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Blog de notícias, política, artigos, cultura, entrevistas, variedades, opiniões... y otras cositas más! (Santiago/RS e Região) - Editor: Júlio Garcia
Histórico 1° de maio
presencial no centro de São Paulo em 2021, o primeiro depois da pandemia
Organizemos juntos a Marcha a Brasília em 22 de maio! É hora de lutar pela retomada de nossos direitos!
Desde 1886, quando uma onda de greves em Chicago (Estados Unidos) foi reprimida ferozmente num dia 1º de Maio, que a classe trabalhadora em todo o mundo comemora esta data como seu dia de luta. Por isso mesmo, os inimigos da classe trabalhadora não são bem-vindos nos atos e mobilizações de 1º de Maio.
Neste 1º de Maio de 2024, a CUT, outras centrais e organizações sindicais do campo e da cidade convocam atos em todo o país que deveriam ter como bandeiras centrais aquelas aprovadas no ultimo congresso da CUT, para serem levantadas na Marcha a Brasília: a revogação da Reforma Trabalhista imposta pelo governo Temer, a revogação da reforma previdenciária de Bolsonaro e a da lei das terceirizações ilimitadas – pautas que estiveram na base da eleição de Lula contra Bolsonaro há cerca de um ano e meio.
A imprensa ventilou que,
para o ato das centrais sindicais em São Paulo, que terá a presença do
presidente Lula, também teriam sido convidados o governador de SP, Tarcísio
Freitas, e o prefeito da capital, Ricardo Nunes, ambos declarados
bolsonaristas. Isso é inaceitável e deve ser repudiado por todos e todas que
sofreram e sofrem duros ataques desses governantes, seja na privatização do
patrimônio público, seja na brutal violência policial por eles praticada.
Fora com os inimigos de nossa classe dos palanques do 1º de Maio!
Revogação das reformas
anti-trabalhador
Hoje, a precarização das relações de trabalho, com jornadas desregulamentadas, intensificação do trabalho e redução da média salarial, tem na Reforma Trabalhista e na lei das terceirizações suas principais causas.
O aumento da idade e do tempo de serviço para aposentadoria, com redução na média de pensões e do salário de aposentadoria, é fruto da Reforma da Previdência feita no governo Bolsonaro.
Neste 1º de Maio, teremos a oportunidade de dar um impulso à preparação da Marcha da classe trabalhadora a Brasília, decidida no último congresso da CUT e marcada para o próximo dia 22 de maio, para exigir do governo, do congresso e do STF a revogação imediata dessas reformas, que são ataques aos nossos direitos e conquistas para aumentar o lucro dos capitalistas e a exploração da nossa classe.
Não à redução de dinheiro
da educação e da saúde
A política econômica em curso – do déficit zero para pagar os juros da dívida pública e do arcabouço fiscal – é a principal responsável pelas greves em curso do funcionalismo público federal contra o reajuste zero em 2024, proposto até o momento pelo governo.
A valorização do serviço público se faz com investimento e concurso público. É preciso dizer que não aceitaremos a proposta que a “área econômica” do governo anunciou nos últimos dias através do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da ministra do Planejamento, Simone Tebet, de desvinculação dos mínimos constitucionais da saúde e da educação para garantir as metas do arcabouço fiscal.
Solidariedade à luta do
povo palestino contra o genocídio: cessar-fogo já!
Neste 1º de Maio é preciso registrar o apoio à luta do povo palestino, que é vítima de um genocídio há mais de 200 dias por parte do estado de Israel. Sindicatos na Bélgica, Espanha e Itália fizeram paralisações contra o envio de armas para Israel ou denunciando os bombardeios em Gaza, inclusive de hospitais. Nos Estados Unidos, uma forte campanha pelo cessar-fogo reúne sete sindicatos nacionais que representam cerca de 60% dos trabalhadores sindicalizados no país.
Ditadura nunca mais!
Punição aos generais!
Há um mês, em 1º de abril, completaram-se 60 anos do golpe militar que implantou a ditadura no Brasil por longos 21 anos. Os generais nunca foram punidos pelos crimes que cometeram contra os trabalhadores e o povo, e a tutela militar não foi eliminada de nossas instituições. No governo Bolsonaro, os militares assumiram milhares de cargos públicos e estiveram envolvidos desde sua cúpula em todas as tentativas golpistas como a de 8 de janeiro de 2023. Sua impunidade é uma ameaça permanente ao exercício da democracia no Brasil.
