O
ministro Milton Ribeiro (e), com os pastores Arilton (ao fundo) e Gilmar |
Foto: Reprodução
A
Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta (22) a operação policial
“Acesso Pago”, que tem como objetivo a investigar a prática de tráfico de
influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação, vinculado ao Ministério da Educação.
Segundo
a TV Globo, o ex-ministro Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton
Moura são alvos de mandados de prisão. A emissora divulgou um vídeo em que o
pastor aparece sendo levado por agentes da PF após ser detido no prédio em que
mora em Santos (SP).
As
ordens de prisão foram emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção
Judiciária do Distrito Federal, mas a PF não confirma oficialmente a prisão do
ministro, uma vez que a investigação está sob sigilo.
No
entanto, a PF informou que cumpre nesta quarta 13 mandados de busca e apreensão
e 5 prisões nos estados de Goiás, São Paulo, Pará, além do Distrito Federal.
Outras medidas cautelares diversas, como proibição de contatos entre os
investigados e envolvidos, também foram efetuadas.
Além
do crime de tráfico de influência, que tem pena prevista de 2 a 5 anos de
reclusão, a PF também investiga o cometimento de crimes como corrupção passiva
(2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e
advocacia administrativa (1 a 3 meses).
Amigos
As
investigações sobre o ex-ministro e os pastores teve como ponta de partido o
áudio gravado de uma reunião do MEC e divulgado pela imprensa em março. No
áudio, Milton Ribeiro fala sobre o orçamento da pasta, cortes de recursos da
educação e a liberação de dinheiro para obras de creches, escolas, quadras ou
para compra de equipamentos de tecnologia. “Porque a minha prioridade é atender
primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que
são amigos do pastor Gilmar”, diz o ministro na conversa.
Inicialmente,
Ribeiro disse, em nota, não haver nenhum tipo de favorecimento na distribuição
de verbas da pasta. Segundo o ministro, a alocação de recursos federais segue a
legislação orçamentária. “Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar
alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou
estado”, diz o ministro na nota.
Contudo, no dia 28 de março, ele pediu exoneração do cargo quando já estava sob investigação do Supremo Tribunal Federal e da Polícia Federal. E, em depoimento à PF em abril, Ribeiro confirmou que o presidente Bolsonaro pediu que ele recebesse um dos pastores suspeitos de atuar pela liberação de recursos do (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação) dentro do MEC.
*Via Sul21
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