O Conversa Afiada* reproduz artigo de Tereza Cruvinel**:
O comunicado do FMI emitido nesta quinta-feira, após a primeira visita oficial ao Brasil na fase Temer, recomendou o fim do mais importante instrumento de combate à pobreza e à desigualdade adotado nos governos Lula e Dilma, a política de valorização do salário minimo. De 2003 a 2015, o aumento real do SM foi de 76%, alterou o perfil de consumo e foi o principal fator para redução da pobreza registrada pelo Brasil, segundo a ONU. Como diria Lula em outros tempos, nunca antes neste país o salário mínimo fora tão forte.
No início do segundo mandato de Lula, o governo e as centrais sindicais firmaram o acordo que estabeleceu novas regras para a correção anual do salário mínimo, sepultando a velha prática de corrigi-lo apenas pela inflação (e às vezes nem isso), o que não garantia aumentos reais do seu poder de compra. Desde sua criação pelo presidente Getúlio Vargas, aumentos maiores para o salário mínimo sempre despertaram reações conservadoras, tais como as que derrubaram o ministro do Trabalho de Vargas, João Goulart, quando ele propôs um aumento de 100% em 1954. O acordo negociado por Lula com as centrais resultou na regra pela qual o salário mínimo passou a ser reajustado anualmente com base na variação do Produto Interno Bruto (PIB) do ano retrasado, somada à inflação acumulada do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços do Consumidor (INPC). No governo Dilma, em 2011, o Congresso transformou o acordo que já vinha vigorando na Lei n° 12.382.
Uma forma de aferir o poder de compra do salário mínimo é pelo cálculo de quantas cestas básicas ele pode comprar. Se em 1995 podiam ser compradas 1,02, em 2014 podiam ser compradas 2,21.
Mas o FMI está recomendando não apenas o fim desta política que beneficiou os mais pobres, incrementou o mercado de consumo e a dinâmica da economia. Quer também que seja quebrada a vinculação das aposentadorias e pensões do INSS ao salário mínimo, o que afetará cerca de 25 milhões de brasileiros.
Se o Governo Temer, como o de Macri na Argentina, render-se ao FMI, e aceitar tais recomendações, teremos o mais grave de todos os desmontes sociais que vêm sendo feitos.
*Pois o facebook "lembrou-me" que hoje faz um ano que realizei a postagem abaixo no Blog 'O Boqueirão Online'. Na mesma, abordava então a importância do lançamento da Frente Brasil Popular no RS (evento em que me fiz presente), a conjuntura complexa que já se anunciava no país, assim como informava a decisão por mim tomada de não concorrer à vereança nas Eleições 2016, dos motivos para tal decisão e de que divulgaria mais tarde os nomes dos(as) companheiros(as) que viria a apoiar.
*Pela relevância da mesma, e atendendo solicitações várias, estou repostando à seguir.
-Boa leitura! (Júlio Garcia)
Crítica & Autocrítica - nº 104
* Nesta terça-feira, 29/09/2015, ocorrerá o lançamento da Frente Brasil Popular . O evento será realizado no Plenarinho (3º andar) da Assembleia Legislativa do RS, em Porto Alegre.
* O que é a FBP? "No último dia 5 de setembro, em Belo Horizonte, 2,5 mil delegados vindos de 21 estados e do Distrito Federal lançaram uma nova coalizão, agrupando movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos e personalidades.
Estavam presentes entidades tradicionais, como a CUT, o MST e a UNE, ao lado de PT e PCdoB, entre outras legendas.
Inúmeras outras organizações se somaram a este evento multicolorido que aglutinou os mais importantes destacamentos da mobilização popular por direitos sociais e civis.
Lideranças oriundas de agremiações centristas, como Roberto Amaral (ex-PSB) e o senador Roberto Requião (PMDB-PR), ajudaram a afirmar o caráter amplo e plural da empreitada.
O nome de batismo da iniciativa: Frente Brasil Popular.
Mas do que se trata, afinal, este projeto desenhado por tantas mãos?
Representa, acima de tudo, uma tentativa da esquerda em responder, da forma mais unitária possível, à ofensiva conservadora em curso.