Vamos nos encontrar na
marcha a Brasília em 22 de maio lutando pela:
Revogação da Reforma
Trabalhista!
Revogação da Reforma da
Previdência!
Fim da lei das terceirizações ilimitadas!
ASSINAM:
Rene Marcos Munaro –
executiva nacional da CUT
Juliana Salles –
executiva nacional da CUT
João Batista Gomes –
direção nacional da CUT
Luana Bife – direção
nacional da CUT e executiva da CUT-SP
Juçara Rosa –
vice-presidente da CUT-SC
Marcelo Carlini – direção
CUT-RS
Roberto Luque de Souza –
executiva da CUT-CE
Luiz Gomes – executiva da
CUT-AL
Emmanuel Miranda –
direção da CUT-AL
Joana Darc Soares –
direção da CUT-DF
Cléa Moraes Moreira –
executiva da CUT-MG
Robinson Cireia –
executiva da CUT-MT
Jaqueline Dornelas CUT-PE
Lourival Lopes – Direção
da Contracs
Marize Carvalho – Direção
CUT-BA
Rômulo Jerri Andrade –
CUT Regional Vale do Jaguaribe/CE
Cássio Ritter – diretor
adjunto CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação)
Vlamir Lima – executiva
nacional da Confetam (Conf. Nac. dos Trabalhadores no Serviço Público)
Paulo Zocchi –
vice-presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas)
Priscilla Chandretti –
executiva da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas)
Gilberto de Oliveira
Paulino – FETRAEEP (Fed. Interest. dos Trab. em Estab. do Ensino Privado)
Sandra Mota – executiva
da Condsef (Confederação dos Servidores Públicos Federais)
Alda Lúcia Fernandes dos
Santos – presidente da Fenametro e Sindimetro-MG
Oton Pereira Neves –
Secretário-Geral Sindsep-DF l DN Condsef
Paulo Candido de Sousa –
Direção Condsef
Edison Vitor Cardoni –
Executiva Condsef
Mônica Machado Carneiro –
Direção Condsef
Tico – CONTEE
(Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino)
*Via Jornal O Trabalho
Documento da Anistia Internacional analisa situação da violência policial em 156 países e dedica 5 páginas ao Brasil
Foto:
Polícia Militar SP/Twitter
Da Agência Brasil*
Violência policial, dificuldade da população em acessar direitos básicos, demora na demarcação de terras indígenas e na titulação de territórios quilombolas são alguns dos aspectos que a organização não governamental (ONG) Anistia Internacional resgatou para descrever o Brasil no relatório O Estado Dos Direitos Humanos no Mundo, divulgado nesta quarta-feira (24).
O documento contém análises de 156 países e dedica cerca de cinco páginas ao Brasil. No início do capítulo sobre o país, destaca-se que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu seu terceiro mandato com uma tentativa de golpe de Estado, que culminou na condenação de 30 pessoas até dezembro de 2023. Até março deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 130 pessoas por envolvimento com os atos, responsabilizadas por crimes como associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e deterioração de patrimônio tombado.
A organização lembra ainda que o principal oponente de Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro, tornou-se inelegível por oito anos, até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A corte chegou a negar recurso ao qual Bolsonaro tinha direito, mantendo seu entendimento quanto à questão.
A seção que trata do Brasil foi subdividida em direitos econômicos, sociais e culturais; uso excessivo da força; impunidade; pessoas defensoras dos direitos humanos; direito a um meio ambiente saudável; direito dos povos indígenas; violência sexual e de gênero; e direitos sexuais e reprodutivos. A Anistia recordou eventos climáticos recentes que afetaram a população de diversos estados, como São Paulo, Acre, Maranhão e Pará, além de Manaus, com dezenas de milhares de pessoas atingidas. No caso do Acre, o contingente chegou a 32 mil pessoas, de acordo com o relatório.
