Da Redação do Sul21*
O Rio Grande do Sul registrou ao longo do mês de março 15.802 óbitos e 11.971 nascimentos, segundo dados do Portal da Transparência do Registro Civil. De acordo com Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), essa é a primeira vez na história recente que o Estado apresenta mais óbitos do que nascimentos em um mês do calendário.
O Portal da Transparência do Registro Civil apresenta todos os dados de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, que são cruzados com dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2003, data de início da série histórica, o número de nascimentos superava o de óbitos em 100% no Rio Grande do Sul.
Ao longo dos anos, essa diferença foi se reduzindo, caindo para 83% no início da década de 2010 e chegando a 60% no início de 2020. Com o início da pandemia de covid-19, a diferença caiu ainda mais, para 20% em julho passado, depois 14% em dezembro. Em março de 2021, o número de óbitos foi 24% maior do que o de nascimentos.
Já a nível nacional, os nascimentos ainda superam os óbitos. Em março, foram registrados 227.877 nascimentos e 179.938 óbitos, o que representa uma diferença de 27%, o menor patamar desde o início da série histórica. Desde o início da pandemia, a diferença caiu em 72%, segundo a Arpen.
“O aumento de mortes causado pela pandemia fez com que notássemos nos Cartórios de Registro Civil essa redução entre os números de nascimentos e mortes. No mês de março, por exemplo, vimos essa explosão de mortes com o agravamento da pandemia”, disse o presidente da Arpen-RS, Sidnei Hofer Birmann.
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