Por Moisés Mendes*
O painel fascista com ataques às esquerdas, que tomou toda a parede de um prédio de Porto Alegre [assim como em outros municípios do RS, Nota deste Editor] e virou notícia nacional, expõe o tamanho da baixeza da extrema direita.
E ao mesmo tempo mostra que não há como esperar que setores comprometidos com a democracia ofereçam uma resposta no mesmo nível.
Em todas as suas manifestações, o fascismo estará sempre um degrau abaixo, perto do esgoto, pela postura amoral (nem imoral é) e sem escrúpulos. O painel imundo da extrema direita emporcalha a cidade.
Não há como descer tão baixo para oferecer uma reposta contundente do mesmo tamanho e com o mesmo tom.
É impossível. O baixo nível do fascismo é inalcançável.
A resposta virá em outubro.
(É óbvio que não irei reproduzir aqui nenhum dos painéis que o bolsonarismo distribuiu por Porto Alegre)
_________________________________________________________________
CHATOS
E SUPREMACISTAS
Sertanejos são machistas, são propagandistas do latifúndio grileiro e do agro é pop e são bolsonaristas.
E a atriz e cantora Jeniffer Dias lembrou de outro detalhe no Altas Horas: ela não conhece cantor sertanejo negro.
João Paulo, que fazia dupla com Daniel, morreu há muito tempo.
A alma sertaneja que está aí é a mesma da direita branca da extrema direita.
As letras das músicas, as atitudes e as falas dos cantores são machistas e supremacistas, mesmo que dissimuladas.
*Moisés Mendes (foto) é jornalista em Porto Alegre. Foi colunista e editor especial de Zero Hora. Escreve também para os jornais Extra Classe, Jornalistas pela Democracia e Brasil 247. É autor do livro de crônicas 'Todos querem ser Mujica' (Editora Diadorim).
Nenhum comentário:
Postar um comentário