Truculência policial
Outro problema ainda em aberto, ressalta a organização, é o total de 394 pessoas mortas durante ações policiais na Bahia, no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde foram realizadas as operações Escudo e Verão, uma seguida da outra, para apurar denúncias de violações de direitos humanos. Foram mencionadas, no documento, apenas as mortes do período de julho a setembro de 2023, o que pressupõe que o número é ainda maior e a situação mais grave.
A conduta dos policiais que atuaram nas operações Escudo e Verão, que abrangeram a Baixada Santista foi questionada inúmeras vezes. Uma das organizações que cobraram explicações das autoridades, anteriormente, foi a Human Rights Watch. O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) também alertou para os abusos, salientando, após enviar uma comitiva que coletou depoimentos de pessoas ligadas às vítimas, que os agentes de segurança cometeram, inclusive, torturas.
“Intervenções policiais continuaram a causar a morte de crianças e adolescentes. Em 7 de agosto, Thiago Menezes, de 13 anos, foi morto ilegalmente pela polícia quando passeava em uma motocicleta. Em 4 de setembro, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva de quatro policiais envolvidos no homicídio. Em 12 de agosto, Eloah Passos, de 5 anos de idade, foi atingida por uma bala perdida enquanto brincava dentro de casa. Em 16 de agosto, Heloísa Santos, de três anos, morreu após ser baleada por um policial quando estava dentro de um carro com sua família”, lembra a ONG em outro trecho do relatório.
O
conjunto de fatos que a organização registra sobre os casos de impunidade de
policiais também preocupa. “O uso ilegal da força pela polícia continuou sem
ser investigado de forma rápida ou eficaz. O desaparecimento forçado de Davi
Fiuza, de 16 anos, durante batida policial em Salvador, na Bahia, em 2014,
permaneceu sem solução. Três policiais indiciados pelo assassinato do ativista
Pedro Henrique Cruz em 2018 em Tucano, também na Bahia, ainda não haviam sido
levados a julgamento, e sua mãe, Ana Maria, continuava a sofrer ameaças e
intimidações”, diz a Anistia, que enviou representantes a uma reunião com o
procurador-geral de Justiça do Ministério Público da Bahia, Pedro Maia, no
último dia 16, para tratar da execução do ativista Pedro Henrique Santos Cruz,
que militava contra a violência policial no estado.
*Via Sul21
Por Altamiro Borges*
Manifestação da extrema direita no Rio de Janeiro teve metade de adesão de ato realizado em setembro do ano passado no mesmo local e passou bem longe do ocorrido na Avenida Paulista em fevereiro deste ano
A extrema direita brasileira voltou às ruas neste domingo (21) em um ato esvaziado ocorrido em Copacabana, no Rio de Janeiro. Estimativas divulgadas no final da tarde davam conta de que o público presente foi metade do realizado em setembro do ano passado, no mesmo local, e não passou de 18% do que compareceu à Avenida Paulista algumas semanas antes. No palanque, Jair Bolsonaro e sua turma repetiram a surrada cantilena de vitimização e golpista.
De
acordo com o “Monitor do debate político”, da Escola de Artes, Ciências e
Humanidades (EACH) da USP, coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto,
pouco mais de 30 mil pessoas compareceram à manifestação. No dia 7 de setembro
do ano passado, na mesma Copacabana, as estimativas eram de aproximadamente 65
mil pessoas. Já em São Paulo, em fevereiro, o cálculo foi de 185 mil presentes
na Avenida Paulista (SP). Imagens que circularam nas redes sociais, comparando
os dois atos na praia carioca, corroboraram com as medições. (...)
*CLIQUE AQUI para continuar lendo (via RBA).
Por Moisés Mendes*
O ministro Luis Roberto Barroso definiu como apenas uma ideia infeliz a tentativa de Deltan Dallagnol de se apropriar de R$ 2,5 bilhões da Petrobras. A juíza Gabriela Hardt teria somente avalizado a infelicidade alheia.
Pois o mundo recua, tropeça e avança por causa de ideias infelizes, sempre dependendo do ponto de vista de quem examina as ideias dos outros, sendo ou não um juiz.
Na noite de 3 de novembro de 2022, uma quinta-feira, um grupo teve a ideia infeliz de cercar o restaurante em que o ministro Barroso e a família jantavam com amigos em Porto Belo, um dos paraísos do litoral catarinense.
