NOTA DE REPÚDIO
O Coletivo Sobre Elas, a
União Brasileira de Mulheres – núcleo Santiago (UBM-Santiago), o núcleo do
Instituto Pensamentos e Ações para Defesa da Democracia - IPAD da cidade de
Santiago, repudiam a omissão institucionalizada do Poder Público municipal e da
imprensa local nos atos de violência doméstica e contra a mulher que ocorrem em
nossa cidade.
A omissão verificada e a premiação de
agressores revelam o crescente desprestígio dos valores humanitários que
inspiram nossa Constituição Federal, valores esses que são fiadores da
convivência civilizada e principalmente do respeito à vida da mulher.
Em uma sociedade
democrática, não é possível admitir que a violência seja utilizada como forma
de prestígio a agressores e assediadores.
Os episódios de violência
cometidos contra as mulheres, a omissão verificada em determinados casos, o
apoio e justificativa para o uso da violência contra a mulher, minimizam os
danos graves que causam na vida das vítimas e representam o autoritarismo e a
sobrevivência do machismo, que são uma doença em nossa sociedade.
É triste e repulsivo ver
agressores e assediadores serem laureados e terem suas atitudes convalidadas
por quem deveria educar e combater toda forma de violência contra a mulher.
Frisamos que a imprensa
tem o dever de noticiar todo e qualquer agressor de mulheres e o Poder Público
tem o dever moral de não admitir homens que praticam esses crimes.
Uma sociedade que mascara
hipocritamente fatos como esses, perdem
qualquer moral, passando a ser alvo de toda e qualquer desconfiança.
É com desprezo e com
discurso de impaciência e intolerância que deixamos claro o quanto a covardia,
a estupidez e os impulsos primitivos tornam doentia a sociedade que vivemos, e
revelam como as diferentes formas de violência contra as mulheres são aceitas,
vilipendiando os direitos das mulheres, incitando a violência e evocando o
machismo que ataca as mulheres de modo cruel e extremamente agressivo.
Naturalizar, omitir e
coroar o comportamento agressivo do homem é ser cúmplice da violência, é
praticar o crime de incitação à violência contra as mulheres.
Dessa forma, manifestamos
nosso total repúdio a qualquer manifestação de violência contra as mulheres,
bem como a toda e qualquer incitação que venha a tolerá-las, incentivá-las ou
relativizá-las.
Essa violência é diária e
sentida por muitas de nós, silenciada e mascarada pelo Estado e “invisível” aos
olhos da sociedade.
Para que a violência
contra as mulheres tenha fim, é necessário enfrentar os valores e ideias que
ainda naturalizam este tipo de violência e que tentam justificá-la e
banalizá-la.
Ademais, a perversidade
com que o patriarcado atua, faz inclusive com que até outras mulheres
culpabilizem a vítima, e trabalhem em prol desse sistema opressivo.
BASTA DE VIOLÊNCIA CONTRA
A MULHER! Não reproduza o machismo, não ecoe o patriarcado, não dissemine a
opressão, e principalmente não enalteça o agressor.
Por fim, fica o nosso
questionamento: o que o Poder Público municipal está fazendo com relação e
educação ao combate a violência contra a mulher? Quais são as políticas
públicas afirmativas para trabalhar a violência contra as mulheres?
...
*Via Face
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