Não se define, porém, como aliança de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff, ainda que um de seus compromissos centrais seja a defesa da legalidade democrática e do mandato constitucional sacramentado pelas urnas.
O outro pé programático da FBP, associado à salvaguarda da democracia, é o combate à política econômica adotada pelo governo depois da reeleição, centralizada pelo chamado ajuste fiscal.
A Frente, portanto, luta simultaneamente contra o golpismo, representado pelo setores mais conservadores, e o sequestro da agenda governamental pelos interesses do capital financeiro.
A dupla batalha constitui, aliás, o elemento mais esquizofrênico da situação política. Retrata, no entanto, a realidade pós-eleitoral, forjada pela opção presidencial por soluções opostas ao consenso progressista que levou ao quarto triunfo petista.
A bandeira da democracia, assim, é essencial para resistir às tentativas de desestabilização e derrubada da presidente, impulsionadas por forças que desejam recuperar a direção do Estado para o bloco oligárquico-rentista.
O golpismo não resume, contudo, os perigos que ameaçam o processo de mudanças iniciado em 2003.
Também o transformismo do governo, submetido a programa e composição ministerial derivados de concessões profundas ao conservadorismo, coloca em alto risco as conquistas pós-Lula e o futuro de uma alternativa sob a batuta da classe trabalhadora.
A FBP, ao se propor a soldar coalizão pela democracia com mudança da política econômica, busca igualmente alterar a função caudatária que foi reservada aos movimentos sociais e mesmo aos partidos de esquerda em boa parte do período posterior à vitória de 2002." (...) Extrato do artigo de Breno Altmann, no site Opera Mundi - http://www.brasil247.com/ (...)
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* Eleições 2016 - Alguns companheirxs e amigxs têm me indagado se serei - ou não - candidato nas próximas eleições municipais (em Canoas ou em Santiago, caso realize a transferência do meu domicílio eleitoral). Minha resposta 'peremptória': não serei candidato!
* Aliás, depois da minha última experiência como candidato a deputado estadual pelo PT/RS (onde enfrentei uma campanha difícil, principalmente devido ao fato de que disputei a mesma com parcos recursos financeiros - e praticamente sem apoio partidário onde seriam 'minhas bases eleitorais mais fortes', pelo menos teoricamente!), resolvi que agora seria prudente ficar mais na 'retaguarda'. Tenho condições - e disposição - de contribuir de outras maneiras com nosso projeto. Firmei convicção de que, sem uma verdadeira Reforma Política (que se dará somente através da convocação de uma Assembleia Constituinte Exclusiva e Soberana, que implemente de vez a proibição do financiamento empresarial das campanhas, e que contemple o financiamento público e o voto em lista), uma candidatura do campo popular e socialista, por mais qualificada que seja - mas amparada unicamente em propostas claras, ousadas e não demagógicas, defendida por alguns poucos abnegados companheiros(as) e amigos(as)-, tem muito poucas chances de prosperar.
* Eu, creio, já dei minha 'contribuição' - também - nessa seara, e mais de uma vez; agora, é hora de deixar essa honrosa tarefa para outros(as) companheiros(as), sei que temos muitos quadros preparados para bem nos representar.
* Então, no momento devido, externarei aqui neste espaço - em primeira mão - os nomes que apoiarei para as eleições à prefeitura e vereança (especialmente em Santiago, Canoas e Porto Alegre). A luta segue!
(Por Júlio Garcia, especial para o Blog 'O Boqueirão Online') ... *Nota do Editor: Então, cumprindo o prometido, já divulguei os nomes dos(as)
candidatos(as) que estou apoiando nestas eleições nesses três municípios, mas
não custa repetir aqui: Em Porto Alegre - Raul 13 Prefeito e Vereador Adeli Sell
13601- Movimento Porto Alegre Legal ; em SantiagoAntonio Carlos Rosa Bueno13
Prefeito - vereador Sergio Marion 13607, mas dando uma força também para
os comp. Sergio Tusi 13013 e Luciano Garcia 13111; em Canoas vou de Beth 10
Prefeita e para vereadora Maria Eunice 13513. #Resistir & Avançar! #Vote PT! #ForaTemer! ***
*Veja também: "Em Canoas/RS agora é #Beth10 e #MariaEunice13513"
A sonora expressão deste título de “polentização” do Rio Grande do Sul – que não é achado de minha autoria- é facilmente entendida pelos gaúchos devido a uma dupla analogia.
