terça-feira, 31 de dezembro de 2024

À espera de um ano que tenha menos lacração e mais ação política

 

Deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) e Flávio Dino, ministro do STF, paradigmas do que deve ser a ação de esquerda em 2025. Fotomontagem

Por Moisés Mendes*

Desejos para o ano novo são como receitas de bolo. Faço abaixo um resumo da minha receita, que pode ter versões variadas, com uma pitada de cada coisa ao gosto de cada um, sem a pretensão de que seja um aconselhamento. 

São divagações em voz alta, que começam com o desejo de que 2025 seja um ano de menos lacração e mais ação política por parte das esquerdas. 

Menos gente gritando para que o povo saia às ruas e mais gente indo às ruas sem gritar convocações para o povo, porque isso não funciona mais, não desse jeito. 

Menos esquerdas fofos e genéricos, que se dizem defensores da democracia, sem que isso signifique muita coisa, e mais esquerdas do calibre de um Glauber Braga, que ataca o fascismo, sem a tentação de atacar Lula. 

Que 2025 tenha menos esquerdismo colegial crítico das alianças e das concessões do governo, e mais progressismo que tenha a compreensão da situação de Lula num contexto que nunca existiu antes. 

Que seja um ano de menos ataques às pautas identitárias. Menos dedo apontado para o identitarismo como desculpa para os fracassos das esquerdas pretensamente classistas. 

Que os adultos reconheçam que afastaram os jovens da política pela desqualificação da própria política. Que os jovens nos ofereçam sinais de que um dia voltarão a fazer ativismo, como fazem na Argentina, no Chile, no Uruguai, na Colômbia, na Bolívia. 

Que o inquérito das fake news seja finalmente concluído, seis anos depois, enquadrando os

empresários grandes financiadores do fascismo até hoje impunes, e não só os laranjas dessa gente. 

Que o Ministério Público diga alguma coisa sobre os 79 pedidos de indiciamento da CPI da Pandemia e não fique só na denúncia dos alquimistas da cloroquina da Prevent. 

Que os líderes endinheirados dos bloqueadores de estradas depois da eleição de Lula (não os manés motoristas) sejam finalmente identificados e julgados. 

Que as quadrilhas das emendas parlamentares sejam localizadas, dentro do Congresso e nos municípios onde prefeitos, vereadores e empresários usufruem dos milhões liberados pela turma de Arthur Lira. 

Que Flavio Dino amplie o alcance das suas ações a outros pântanos da política. Que o Conselho Nacional de Justiça não continue protelando decisões de envolvidos nos crimes do lavajatismo e em outras podridões do Judiciário. 

Que seja o ano das reparações, que não seja apenas uma repetição melhorada de 2024. Que Bolsonaro seja finalmente julgado, condenado e preso. Que ninguém determine a soltura de Bolsonaro logo depois da prisão. /

Que Folha, Estadão e Globo não escondam suas cumplicidades na próxima tentativa de golpe. Que o próximo golpe fracasse de novo pela covardia dos seus líderes. Que não um ou dois, mas todos os generais golpistas vistam seus pijamas na cadeia.  

*Jornalista - Via DCM

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Presidente Lula assina decreto que eleva salário mínimo para R$ 1.518

 


Aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior passa a valer a partir de 1º de janeiro.

*CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Sul21)

Anotações livres sobre o companheiro Júlio Garcia (por Júlio Prates)

 


Por Júlio César de Lima Prates*

Conheci o companheiro Júlio Garcia [foto] em 1978, ainda antes da fundação do PT, que foi fundado em 10 de fevereiro de 1980.

Sempre foi um companheiro exemplar e comprometido com os trabalhadores. Não é de hoje que o conheço. Júlio Garcia é um às, sempre foi um homem raro, sempre foi, um homem sério, honrado e inabalável.

Recebi Olívio Dutra em minha casa em 1980, assim como Raul Pont, que foi meu professor de ciência política, no curso de sociologia, em 1984, mas o conheci em Santiago na mesma ocasião que Olívio Dutra, em junho de 1980, quando o suplente de vereador do PMDB, César Moura, decidiu filiar-se ao PT e chegou a usar o parlamento como vereador pelo PT.

