de 2011

Mensagem do companheiro Paulo Ferreira



Companheiros, companheiras, amigas e amigos:

Chegamos ao fim de mais um ano de muitas lutas e de muitas vitórias que merecem ser comemoradas. A eleição da primeira mulher presidenta do Brasil, Dilma Roussef, que cresce constantemente na aprovação dos brasileiros e brasileiras, marcou o fortalecimento do nosso projeto de governo em nível nacional. Em nosso Estado, elegemos Tarso Genro em primeiro turno, trazendo uma luz de esperança e crescimento para o povo gaúcho. Além disso, obtivemos significativos avanços em diversas áreas e enfrentamos a crise econômica mundial com políticas de desenvolvimento e com a ampliação do mercado interno. Consolidamos ainda projetos governamentais que melhoram a vida da população brasileira com políticas de proteção social dos mais pobres, como o Brasil sem Miséria.

Para 2012, não podemos esquecer que temos uma tarefa muito importante para cumprir.

Precisamos trazer até os municípios uma vitória carregada de paixão e justiça, marcas deste povo valoroso do PT, trabalhando para eleger a maior bancada de vereadores, prefeitos e vice-prefeitos deste Estado.

Desejamos um Natal feliz para todas as famílias brasileiras e um novo ano repleto de realizações.

Abraços,

 Paulo Ferreira*

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Foto: Ruben Finamor, Paulo Ferreira e Júlio Garcia - Créditos: Sergio Bueno

*Paulo Ferreira é membro da Direção Nacional do PT e 1º suplente da bancada federal do PT/RS.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Talvez o último artigo do professor Vladimir, na Folha

 
O inimigo da moral

O maior inimigo da moralidade não é a imoralidade, mas a parcialidade.

O primeiro atributo dos julgamentos morais é a universalidade. Pois espera-se de tais julgamentos que sejam simétricos, que tratem casos semelhantes de forma equivalente. Quando tal simetria se quebra, então os gritos moralizadores começam a soar como astúcia estratégica submetida à lógica do "para os amigos, tudo, para os inimigos, a lei".

Devemos ter isso em mente quando a questão é pensar as relações entre moral e política no Brasil. Muitas vezes, a imprensa desempenhou um papel importante na revelação de práticas de corrupção arraigadas em vários estratos dos governos. No entanto houve momentos em que seu silêncio foi inaceitável.

Por exemplo, no auge do dito caso do mensalão, descobriu-se que o esquema de corrupção que gerou o escândalo fora montado pelo presidente do maior partido de oposição. Esquema criado não só para financiar sua campanha como senador mas (como o próprio afirmou em entrevista à Folha) também para arrecadar fundos para a campanha presidencial de seu candidato.

Em qualquer lugar do mundo, uma informação dessa natureza seria uma notícia espetacular. No Brasil, alguns importantes veículos da imprensa simplesmente omitiram essa informação a seus leitores durante meses.

Outro exemplo ilustrativo acontece com o metrô de São Paulo. Não bastasse ser uma obra construída a passos inacreditavelmente lentos, marcada por adiamentos reiterados, com direito a acidentes mortais resultantes de parcerias público-privadas lesivas aos interesses públicos, temos um histórico de denúncias de corrupção (caso Alstom), licitações forjadas e afastamento de seu presidente pela Justiça, que justificariam que nossos melhores jornalistas investigativos se voltassem ao subsolo de São Paulo.

Agora volta a discussão sobre o processo de privatização do governo FHC. Na época, as denúncias de malversações se avolumaram, algumas apresentadas por esta Folha. Mas vimos um festival de "engavetamento" de pedidos de investigação pela Procuradoria-Geral da União, assim como CPIs abortadas por manobras regimentais ou sufocadas em seu nascedouro. Ou seja, nada foi, de fato, investigado.

O povo brasileiro tem o direito de saber o que realmente aconteceu na venda de algumas de suas empresas mais importantes. Não é mais possível vermos essa situação na qual uma exigência de investigação concreta de corrupção é imediatamente vista por alguns como expressão de interesses partidários. O Brasil será melhor quando o ímpeto investigativo atingir a todos de maneira simétrica.

