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'O Boqueirão' está de Casa Nova!
- Para inaugurá-la, nada melhor do que reproduzirmos o histórico '1º Editorial' do blog, postado em 07 de Julho de 2007, data de seu 'nascimento' .
Boa leitura e continue nos dando o prazer de sua visita!
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Brevíssimo editorial: Para iniciar com LETRAS MAIÚSCULAS este espaço, que se pretende libertário, crítico, provocativo, democrático, informativo e cultural, integrado por vários 'editores' independentes, mas que possuem ideais e objetivos semelhantes, dispostos sempre a enfrentarem a 'boa luta' em defesa das 'boas causas', nada melhor do que postar estas 'Razões do Boca Braba', que o cantor João de Almeida Neto tão bem interpreta.
O 'Boqueirão' faz destes versos suas palavras: 'Eu tenho é boca de homem/E tenho opinião formada/Sei qual é a boca que explora/Sei qual é a boca explorada/E é melhor ser boca braba/Que não ter boca pra nada'.
Patrícios e Patrícias de todas as plagas: deliciem-se!
'O Boqueirão'
Razões do Boca Braba
Me chamam de boca braba
Não sabem me analisar
De gênio eu sou uma cachaça
Mas de alma, um guaraná
Só não me péla com a unha
Quem pretende me pelar
E depois que eu fico brabo
Não adianta me adular
Eu sei que é em mim que deságua
Quase que cento por cento
De todo o ressentimento
Desta gente que tem mágoa
É porque não bebo água
Nas orelhas dessa gente
Que adora mostrar os dentes
Por não terem fé no taco
Ficam grudado no saco
Dos políticos influentes
Me chamam de boca braba
Mas eu nem brabo fico
Não desfaço quem é pobre
Nem adulo quem é rico
Quando eu gosto, elogio
Quando não gosto, critico
E onde tem galo cantando
Eu vou lá e quebro-lhe o bico
O meu jeito há! há!
O meu jeito conforme já tenho dito
Pra uns é muito bonito
Pra outros, o meu defeito
Mas talvez seja o meu jeito
Que me troque de invernada
Cada um tem sua estrada
Seu lugar, seu parador
A abelha gosta da flor
A sarna, da cachorrada
Me chamam de boca braba
Esta gente tá enganada
Eu tenho é boca de homem
E tenho opinião formada
Sei qual é a boca que explora
Sei qual é a boca explorada
E é melhor ser boca braba
Que não ter boca pra nada.
João de Almeida Neto
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