Blog de notícias, política, artigos, cultura, entrevistas, variedades, opiniões... y otras cositas más! (Santiago/RS e Região) - Editor: Júlio Garcia
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
Cunha joga isca pra fisgar Baleia e ajudar Bolsonaro na eleição para presidente da Câmara
terça-feira, 26 de janeiro de 2021
CLÍNICA SEI - SANTIAGO/RS - EM NOVO ENDEREÇO
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
Kennedy: Dilma está certa e Miriam Leitão não conseguirá reescrever a história
"Relacionar o impeachment dela ao de Bolsonaro é falsa equivalência", aponta o colunista
Nota da ex-presidente Dilma Rousseff sobre o artigo de Miriam Leitão deste domingo - Miriam Leitão comete sincericidio tardio em sua coluna no Globo de hoje (24 de janeiro), ao admitir que o impeachment que me derrubou foi ilegal e, portanto, injusto, porque, segundo ela, motivado pela situação da economia brasileira e pela queda da minha popularidade. Sabidamente, crises econômicas e maus resultados em pesquisas de opinião não estão previstos na Constituição como justificativas legais para impeachment. Miriam Leitão sabe disso, mas finge ignorar. Sabia disso, na época, mas atuou como uma das principais porta vozes da defesa de um impeachment que, sem comprovação de crime de responsabilidade, foi um golpe de estado.
Agora, Miriam Leitão, aplicando uma lógica absurda, pois baseada em analogia sem fundamento legal e factual, diz que se Bolsonaro "permanecer intocado e com seu mandato até o fim, a história será reescrita naturalmente. O impeachment da presidente Dilma parecerá injusto e terá sido." O impeachment de Bolsonaro deveria ser, entre outros crimes, por genocídio, devido ao negacionismo diante da Covid-19, que levou brasileiros à morte até por falta de oxigênio hospitalar, e por descaso em providenciar vacinas.
O golpe de 2016, que levou ao meu impeachment, foi liderado por políticos sabidamente corruptos, defendido pela mídia e tolerado pelo Judiciário. Um golpe que usou como pretexto medidas fiscais rotineiras de governo idênticas às que meus antecessores haviam adotado e meus sucessores continuaram adotando. Naquela época, muitos colunistas, como Miriam Leitão, escolheram o lado errado da história, e agora tentam se justificar. Tarde demais: a história de 2016 já está escrita. A relação entre os dois processos não é análoga, mas de causa e efeito. Com o golpe de 2016, nasceu o ovo da serpente que resultou em Bolsonaro e na tragédia que o Brasil vive hoje, da qual foram cúmplices Miriam Leitão e seus patrões da Globo.
*Fonte: Brasil247
sábado, 23 de janeiro de 2021
MST completa 37 anos e mostra a força da agricultura familiar durante a pandemia
Apesar dos ataques do governo Bolsonaro, movimento doou mais de 3 mil toneladas de alimentos em 2020
do Brasil de Fato*
MST completa 37 anos e mostra a força da agricultura familiar durante a pandemia
Entre os dias 20 e 25 de janeiro de 1984, acontecia em Cascavel (PR), um encontro entre posseiros, atingidos por barragens, migrantes, meeiros e pequenos agricultores que perderam o direito de produzir alimentos no Brasil.
Em meio à efervescência de levantes sindicais, o declínio do regime militar e a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), esse encontro deu origem ao Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra, o MST.
Ali, homens e mulheres fundaram o movimento camponês nacional com três objetivos principais: lutar pela terra, pela reforma agrária e por mudanças sociais no país. No ano seguinte, em 1985, o primeiro Congresso do MST afirmava: “Sem a terra não há democracia.” (...)
*CLIQUE AQUI para continuar lendo (via GGN).
quinta-feira, 14 de janeiro de 2021
A Ford alça voo do Brasil (por Olívio Dutra)
Olívio Dutra (*)
O desenvolvimento econômico e material com menor custo para si e maior aporte de subsídios e recursos públicos para expansão de seus negócios, norteiam o planejamento estratégico das empresas transnacionais, em especial as do setor automobilístico. A sua instalação, em um território ou país no globo, é uma decisão de mercado, avaliada por satélites e importa-se pouco com impactos sociais, econômicos, ambientais e culturais, tanto quando de sua aterrissagem como quando de sua decolagem.
Assim pretendia agir a Ford há 20 anos no RS. Encontrou resistência do Governo da Frente Popular, que se instalava, à essa lógica perversa. Orquestrou, com suas influências políticas e sua generosa conta publicitária, uma oposição insidiosa ao novo governo. Pretendia sequer prestar contas do dinheiro público já recebido. Não logrou o intento. Perdeu, inclusive, no Judiciário. O resto da história é sabido.
A Ford agora está alçando voo para outras paragens, fora do Brasil, depois de ter torcido por um novo governo federal que flexibilizasse as leis trabalhistas, previdenciárias, enfraquecesse os sindicatos, desregulamentasse normas de controle público, etc.
