Há exatos cinco anos, em 4 de
abril de 2018, seis ministros do STF jogaram a Constituição para o alto e
negaram habeas corpus pedido pela defesa de Lula que solicitava que ele não
fosse preso até o trânsito em julgado, como está escrito na Constituição. Com
isso entregaram de bandeja a cabeça de Lula a Moro, que não perdeu tempo e, no
dia seguinte, 5, determinou a prisão de Lula, para o bem do golpe e
infelicidade geral da nação: a prisão e a subsequente proibição de Lula
concorrer à presidência naquele ano jogaram o Brasil no colo do capeta.
O resultado foi um apertado 6
a 5: votaram contra Lula e a Constituição os ministros Edson Fachin, Alexandre
de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Rosa Weber. Com
exceção de Alexandre de Moraes (Temer), todos os demais foram colocados no STF
por Lula (Cármem Lúcia) e Dilma (os demais).
A votação foi tão em função do
golpe que, pouco mais de um ano depois, em novembro de 2019, o STF votou por 6
a 5 ao contrário (Rosa Weber dessa vez votou com a Constituição), proibindo a
prisão em segunda instância, o que acabou levando à soltura de Lula, quando
Bolsonaro já estava destruindo o Brasil.
Por isso é tão importante a escolha que Lula fará do substituto de Lewandowski agora e, mais adiante, do de Rosa Weber, ambos aposentados pela idade limite de 75 anos. Como os dois 6 a 5 mostraram, um voto para um lado ou para o outro pode definir o futuro do Brasil.
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