Falar das mentiras repetidas que viram verdade não adianta, pois a simples menção da “Venezuela” bloqueia o valor dessa velha lição sobre a manipulação (Anísio Pires)
Economia da Venezuela é alvo de sanções e bloqueios dos EUA há mais de uma década. (Foto: Marco Weissheimer)
A quantidade e a “qualidade” das coisas ditas sobre a Venezuela sempre surpreendem. Sem saber muitas vezes o que responder, nos indignamos ou damos gargalhadas pelas estapafúrdias histórias nas quais se acredita. No entanto, o assunto é sério e perigoso. Nos dias 29 e 30 de julho passado, assassinaram 27 pessoas em protestos “pacíficos” que “reclamavam” pelo resultado eleitoral. Todos os que morreram apoiavam o governo, ninguém era da “oposição pacífica”. Tendo o governo bolivariano, como todos no mundo, o mando das forças militares e policiais, como explicar que a “ditadura” não reagiu para vingar essas mortes?
Falar das mentiras repetidas que viram verdade (Goebbels) não adianta, pois a simples menção da “Venezuela” bloqueia o valor dessa velha lição sobre a manipulação. Parece o fumante e o cigarro. A pessoa sabe que faz mal, mas pelo vício, continua. O “vício” de atacar a Venezuela pode mais que a verdade e na era das redes e dos algoritmos, ideias para prevenir enganos dificilmente atravessam os muros psicológicos.
Repetir que a Venezuela “tem problemas como qualquer país” tampouco explica nada. Moro na Ilha de Margarita (estado Nueva Esparta) que possui algumas vantagens, mas também desvantagens em relação ao resto do país. Fora isso, tudo normal. Deixo o convite-desafio. Venham e confiram pessoalmente, em qualquer horário e cidade que escolherem, se a mídia interessada mente ou não. (...)
-Continue lendo o artigo (postado originalmente no Sul21) do professor e sociólogo venezuelano Anísio Pires clicando AQUI.
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