A estratégia é a mesma, os discursos de seus, às vezes, discretos outras nem sempre, declarados apoiadores, é que são diferentes segundo as conveniências das políticas dos governantes com os quais se alinham.
Mais um momento semelhante aquele da condenação da Ford a ressarcir o Estado do Rio Grande do Sul por quebra unilateral de contrato, para lembrar de pessoas importantes que mantiveram paciência, coesão e firmeza na sustentação da política da Frente Popular de respeito à coisa pública, ao dinheiro público e na afirmação e prática de um governo democrático, participativo e republicano sob o qual o RS se desenvolveu social e economicamente acima da média nacional do período: Miguel Rossetto, ZECA MORAES (in memoriam) e sua equipe, Paulo Torelli, Guaracy Cunha, Flávio Koutzii, Sérgio Kapron e outros(as).
(*) Olívio Dutra foi governador do Rio Grande do Sul de 1999 a 2002
terça-feira, 12 de janeiro de 2021
As explicações inacreditáveis sobre a saída da Ford, por Luis Nassif*
Seria um bom exercício de lógica, ainda mais agora que a cobertura do Covid-19 finalmente trouxe a mídia para o primado da ciência e da racionalidade. Mas na economia mantém-se a mesma irracionalidade de repetir platitudes sem a menor preocupação em definir relações de causa e efeito.
É inacreditável o estoque de explicações sobre a saída da Ford do país. O jornalismo fixou-se em duas ou três explicações genéricas, que são utilizadas para qualquer caso e qualquer circunstância.
Em um canal, ouve-se que o Brasil desvalorizou muito sua moeda e tornou a produção cara. Em outro, a explicação de que a Ford decidiu concentrar-se na Argentina porque lá a moeda se desvalorizou muito, tornando a produção mais barata.
Em outro canal, o âncora especializado em política externa, jura que a saída da Ford se deveu à ausência da reforma fiscal e outras reformas que irão salvar o país, porque o custo Brasil é muito elevado. O mantra das reformas é repetido a torto e a direito, sem a menor preocupação em identificar os detalhes das tais reformas, os impactos positivos e negativos e o peso final sobre o custo Brasil de cada setor.
Em outro, diz-se que a indústria automobilística brasileira – formada pelas maiores montadoras globais, disputando o mercado a ferro e fogo – foi mal acostumada com subsídios e desaprendeu de competir.
É muita superficialidade em torno de um tema dos mais relevantes.
Sugere-se aos propagandistas do custo Brasil que detalhem o que vem a ser este custo.
Por exemplo, há um sistema tributário complexo. Mas é o mesmo sistema tributário de décadas. E, antes, era inimaginável a Ford pensar em sair do país. Não significa minimizar a complexidade tributária, mas certamente não foi o fator que determinou a saída da Ford.
Um dos custos Brasil é a precariedade do sistema de rodagem. Resolve-se com aumento de gastos públicos.
O que mudou então?
Seria um bom exercício de lógica, ainda mais agora que a cobertura do Covid-19 finalmente trouxe a mídia para o primado da ciência e da racionalidade. Mas na economia mantém-se a mesma irracionalidade de repetir platitudes sem a menor preocupação em definir relações de causa e efeito.
O ponto central é a queda da produção, decorrente da queda do mercado interno e das exportações. Em janeiro de 2012, o acumulado de 12 meses de produção batia em 3,4 milhões de veículos. Em outubro de 2013, bateu o recorde de 3,8 milhões. Desde então, foi despencando, teve uma pequena recuperação em 2018, mas longe do desempenho dos anos anteriores e agora desabou para a faixa dos 2 milhões de veículos.
Queda de produção impacta o custo fixo, aluguel, investimentos, mão de obra. Simples assim.
A produção foi afetada tanto pelas vendas internas quanto pelas exportações.
Obviamente, há outros fatores, como a entrada das montadoras coreanas e chinesas no mercado brasileiro, a perda do ímpeto inovador que fez a Ford, dez anos atrás, montar uma fábrica modelo na Bahia; a revolução da robótica; a mudança no perfil de combustível dos veículos.
Mas o ponto central foi a queda do mercado, devido à continuidade de políticas econômicas equivocadas, que vem desde os desastres de Joaquim Levy.
O que chama a atenção é que, mesmo dando sinais de sair do país há tempos, não houve uma abordagem sequer do Ministro da Economia para negociar a permanência da produção no país.
Paga-se mais uma conta enorme, decorrente de dois erros fundamentais. O primeiro, o de transferir o Ministério da Indústria, Comércio e Desenvolvimento para a Economia, criando um monstrengo inadministrável. O segundo, de entregar o comando a Paulo Guedes.
Ontem, Guedes dizia não entender a saída da Ford, em um momento em que a indústria tem uma recuperação em V. Seria melhor complementar que é uma recuperação que ninguém vê.
*Via GGN