Júlio César Schmitt Garcia Garcia tem origem e é dos raros. Admiro-o demais por sua origem e compromisso, desde cedo, ao lado dos fracos e oprimidos. Quanto ao vereador Déio, respeitosamente, sequer o conheço pessoalmente, mas desejo que siga os passos e a origem de Júlio Garcia. É um advogado raro e pai de uma psicóloga rara, que fez minhas oitivas e fez meus laudos quando  em disputa, pela minha filhinha Nina Mello Prates. Pessoa rara, Laís Garcia, tem berço e tem origem. Assim como sua mãe, Psicopedagoga Rosani Garcia, minha extraordinária amiga de décadas. Em suma, uma família rara e sempre ao lado dos fracos e oprimidos.

Júlio Garcia integrou a Subchefia da Casa Civil do governo Olívio Dutra, integrou a assessoria dos deputados federais Valdeci Oliveira e Marco Maia [PT/RS], quando presidente da Câmara Federal. Hoje, Júlio apenas advoga em Santiago e região, sendo um amoroso filho que cuida incansavelmente de sua genitora.

[Júlio Garcia foi um dos fundadores do  PT e da CUT], integrou o 1º e o 2º Governo Lula na CGTEE, também participou por dois anos no governo Tarso Genro (PT/FP, 2011/2013), a PGM do município de Canoas (2014/16) e, agora, mesmo sem integrar as atuais direções do PT [em Santiago, do qual já foi Presidente, em Porto Alegre e Canoas, nas suas Executivas e no RS, tendo integrado do seu Diretório Estadual], continua militando ativamente, contribuindo também, de forma independente , nas fileiras do DAP (Diálogo e Ação Petista), articulação supra tendencial do PT Nacional, que faz uma oposição construtiva “pela esquerda ” às direções nacional, estadual e municipal do partido.

*Júlio Prates é Advogado e Sociólogo. Autor de 6 livros, editados pelo Grupo Fronteira-Oeste/PALLOTTI. Tem 3.500 textos jornalísticos. É pós-graduado em Produção Textual, Escrita e Reescrita, Leitura e Releitura, enfocando a narrativa da linguagem jurídica na imprensa escrita. Também é pós-graduado em Sociologia

Fonte: Blog do Júlio Prates 

...

Nota do Editor: Conforme  já comentei em meu face, "O colega, amigo e companheiro Júlio Prates (mais uma vez!) nos surpreendendo no seu conceituado Blog. 'Gracias' pelo registro, em especial pelas gentis palavras, caro Júlio! Fraterno Abraço!" (JG)

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

'Faria Limer e sua mídia contra o Brasil!'

Quem tem saudade de Bolsonaro/Paulo Guedes, exceto a Faria Lima e sua mídia? Importante recordar…

Carrinho de compras no supermercado (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo)

Por Arnóbio Rocha*

Quem tem saudade de Bolsonaro/Paulo Guedes, exceto a Faria Lima e sua mídia? Importante recordar… O Brasil de Bolsonaro tinha uma manchete que seria chocante, mas foi devidamente suavizada pela mídia: “Supermercado vende pele de frango a 2,99”. Pouco depois, veio a fila para comprar osso de boi, feijão quebrado, leite com soro, yogurt transformado em “bebida láctea”, rolo de papel higiênico com rolo diminuído de 40 metros para 30 metros, depois 25 metros, pacote de biscoito (ou bolacha) de 500 g, virou 340, essas mágicas com o mesmo preço e “segurou a inflação”.

O Banco Central interveio 113 vezes no câmbio e gastou mais de 60 bilhões de dólares para segurar a moeda, ao mesmo tempo que houve ações deletérias de venda de refinarias de petróleo, o preço dos combustíveis dispararam. A venda, melhor a entrega, de fábricas do setor químico e fertilizantes, que reduziram a capacidade  a autonomia do Brasil em setores estratégicos, foram anos terríveis na economia, que sustentaram os gordos ganhos, formação de bilionários e de desemprego em massa.

