domingo, 13 de março de 2022

Coluna Crítica & Autocrítica - nº 207

  


Por Júlio Garcia**

*I- Sobre os verdadeiros crimes ambientais que muitas prefeituras tem realizado nas vias públicas, trago para conhecimento e reflexão dos prezados leitores essa denúncia realizada pelo respeitado jornalista Moisés Mendes (Porto Alegre/RS) em seu face. Leia a seguir: 

"Estão espalhando, como uma onda de terror, que a prefeitura de Porto Alegre vem jogando asfalto em cima do paralelepípedo. 

É um ato criminoso. Inafiançável. É como derrubar árvores. 

Os calçamentos de paralelepípedo de áreas da Aberta dos Morros podem ser comparados ao de ruas históricas da cidade. 

Eu moro numa região em que o calçamento tem uma cor única. É um artesanato que chega perto da perfeição. 

Esses crochês de paralelepípedos são obra de artesãos dedicados e talentosos. Sahry e eu avisamos. Não cheguem perto dos paralelepípedos da Aberta dos Morros." 

...

*A propósito dessa denúncia, fiz o seguinte comentário no seu face: 

Prezado jornalista Moisés Mendes, também aqui em Santiago/RS esse tipo de crime vem sendo realizado há anos, especialmente nos governos (?!!!) do PP. Poluição, aumento excessivo do calor, correrias no trânsito com acidentes graves (até mortes!) e alagamentos viraram rotina. Mais do que na hora está de dar um basta nisso tudo! 

Ao invés de consertar as ruas esburacadas e, muitas delas, calçadas com bons paralelepípedos - que, felizmente, ainda temos em profusão em Santiago -, o Executivo Municipal investe milhões de R$ (segundo o mesmo, angariados com o governo do Estado, etc.) com essa mesma prática nociva ao nosso meio ambiente – físico e cultural. 

Ficamos sabendo agora que a prefeitura local também vai jogar asfalto sobre os paralelepípedos da Rua 20 de Setembro (dentre outras) ... tudo sem a menor necessidade que, se concretizado, será mais um crime ambiental (e cultural!) que vai ocorrer em nossa cidade. Lamentável! 

...... 

*II– Poluição sonora dia e noite - Outra questão que se tornou rotineira e preocupante é o aumento do barulho (nível elevadíssimo de decibéis emanados pelos carros/motos/ônibus/caminhões ‘de som’ que circulam em Santiago). Ninguém, evidentemente, pode ser contra o trabalho dessas pessoas, mas o volume de som tem de ser fiscalizado pelas equipes da prefeitura. Uma questão também de Saúde Pública.

-Com a palavra as autoridades responsáveis.

...

**Júlio César Schmitt Garcia é Advogado, Pós-Graduado em Direito do Estado, Consultor, dirigente político (PT) e Midioativista. Foi um dos fundadores do PT e da CUT. - Publicado originalmente no Jornal A Folha (do qual é Colunista), edição 829,  em 11/03/2022.

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