Artigo do professor Vladimir Safatle, da Filosofia da USP. Publicado hoje na Folha de São Paulo. 
*Via Blog Diário Gauche       http://diariogauche.blogspot.com/

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Brasil sem Miséria

Em seis meses, Brasil sem Miséria superou todas as metas e incluiu 325 mil famílias no Bolsa Família

Com representantes da comunidade quilombola Kalunga, em Goiás, presidenta celebra desempenho do Brasil sem Miséria. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A luta pela erradicação da pobreza extrema será a mais obstinada do governo, garantiu hoje (16) a presidenta Dilma Rousseff na cerimônia de assinatura do termo de compromisso com os governadores da Região Centro-oeste. Segundo ela, concluída a parceria com os estados, o governo vai preparar agora a unificação dos cartões de transferência de renda para garantir a eficácia das políticas sociais.
“A erradicação da miséria entrou definitivamente na agenda nacional. Esse é o balanço mais positivo que podemos fazer hoje. Em 2012, vamos fazer muito mais. Para fazer cada uma dessas realizações, foi preciso botar o bloco na rua. E agora o bloco está na rua. Por isso, sabemos que nós conseguiremos fazer muito mais”, disse a presidenta.
Para Dilma Rousseff, com o Bolsa Família, o Brasil dá exemplo de como transferir renda de forma efetiva e eficaz.
“Esse é um programa de Estado. Governadores de partidos diferentes são capazes de conviver sob uma única bandeira. Eu acho que somente com essa união nós vamos de fato superar a extrema pobreza no Brasil. Sem ela, nós não conseguiremos.”
Balanço – O Brasil sem Miséria superou, em seis meses, todas as suas metas, informou a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello. Segundo ela, desde junho, 407 mil famílias em situação de pobreza extrema foram localizadas pela busca ativa, o que representa 50% da meta de localizar 800 mil famílias até 2013. As famílias foram incluídas no Cadastro Único de Programas Sociais, sendo que 325 mil já recebem o Bolsa Família.
“Essas 407 mil famílias não são mais uma estatística. Sabemos que a pobreza não é só uma questão de renda. Nosso compromisso é de inclusão nos serviços, nos direitos, no consumo e no acesso às oportunidades. A senhora, presidenta, conseguiu colocar no centro da agenda do seu governo a pobreza.”, disse a ministra Tereza Campello.
Ela acrescentou que, além do reajuste dos benefícios do Bolsa Família, 1,3 milhão de crianças e adolescentes foram incluídos no programa por meio da ampliação dos benefícios concedidos às famílias com filhos de até 15 anos. Outras ações do Brasil sem Miséria foram a instalação de 315 mil cisternas, a participação de 82 mil novos agricultores no Programa de Aquisição de Alimentos, e a criação de 61 mil vagas do Pronatec. E, em oito estados, 3,5 milhões de beneficiários estão recebendo uma complementação da renda do Bolsa Família.
“A erradicação da pobreza não é só uma questão de justiça social, mas uma estratégia de desenvolvimento econômico”, definiu a ministra.

-CLIQUE AQUI para ler mais  (via Blog do Planalto)

PIB de Santiago é um dos piores da Região




PÃO E CIRCO GANHA FORÇA!

(Extraído do blog do vereador Miguel Bianchini, do  PPL de Santiago/RS)

Há poucos dias atrás fiz uma postagem denominada Pão e Circo chamando a atenção do descaso da Lei Orçamentária Anual - 2012, do Município de Santiago, para políticas desenvolvimentistas ou de geração de emprego e renda; fui mais fundo e afirmei que o PP de Santiago está mais preocupado com políticas de perpetuação no poder do que no futuro dos nossos filhos. A postagem provocou a ira de muita gente, decerto elas não têm noção da gravidade do problema, são vinculadas ao poder através de empregos ou são pagos para macular o atraso.

