sábado, 26 de outubro de 2024

Direito à cidade ou barbárie neoliberal: o que está em jogo nas eleições de Porto Alegre

Sem políticas que garantam efetivamente o direito à cidade, não há futuro nem cidadania possível em Porto Alegre.


A cidade de Porto Alegre, atingida de uma maneira devastadora pela enchente do presente ano, já foi referência em Política urbano-ambiental e em participação popular e poderia ter prevenido a inundação de seu território, mas hoje clama por uma administração pública eficiente em relação às mais diversas áreas: educação, assistência social, tutela do meio ambiente ecologicamente equilibrado, segurança, saúde, moradia adequada e mobilidade, por exemplo. Essas politicas públicas são indispensáveis para a garantia do direito à cidade sustentável, que nada mais é do que o direito de quem vive na cidade poder desfrutar desse bem comum de maneira equitativa. (...)

*CLIQUE AQUI para continuar lendo a postagem de Betânia Alfonsin e César Rolim (via Sul21)

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

*Coluna C&A - nº 234

 

Por Júlio Garcia**

*DO EX-PRESIDENTE URUGUAIO PEPE MUJICA PARA A COMPANHEIRA MARIA DO ROSÁRIO (SOBRE AS ELEIÇÕES DESTE PRÓXIMO DOMINGO EM PORTO ALEGRE): "Meus queridos compatriotas brasileiros, principalmente os de Porto Alegre. Sei que vocês têm um evento eleitoral chegando. Desejo o maior apoio possível a Maria do Rosário [PT], uma candidata popular que luta para representar o povo trabalhador de Porto Alegre. Quero lhe dar um abraço à distância. Um abraço de um compatriota oriental do Sul, que não pode se esquecer jamais do que significa o Brasil e do que significa, com certeza, Porto Alegre. Até sempre!"

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*LANÇADO O LIVRO ‘CARA & CORAGEM II – POEMAS REUNIDOS’ -  (...) “O Poeta não pode apenas/ cantar a primavera/ quando o inverno social/ castiga seu povo” (...) 

Prezados/as leitores/as e amigos/as: Quero aproveitar este espaço para agradecer a todos/as (em especial ao meu pai, minha mãe, minha esposa, filha, genro, demais familiares, companheiros/as, amigos/as, escritores/as, poetas, colegas...) que nos incentivaram sempre e que nos  honraram com suas presenças no lançamento do nosso segundo livro de Poemas (na noite de sábado, 12/10, durante a  26a. Feira do Livro de Santiago/RS). Valeu!

*Aproveito, ainda, para informar que o 'CARA & CORAGEM II - Poemas Reunidos’ já está disponível para venda (além de em algumas livrarias e sebos, também por via postal). O custo promocional é R$ 45,00 (já incluído o valor da despesa de envio), é só digitar o endereço completo de quem deseja adquirir, encaminhar para o meu watts 55-98459.5009 e fazer o PIX  28152433004 (CPF) que imediatamente despacharei o livro (devidamente autografado) pelo Correio.

*Meu agradecimento especial vai também para a ‘Casa do Poeta de Santiago’ (que editou o livro), na pessoa do seu Presidente Ronaldo Prestes Gomes (e demais integrantes) que foi incansável para que tudo ocorresse certo e em tempo hábil, bem como à todos(as) que já adquiriram e/ou,  de alguma forma, contribuíram para a confecção, divulgação e lançamento desse meu segundo livro de Poemas.

*Registro ainda a importância da ‘Feira do Livro de Santiago’ ter retornado (espero que definitivamente!) à Praça Moisés Viana (centro de Santiago) - que é o seu devido lugar e de onde jamais deveria ter saído! -, pois, como escreveu o nosso grande poeta Castro Alves  “... A praça! A praça é do povo/ Como o céu é do condor/ É o antro onde a liberdade/ Cria águias em seu calor....” (Extratos do seu Poema ‘O Povo ao Poder’). –Pois que assim continue!

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**Júlio César Schmitt Garcia é Advogado, Pós-Graduado em Direito do Estado, Consultor, ecologista, dirigente político (um dos fundadores do PT e da CUT, ex-Presidente do PT de Santiago/RS), 'poeta bissexto', articulista e midioativista. - Coluna originalmente publicada no Jornal A Folha (do qual é Colunista, que circula em Santiago/RS e Região) em 25/10/2024.