A ideia parecia ser apenas essa. Vaiar o ministro, o que é do jogo para toda figura pública, e esculhambar seu fim de semana. Mas o grupo foi ganhando o reforço de extremistas e Barroso teve de deixar o local. Refugiou-se numa casa. Mas a casa também foi cercada.
A ideia infeliz de gritar e vaiar evoluiu para ameaças. O ministro e a família abandonaram a casa às 4h da madrugada, porque outra ideia infeliz poderia prosperar.
Na Amazônia, mais ou menos na mesma época, grupos que haviam decidido explorar o garimpo na terra dos yanomamis foram ganhando o reforço de traficantes e bandidos de toda espécie.
Uma ideia infeliz, a de garimpar ouro ilegalmente, evoluiu para outras ideias, e os bandidos passaram a cercar e matar inimigos, indigenistas, os indígenas e quem chegasse perto. A tiros e de fome.
Os yanomamis não têm como escapar do cerco, mas o ministro Barroso fugiu para Brasília, onde conta, não se sabe em que dimensão e até quando, com a proteção institucional de autoridade da mais alta Corte do país.
Barroso sabe que o Brasil enfrenta os sobressaltos de ideias infelizes recentes, desde o golpe contra Dilma, passando pelo encarceramento de Lula, até o que aconteceu no 8 de janeiro.
Desde a ideia infeliz do golpe de 2016, levada adiante como ideia da grande imprensa em conluio com o Brasil arcaico e a leniência das instituições, direita e extrema direita evoluíram para a certeza de que era preciso consumar a ideia do encarceramento de Lula.
E chegaram assim à ideia infeliz de ajudar a eleger Bolsonaro e de apoiar outra ideia infeliz, a de transformar Sergio Moro em empregado de Bolsonaro, enquanto todo o governo teve a ideia de negar vacina aos brasileiros.
No ano passado, se o Supremo tivesse concordado com a tese de que a invasão de Brasília havia sido apenas uma ideia infeliz, todos os mais de mil presos do 8 de janeiro seriam tratados, como diz Bolsonaro, como uns coitados.
Porque não havia ali um líder entre eles. Eram pessoas comuns tomadas pelo transe de uma ideia coletiva infeliz. Os autores da ideia nunca assumiram que a ideia era deles, e os presos e condenados são apenas os que levaram a sério as ideias infelizes dos outros.
Alguém em algum lugar, nesse momento, está furtando um pacote de massa em algum supermercado. E em algum gabinete um juiz estará decidindo que o furto de um pacote de massa não pode ser tratado apenas como ideia infeliz, mas como furto mesmo.
O temor de pelo menos metade do Brasil é de que essa percepção do que é furto, no caso do pacote de massa, e do que possa ser uma ideia infeliz, no caso da apropriação de R$ 2,5 bilhões da Petrobras, se institucionalize ainda mais e vire acórdão e jurisprudência e inspiração de conduta, não para magistrados, mas para as almas coletivas.
Porque o que o lavajatismo e o fascismo esperam é que suas atitudes sejam percebidas assim mesmo, apenas como ideias infelizes à espera da fala e da decisão de um grande juiz capaz de legitimá-las.
O cerco que o ministro sofreu em Santa Catarina, sem notícia até agora de que tenha culpados, não foi, nem na origem, quando o primeiro grupo chegou ao restaurante, apenas uma ideia infeliz.
A turba extremista, no Estado mais extremista do país, estava cercando o Supremo, depois da eleição consumada. Para avisar que o fascismo cotidiano continuava ativo e que a ideia do golpe estava mantida.
Como ainda continua vivo, por ser mais do que ideia infeliz, o fascismo que se rearticula sob a proteção do poder econômico, o mesmo fascismo patrocinado que cercou o ministro do Supremo e o expulsou da cidade às 4h da madrugada.
O poder econômico, que continua organizando e mobilizando tios e tias, fora e dentro das redes sociais e do zap, está intocado, ministro Barroso. É o único núcleo do golpismo e do lavajatismo ainda intacto. O único que o Supremo não consegue alcançar.
Essa é a impunidade do poder do dinheiro, dos que lidam ou pretendem lidar com bilhões, em nome de uma grande causa ou apenas de uma ideia infeliz.
