Brasil também teve manifestações, que incluíram críticas a Israel e aos Estados Unidos. Governo insiste nas gestões para retirar brasileiros da região do conflito
Manifestação na Avenida Paulista: pela paz
São Paulo – RBA* - Manifestações pelo mundo, neste sábado (4), reuniram milhares de pessoas em solidariedade aos palestinos e para pedir cessar-fogo na região da Faixa de Gaza. Em algumas das principais capitais europeias, os protestos também criticavam os ataques de Israel e a política dos Estados Unidos. O Brasil também teve vários atos, como na Avenida Paulista, região central de São Paulo [assim como em Porto Alegre/RS e outras cidades brasileiras].
Enquanto isso, os ataques continuam – o que inclui, por exemplo, uma escola em um campo de refugiados usada como abrigo. Haveria crianças entre os mortos. “Se reportam dezenas de feridos. A UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina) não conseguiu verificar o número exato de vítimas”, informa a ONU.
“Situação humanitária
horrível”
Foram registradas manifestações em Londres, Paris, Berlim, Istambul, Berna e Oslo, entre outras cidades. Na Turquia, houve também protestos contra o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o secretário de Estado, Antony Blinken – em Ancara, manifestantes se concentraram diante da embaixada estadunidense. Blinken está na região do conflito, mantendo contato com autoridades. E reiterou “que os Estados Unidos apoiam firmemente o direito de Israel de se defender de acordo com o Direito internacional”. Ele voltou a se manifestar contra o cessar-fogo imediato, contrariando apelos de líderes árabes com quem se reuniu.
Ao mesmo tempo, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, voltou a se manifestar. “A situação humanitária em Gaza é horrível. Renovo os meus apelos a um cessar-fogo humanitário e à libertação imediata de todos os reféns. Todos aqueles que têm influência devem exercê-la para garantir o respeito pelas regras da guerra, acabar com o sofrimento e evitar a propagação do conflito. (…) Agora, durante quase um mês, os civis em Gaza, incluindo crianças e mulheres, foram sitiados, tiveram ajuda negada, foram mortos e foram bombardeados nas suas casas. Isso precisa parar.”
Por sua vez, o governo Lula manifestou preocupação com a demora da autorização para que cidadãos brasileiros possam deixar a área de conflito. Além do contato do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, com o chanceler israelense, Eli Cohen, o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, conversou com Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos. “O presidente (Lula) e o chanceler já falaram com todos que podiam falar”, disse Amorim ao jornal Folha de S.Paulo. “É essencial que os brasileiros possam sair logo. (…) A cada dia passa, cresce o risco.” O grupo é formado por 34 pessoas, aproximadamente metade crianças.
*Via Rede Brasil Atual
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