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Extrema-direita está levando goleada

"O bolsonarismo está com os dias contados. Bolsonaro está a um passo de ver o sol de Brasília nascer quadrado", avalia Eduardo Guimarães

 


Por Eduardo Guimarães*

Se a disputa política no Brasil fosse um jogo de futebol, poder-se-ia dizer que a extrema-direita está perdendo pelo doloroso placar de 7 a 1. E em alguns meses será rebaixada para a segunda divisão -- ou menos. 

Por quê? Como? Quando? Onde? Ora, quem está morrendo é o PT, que teve um desempenho pífio na eleição municipal, diriam os "bolsonaristas moderados" midiáticos, que acham que os termos selvageria e moderação cabem na mesma frase. 

Dizem os analistas voluntaristas que o PT -- e quando falamos em PT, falamos indiretamente de toda esquerda -- elegeu apenas 251 prefeitos e nenhum prefeito de capital. E que o bolsonarismo está tendo um grande desempenho. 

De fato, o PL, partido de Jair Bolsonaro, aumentou em 179 o número de prefeituras — 523 no primeiro turno de 2024 contra 344 no total de 2020. Mas isso significa o quê? 

Analistas da imprensa corporativa garantem que a "derrota" da esquerda em 2024 ameaça a reeleição de Lula em 2026... Uau! 

Será mesmo? Uma ova! Em 2020 a derrota da esquerda foi muito pior; o PT tampouco elegeu prefeito de capital -- e ainda pode eleger um ou mais neste ano -- e o total de prefeitos eleitos foi ainda menor que neste ano: 182 prefeituras naquele ano contra 251 neste. 

A previsão dos tais "analistas" cheios de doutorados e outros bichos foi a de que a derrota da esquerda naquele ano pavimentava sua derrota em 2022... 

Precisa dizer mais? "Ah, Eduardo, mas Lula venceu com uma frente ampla". Sim, verdade, mas que outro candidato teria vencido com frente ampla? A mídia até ensaiou com Moro e outros balões de ensaio e nenhum decolou. Sim, a frente ampla ajudou, mas quem venceu foi Lula. 

E a vitória da frente ampla de Lula só não foi mais ampla, por assim dizer, porque Bolsonaro gastou 2% do PIB em compra de votos de todos os tipos, cores e formatos, dando dinheiro até para taxista -- e nem tramita alguma ação penal contra ele por isso. 

Em 2026, a máquina estará na mão de um certo pernambucano de Garanhuns que já avisou que presidente que não se reelege mesmo tendo a máquina na mão é "incompetente". 

Como se não bastasse, o bolsonarismo está com os dias contados. Por quê? Ora, porque Bolsonaro está a um passo de ir ver o sol de Brasília nascer quadrado pela janela de uma cela do mesmo QG do Exército que serviu de palco para sua tentativa de golpe. 

Senão, vejamos: a Primeira Turma do Supremo acaba de desferir três diretos no queixo de Bolsonaro numa única sessão: negou pedido para se comunicar com outros investigados no inquérito do golpe, indeferiu devolução do passaporte dele e negou acesso de sua defesa ao conteúdo da delação de Mauro Cid. 

Outra: a menos de uma semana da votação decisiva para o segundo turno, diversos candidatos bolsonaristas viram o sinal de alerta acender nesta semana. Em nove capitais, aliados de Bolsonaro estão em desvantagem. 

Mais uma: Evangélicos começam a ceder aos encantos de Lula. Os donos de igrejas evangélicas não aguentam mais permanecer tanto tempo distantes do governo federal e não veem razão para isso enquanto o ex-Bolsonaro caminha em marcha batida rumo ao cárcere. 

Mais outra: pela primeira vez, o PGR diz claramente que a batata de Bolsonaro está mais do que assada. Disse na resposta a enésimo pedido de revogação de restrições do ex-presidente que tem provas de que ele está envolvido no 8 de janeiro. Enquanto isso, Moraes já marcou o fim da linha para ele: 27 de novembro. 

Bolsonaro e o bolsonarismo estão morrendo porque esse estilo de fazer política está levando seu autor ao cárcere. Só falta, agora, escolherem as palavras a ser inscritas em suas lápides políticas. Alguma sugestão?

*Editor do Blog da Cidadania (fonte desta postagem)

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Nardes, ex-ARENA, usa TCU para blindar Bolsonaro e atacar Lula e o PT

"Ele é um agente orgânico da extrema-direita, vem do porão da ditadura; conserva vínculos históricos com a repressão, o militarismo e o extremismo", diz Miola

 

                                            Augusto Nardes (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Por Jeferson Miola*

João Augusto Nardes usa o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União/TCU para blindar e proteger Bolsonaro e, ao mesmo tempo, para atacar Lula e o PT. 