Hoje tomei conhecimento do resumo estatístico das características socioeconômicas dos municípios gaúchos, publicados pela Fundação de Economia e Estatística (quem não acreditar é só acessar diretamente os resultados). Não tive surpresa dos resultados e eles servem para me deixar com a consciência tranquila do dever e da responsabilidade cumprida.
Para esclarecer, analisei o PIB per capita das 20 cidades mais próximas de Santiago e constatei a seguinte classificação:

1º - Maçambará - PIB per capita R$ 30,804
2º - Capão do Cipó - PIB per capita R$ 30,247
3º - Tupanciretã - PIB per capita R$ 25,044
4º - Jari - PIB per capita R$ 23,360
5º - Joia - PIB per capita R$ 21,775
6º - São Borja - PIB per capita R$ 18,378
7º - Bossoroca - PIB per capita R$ 15,263
8º - Santo Ângelo - PIB per capita R$ 14,562
9º - Alegrete - PIB per capita R$ 14,222
10º - Manoel Viana - PIB per capita R$ 14.087
11º - Itacurubi - PIB per capita R$ 13,849
12º - Santa Maria - PIB per capita R$ 12,855
13º - Cacequi - PIB per capita R$ 12,827
14º - São Luiz Gonzaga - PIB per capita R$ 12,759
15º - São Vicente do Sul - PIB per capita R$ 12,710
16º - Unistalda - PIB per capita R$ 11,933
17º - Jaguari - PIB per capita R$ 11,694
18º - São Pedro do Sul - PIB per capita R$ 11,037
19º - São Francisco de Assis - PIB per capita R$ 10,602
20º - Santiago - PIB per capita R$ 9,712
21 - Mata - PIB per capita R$ 9,446
.

Santiago ocupa vergonhosamente a penúltima posição, mesmo com os milhões do Exército Brasileiro que são injetados mensalmente na nossa economia.

Quem ainda não acordou?

ACORDE!

Ainda há tempo para recuperar o nosso município.

E não queiram mandar alguém explicar o inexplicável.

A minha postura reflete o meu pensamento e as minhas convicções. Ou alguém tem dúvidas dos motivos do meu afastamento do partido e da administração municipal nos últimos três anos?

*PIB é o principal medidor do crescimento econômico de uma cidade, região, estado,...; sua medida é feita a partir da soma de todos os serviços e bens produzidos em um período determinado. PIB per capita é a divisão do PIB total pela população correspondente.

Fonte: http://miguelbianchini.blogspot.com/  - Edição final e negritos deste blog

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Surge uma Nova Corrente no PT/RS


Convite aos Petistas:


Companheiros e Companheiras,

Vivemos um novo momento no nosso partido. A população gaúcha nos conduziu ao Palácio Piratini por acreditar que somos o partido que pode dirigir a concertação política necessária para colocar o Rio Grande no caminho do desenvolvimento, assim como fizemos com o Brasil.

É hora de unificar as forças, construír juntos um novo momento político, aliado à construção partidária e consolidação do nosso projeto de desenvolvimento economico e social.

Convidamos a todos os militantes e as militantes petistas para participar do grande ato de fundação de uma nova corrente no PT gaúcho a ser realizado no dia 17 de dezembro de 2012 com início às 8:30 hs, tendo como local o Hotel Ritter ( em frente a rodoviária) POA -RS.

Saudações,

Coordenação do Encontro
...
-Assinam este Convite os companheiros(as) Adão Villaverde, Adeli Sell, Ivar Pavan, Paulo Ferreira, Helenir Aguiar, Vilmar Galvão, Preta Mulazani, Inacio Benincá, Gerson Almeida, João Mota,  Rene Cecconelo, Paulo Acinelli, Valdeci Oliveira, Mariza Formolo, Engº Comassetto, Celsinho da CUT, Sergio Kumpfer, Tania Ferreira, Neucir Benetti, entre outros(as).

Eleições 2012



 PT e PPL discutem aliança para a prefeitura de Porto Alegre
 
Após a definição do nome petista que irá encabeçar a campanha de retomada ao Paço Municipal, a direção do Partido dos Trabalhadores de Porto Alegre tem se preparado para longas conversas. Nesta quarta-feira (14/12) foi a vez dos dirigentes petistas se reunirem com a direção metropolitana do Partido Pátria Livre, o PPL.

