sábado, 20 de setembro de 2025

20 DE SETEMBRO: Entre a tradição e a crítica, Dia do Gaúcho é celebrado em todo o Rio Grande do Sul

No Acampamento Farroupilha, diversidade aparece em piquetes que resgatam temas como identidade negra e luta sindical 

Porto Alegre sedia o Acampamento Farroupilha entre os dias 1º e 21 de setembro - Foto: Joel Vargas/PMPA

Setembro é tempo de festa no Rio Grande do Sul. Atividades em todo o estado exaltam a cultura e os costumes, com o ápice no feriado de 20 de setembro, o Dia do Gaúcho. A data marca o início da Guerra dos Farrapos, revolta republicana local contra o Império brasileiro entre 1835 e 1845. 

A relevância do episódio é destacada pelo historiador Giovanni Mesquita. “A Revolução Farroupilha, que foi um evento histórico muito importante, muito épico, cheio de situações e que marcou profundamente a história do povo gaúcho, acabou se tornando este momento em que o Rio Grande do Sul se encontra, se reúne com a sua cultura, com a sua história e as várias versões da sua história, as várias versões da sua cultura.” 

Em Porto Alegre, todos os anos, o Acampamento Farroupilha reúne milhões de pessoas em torno das tradições gaúchas. Além de shows e feiras de artesanato e da agricultura familiar, o evento, que iniciou em 1º de setembro e encerra neste domingo (21), conta com 236 espaços chamados de piquetes. 

Os piquetes são galpões organizados por diferentes grupos e entidades que se reúnem em torno do churrasco, da música e de outras expressões culturais. “Em cada piquete tem que ter uma parte de cultura, em que se estuda, em que se dá curso, palestra etc., que estuda tanto a cultura gaúcha como a história do Rio Grande do Sul”, explica Mesquita.

Piquete Pêlo Escuro

Entre a diversidade de piquetes, chama a atenção o Pêlo Escuro, que busca resgatar a história do povo negro na construção do Rio Grande do Sul, aspecto que por muitos anos foi desvalorizado pelo tradicionalismo gaúcho. A exemplo está a história dos Lanceiros Negros, escravizados que foram enganados pela promessa de liberdade durante a Revolução Farroupilha e foram massacrados na Traição de Porongos, orquestrada pelos líderes farroupilhas e o Império. 

A patroa do piquete, a jornalista e professora universitária Sátira Machado, conta que o espaço tem origem na luta contra o racismo. “O Piquete Pêlo Escuro, que é um departamento do Instituto Oliveira Silveira, nasce no contexto dos 50 anos do 20 de novembro, que foi em 2021. A partir daí, muitas dimensões começaram a resgatar a história dos negros e negras nas culturas gaúchas.” (...)

*CLIQUE AQUI para ler (e assistir) na íntegra. (Por Marcelo Ferreira, no site Sul21)

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