Ele não desperdiçou a oportunidade surgida agora como ministro-relator do processo sobre a empresa Enel Brasil, e mais uma vez agiu de modo faccional para atingir o governo Lula. 

Nardes pretendia aprovar resolução do Tribunal culpando o governo federal pelo apagão em São Paulo, mas “o plenário da Corte de Contas refutou sua proposta por falta de evidências”, noticiou a coluna Painel S.A. do jornal Folha de São Paulo. 

O Painel diz que o “relatório de inspeção da Enel da área técnica do TCU enviado a ele [Nardes] já mostrava que o governo não teve culpa, nem prevaricou na fiscalização”. 

Apesar, contudo, de saber previamente da absoluta inconsistência da tentativa de responsabilizar o governo pelo caos, Nardes assim mesmo forçou a barra, mas foi contido pelo plenário do Tribunal, que abortou a manobra dele.

A trajetória do Nardes no TCU é coerente com esta lógica de combate permanente a Lula e ao PT. É dele, por exemplo, a concepção intelectual das “pedaladas fiscais”. 

Com a tese das pedaladas fabricada sob medida para o golpe, Eduardo Cunha e Aécio Neves contrataram Janaína Pascoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior por 45 mil reais [valores da época] para escreverem o impeachment farsesco da presidente Dilma. 

Em 20 de novembro de 2022, com a democracia ameaçada pelas cúpulas partidarizadas das Forças Armadas e o país na expectativa dos desdobramentos dos quartéis, Nardes transmitiu um áudio à militância fascista relatando que estava “acontecendo um movimento muito forte nas casernas”. 

Antecipando o terror que finalmente viria a acontecer em 8 de janeiro de 2023, Nardes afirmou que seria “questão de horas, dias, no máximo semana ou duas, ou talvez menos que isso, que vai acontecer um desenlace forte na nação”. 

“Agora é um confronto decisivo […] Se sente que vai pra um conflito social na nação brasileira”, proclamou aos extremistas. 

Nardes conhecia detalhes da conspiração, pois mantinha encontros regulares com os comandos militares golpistas, com os quais nutre uma relação de vida inteira. 

Ele é um agente orgânico da extrema-direita, vem do porão da ditadura; conserva vínculos históricos com a repressão, o militarismo e o extremismo. Iniciou e seguiu toda trajetória política na ARENA, partido da ditadura militar, e nas siglas que o sucederam. 

Em março de 2023 Nardes foi designado relator do TCU no caso das jóias e diamantes roubados por Bolsonaro e vendidos nos EUA com auxílio de delinquentes civis e fardados. 

E outra vez agiu a favor dos interesses do Bolsonaro e seus comparsas. O ministro então procrastinou o processo, transformou o ladrão Bolsonaro em depositário fiel dos objetos roubados e concedeu prazo elástico para a devolução das peças. 

Essas providências foram fundamentais para permitir a “operação resgate” de recompra das jóias em Miami para reincorporação ao patrimônio da União. 

Apesar do notório envolvimento de Nardes na articulação golpista, ele não foi alvo das operações da Polícia Federal no inquérito que investiga os atentados contra a democracia. E tampouco foi submetido a procedimento administrativo no TCU, que fatalmente levaria à sua demissão do cargo. 

Em março de 2023 a deputada Reginete Bispo e o deputado Zeca Dirceu, do PT, protocolaram no STF uma notícia-crime contra Nardes pedindo que ele fosse investigado no Inquérito 4.874, dos atentados antidemocráticos. Até o presente, no entanto, ele continua impune e livre para continuar ocupando relevante cargo na institucionalidade que tentou destruir. 

Não é aceitável que funcionários públicos implicados em crimes graves, como o ministro Nardes, não sejam processados e, se culpados, presos e demitidos do serviço público. Pesam ainda contra este ministro do TCU várias denúncias de corrupção, como é corriqueiro com bolsonaristas. Mas este é um capítulo à parte. 

É também inaceitável que no desfrute da impunidade, Nardes continue usando o cargo de ministro do TCU como biombo para a militância política contra o governo Lula, como faz agora no apagão causado pela Enel em São Paulo.