Na companhia do candidato petista, deputado Adão Villaverde, o presidente do PT-POA, Adeli Sell, e o líder do PT na Câmara, Mauro Pinheiro, almoçaram com o presidente municipal do PPL, Vinícius Anversa, e o vereador Toni Proença no Chalé da Praça XV.

A sigla tem propensão para estar com o PT em 2012. Eles estiveram com o PT na campanha de Tarso Genro quando o partido ainda estava em formação.

A legenda, que integra a base do governo do Estado, também está preocupada com 2014. Segundo eles, os conservadores estão organizando uma candidatura e um campo para se confrontar com Tarso no estado e farão o mesmo em nível nacional.

Também informaram que querem ajudar o PT a buscar alianças, inclusive com PSB e PCdoB, e a construir um programa de governo sintonizado com as mudanças já implantadas no Estado e no Brasil.

Asscom PT-POA  - Via Blog do ver.  Adeli Sell

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Privataria tucana, a mídia e a tática do avestruz

Venício Lima: Ao ignorar livro, grande mídia mostra moralidade seletiva


Por Ana Cláudia Barros*

Desde que foi lançado na última sexta-feira (9), o livro "A privataria tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr., vem provocando rebuliço na blogosfera e movimentando o debate nas redes sociais. O reflexo da repercussão virtual pode ser medido nas livrarias, onde a procura pela obra fez com que as 15 mil cópias da primeira edição se esgotassem logo nos primeiros dias. O assunto, entretanto, não ganhou espaço na chamada grande mídia, que, por ora, silencia e se mantém longe do tema.

Na análise do professor aposentado de Ciência Política e Comunicação da UnB (Universidade de Brasília), Venício Artur de Lima, há, de fato, omissão dos veículos de comunicação, que, segundo ele, podem sofrer "graves danos" por essa postura.

- A grande mídia que, nos últimos meses, tem se especializado em denúncias em torno de figuras públicas envolvidas em supostas atividades de corrupção, ao ignorar um livro que documenta uma ação que envolve homens públicos e montantes inacreditáveis de dinheiro, coloca em risco sua credibilidade. O livro é um sucesso de vendas. Não é um jornalismo baseado em suposições, em condicionais. É um livro que faz acusações e as documenta.

Para Venício Lima, é a comprovação definitiva de que "a imprensa no Brasil é partidária e ocupa o papel dos partidos de oposição".

- Não só comprova isso, como comprova que ela só ocupa esse papel quando é oposição ao governo. Quando diz respeito a um fenômeno que envolve uma figura como a do (José) Serra, ex-governador de São Paulo, ex-candidato a presidente da República, a mídia, simplesmente, omite. Então, acho que essa omissão escancara uma questão de partidarização, de moralidade seletiva que só será ignorada por aqueles que consomem determinado tipo de mídia porque pensam da mesma forma - critica.

Ele emenda:

- A moralidade da mídia é seletiva. Revela quando interessa e omite quando não interessa à posição político-partidária que assume. Isso é claro como a luz do dia.

Blogosfera

Venício Lima destaca a emergência dos blogs e a quebra do monopólio da formação de opinião.

- Não é um fenômeno novo. Uma das características da emergência da internet, da blogosfera é exatamente a quebra do monopólio da formação de opinião que a grande mídia e alguns dos principais colunistas, os chamados formadores de opinião, exerciam. A blogosfera quebra isso. Com todos os problemas de acesso e de repetição, na própria blogosfera, de personagens ligados à mídia tradicional, ela oferece uma pluralidade e uma diversidade que a grande mídia não oferece. E ela horizontaliza a formação de opinião, porque vai diretamente nas lideranças de opinião. A internet, na verdade, fez com que houvesse um deslocamento da formação de opinião desses grupos mais tradicionais para essa liderança de opinião mais horizontalizada.

