Por Luiz Carlos Azenha*
William Bonner e Patrícia Poeta estavam mais calmos. Sem grosseria,
conseguiram questionar Marina Silva em pontos fundamentais de seu discurso. Da
parte deles, foi uma boa entrevista.
O ponto central, o confronto entre “nova” e “velha” política, ficou
claramente explícito sem que ambos tivessem de recorrer à deselegância.
A candidata Marina Silva, do PSB, saiu-se bem. Parecia no controle da
situação.
Admitiu que a Polícia Federal do governo Dilma é respeitável.
Pediu aos telespectadores o benefício da dúvida que muitos dos seus
aliados não dão, nem nunca deram, quando acusações são feitas ao PT.
São dois pontos sobre os quais a presidente Dilma Rousseff pode
questioná-la em futuros debates.
Ficou, no ar, um odor de velha política.
Ficou explícita uma contradição no discurso de Marina: ela justificou
sua impopularidade eleitoral no Acre por ter confrontado interesses poderosos.
Se o Bonner ou a Poeta fossem loucos, fariam uma pergunta decorrente da
declaração dela:
Como é que a senhora pretende enfrentar interesses poderosos como os que
enfrentou no Acre, que lhe valeram tanta impopularidade, tendo como
coordenadora do programa de governo uma acionista do poderosíssimo banco Itaú?
Mas esta pergunta, na Globo, já seria caso para umas férias forçadas.
...
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* via http://www.viomundo.com.br.org.br/
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