Ela está vinculada à predileção gastronômica pela polenta atribuída ao atual governador e, sobretudo, coteja aquela frase ufanista segundo a qual o nosso ‘é o estado mais politizado do país’.
Se o descendente de italianos se farta de angu de farinha de milho com copadas de vinho eu não sei, mas é verdade absoluta que o Rio Grande do Sul não é e nunca foi mais politizado que nenhum dos outros entes federativos.
Sem nenhuma comprovação científica, a assertiva é desmentida até pela quantidade de ditadores que, cá nos pampas, geramos para ocupar a presidência da República.
Até o general Figueiredo, que não era gaúcho, fez estágio político aqui, no Colégio Militar da capital e no comando de unidade militar no interior rio-grandense.
Que politização é esta, irmanada com a repressão e o arbítrio, a tortura e os assassinatos de democratas ?
Alguns costumam louvar a “politização” da cantoria das façanhas modelares rio-grandense – até mesmo de modo desrespeitoso quando se executa o hino nacional – o que só traduz um desejo arcaico e injustificável de separatismo.
De onde vem essa notável balela transformada em lenda urbana, então?
Descende do falso mito do gauchismo, bravo, imenso e varonil, ao qual o jornalista Elmar Bones da Costa, nascido em Sant’Ana do Livramento, na fronteira oeste, credita toda a falta de perspectivas sociais e ausências de saídas econômicas para o estado.
Segundo presumo, sobrevivemos em um ilusionismo atávico e embevecido pelo narcisismo da valentia inigualável dos guerreiros antepassados .
Assim, festejamos uma guerra que perdemos, em que se defendiam valores teóricos manchados de sangue na prática e em que os negros foram vergonhosamente atraiçoados.
Foi sobre os pilares da falsidade da revolução farroupilha que edificamos nossa história.
E quando os suportes básicos de uma construção são amparados por material apodrecido é evidente que um dia, cedo ou tarde, a edificação ruirá.
Vive-se, desse modo, em uma tão severa artificialidade moral que é preciso espezinhar a verdade, e repetir, constante e contundente, conquistas heroicas que jamais ocorreram. É laureado o dia 20 de setembro, data de início da guerra que durou quase dez anos. E jamais o marco do seu desfecho de retorno ao estado de paz porque, na realidade, o final foi constrangedor, aceitando-se um acordo humilhante de deposição de armas.
Entretanto, anualmente, em setembro, em todo o território guasca, instituições públicas e firmas privadas unem-se às empresas de comunicações e negócios para reforçar os valores que mantém a farsa sociológica.
E revivem-se axiomas das bombachas gaudérias que renovam a contaminação mental de bravatas impolutas no nosso imaginário coletivo.
Já a polentização gaúcha, que apequena hoje o RS, pode ser comprovada com o exemplo do noticiário do final de semana envolvendo uma notória cumplicidade do inquilino do Palácio Piratini com a mídia nativa, aparentemente refém do maior anunciante estadual e ideologicamente afinada com a lógica do neoliberalismo privativista.
Duas grandes empresas, líderes em seus segmentos, anunciam vendas de seus ativos para compradores de fora do estado, mas ao invés de refletir sobre a grave desgauchização implícita, a cobertura política deu destaque ao governador fotografado sorridente, posando de motorista de um caminhão de uma fábrica estrangeira atraída para o Rio Grande pelo gestor anterior.
A Vonpar Coca Cola foi vendida para uma empresa mexicana por 3,5 bilhões de reais.
A Tumelero está sendo negociada com um grupo francês.
Assim, é cada vez mais triste o futuro que nos aguarda. E lembrar a piada de Sartori mandando professor tratar de piso no Tumelero soa ainda mais patético.
Na última semana de campanha, os candidatos a prefeito de Santiago, por ordem alfabética Antonio Carlos Rosa Bueno (PT), Guilherme Bonoto Bher – coligação Somos Todos Santiago{PSD/PMDB/PTB/Rede/PDT/PSDB/PPS/Pros/SD} e Tiago Gorski Lacerda – PP, participam na noite desta terça, 27, do segundo debate promovido pela Rádio Santiago.