Claro que não se pode esquecer como o povo brasileiro foi tratado durante a pandemia da COVID-19, todos os esforços dos governos e prefeitos das mais varias tendências políticas, se uniram para defender a população, enquanto Bolsonaro e seus ministros torpedeavam, faziam piadas, galhofas e ameaçavam esses gestores públicos, oferecia Cloroquina, ozônio retal e uma séries de picaretagens, menosprezando a ciência e a saúde pública.

A relação do Governo Bolsonaro foi a mais espúria possível, delegou ao Centrão o controle irresponsável do Orçamento e das emendas parlamentares, instituindo o “orçamento secreto”, carimbando verbas bilionárias sem controle, sem fiscalização e criou um monstruoso poder sob o comando de Artur Lira, que perdura até hoje e age contra o Brasil. Esse cenário (de miséria absoluta) é tão perto que chega a ser inacreditável como se esquece tão rápido, como se não tivesse existido, a falta de memória leva hoje ao impasse, mesmo com uma significativa recuperação econômica do Brasil, os abutres da Faria Lima e sua mídia partem para o tudo ou nada frente ao governo Lula, um governo de coalizão ampla, de salvação nacional, mesmo sendo um governo tímido com o mercado, com receio de reformas profundas, como a taxação dos bilionários, e este governo que conseguiu aprovar a reforma tributária parada há mais de 30 anos.

É vergonhoso acompanhar as manchetes criminosas da mídia no ataque a ameaça ao Governo Lula, insinuando, inclusive, que haja um descontrole dos gastos públicos, uma campanha de fakenews bem azeitada depreciou o Real frente ao Dólar de forma absolutamente irresponsável, a Folha de S. Paulo, os arautos da Ditabranda, fez editorial praticamente pedindo o fim do governo Lula, o que se tem de certeza são os ganhos especulativos, contra um novo florescer de desenvolvimento, queda acentuada do desemprego e aumento da renda.

O Brasil não merece ficar refém da Faria Lima, da Folha de S, Paulo, do Estadão e da Globo, os ministros temem o enfrentamento e aceitam a chantagem, enquanto o Brasil todo perde. Anteciparam em 2 anos a corrida presidencial, especulam sobre a saúde de Lula, atacam Haddad, por precaução, com medo de uma sucessão em que eles perderiam mais uma vez.

É preciso reagir, não aceitar que o governo caía, como fizeram com Dilma em 2015/16, emparedaram um governo honesto, de uma Presidenta pobra, querem fazer o mesmo, somam-se aos liras e pachecos e põem o Brasil sob pressão.

Até quando?

*Arnóbio Rocha é Advogado civilista, membro do Sindicato dos Advogados de SP, ex-vice-presidente da CDH da OAB-SP, autor do Blog arnobiorocha.com.br e do livro "Crise 2.0: A taxa de lucro reloaded". - Via https://www.brasil247.com/

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Gleisi corrige a Globo: 'Lula não teve direito à presunção de inocência porque foi julgado por um juiz parcial'

 


“Ao defender seu apoio à Lava Jato, a Globo esqueceu de dizer que os abusos contra ele só foram reconhecidos quando o caso chegou ao STF”, disse. (...)

Ainda: Globo censurou fala de Lula em que ele defende que ricos paguem mais imposto. (...)

CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Blog do Júlio Garcia e 247)

sábado, 14 de dezembro de 2024

Polícia Federal prende general Braga Netto

 

General Braga Netto é preso no inquérito do golpe de estado. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Braga Netto era vice de Bolsonaro na chapa derrotada em 2022. Ele é alvo do inquérito do golpe, que a Polícia Federal concluiu em novembro. A PF diz que ele tentou atrapalhar as investigações. Defesa do general ainda não se pronunciou.(...)

CLIQUE AQUI para ler, na íntegra, a postagem de Andréia Sadi (via Viomundo).

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Favorito - Lula venceria eleição de 2026 contra adversários de direita, aponta pesquisa Quaest

 

Lula e Fernando Haddad aparecem na liderança da corrida presidecial de 2026 - Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria reeleito em 2026 em todos os cenários avaliados em pesquisa do instituto Quaest divulgada nesta quinta-feira (12). O presidente venceria o segundo turno da disputa eleitoral caso a disputasse contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o empresário Pablo Marçal (PRTB); ou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). 