*Articulista - via Brasil247

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Apagão em São Paulo e corrupção em Porto Alegre podem abalar reeleição de Nunes e Melo

 


"A culpa pela incompetência gerencial deles mesmos nunca é deles, porque o culpado sempre é o Lula, o PT, a natureza...", ironiza Jeferson Miola.

*CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Blog do Júlio Garcia)

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Paris, de novo: PDT de Ciro não apoia candidato do PT em Fortaleza contra bolsonarista

 


O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT, foto), optou por não apoiar nenhum candidato no segundo turno das eleições, no qual André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) disputam a Prefeitura de Fortaleza para o mandato de 2025 a 2028. Essa decisão ocorre após o pedetista ter ficado em terceiro lugar nas eleições, recebendo apenas 11,75% dos votos válidos. Com informações do g1.

Ele é o primeiro prefeito da capital a tentar a reeleição e não conquistar um segundo mandato, encerrando um ciclo de 12 anos de gestão de sua sigla, que abrangeu dois mandatos de Roberto Cláudio (2013-2020) e um de Sarto. (...)

O comportamento de José Sarto lembra a decisão que Ciro Gomes (PDT) tomou no fim de 2018, quando o veterano viajou para Paris, na França, sem declarar apoio ao candidato do PT, Fernando Haddad, que disputava o segundo turno das eleições presidenciais com Jair Bolsonaro (PL).

*CLIQUE AQUI para ler, na íntegra, a postagem de Jessica  Alexandrino no DCM.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Cultura - Feira do Livro de Santiago/RS será aberta nesta quarta-feira

 

Marines Siqueira fará show de abertura da Feira do Livro de Santiago. Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira (9) será aberta a 26ª edição da Feira do Livro de Santiago, tendo como patrono o artista plástico e escritor Tadeu Martins. 

“Palavras que contam, imagens que inspiram”, é o slogan desta edição, criado pela estudante Giovana Silveira Dalenogare, 11 anos, do 6º ano da Escola Silvio Aquino, sob orientação da professora Eliane Dicheti. 

O evento literário será mais uma vez na Praça Moisés Viana (quadra em frente ao Banrisul, contará com 11 livreiros e diversas atrações artísticas e culturais. A cerimônia de abertura está marcada para as 19h. Após, haverá show com a acordeonista e cantora Marinês Siqueira e lançamento da obra “Ermo de Tal”, do patrono Tadeu Martins.

*Via site da Rádio Santiago FM

terça-feira, 8 de outubro de 2024

SANTIAGO/RS - Eleições 2024 - (Vereadores eleitos)

 


No pleito eleitoral do último domingo (06/10), em Santiago/RS, Marcelo Gorski de Matos (o Pirú) e Mara Rebelo foram eleitos prefeito e vice respectivamente [pelo PP, obtendo 15.729 votos. Vulmar Silveira Leite (MDB), ficou em segundo lugar, com 5.041 votos, seguido por Miguel Constantino Rosso Bianchini (PL), que ficou em terceiro lugar, com 4.334 votos  e Josieli Miorin (PT), que obteve 1.958 votos.] 

Ao todo, 13 parlamentares foram eleitos, representando diferentes partidos e alinhamentos políticos, sendo 6 reeleições e 7 novidades. Os partidos que mais elegeram candidatos foram o PP, com 6 vereadores, e o PL, com 3 representantes. 

Pelo PP (Partido Progressistas), foram eleitos Éldrio Machado, com 1.703 votos, Fernando Oliveira, com 1.481 votos, Mauricius Zanga, com 1.115 votos, Dionathan Farias, 1.030 votos, Haroldo Pouey, com 833 votos e Alexssandra Terra, 771 votos. Desses, Éldrio e Zanga são as novidades e os demais foram reeleitos. 

No PL (Partido Liberal), os eleitos foram Magdiel Bissaco, com 3.836 votos, Eneo Rebelo, 1.069 votos e Oziel Soares, com 592 votos. Eneo foi a novidade da sigla. Magdiel inclusive, entrou para a história do município como o vereador mais votado de todos os pleitos. O recorde anterior era do atual vice-prefeito e eleito como prefeito a partir de 2025, Marcelo Pirú, que nas eleições de 2016 havia feito 2.678 votos. 

O PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), obteve uma vaga, sendo eleito Dr Ourique, com 832 votos. Também garantiu uma cadeira o União Brasil, sendo eleito o jovem Natan Cardoso, 566 votos. Ambos serão as "novas caras" no legislativo. 

