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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Por Alex Cardoso (*)
Quando chega o período de eleições, uma enxurrada de “boas” informações sobre os governos aparecem. Vemos os políticos (maioria homens e brancos) sorrindo e prometendo melhorias. As nossas conversas passam a defender ou acusar a partir do que eles falam e muitas vezes, acabamos votando nos mesmos e elegendo novamente os mesmos políticos.
Por causa disso, destes dois meses de intensa discussão sobre “política”, acabamos por se chatear tanto, que passamos a detestar política. Pois veja bem… Enquanto detestamos, os ricos amam política, pois não a entendemos e, de certa forma, a política nos governa pelos sistemas de saúde, transporte, segurança, educação, direitos e deveres (isso mesmo, os deputados fazem as leis).
O executivo governa conforme um plano de governo e as vezes nem o respeita ou não consegue fazer conforme planejado. Definem os ministros, equipes e políticas, principalmente a política econômica, a qual define valor do salário, dos combustíveis, da energia e isso tudo afeta o preço dos alimentos e da vida como um todo.
Fica difícil então detestar política, pois isso é como dar um cheque em branco para alguém que você não conhece e não confia.
Vejamos algumas coisas. Primeiro é que político e partidos não são todos iguais, há enormes distinções entre eles. Alguns partidos tem mulheres, negros, indígenas, trabalhadores e outros são formados majoritariamente por homens brancos empresários ricos.
Se o partido é de ricos, é lógico que as posições sejam em favor dos ricos, pois seus amigos são ricos, seus filhos são ricos, seu meio de vida é rico, e se for de trabalhadores, mulheres, negros, as decisões tendem a ser mais favoráveis aos trabalhadores, pois seu meio de vida é entre os trabalhadores.
Se a maioria dos políticos já eram políticos antes das eleições, sugiro que avalie como votaram em torno das pautas que você acha importante, o que falaram, quais projetos apresentaram, defenderam e atuaram.
Sugiro que olhe ao seu redor, se está satisfeito com o salário mínimo, com o preço dos alimentos, pedágios, valor dos transportes.
Na minha avaliação, a decisão não deve ser apenas se o governo e o deputado foi ou fez coisas boas para você especificamente, pois você não mora sozinho neste mundo e é afetado pelo que acontece nele. Então olhe ao redor, as decisões que afetaram a todas e todos, em especial aos que mais precisam.
Decida pelo que é melhor para você, mas também para a maioria, decida por quem governa para todos mas que priorize quem mais tem necessidades.
Parece mais “fácil” decidir sobre o executivo, pois são poucos concorrentes com chances e são projetos muito distintos e na maioria dos casos, ambos já mostraram sua forma de governar. Olhe.
Olhe também para a Câmara e o Senado, pois ter bons deputados e senadores é tão importante quanto ter presidentes e governadores.
Decida por quem aumenta salário dos trabalhadores, gera empregos, governa para os mais necessitados, defende direitos, valoriza mulheres, combate o racismo, dá oportunidades de igualdades, defende a natureza, recicla, quem cuida e não mata.
Depois de votar, lute, pois o governo não faz as coisas sozinho. Nosso futuro está em nossas mãos.
(*)Alexandro Cardoso (@alexcatador), Catador e Cientista Social - Fonte: Sul21
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