O dinheiro atenua os desvios éticos e morais dos que sabem manuseá-lo. O dinheiro torna os seus atos, por mais absurdos que pareçam, apenas ideias infelizes e às vezes até infelizmente razoáveis.
O
Supremo continua cercado pelo poder do dinheiro, ministro Barroso, e o Brasil
todo, e não só o STF, precisa de ideias melhores do que fugir sem olhar pra
trás no meio da madrugada.
...
*Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre. Foi colunista e editor especial de Zero Hora. Escreve também para os jornais Extra Classe, Jornalistas pela Democracia e Brasil 247. É autor do livro de crônicas 'Todos querem ser Mujica' (Editora Diadorim) - Fonte: Blog do Moisés Mendes
Neste 15 de abril, Dia Nacional de Conservação do Solo, o Brasil tem pouco a celebrar e compromissos a cumprir
Amazônia
e Cerrado são os biomas que mais perderam florestas. Foto: Christian
Braga/Greenpeace
Da Agência Brasil*
Neste 15 de abril – Dia Nacional de Conservação do Solo – o Brasil tem pouco a celebrar, já que não avançou no compromisso assumido internacionalmente de recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa. Dados da plataforma do Observatório da Restauração e do Reflorestamento apontam que o país possui hoje pouco mais de 79 mil hectares da sua cobertura vegetal original recuperada. Isso significa que menos de 1% da meta foi atingida.
Somado a isso, nos últimos anos o desmatamento e a degradação avançaram sobre os biomas brasileiros. De acordo com levantamento da MapBiomas, entre os anos de 2019 e 2022, o Brasil perdeu 9,6 milhões de hectares de vegetação nativa.
Segundo a diretora do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Fabíola Zerbini, esse cenário fez com que desde janeiro de 2023 o governo iniciasse uma revisão das metas e políticas públicas para o setor, não apenas para que o Brasil possa cumprir com os acordos firmados para conter os avanços da crise climática, mas principalmente para que as propriedades rurais privadas e o próprio Estado fiquem regulares em relação à legislação ambiental.
“O horizonte de passivo do Código Florestal – somando área privada e pública – está em torno de 25 milhões de hectares de vegetação nativa que precisa ser recuperada. A gente entende que desses 25 [milhões], aproximadamente nove podem ser compensados, ou seja, o produtor decide que vai proteger uma área que está conservada, e a gente vai recuperar algo em torno de 14 milhões, que é a meta atualizada, mas lembrando que a oficial é pelo menos 12 milhões de hectares,” disse Fabíola.
Histórico
Há um entendimento global de que para a crise climática não avançar é necessário reduzir a emissão dos gases de efeito estufa e também capturar o que já foi lançado na atmosfera. Uma das principais estratégias globais para que isso ocorra é a recomposição da cobertura verde do planeta por meio da recuperação das vegetações nativas.
Um estudo coordenado pelo Instituto Internacional para Sustentabilidade, que reuniu pesquisadores de 12 países e foi publicado na revista científica Nature em 2020, revelou que a recomposição de apenas 15% de vegetações nativas do planeta seria capaz de sequestrar 14% de todas as emissões de gás carbônico lançadas na atmosfera desde a revolução industrial.
A capacidade de contribuição dessa estratégia para diminuir os impactos da crise climática se mostrou tão eficaz que a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu os dez anos seguintes à pesquisa como a Década para a Restauração de Ecossistemas.
No Brasil, antes mesmo disso, uma legislação ambiental robusta não apenas protege os biomas por meio de cotas de preservação, como também determina quando é obrigatório compensar áreas impactadas pela ação humana, ou seja, reflorestar áreas degradadas ou desmatadas além dos limites. Os chamados passivos ambientais podem ser gerados por propriedades privadas, quando os limites de conservação não são respeitados, ou em áreas públicas atingidas por queimadas ou ocupadas por atividades ilegais.
As cotas são previstas no Código Florestal, criado em 2012. Em 2015 e 2016, o Brasil aderiu a três acordos globais: o Acordo de Paris, o Desafio de Bonn e a Iniciativa 20×20, nos quais assumiu o compromisso de recompor 12 milhões de hectares de sua cobertura verde. Ainda em 2017, o país criou a Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg).