O evento segue o mesmo padrão do primeiro, ou seja, é dividido em duas partes: na primeira os candidatos respondem as perguntas que serão sorteadas, e na segunda parte, perguntas entre si. Cada um fará quatro perguntas, sendo que as regras não permitem indagações somente para um candidato, possibilitando que todos perguntem e respondam igualitariamente.
O Blog 'O Boqueirão Online' (que tem linha editorial definida, de esquerda; que tem posição clara e não esconde, sempre ao lado dos trabalhadores e da democracia) está divulgando à partir de hoje, para conhecimento e avaliação dos prezados leitores, os 'santinhos' e as propostas (resumidas) dos(as) candidatos (as) à vereança pelo PT santiaguense que nos enviaram seus respectivos materiais.
Hoje estão em destaque os(as) seguintes candidatos (relacionados por ordem alfabética):
...
Relação completa dos candidatos à vereança pelo PT:
Chico Matos nº 13220
Clair Pereira nº 13603
Iara Castiel* nº 13130
José Airton Clerice nº 13444
José Luiz 'Toti' Bueno nº 13007
Luciano Garcia nº 13111
Marina Bastos nº 13610
Sérgio Marion* nº 13607 Sérgio Tusi nº 13013
-VOTE CERTO! VOTE Bueno e Cláudio 13 - Vote PT ! PARA MUDAR DE VERDADE!
O juiz Sergio Moro colocou nesta quinta (22) a gota d’água no copo da escalada de arbítrio em curso no país. Curiosamente, o fez ao liberar, por razões humanitárias, o ex-ministro Guido Mantega depois de algumas horas na Polícia Federal de São Paulo, e não ao mandá-lo para a prisão por cinco dias ou dez dias, como havia decidido de início. Pois, se era possível soltá-lo, não havia necessidade de prendê-lo, e a arbitrariedade da detenção ficou evidente.
Não sou eu quem o diz, mas o insuspeito de petismo Reinaldo Azevedo. “Força-tarefa e juiz quiseram dar um recado: ‘Mandamos soltar e prender quando nos der na telha'”, escreveu o colunista. O recado foi entendido.
A justificativa de Moro revelou-se tão frágil que, desta vez, ninguém engoliu. “Considerando o fato de que as buscas nos endereços dos investigados já se iniciaram (…) reputo, no momento, esvaziados os riscos de interferência da colheita de provas”, escreveu no despacho de soltura. Em outras palavras, bastava determinar a busca e apreensão, não precisava prender o investigado.
Cabe lembrar que, pela terceira vez, Moro apresenta explicações mal ajambradas para decisões gravíssimas. Depois da também desnecessária condução coercitiva de Lula, em 4 de março passado, emitiu nota na qual “lamentava” que as diligências tivessem levado a confrontos, “exatamente o que se pretendia evitar”. Determinou a coerção para evitar conflitos? Quem acredita?
Cinco dias mais tarde, Moro divulgou as famosas escutas telefônicas entre o ex-presidente Lula e a então presidente Dilma Rousseff. Instado pela AGU a se manifestar a respeito do assunto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki afirmou que a divulgação das fitas “comprometeu o direito fundamental à garantia de sigilo” e que era “descabida a invocação de interesse público da divulgação” feita por Moro. Em resposta, o juiz curitibano solicitou “escusas” ao STF e explicou que não tivera intenção de causar “polêmicas”. Dá para acreditar?
Mas nesses episódios houve mobilização nas ruas para apoiar as atitudes de Moro. O objetivo era sustentar o impeachment, cuja aceitação foi aprovada pela Câmara um mês depois com base nas manifestações provocadas pelas “inocentes” derrapadas do juiz. Os atropelos constitucionais foram varridos para baixo do tapete.
Agora parece que Moro ultrapassou o limite do aceitável, mesmo para corações liberais e conservadores. Por isso, espero que o episódio Mantega represente um corte. A opinião pública viu a face do arbítrio. Se ficar conivente com ele, prestará contas à história. Quando um processo autoritário se explicita, todo mundo sabe como começa, mas ninguém sabe como termina.