*Via Terramagazine www.terramagazine.com.br -  Edição e grifos deste blog
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NOTA DO BLOG: Mas, pelo jeito, não é só a 'grande mídia' que 'está cega' ou faz que não vê. Em Santiago/RS - a 'capital dos blogues' cantada em prosa e verso por alguns -, com raras exceções, a blogosfera também adotou a tática do avestruz sobre o relevante tema, ignorando até agora o petardo chamado 'A Privataria Tucana'. Até os blogues autopropagandeados como os 'campeões de acessos' omitiram-se. Inexplicavelmente.
A pergunta que não quer calar: Quais serão os reais motivos?!  Quais os interesses por detrás dessa auto-censura
Somente uma coisa a mais  temos que dizer:  Lamentável.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Memória

Tortura em branco e preto, tempos de noite e névoa

Luiz Cláudio Cunha*
Especial para Sul21

O sábado, 10 de dezembro, marca o 27º aniversário da Convenção contra a Tortura, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1984 — ratificada pelo Brasil apenas cinco anos depois, justos 48 dias antes do centenário da proclamação da República.

Uma semana atrás, sábado 3, o país se deparou com um documento espantoso, o melhor retrato de uma era, a imagem mais emblemática de uma época conhecida pelo chumbo quente da tortura, o símbolo mais cortante dos 21 anos da ditadura que sangrou o Brasil no período 1964-85. É uma fotografia em preto e branco, como aqueles tempos obscuros, captada na 1ª Auditoria Militar do Rio de Janeiro num dia qualquer de novembro de 1970, quando se completava o primeiro ano no poder do presidente Garrastazú Médici, o líder mais temido da fase mais dura do regime dos generais. A revelação pertence ao livro A vida quer coragem, que o jornalista mineiro Ricardo Amaral lançará este mês pela editora Primeira Pessoa.

A foto mostra de lado, sentada sobre uma cadeira sem braços, uma jovem magra de 22 anos, cabelos curtos, blusa clara de mangas curtas, as mãos entrecruzadas sobre as pernas, vestindo talvez a inevitável calça jeans de sua geração. A fisionomia está séria, fechada como o clima político do país, e o olhar parece absorto sob as sobrancelhas marcantes, quem sabe refletindo sobre os 22 dias terríveis sob tortura a que sobreviveu dez meses antes, ao ser presa pela repressão como integrante da VAR (Vanguarda Armada Revolucionária)-Palmares, uma das siglas da guerrilha que combatia a ditadura pelo desespero das armas. Três décadas depois, a guerrilheira ‘Estela’ contou ao repórter Luís Maklouf Carvalho, o que lhe passava pela mente, ao lembrar os dias de horror na masmorra do DOI-CODI de São Paulo, o centro que tortura que virou símbolo da barbárie do regime: “Levei muita palmatória, me botaram no pau-de-arara, me deram choque, muito choque. Comecei a ter hemorragia, mas eu aguentei. Não disse nem onde morava. Tiveram que me levar para o Hospital Central do Exército”.


*CLIQUE AQUI para ler a postagem, na íntegra (oriunda do sítio  Sul21

domingo, 11 de dezembro de 2011

A praga do anonimato & otras cositas mas...