Segundo Fabíola, o MMA tem se dedicado a entender qual o desafio que o país tem até 2030, prazo limite para cumprimento das metas. “Estamos trabalhando primeiro para atualizar os custos da restauração para os dias de hoje e fazer uma precificação por tipo de território: se são áreas privadas, áreas públicas, modelos de restauração e localizar cada situação nos biomas”, explica.
Estratégias
De acordo com a diretora, entre as estratégias possíveis para que cada bioma receba de volta a parcela mínima necessária para a sua manutenção, é preciso entender fatores como as condições atuais da área desmatada ou degradada, se há possibilidade de regeneração natural, se há pessoas que dependem da área para subsistência e também se ainda é possível reestabelecer os serviços ecossistêmicos como eram antes.
Neste sentido, há três caminhos possíveis: a regeneração natural, que pode ser assistida ou não; o plantio em área total, que é a solução mais indicada para Unidades de Conservação, mas também a de maior custo; e os sistemas agroflorestais, que consideram a necessidade de subsistência da população que vive na área em questão. Nesse último caso, podem ser adotados modelos como a silvicultura de espécies nativas, o sistema agroflorestal (SAF) e sistema integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
Regeneração
Para Fabíola, uma boa notícia é que um estudo em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) conseguiu mapear quase 30 milhões de hectares de vegetação secundária no território brasileiro. “Se protegida, a gente pode aplicar a modalidade de regeneração natural, que é de baixo custo, e só aí se consegue garantir grande parte dessa meta”, preconiza.
Outra estratégia do governo é tornar a recuperação de vegetação nativa um modelo de negócio para o país. Um exemplo é o trabalho desenvolvido pela empresa de madeira sustentável em que Alan Batista é diretor financeiro, no sul da Bahia. Segundo o executivo, a região foi escolhida em 2008 para dar início ao negócio, exatamente por fazer parte do bioma Mata Atlântica, que é o mais desmatado no Brasil. “Aqui que começou a degradação no país, então aqui que a gente queria começar a restauração desse bioma”, observa.
Com a aquisição de três áreas desmatadas pela pecuária extensiva, com baixo potencial agrícola, a empresa desenvolveu um negócio vantajoso para o meio ambiente e também rentável, a partir do investimento na recuperação da vegetação nativa para manejo florestal. Com a floresta replantada, o lucro veio pela venda de madeira de reflorestamento e também do comércio de tecnologia e sementes e mudas melhoradas geneticamente.
A silvicultura para o manejo ocorre em uma área 800 hectares, dentro das propriedades que somam 1,4 mil hectares. Segundo Alan, o restante tem áreas de conservação, que, em parte, resultam de restauração somada às áreas adquiridas para serem mantidas livres de ação humana. “A empresa deixa livre de caça, de pesca, cuida para que não haja incêndio, com brigada treinada e manutenção de infraestrutura para prevenção de incêndio”, diz.
A pesquisa “Reflorestamento com espécies nativas: estudo de casos, viabilidade econômica e benefícios ambientais”, publicada em 2021 pelo World Resources Institute (WRI) Brasil, analisou 40 arranjos produtivos envolvendo reflorestamento, restauração ou conservação de 30 diferentes organizações. A partir do estudo, concluiu-se que a taxa de retorno de investimentos para esse modelo de negócio fica entre 9,5% e 28,4%, a depender do arranjo.
De acordo com o especialista do instituto de pesquisa. Miguel Calmon, além dos serviços ecossistêmicos como a própria captação do gás carbônico da atmosfera, as florestas recuperadas também auxiliam na produção alimentar. “Já se abe que esse modelo de negócio baseado no plantio de árvores também aumenta a resiliência do sistema produtivo às mudanças climáticas. Cada ano que passa, nós temos mais eventos extremos como seca, altas temperaturas e enxurradas e já sabemos que sistemas com árvores são mais resilientes a esses eventos extremos, ou seja, é um modelo ganha-ganha.”
Fomento
De acordo com Fabíola Zerbini, além de rever o cenário da recuperação florestal no Brasil, o MMA tem articulado formas para fomentar a regularização ambiental.
