Para Piero Leirner, imagem de militares não é pior por eles negarem Bolsonaro, mesmo tendo participado de seu governo
No Brasil, a ditadura
militar foi responsável por torturas e assassinatos durante os 21 anos do
regime - Foto: Companhia das Letras/Divulgação
Por Igor Carvalho, no Brasil de Fato* - O golpe militar, que sufocou as liberdades no Brasil por 21 anos, completa 59 anos neste sábado (1), com as Forças Armadas vindo da experiência mais próxima do poder que tiveram desde a redemocratização no país, em 1985. Com a aliança com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os militares receberam os holofotes em diversos momentos, principalmente nos que uma parcela diminuta da população pedia uma intervenção.
O desejo por outro golpe protagonizado pelas Forças Armadas, que acabe com liberdades, pode parecer impensável em um país que conviveu, por décadas, com uma rotina de torturas e assassinatos, cometidos por agentes das forças de segurança pública do país.
Para o antropólogo Piero Leirner, que pesquisa o meio militar há mais de três décadas, a lista de crimes da ditadura militar não é revoltante para uma parcela dos brasileiros. “Sinceramente? Acho que a maior parte da população não está nem aí para isso. Perdeu-se o timing, essa ficou sendo uma questão minoritária.”
Leirner avalia que as Forças Armadas conseguiram manter uma imagem estável e positiva. “Acho que isto é resultado justamente de uma operação psicológica razoavelmente bem-feita.”
*Confira a entrevista, na
íntegra, CLICANDO AQUI
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