Por Fernando Brito*
Se o distinto amigo e a cara amiga acham que o “choca” aí do título é relativo a “chocar”, no sentido de escandalizar, esqueça.
A Globo esconde o favoritismo de Lula na pesquisa Datafolha, da qual a emissora só publica rejeição crescente de Jair Bolsonaro, sem uma palavra quando ao favoritismo que o mesmo levantamento atribui a uma candidatura do ex-presidente, quase aplicando um “capote” ao escancarado candidato à reeleição.
Chocar, aí, é o que ela tenta fazer à espera de que ecloda de um ovo um providencial candidato de direita que não seja o Frankenstein que colocou no Planalto na esteira do lavajatismo.
Como jornalismo, é abjeto, por esconder da população um fato relevante, a pesquisa de opinião que a própria Globo sempre usa como métrica eleitoral.
Na política, e uma estupidez, porque tudo o que Lula não quer é ir para a vitrine.
Duvida?
Visitem as páginas das redes sociais do ex-presidente e vejam se ele faz algum “carnaval” com os números do Datafolha.
Zero.
Não é o marketing e não é, como já se apontou aqui, o “dedo do Duda (Mendonça)”, nem a mão de João Santana, que estão construindo esta vantagem cada vez mais larga.
Lula sabe que seu favoritismo cresce naquilo que o velho Brizola chamava de “o processo social”, não no Jornal Nacional.
Tudo o que ele não quer é ser “posto em campanha” marqueteira, mas em campanha política.
A hora de sua exposição será, no que depender dele, adiada o quanto puder e, quando soar, será soada por ele, do jeito que sempre fez e sabe fazer, o de juntar as pessoas.
Aglomerar, como se diz nestes tempos, hora que ainda não chegou.
Lula não vai se oferecer, vai ser buscado.
*Jornalista, Editor do Blog Tijolaço (fonte desta postagem).
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