Crítica & Autocrítica - nº  84

*'A Privataria Tucana', livro do jornalista  Amaury Ribeiro Júnior que desnuda os bastidores das maracutais do tucanato e de seu chefe-mor, o ex-candidato à presidência (derrotado por Lula e Dilma), ex-governador e ex-prefeito paulistano José Serra, saiu do prelo e já está à venda nas melhores livrarias e pela internet. À  conferir. (Leia matéria  sobre o lançamento do livro postada  neste blog).
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*E, por falar em lançamento, o  livro 'Tempos de Planície',  de autoria do companheiro José Dirceu - ex-presidente do PT Nacional, ex-deputado federal  e ex-ministro Chefe da Casa Civil do Governo Lula - foi lançado  dia 18 p/passado em Porto Alegre. O evento foi realizado  na Livraria Saraiva do  BarraShoppingSul e reuniu dezenas de lideranças políticas, sindicais, estudantis, companheiros e amigos que  lá estiveram para prestigiar o companheiro  Zé Dirceu. O livro é uma coletânea de 73 artigos  publicados por ele  em vários jornais desde 2006. No livro ele discorre sobre a conjuntura nacional e internacional, economia, mídia... Mas é sobre a  política nacional, sua participação no governo Lula e a chamada 'crise do mensalão'  (que ele nega a existência) e a defesa da sua biografia-  e da sua honra -  que ele reservou os maiores espaços. Vale a pena conferir.
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* Estive presente no evento (foto acima)  juntamente com os companheiros Marcelo da Rosa (Diretor Jurídico da Prefeitura de Canoas), Angelita da Rosa (Diretora Jurídica do GHC - Grupo Hospitalar  Conceição),  Paulo Accinelli (Subprefeito da Região Sudeste de Canoas),  Paulo Ferreira (membro da Direção Nacional do PT e 1º suplente da bancada federal do PT/RS), vereador Adeli Sell, secretário João Mota, prefeito Jairo Jorge (Canoas), deputado Adão  Villaverde, dentre outros..
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*Após a sessão de autógrafos na Livraria Saraiva,  juntamente com os demais convidados, direcionei-me ao  Restaurante Copacabana, um dos mais tradicionais da capital gaúcha, onde  realizou-se o Ato Político e um concorrido e animado jantar  de confraternização com o companheiro Zé Dirceu.  (Fotos do evento podem ser vistas em postagem que fizemos recentemente neste blog).
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*A propósito, a mesma matéria, postada por outro blog/site  terrunho (o Nova Pauta), rendeu vários 'comentários' - pró e contra - o companheiro José Dirceu e minha participação no evento. Tudo bem, é um direito democrático tanto elogiar quanto criticar, aceito sem nenhum problema. O que somente questiono e lamento é a utilização do  anonimato covarde para ataca-nos (pessoalmente e politicamente), eivados de  baixarias e provocações, o que desde já desqualifica quem o faz e o próprio blog ou site que libera esse tipo de conteúdo. Os blogs e sites sérios, comprometidos com a democracia, que respeitam e dão espaço à cidadania não permitem a veiculação de comentários desqualificados, ainda mais quando os autores não podem ser identificados. 
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*Ainda sobre esse tema  sugiro leitura atenta  do artigo "O anorcotráfico do anonimato na internet", do jornalista Luiz Cláudio Cunha.   Está em http://jcsgarcia.blogspot.com/ Diz ele que  (...) 'Principalmente no território livre dos blogs, a grande rede é exposta à droga dos traficantes de opinião que não ousam dizer o seu nome, como diria Oscar Wilde. Como os narcotraficantes que dominam as favelas pelo terror e pela droga, ocultam o rosto pela máscara covarde do apelido, do codinome, da inicial sem qualquer identificação. Com isso, são encorajados a dizer qualquer bobagem, desencorajando o bom e aberto debate civilizado entre pessoas que não temem expor nome e sobrenome, suas cidades de origem, até mesmo sua condição profissional, detalhes que qualificam a discussão e permitem uma compreensão melhor sobre os debatedores. O manto do sigilo descamba com frequência para a troca de ofensas entre os próprios internautas, despencando numa baixaria que espanta pela virulência e que afugenta os debatedores mais pacientes.' (...)