A Operação Lava Jato entrará para a história como uma praga, como flagelo que afundou um país que ia bem na economia, na democracia e no equacionamento de seus problemas sociais e que mergulhou no caos político, econômico e institucional por moto próprio.
Ainda não é possível enxergar quanto de ruim será dito contra essa iniciativa ditatorial, farsesca, vigarista mesmo, que, para atingir objetivos eminentemente políticos, destruiu a economia, soterrou a democracia e desmoralizou as instituições.
Mas será. Todos enxergarão isso no espaço de alguns poucos anos, após a poeira amainar.
Essa quadrilha formada por agentes públicos, que infringe a lei e o Estado de Direito com fins escancaradamente políticos, antes mesmo de o tempo se assenhorar da razão já está sendo questionada por seus excessos menores.
E as vozes dos questionadores estão longe de ser oriundas da esquerda, alvo prioritário da guerra política em curso no país. Antiesquerdistas hidrófobos como um Reinaldo Azevedo (colunista da Folha de São Paulo e da revista Veja) estremecem com os erros cômicos da Lava Jato.
Na sexta-feira retrasada, Azevedo – mau caráter, mas inteligente – quase teve uma síncope ao ver a pataquada da denúncia do MP contra Lula. Seu artigo na Folha deixava pingar ódio contra a burrice do procurador midiático Deltan Dallagnol.
Azevedo não estava preocupado com o Estado de Direito, mas com o fato de que uma denúncia tão fraca, que só tinha tabelas em power point em lugar de evidências e provas, desmoraliza a campanha para impedir Lula de disputar a Presidência em 2018.
No último dia útil da semana recém-terminada (23/9), Azevedo voltou à carga.
O mais notório petefóbico do país criticou a premissa inacreditável do juiz Sergio Moro, que diz que, ao responder a processo, Lula terá a chance de provar que não é culpado e, claro, criticou a prisão sem sentido de Guido Mantega.
Palavras do colunista:
“(…) aí se está diante de um entendimento torto do que é o direito numa democracia. Caberá sempre ao acusador o ônus da prova. O acusado não tem como produzir prova negativa (…)”, diz Azevedo sobre Moro.
“(…) Prisão e soltura nada têm a ver com Justiça e cumprimento da lei. Chanchada. Força-tarefa e juiz quiseram dar um recado: ‘Mandamos soltar e prender quando nos der na telha. São todos criminosos’ (…)”, diz o rottweiler sobre a prisão de Mantega.
A OAB vem criticando a Lava Jato, até setores fortemente antipetistas da mídia vêm criticando a Lava Jato, o STFcriticou a Lava Jato.
Neste domingo, em uma semana o jornal Folha de São Paulo critica, pela segunda vez, o vedetismo da Lava Jato, mas, assim como Azevedo, como a OAB, como o STF e tantos outros, critica sob premissa errada.
—– lava jato 1
Imprensa e colunistas antipetistas, a OAB (comandada por um antipetista) e até o STF (majoritariamente antipetista) dizem que os erros e abusos da Lava Jato a estão desmoralizando, mas estão enganados.
O que desmoraliza a Lava Jato é outra coisa.
Além do presidente da República interino, Michel Temer (PMDB), ao menos sete ministros do novo governo tiveram seus nomes citados nas investigações da Operação Lava Jato.
Temer é citado como beneficiário nos escândalos de corrupção que são alvo da força-tarefa.
Veja, abaixo, o que pesa nas investigações da Lava Jato contra o “presidente” Michel Temer e seus “ministros” e “ex-ministros”:
Romero Jucá (PMDB-RR) – Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (defenestrado)
O senador Romero Jucá, que vai assumir o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, está na lista de investigados que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) no início de 2015.
Jucá foi citado por delatores como beneficiário de um esquema de desvio na estatal. Em depoimento à Polícia Federal em fevereiro deste ano, o senador admitiu que pediu a Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, doações para a campanha de seu filho, Rodrigo Jucá (PMDB), que foi candidato a vice-governador de Roraima.