O PT (Partido dos Trabalhadores), teve como eleito e também sendo novidade na câmara, Déio Crestani, com 486 votos. Já o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), também garantiu uma cadeira no legislativo santiaguense com o retorno de Diniz Cogo, 449 votos. 

*Com o Grupo de Notícias Integradas -  GNI

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

ELEIÇÕES 2024: DEMOCRACIA EM DISPUTA

 


“Dos 10 dirigentes ouvidos (sobre a hipótese de adiamento das eleições no RS) cinco manifestaram apoio à ideia e quatro disseram não ter posição firmada até o momento. Apenas a presidente do PT, Juçara Dutra, rejeita a medida” (ZH, 16/05/24, p. 9). 

Tínhamos razão: as eleições municipais de 2024 deveriam acontecer. E aconteceram! Para o PT, o saldo foi muito positivo. Elegemos prefeitos e vereadores/as para cuidar das cidades e de suas comunidades. 

Destacamos o papel das mulheres, de que são exemplo a passagem para o segundo turno da candidata a prefeita de Porto Alegre, Maria do Rosário, e a eleição de Darlene, prefeita do Rio Grande, além de muitas vereadoras. 

Fomos às urnas com nossa pluralidade e diversidade: negros/as, brancos/as, indígenas, Pessoas com Deficiência, LGBTs, juventudes, militantes de movimentos e lutas sociais.  Compreendemos a eleição como uma escolha fundamental para incidir sobre a realidade imediata da população. 

Ao mesmo tempo, sabemos da importância de relacionarmos estas eleições com o projeto nacional, representado pelo governo Lula. É uma oportunidade de combatermos as fakes news, as manifestações fascistas, o abuso do poder econômico, a criminalização da política.  Sobretudo, uma oportunidade de fortalecer a democracia e a soberania do povo brasileiro. 

Juçara Dutra Vieira

Presidenta PT-RS

*Via https://ptrs.org.br/


Não é hora para auto-engano, mas não é caso para desespero...

Ou a população está descontente com os resultados do governo ou o governo está se comunicando muito mal com a população

Presidente Lula em ato de campanha com o candidato a prefeito Guilherme Boulos e sua candidata a vice, Marta Suplicy, em São Paulo, SP, 05/10/2024 (Foto: REUTERS/Felipe Iruata)

Por Tereza Cruvinel*

As urnas falaram ontem mas não proclamaram vitoriosos absolutos ou derrotados sem salvação. Nosso próprio sistema partidário não permite tanto. Mas, para a esquerda e as forças aglutinadas pelo governo Lula, não vale tapar o sol com a peneira e ignorar as vitorias colhidas pela direita e a extrema-direita. 

E muito menos ignorar o alerta contido na grande votação dada pelos paulistanos a Pablo Marçal, ainda que seu último crime liquide com sua carreira. 

Os partidos conservadores, só com o resultado do primeiro turno, já comandarão a maioria absoluta das prefeituras do país. Até agora,  o maior vitorioso neste quesito foi o PSD, com 888 prefeituras, seguido do MDB (863), do PP (752), do União Brasil (590) e do PL (523). 

Mas também não é caso para desespero ou derrotismo no campo progressista: Boulos chegou ao segundo turno em São Paulo, mesmo em desvantagem; o PT concorrerá em outras quatro capitais no segundo turno e já garantiu 252, numa leve recuperação das perdas acumuladas, que o fizeram cair de 638 em 2012 para 182 em 2020. 

E, mais importante, são aliados do presidente Lula os dois maiores vitoriosos desta eleição: o prefeito reeleito de Recife, João Campos, do PSB, e o do Rio, Eduardo Paes, do PSD, mas apoiado por PT, PC do B, PSB e PDT. 

Por ter derrotado o bolsonarismo em seu principal território, vencendo o candidato por quem Bolsonaro mais se empenhou, a vitória de Paes ainda é mais expressiva. Embora ele não seja de esquerda e tenha sido apoiado por grupos conservadores, ele soube construir o que a conjuntura exige, a frente ampla antifascista. A frente para derrotar o bolsonarismo em sua toca, onde tem as mais espúrias alianças. 

Voltando aos números e ao que eles disseram, não pode a esquerda subestimar o fato de que, nas 15 capitais onde haverá segundo turno, o PT só concorrerá em quatro, o PSB em uma e o PDT em uma. Já o PL de Bolsonaro levou 9 candidatos ao segundo turno, o União Brasil e o MDB, quatro cada um.

Aparentemente este é um resultado catastrófico para o presidente da República e os partidos que lhe dão sustentação. Mas, tirando-se o PL de Bolsonaro, os outros vitoriosos são também apoiadores pragmáticos do governo Lula. E, nessa condição, mais uma vez suas bancadas valeram-se dos recursos públicos, através de emendas orçamentárias, par irrigar as bases eleitorais e reproduzir o mando local, elegendo prefeitos de seus partidos, que os ajudarão a se reeleger em 2026. Esta é a engrenagem que está por detrás dos resultados de ontem. 

A rigor, as urnas falaram sobre mais do mesmo, sobre o que temos sido e continuaremos sendo: um país estilhaçado, que segue dividido sem que um dos lados tenha a hegemonia ou esteja subjugado. Em que o governo federal, com toda a força que devia ter,  não é associado a um partido ou coalizão,  mas a um cozido de siglas pautadas por interesses e não por qualquer programa. 

Eleição municipal é uma coisa, presidencial é outra, dizem os políticos. Isso verdade até certo ponto. Quando os partidos que sustentam o governo federal levam a pior numa eleição municipal, alguma coisa está fora do lugar. Ou a população está descontente com os resultados do governo ou o governo está se comunicando muito mal com a população. Não estou falando de campanhas ou de marketing, mas de se fazer entender mesmo. 

Esta é uma reflexão que Lula e seus aliados terão que fazer depois do segundo turno.

*Jornalista - via Brasil247


sábado, 5 de outubro de 2024

Sobre as Eleições deste Domingo - (Coluna Crítica & Autocrítica - nº 233)*

 


Por Júlio Garcia** 

*REFLEXÃO SOBRE AS NOSSAS ESCOLHAS NAS ELEIÇÕES DESTE DOMINGO - À véspera de mais uma importante eleição municipal, é necessário que façamos as devidas reflexões (e escolhas corretas) sobre o perfil político/ideológico de quem queremos para governar (e legislar) em nossos municípios a partir do ano vindouro. Nesse sentido, entendo que, antes de definirmos nossas escolhas pessoais, o mais correto é analisarmos previamente o perfil, a história, a linha político/ideológica e o programa de governo do partido (e dos/as candidatos/as) em quem pretendemos votar. 

Precisamos analisar detalhadamente antes da decisão se o partido e o(a) candidato(a) que temos maior ‘simpatia’ tem compromisso real com os setores populares (ou com os ‘endinheirados’ das ditas ‘classes dominantes’); se tem compromisso com a democracia, com a geração de emprego e renda – ou se pensa somente em seus interesse particulares e imediatos. Também é importante fazermos a crucial pergunta: “com quem andas, com quem te identificas politicamente?”. Isso é fundamental para que não sejamos induzidos ao erro de votar ‘por impulso’, por falta de informação em relação aos pontos acima elencados – ou até mesmo influenciados/as pelas famigeradas ‘fake news’ (mentiras). 

A política é ‘coisa séria’ – e assim deve ser tratada! - pois é através dela que as coisas acontecem (ou não) no mundo real, no país, no estado, no município, nosso grupo social, nas nossas famílias ... enfim, é ela que tece nossos destinos também enquanto cidadãos. Pense nisso! 

A propósito, é bom recordar (ainda mais neste momento) o conteúdo (e os ensinamentos) contidos no poema ‘O Analfabeto Político’, do grande poeta alemão Bertold Brecht (que continua atualíssimo): 

“O pior analfabeto É o analfabeto político, Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. 

Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. 

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. 

Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e o lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

... 

**Júlio César Schmitt Garcia é Advogado, Pós-Graduado em Direito do Estado, Consultor, ecologista, dirigente político (um dos fundadores do PT e da CUT, ex-Presidente do PT de Santiago/RS), 'poeta bissexto', articulista e midioativista. - Coluna originalmente publicada no Jornal A Folha (do qual é Colunista, que circula em Santiago/RS e Região) em 04/10/2024.

*Via Blog do Júlio Garcia

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Onde há fumaça, há boi: estados líderes na pecuária concentram maior número de incêndios, mostra estudo

 

Registro de fazenda na Amazônia durante invenstigação para elaboração de estudo - Foto: Mercy For Animals

Dados levantados pela ONG Mercy For Animals mostra relação entre expansão da fronteira agrícola com avanço do fogo. (...) 

*CLIQUE AQUI para ler a íntegra da postagem do jornalista Lucas Weber no BrasildeFato.