“Temos articulado com parceiros, em especial o BNDES, linhas de financiamento e linhas de crédito, como o Restaura Amazônia, que é dinheiro do Fundo Amazônia, que vai direcionar R$ 450 milhões para projetos de recuperação da vegetação nativa na Amazônia. Para além disso, a gente também combinou com o Fundo Clima mais R$ 550 milhões”, explica.
Para a diretora, iniciativas de fomento e a atualização da Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa, prevista para ser lançada em junho, combinadas com as políticas públicas, serão capazes de destravar a agenda ambiental.
“A
ideia é combinar a articulação com estados, municípios e produtores para a
regularização ambiental, como editais e financiamentos, além de programas
vinculados a melhores condições de taxas para produtores regulares, somados à
estruturação do poder público para a validação dessa documentação” finaliza.
*Via Sul21
É com profundo pesar e respeito que comunicamos o falecimento de José Geraldo Garcia, carinhosamente conhecido como "Seu Garcia", alma e fundador do Restaurante Casa Velha. Seu Garcia partiu, deixando-nos um legado de dedicação, amor pela gastronomia e um inestimável senso de comunidade.
Seu Garcia foi um visionário, um amigo e uma inspiração para todos nós. Ele transformou o Restaurante Casa Velha em mais do que um local de refeição; criou um espaço onde amigos e famílias se reuniam para celebrar a vida. Sua paixão pela culinária e pelo acolhimento marcaram a todos que tiveram o prazer de conhecê-lo.
Neste momento de despedida, convidamos você, nossa estimada comunidade, a se juntar a nós em uma homenagem à sua memória. Vamos celebrar juntos a vida e o legado de Seu Garcia, compartilhando histórias e lembranças que ele nos deixou.
Agradecemos profundamente pelo amor e pelo apoio que tem sido demonstrado à família Garcia e à equipe do Restaurante Casa Velha neste momento difícil. Unidos, mantemos vivo o espírito de Seu Garcia, honrando sua memória e continuando seu sonho.
Com
carinho,
Equipe
Restaurante Casa Velha
...
*O velório do 'Seu Garcia' está sendo realizado na Capela Andres. O sepultamento será hoje, sexta-feira, às 18h, no Cemitério Paulo VI, em Santiago/RS. (Nota deste Editor)
Por: PT Nacional*
O
fim de semana foi marcado por reuniões, encontros e debates no Partido dos
Trabalhadores, com a realização do “Dia D”, evento interno preparatório para a
construção das chapas proporcionais e planejamento da disputa das eleições
municipais deste ano em todo o país.
De
acordo com informações da Secretaria Nacional de Organização do PT, mais de mil
municípios realizaram planejamento e mobilização das chapas de vereadoras e
vereadores no sábado (6) ou no domingo (7).
A
secretária nacional de Organização do PT, Sônia Braga, destacou a importância
da mobilização nacional, principalmente por ser a primeira eleição que o
partido vai disputar junto com a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB, PV).
“Esta será a primeira eleição que o PT disputará junto com a Federação, por isso, foi importante demais que os Diretórios Municipais tenham se reunido para planejar a construção das nossas chapas. O PT deu, neste final de semana, o primeiro passa para eleger milhares de vereadores e vereadoras em todo o Brasil.
Agora
a prioridade é inscrever todas essas candidaturas, até o dia 30 de abril,
através do Candidate-se”, conclamou Sônia.
O
Dia D envolveu todo o conjunto da militância e direção do partido, com a
participação direta da secretaria nacional e das secretarias estaduais de
Organização (Sorgs), Fundação Perseu Abramo, Escola Nacional de Formação, os
GTE´s (Grupos de Trabalho Eleitoral), e secretarias nacionais do partido de
todo o conjunto do partido.
No sábado (6) encerrou o prazo determinado pela legislação eleitoral vigente para que a pessoa pudesse se filiar a um partido e ter o direito de se candidatar a algum cargo nas eleições municipais deste ano. (...)
*CLIQUE AQUI para ler - e ver - na íntegra (via Brasil Popular).
O Partido dos Trabalhadores de Santiago - PT, ao mesmo tempo em que prepara-se para enfrentar os desafios das eleições municipais deste ano, vem também recebendo um número significativo - e qualitativo - de novas filiações.