Em depoimento de delação premiada, Pessoa afirmou ter dado R$ 1,5 milhão ao PMDB de Roraima, em 2014. O empreiteiro disse, ainda, que entendeu que o pagamento estava relacionado à contratação da UTC, pela Eletronuclear, para obras da usina nuclear de Angra 3. Romero Jucá nega e atribui a doação ao “trabalho que desempenha como senador”.
Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) – Secretaria de Governo
Mensagens apreendidas pela Operação Lava Jato sugerem que o ex-ministro de Lula, ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal e ex-deputado federal Geddel Vieira Lima usou sua influência para atuar em favor dos interesses da construtora OAS.
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) – Turismo
Ministro do Turismo do governo Dilma, Alves volta à pasta menos de dois meses depois de deixar o cargo. O peemedebista é suspeito de receber propina do dono da OAS, Léo Pinheiro, em troca de favores no Legislativo.
A investigação é baseada em mensagens apreendidas no celular de Pinheiro. Em algumas delas, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cobra Pinheiro por doações à campanha de Alves ao governo do Rio Grande do Norte. Para Janot, os pagamentos são, na verdade, propina.
Mendonça Filho, Raul Jungmann, Bruno Araújo e Ricardo Barros
Os deputados Mendonça Filho (DEM-PE), Raul Jungmann (PPS-PE), Bruno Araújo (PSDB-PE) e Ricardo Barros (PP-PR), que vão assumir os ministérios da Educação, Defesa, Cidades e Saúde, respectivamente, são citados na famigerada lista da Odebrecht apreendida pela Polícia Federal na sede da construtora, em março, durante a 23ª fase da Lava Jato.
A lista foi tornada pública e depois colocada sob sigilo, mas os investigadores ainda não sabem se os nomes que constam nela receberam doações legais, ilegais envolvendo recebimento de propina ou dinheiro de caixa dois.
Ora, cadê a Lava Jato? Não prendeu ninguém. E alguns dos acusados nem têm mais foro privilegiado, como Eduardo Cunha, que atrapalha fortemente as investigações. Sua mulher, por exemplo, que é lícito supor que o ajudava a ocultar provas e coagir testemunhas, foi sumariamente preservada por Moro.
E há uma miríade de figuras menores que poderiam denunciar tucanos e peemedebês sob delação premiada e que não são incomodadas porque não interessam ao antipetismo de procuradores, policiais federais, juízes…
O antipetismo da Lava Jato é tão escrachado e visível que até já virou piada para humoristas. O vídeo do grupo Porta dos Fundos intitulado “Delação” já tem cerca de sete milhões de visualizações no You tube.
Vale lembrar que o Porta dos Fundos se notabilizou por produzir incontáveis vídeos atacando Dilma e o PT.
Porém, a Lava Jato é tão escrachadamente facciosa, tão claramente pensada para focar única e exclusivamente na suposta “corrupção do PT” que não há escapatória.
Mídia, OAB, STF e os cães sarnentos que escrevem colunas e editoriais mentirosos criticam a Lava Jato porque acham que ela perde eficácia quando se desmoraliza fazendo denúncias escandalosamente fracas e prisões escandalosamente arbitrárias, mas estão errados.
A Lava Jato se desmoraliza porque é escandalosamente visível que só existe para atacar o PT, já que não produz nada contra mais nenhum grupo político, apesar de que há corrupção aos montes em todos os partidos.
O Partido dos Trabalhadores - PT de Santiago concorre com Antônio Bueno e Cláudio Freitas - 13 para o Executivo Municipal com o lema"Mudança de Verdade".
-Para a Câmara de Vereadores de Santiago, escolha um dos candidatos(as) na lista abaixo e vote certo - também para a vereança - em 2 de outubro:
Chico Matos nº 13220
Clair Pereira nº 13603
Iara Castiel* nº 13130
José Airton Clerice nº 13444
José Luiz 'Toti' Bueno nº 13007
Luciano Garcia nº 13111
Marina Bastos nº 13610
Sérgio Marion* nº 13607 Sérgio Tusi nº 13013
*Atuais vereadores que concorrem à reeleição.
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**Em Santiago, dia 02 de Outubro, vote 13 - Vote PT - "Para Mudar de Verdade'!