Fotos: Isabelle Rieger/Sul21
Sul21- Por Bettina Gehn* - O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta quarta-feira (5), foi marcado em Porto Alegre por uma manifestação contrária às políticas que vêm agravando catástrofes como a enchente que assolou o estado. No Largo Glênio Peres, em meio a diversos edifícios ainda com a marca de onde bateu a água do Guaíba, o “ato sobre as ruínas da enchente” reuniu dezenas de pessoas antes de partir em marcha até o Largo Zumbi dos Palmares.
As organizações Ação Social Antifascista, Ateneu Libertário Batalha da Várzea, Partido Operário Revolucionário e Resistência Popular convocaram a manifestação. As entidades defendem que a urbanização desenfreada na Capital, encabeçada por grandes construtoras e facilitada pela Prefeitura, é uma das principais causas da enchente.
A Brigada Militar marcou presença do início ao fim do protesto, sem registro de violência policial.
“Estamos vendo esse tipo de movimento acontecer no mundo inteiro. É importante levar essa pauta cada vez mais a sério, porque os governantes não estão levando a sério. Estão sendo puxados pelo capitalismo, pelo neoliberalismo, pelos interesses econômicos e até culturais dentro da política. Precisamos mudar nossa cultura política também, para resolver esse tipo de problema, senão a gente não vai conseguir resolver”, afirmou o historiador Marcelo Cortes, membro da Ação Social Antifascista e do Coletivo Raízes do Baobá.
O ato defendeu que imóveis desocupados em Porto Alegre, que atualmente não cumprem sua função social, sirvam de moradia às pessoas que ficaram desabrigadas pela enchente. Além disso, os manifestantes apontaram a negligência da Prefeitura ao ignorar a necessidade de manutenção no sistema de proteção contra cheias. (...)
*Confira os registros da fotógrafa Isabelle Rieger para o Sul21 clicando AQUI
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