Contra Bolsonaro, Lula obteria 51% dos votos ante 35%. Enfrentando Tarcísio, a vantagem seria ainda maior: 52% contra 26%. Em disputa com Marçal, 52% para o presidente contra 26% para o empresário. Já em eventual embate com o governador de Goiás, 54% contra 20%. 

A pesquisa Quaest também avaliou a hipótese de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disputar a eleição em 2026. Haddad também venceria Bolsonaro, Tarcísio, Marçal e Caiado num eventual segundo turno. Porém, em disputas mais apertadas. (...)

*CLIQUE AQUI para continuar lendo (via BdF)

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Nós todos ainda estamos aqui

 

    Filme Ainda Estou Aqui (Foto: Divulgação)

Por Emir Sader*

Vi, de novo, Ainda Estou Aqui. Gostei ainda mais do filme. 

É uma boa reconstrução do que foi aquele tempo. Creio que, com sensibilidade suficiente e contando com a extraordinária atuação de Fernanda Torres, o filme consegue alcançar um público mais amplo, trazendo uma ideia do que foi aquele período terrível – que, como vimos pelos documentos recentemente revelados – tentaram fazer retornar. 

Eu conheci a Eunice, em São Paulo, mas, para mim, ela era muito mais a mãe do Marcelinho – com quem tive a oportunidade de conviver em São Paulo – do que a protagonista daqueles dramas terríveis. Eu não tinha ideia de tudo o que ela passou e da barra que enfrentou. Os tormentos pelos quais ela passou, tentando, ao mesmo tempo em que mantinha a família, enfrentar a dolorosa experiência de buscar notícias de seu marido, enquanto recebia sempre a mesma resposta: "Desse caso, não temos informação." 

O filme, provavelmente o melhor de Waltinho, já é uma obra definitiva sobre aquele período. Não que seja uma obra histórica ou que tenha pretendido reconstruir todo o contexto da época. Mas ele recolhe um caso particular, extremamente expressivo, para transmitir, a um público mais amplo, o clima instaurado pela ditadura militar. 

Não importa se o filme, Fernanda ou Walter sejam recompensados com um ou vários Oscars. O filme, líder de público pela quarta semana de exibição nos cinemas – lotados – do Brasil, já é consagrado pela crítica e pelo público como um clássico do cinema brasileiro. E já está trilhando uma importante carreira em outros países. 

É, sem dúvida alguma, um filme político, inserido no período da ditadura militar, sem o qual nada da história contada seria possível. Mas, ao mesmo tempo, pela sensibilidade da direção de Waltinho e pela interpretação de Fernanda e de todo o elenco, é uma película dramática, humana, que reproduz, com fidelidade, um caso concreto. 

Podemos dizer que todos nós ainda estamos aqui. Seja porque muitos de nós, que vivemos aqueles tempos, mesmo feridos pelas perdas que tivemos, ainda estamos aqui. Seja porque os agentes daquele período, os militares, também ainda estão por aqui. E, como se afirma no final do filme, mesmo que os autores daquele crime tenham sido identificados, nenhum deles foi punido. 

Então, ainda estamos todos aqui, de um lado e do outro. É um filme que fazia falta. Não apenas para recordar aquele caso e contá-lo como uma belíssima narrativa, mas para mostrar como a história brasileira de hoje é a continuidade daquela. 

Vale muito a pena que todos assistam Ainda Estou Aqui. Para que todos sintam que, de alguma forma, todos ainda estamos aqui – seja pelo que vivemos naquele período ou pelo que vivemos hoje. 

Obrigado, Waltinho, Fernanda e todos os envolvidos. Só podemos agradecê-los, mantendo o filme, ainda por várias semanas, na liderança de público. E falando, discutindo, debatendo, expressando como tudo aquilo ainda está vivo em nós e permanecerá para sempre.


*Emir Sader é escritor, articulista e um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros. Fonte: Brasil247

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

3ª FEIRA DO LIVRO DE NOVA ESPERANÇA DO SUL/RS COMEÇA HOJE

 


Prepare-se para um evento que celebra a leitura em todas as suas formas, unindo o melhor dos livros físicos e digitais! 

Nosso tema, “Entre Páginas e Pixels”, convida a comunidade a refletir sobre a relação entre o tradicional e o moderno, debatendo o equilíbrio entre a experiência de um livro impresso e as conveniências do mundo digital. Em tempos de tecnologia, o livro físico ainda é um companheiro insubstituível, guardando a riqueza de nossas histórias e a essência de cada página. 

🗓️ Data: 6, 7 e 8 de dezembro de 2024

📍 Local: Redencio Frizzo - Praça Central

🎉 Atrações: Palestras, oficinas, teatro, lançamentos de livros, e o 1º Brick do Empreendedorismo Jovem! 

Venha se conectar com autores, leitores e pensadores sobre o futuro da leitura e descubra como as páginas e os pixels podem caminhar juntos. Marque na sua agenda e chame os amigos!

*Via https://www.novaesperancadosul.rs.gov.br/

PESSOAS e pessoas ...

 


Por Júlio Prates*

O meu maior defeito ou meu maior acerto na vida, não sei ao certo até hoje, talvez até nunca descubra, foi me definir pelo campo da esquerda desde quanto eu tinha modestos 16 anos. 

Filiei-me ao PT em 1980 a convite do meu amigo desde então Júlio Garcia, o único líder de esquerda sério e da velha guarda que eu reconheço. Pessoa honesta sem igual, um homem sério e honrado e um companheiro irretocável. Somos amigos desde 1978. 

Nessa vida, por onde passei, conheci pessoas de uma grandeza de caráter como o advogado Júlio Garcia e conheci as piores pessoas do mundo, gente falsa ao extremo, no momento oportuno meu livro com minhas memórias estará disponível e todos me entenderão. 

Tenho amigos de longas datas, porém, todos falecidos e deixo, respeitosamente, de citá-los nessa matéria, onde restrinjo minha breve análise aos meus amigos vivos. É claro, cada um com seus defeitos e virtudes. Ninguém é perfeito. Mas sou amigo do livreiro Girelli desde 1976 e sou testemunha de sua grandeza. Curiosamente, o ex-prefeito Vulmar Leite é meu amigo dos velhos tempos, sempre gostei muito dele, embora eu tenha uma opinião específica sobre ele enquanto prefeito. Hoje, Vulmar voltou a ver velho Vulmar dos anos 70 e 80 e aí reside seu grande valor. Hoje, somos amigos de trocar ideias pelo whatsapp e Vulmar nem parece político, desses que só se lembram da gente em época de eleição. 

Com o passar dos anos, com as mortes, nosso círculo de amigos começa a estreitar-se. Guilherme Bonotto é um dos raros amigos que fiquei, embora nunca mais tenhamos nos falado. Eu estou convencido de que Guilherme Bonotto seria o melhor prefeito que Santiago já teve, tamanha é minha admiração por sua visão negocial, sua honradez e honestidade com o trato de coisa pública. 

Meus amigos atuais são mais recentes, todos recentes, todos com pouco mais de 20 anos de amizade, embora reconheça em quem me chama de amigo uma diferença fundamental. Existem aqueles que dão asas às armações das víboras, mas esses eu sei todos quem são. 

Como todo ser humano, conheci o lado pobre de certas pessoas. E nisso creio que foi a maior lição que a vida me deu, pois conheci a extensão da podridão de quem vivia ao nosso lado e se dizia amigo e admirador. No fundo, esses sempre sonharam em me ver morto e nunca mediram a extensão dos danos causados em minha vida por suas ações sujas e mesquinhas. 

Embora o fime AMADEUS tenha mostrado um lado da perversidade humana, já escrevi que os Salieres da vida estão por todos lugares, mesmo quem sequer imaginamos. 

Hoje, voltei há pouco em Santiago e iria escrever sobre o meu amigo Arthur Viero e sua companheira, Rosane Fontela, que é ligada as famílias Goularte e Fontela de São Borja, sendo diretamente prima de Maria Teresa. Mas escreverei sobre eles numa outra oportunidade, nossa janta de ontem ainda está bem fresquinha e preciso digeri-la melhor.

...

*Júlio César de Lima Prates (foto) é advogado, sociólogo, jornalista, escritor e blogueiro.

-Fonte desta postagem: Blog do Júlio Prates (04/12/2024).