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* 'Mas - diz ele - esse anarcotráfico de opiniões que não se sustentam, a não ser pelo capuz do anonimato, pode estar com seus dias contados. Os grandes portais, os sites sérios e os blogs mais consequentes estão ocupando este território da irresponsabilidade, estabelecendo limites saudáveis para permitir o livre trânsito apenas a quem tem a consciência e a competência para a discussão livre, democrática e assumida.'
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*Enfatiza ainda o ilustre  jornalista: 'Nem é preciso chamar o BOPE para retomar este espaço virtual ocupado criminosamente. Basta estabelecer regras transparentes para identificar devidamente o autor dos comentários, sem qualquer restrição ao seu conteúdo. Os que passarem dos limites sabem que estarão sujeitos à réplica legal e judicial do que se sentirem atingidos. Uma possibilidade que, de pronto, calará a grande maioria de quem terá vergonha de assumir o que não diz sem a ajuda de um apelido boboca.'
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*Voltando ao tema Eleições 2012 em Santiago: Segundo informações oriundas de setores da oposição ao PP santiaguense, é forte a pressão de vários segmentos populares e partidários para que o vereador Miguel Bianchini (PPL) reconsidere sua candidatura à reeleição e aceite o desafio de concorrer ao Executivo Municipal em 2012.
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*Nomes citados como possíveis candidatos para concorrer à vice de Bianchini para a Prefeitura de Santiago(se a candidatura for mesmo confirmada) pela Frente de oposição santiaguense: Antônio Bueno (PT), Mauro Burmann (PDT) e Antônio Diniz Cogo (PMDB).
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*O PT gaúcho está  vivenciando um momento de 'reacomodações' de suas correntes internas. Dias atrás foi criada a tendência 'Socialismo 21', fruto da fusão de parte da Ação Democrática - AD -, liderada por Marco Maia, com o 'Novo Grupo ', cuja principal liderança é o prefeito de Canoas, Jairo Jorge.
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* Mas a maior supresa foi a notícia da possível fusão das correntes  denominadas 'PT Amplo' (liderada pelo deputado Paulo Pimenta) e  'Esquerda Democrática'  (liderada pelo deputado Henrique Fontana). Até pouco tempo atrás, o "Amplo'  era tido pelos companheiros  da ED como excessivamente 'pragmático' e com uma posição 'à direita' no partido. A ED era tida como 'esquerdista',  'sectária', 'apendice da DS'.  A pegunta que os petistas (especialmente os mais antigos) fazem: 'afinal, quem mudou, mesmo?'
...
* Outra fusão que está por ocorrer no PT do RS  é entre a tendência Unidade na Luta (cujas lideranças mais conhecidas são o dirigente nacional do PT Paulo Ferreira, o coordenador estadual Gerson Almeida, os deputados Adão Villaverde, Mariza Formolo e Vadeci Oliveira, o Secretário João Mota e os vereadoes Adeli Sell e Comassetto, o subprefeito Paulo Accinelli (Canoas), detre outras lideranças,  com a outra parte da cindida Ação Democrática - AD - que tem no ex-deputado e atual Secretario Ivar Pavan sua mais expressiva liderança, integrada também por lideranças como Rene Cecconello (vice prefeito de Passo Fundo), Vilmar Galvão (Santa Maria), Inácio Benincá (chefe de gabinete da SDR), Neucir Benetti (vereador em Sananduva), dentre outros. Evento para oficializar a fusão - que resultará numa nova tendência, a ULD - Unidade na Luta Democrática - está marcado para o próximo dia 17/12, no Ritter Hotel,  em Porto Alegre. 
...
*
Agora é oficial: com a presença de centenas de militantes, parlamentares, dirigentes, Secretários de Estado, da Ministra Maria do Rosário, do ex-governador Olívio Dutra, do governador Tarso Genro, do Presidente Nacional do PT, Rui Falcão, do Presidente Estadual, Raul Pont e do Presidente Municipal, Adeli Sell, o Deputado Adão Villaverde foi lançado sábado passado como   Pré-candidato do PT à Prefeitura de Porto Alegre nas eleições do ano que vem. O Encontro do PT ocorreu no Rittter Hotel e foi encerrado com a aclamação do nome do atual presidente da Assembléia Legislativa gaúcha como o candidato que possibilitará ao PT o retorno ao Paço Municipa da capital dos gaúchos. (Por Júlio Garcia, especial para o Blog O Boqueirão e jornal Correio Regional).