No último domingo do mês de março, dia 24, durante a reunião-almoço de confraternização e apresentação de várias pré-candidaturas (ao Legislativo e ao Executivo Municipal e que contou com a presença do ex-Governador Olívio Dutra, dentre outras lideranças), ocorreram também várias filiações de novos(as) militantes petistas, vários(as) também integrantes de movimentos populares, sociais e sindicais.
Esta semana, dia 03/04, foi a vez de filiarem-se ao partido Márcio Reginaldo Bitencourt da Cruz, sua esposa Nicolle Rohãn Bitencourt e Cláudio Roberto Afonso Silva. Tanto Marcio Reginaldo quanto Claudio foram dirigentes do PDT local e saíram recentemente do mesmo devido principalmente a divergências políticas graves com a direção e parlamentares desse partido no RS, alinhado que está ao governo capitaneado pelo neoliberal Eduardo Leite, do PSDB. Márcio e Cláudio (mais conhecido como Claudinho) são sindicalistas e integram a direção regional do Sindicato da Polícia Penal do RS, o SINDPPEN/RS. Nicolle é acadêmica do curso de Agronomia da URI.
Os novos filiados foram recepcionados pelo Advogado Júlio Garcia, um dos fundadores do PT, da CUT e também ex-Presidente do PT de Santiago. (Na foto acima o momento da filiação dos novos companheiros, sendo que, após, as fichas foram encaminhadas às Direções Municipal, Estadual e Nacional do PT).
Situação embaraçosa está ligada à investigação sobre denúncias feitas por Tony Garcia que, nas redes, classificou Moro como "covardão" por "ter ido suplicar ao ministro Gilmar Mendes o perdão de seus crimes".
Por Plinio Teodoro, na Revista Fórum* - Após s ser chamado de "ladrão de galinhas" e esculachado ao pedir uma audiência para tentar aproximação de Gilmar Mendes, o senador Sergio Moro (União-PR) já tem no horizonte uma nova saia justa no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em meio ao julgamento no Tribuna Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que pode cassar o mandato legislativo, o STF dará início às oitivas no processo em que Moro é acusado de coação, chantagem e organização criminosa. (...)
*CLIQUE AQUI para ler na íntegra.
O golpe de 64 foi no dia primeiro de Abril, mas pegaria mal dar golpe no dia da mentira, então os militares criaram a lenda do 31 de março
Tanques
tomam as ruas em abril de 1964. (Foto: Domínio Público)
Por Marcia Tiburi*
Diz-se
que em 31 de março se completaram os 60 anos do Golpe de 1964, contudo, em 1 de
abril também. A confusão da data serve à sustentação da ideologia dos
torturadores mentais e físicos, que passa sempre pela produção da confusão.
É
preciso hipnotizar, deixar o povo tonto para que acreditem e sejam capazes de
aprovar e de apoiar a maldade e a estupidez que faz parte do jogo de poder
patriarcal e capitalista na base de toda ditadura.
Ou
seja, a mentira é uma necessidade técnica do autoritarismo para a garantia de
qualquer golpe. Assim, o golpe de 2016 também não teria acontecido sem a
mentira.
O
golpe de 64 foi no dia primeiro de Abril, mas pegaria mal dar golpe no dia da
mentira, então os militares criaram a lenda da revolução do 31 de março.
Nada
combina mais com um golpe do que a mentira.
A
história é sempre atacada pela mentira. A mentira odeia a memória. A mentira
odeia a reflexão.
Tudo
o que a extrema-direita e as personalidades autoritárias têm na vida é a
mentira que organiza todas as suas tecnologias políticas contra a democracia.
Não
há nada mais triste do que uma vida sustentada sobre a mentira.
Os
produtores de mentiras, os mesmos que promoveram e produziram o avanço do
fascismo, e que levaram o mentiroso mor do Brasil ao poder em 2018 através das
Fake News e da produção de um sistema inteiro de desinformação, odeiam tudo e
todos que colocam em questão a urgência da verdade.
Se trata sempre da verdade a ser restabelecida, apesar de tudo.
Ao contrário da mentira, a verdade dá trabalho. Mas vale a vida. E traz muito prazer. Um prazer desconhecido dos cínicos e dos canalhas.
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*Professora de Filosofia, escritora, artista visual