De repente, não mais que de
repente, tudo começou a virar no quadro eleitoral.
Pela última pesquisa Datafolha,
Dilma tem 13 pontos na frente de Marina no primeiro turno e ganha no segundo.
Não me surpreenderei se Dilma
vencer no primeiro turno.
Marina vem dissolvendo-se na
natureza. Aécio não se ajuda, mas ajuda Dilma.
No Rio Grande do Sul, surpresa
total: Tarso aparece empatado com Ana Amélia Lemos.
José Ivo Sartori segue crescendo.
Vai tirar Ana Amélia do segundo turno?
Depois que o PT foi para o
ataque, Ana Amélia começou a patinar. Coisas pequenas podem fazer muita diferença.
O fato de Ana Amélia, que faz cavalo de batalha da crítica ao excesso de CCs,
ter sido CC do marido senador, em Brasília, ao mesmo tempo que trabalhava para
a RBS, está fazendo estrago, calando no imaginário popular como mais uma coisa
de político que diz uma coisa e faz outra. Esse tipo de revelação marca mesmo
que possa ser encarado como um “erro de juventude” ou de meia-idade.
Tarso Genro tem adotado uma
estratégia certeira: pressionar Ana Amélia para que ela diga onde vai cortar
gastos.
Ela não diz. Um Estado não é uma
casa de família. Todo Estado funciona com endividamento. A questão é o tamanho
do endividamento. Tarso diz que vai aumentar os investimentos em saúde,
educação e segurança com mais endividamento.
A jogada de Tarso é renegociar a dívida
do Estado com a União para ganhar poder de tomar novos empréstimos.
Ana Amélia sugere que vai enxugar
a máquina. Tarso questiona: onde? Como?
Foi assim no debate de ontem,
sexta-feira, na Record-RS.
Um Estado não é uma empresa nem
uma casa de família.
Ninguém resolve o problema sempre
imenso das finanças públicas cortando CCs (0,4% dos gastos) ou cortando
diárias, ainda que isso possa ser uma boa política de moralização e de
sinalização de austeridade em tempos de vacas magras.
Em relação ao senado, Olívio
aparece na frente de Lasier Martins.
Será que o poder dado pela
visibilidade da RBS começa a atingir o seu limite?
O jogo está aberto,
Tem gente soltando rojão. Tem
gente batendo queixo.
Melhor não se precipitar.
(Por Juremir Machado da Silva, no
Correio do Povo - blogs)
http://www2.correiodopovo.com.br/
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