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A Privataria Tucana

Exclusivo: Leilões, arapongas e o poder de Serra

Por Luiz Carlos Azenha*

Finalmente. Muito comentado durante toda a campanha eleitoral de 2010, quando foi apresentado pela imprensa serrista como um dossiê contra o candidato ao Planalto do PSDB, José Serra, o livro de Amaury Ribeiro Jr., Privataria Tucana, de 344 páginas, foi lançado pela Geração Editorial.

É resultado de dez anos de investigações de Amaury, um dos maiores especialistas em lavagem de dinheiro no Brasil. Atestei isso pessoalmente, quando investigamos juntos os negócios do presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Naquela ocasião, eu não entendia absolutamente nada quando o Amaury me falava sobre “empresa-ônibus”. Logo ele identificou, no caso de Teixeira, qual era a empresa-ônibus: a RLJ Participações, associada no Brasil à Sanud, baseada em Vaduz, no principado de Liechtenstein. A Sanud fez “empréstimos” à RLJ. Dinheiro que entrava nos negócios de Teixeira no Brasil. Na fazenda, em uma transportadora, no bar El Turf… Empréstimos que a RLJ nunca pagou à Sanud. Um caso clássico em que uma empresa de papel, baseada em uma caixa postal de um paraíso fiscal, existe exclusivamente para limpar dinheiro de origem duvidosa. É por isso que, quando a revista Piauí produziu um perfil de 478.576 palavras sobre Teixeira, sem citar uma única e mísera vez a Sanud, estranhei.

O livro de Amaury trata de questões espinhosas. Para os não iniciados, nem sempre é simples seguir o caminho do dinheiro.

O jornalista focou em alguns personagens importantes das privatizações e do PSDB:

Ricardo Sérgio de Oliveira, homem de confiança de Serra, ex-funcionário do Citibank, ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, que ajudou a ‘modelar’ a privatização da Telebrás e controlou, através de um aliado, João Bosco Madeiro da Costa, a Previ, Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, que teve um papel decisivo no processo; ex-tesoureiro de campanhas de Fernando Henrique Cardoso e José Serra.

Gregório Marin Preciado, primo da mulher de José Serra; representou a empresa espanhola Iberdrola na privatização da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia, a Coelba. É personagem de um milagre empresarial. Passou da falência à bonança graças a um tratamento extremamente ‘carinhoso’ do Banco do Brasil. Sócio de Serra na compra de um terreno em São Paulo, é vizinho da filha de José Serra, Verônica, em Trancoso, na Bahia.

Verônica Serra, “a mulher mais importante da internet brasileira”, segundo a revista IstoÉ Dinheiro. Amaury revela que Verônica foi indiciada… justamente por quebrar o sigilo fiscal alheio (acusação feita contra Amaury em 2010). O livro diz que a empresária mentiu sobre a Decidir.com, empresa em que foi sócia de outra Verônica, a Dantas. Num dos trechos mais saborosos, Amaury explica como o banqueiro Daniel Dantas usou a revista e Verônica para mandar um recado a José Serra.

Lembrem-se que os fundos de pensão, associados ao Citibank e ao Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, ganharam o leilão e o controle da Brasil Telecom, durante as privatizações. Em breve, um novo livro-reportagem, que não é de autoria do Amaury, deverá jogar mais luzes nas questões relativas a Dantas.

No livro, Amaury atribui a Ricardo Sérgio, banqueiro experiente, a “arquitetura” do esquema que internava dinheiro de origem duvidosa no Brasil, através de empresas baseadas no prédio do Citco, nas ilhas Virgens Britânicas.

Mesmo se não era esse o objetivo, Amaury acaba explicando, pelo menos em parte, o imenso poder de José Serra nas hostes tucanas. Deriva da centralidade que Serra, então ministro do Planejamento, teve no bater dos martelos da privatização durante a era Fernando Henrique Cardoso. Mas não apenas: de acordo com o jornalista, também deriva das relações de Serra com o submundo da arapongagem, como fica explícito no capítulo dedicado ao Doutor Escuta.

Amaury concorda que conseguiu apurar apenas alguns dos caminhos do dinheiro obtido pelos operadores da privatização. De qualquer forma, é um acréscimo considerável ao trabalho de outros jornalistas que se debruçaram sobre o assunto, como Aloysio Biondi, em O Brasil Privatizado do, de Aloysio Biondi
(...)
CLIQUE AQUI  para ler a matéria, na íntegra (*via sítio VioMundo)