segunda-feira, 15 de agosto de 2022

O PAINEL DO FASCISMO EMPORCALHA A CIDADE

 


Por Moisés Mendes*

O painel fascista com ataques às esquerdas, que tomou toda a parede de um prédio de Porto Alegre [assim como em outros municípios do RS, Nota deste Editor] e virou notícia nacional, expõe o tamanho da baixeza da extrema direita.

E ao mesmo tempo mostra que não há como esperar que setores comprometidos com a democracia ofereçam uma resposta no mesmo nível. 

Em todas as suas manifestações, o fascismo estará sempre um degrau abaixo, perto do esgoto, pela postura amoral (nem imoral é) e sem escrúpulos. O painel imundo da extrema direita emporcalha a cidade. 

Não há como descer tão baixo para oferecer uma reposta contundente do mesmo tamanho e com o mesmo tom. 

É impossível. O baixo nível do fascismo é inalcançável. 

A resposta virá em outubro. 

(É óbvio que não irei reproduzir aqui nenhum dos painéis que o bolsonarismo distribuiu por Porto Alegre) 

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CHATOS E SUPREMACISTAS

Sertanejos são machistas, são propagandistas do latifúndio grileiro e do agro é pop e são bolsonaristas. 

E a atriz e cantora Jeniffer Dias lembrou de outro detalhe no Altas Horas: ela não conhece cantor sertanejo negro. 

João Paulo, que fazia dupla com Daniel, morreu há muito tempo. 

A alma sertaneja que está aí é a mesma da direita branca da extrema direita. 

As letras das músicas, as atitudes e as falas dos cantores são machistas e supremacistas, mesmo que dissimuladas.

*Moisés Mendes (foto) é jornalista em Porto Alegre. Foi colunista e editor especial de Zero Hora. Escreve também para os jornais Extra Classe, Jornalistas pela Democracia e Brasil 247. É autor do livro de crônicas 'Todos querem ser Mujica' (Editora Diadorim).

Via Blog do Moisés Mendes

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