"É hora de agir", diz o cientista político Benedito Tadeu César: "é preciso e urgente uma ação conjunta e articulada da sociedade civil e das instituições da República"
Se o presidente da Câmara dos Deputados não encaminha nenhum dos 69 pedidos de impeachment do atual presidente da República já protocolados, as lideranças das instituições públicas devem agir por conta própria.
É preciso e urgente uma ação conjunta e articulada da sociedade civil e das instituições da República.
Governadores, Prefeitos, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores, Ministros do STF, Juízes Federais e Estaduais, Procuradores da República e dos Estados, Lideranças Sindicais e Empresariais e dos Movimentos da Sociedade Civil precisam se unir para que não permaneça no comando da República alguém que utiliza seu cargo apenas para a defesa dos seus interesses pessoais e da sua família e não para promover o bem-estar da imensa maioria da população.
No seu lugar, é preciso que seja instalada uma Comissão de Salvação Nacional que convoque novas eleições a se realizarem 180 dias após a saída do atual mandatário. As evidências disponíveis no TSE de disparos maciços de fake news durante o período eleitoral pela chapa Bolsonaro/Mourão indicam a impossibilidade de permanência tanto do atual presidente da República quanto de seu vice.
Ainda que não exista dispositivo constitucional que respalde qualquer iniciativa de substituição de dirigentes políticos por iniciativa popular ou por ação de qualquer outro poder que não seja o Congresso Nacional, o afastamento do atual governante se impõe pela necessidade urgente de preservação da vida dos cidadãos brasileiros, que é um princípio consagrado no Preâmbulo da Constituição Cidadã de 1988.
Para a realizar este princípio, a Comissão de Salvação Nacional precisará adotar um programa mínimo de ações que inclua: 1) decretar um lockdown, pelo tempo necessário para impedir o avanço acelerado da epidemia em curso no país, 2) elaborar e implementar um plano imediato de compra e aplicação de vacinas em todo o território nacional, 3) decretar uma moratória geral pelo tempo que durar o lockdown, com o adiamento de todas as contas a vencer durante o período, 4) suspender os contratos de trabalho na iniciativa privada e assumir o pagamento integral dos salários até o limite de um e meio salário mínimo, 5) manter o auxílio emergencial de R$600,00 para todos os que não têm rendimentos regulares.
Só com alimentação garantida para todos os brasileiros e com a sobrevivência das empresas asseguradas por atos governamentais será possível manter o isolamento social e superar a catástrofe que nos assola.
É hora de agir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário