O presidente da Corte Luiz Fux tentou adiar a decisão para a quarta-feira da semana que vem, mas os ministros adiantaram seus votos para evitar que o STF ficasse sob pressão da Globo e dos militares.
Para evitar o voto de Rosa Weber, o ministro Marco Aurélio chegou a pedir vista do processo.
Porém, ela insistiu em votar.
Rosa juntou-se a Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli — todos para reconhecer a decisão tomada pela Segunda Turma.
O relator Edson Fachin e o ministro Luis Roberto Barroso votaram com a minoria.
Marco Aurélio pediu vista do processo. Luiz Fux disse que só votará depois de Marco Aurélio.
Uma das consequências da decisão de hoje é o reconhecimento do voto da Segunda Turma que determina a anulação de todas as provas do processo do triplex do Guarujá.
Também fica mantida a multa contra o ex-juiz Sergio Moro.
A defesa de Lula já pediu que a decisão da Segunda Turma seja estendida aos outros três processos, o do sítio de Atibaia e os do Instituto Lula.
Os quatro casos deverão ser reiniciados na Justiça Federal do Distrito Federal.
O do triplex, com a reabertura de inquérito policial.
Em seu discurso, Luís Roberto Barroso sugeriu que o STF estava acabando com a Operação Lava Jato e que a corrupção havia vencido no Brasil, como venceu na Itália.
Foi rebatido por Lewandowski, que afirmou que o combate à corrupção não pode ser feito com ilegalidades que ameaçam o estado democrático de direito e que a operação causou muito mais danos à economia brasileira do que recuperou dinheiro para a Petrobras.
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