Performance "Os famélicos" representou os milhões de brasileiros que voltaram a passar fome. Foto: Reprodução/PTSul
Atos contra Bolsonaro também ocorreram em Bagé, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Pelotas, Rio Grande e Santana do Livramento
“Tá caro viver com o Bolsonaro.” O resumo da difícil situação dos brasileiros deu o tom da manifestação realizada nesta sábado (9) em Porto Alegre e outras dezenas de cidades do País, naquele que foi planejado como o “Dia Nacional de Mobilização – Bolsonaro nunca mais”.
O “Bolsocaro” tem sido cada vez mais sentido pela população. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março teve alta de 1,62%, 0,61 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 1,01% de fevereiro. É a maior variação da inflação para um mês de março desde 1994.
Reunindo movimentos sociais, sindicais e partidos políticos, o ato se concentrou no Largo Glênio Peres, no Centro da cidade, e de lá saiu em passeata até o Largo Zumbi dos Palmares, na Cidade Baixa. Os gritos de “Bolsonaro nunca mais!” e “Fora Bolsonaro” foram entoados durante todo o trajeto. A volta da fome, a inflação em alta, o desemprego e o desmonte de políticas públicas em diversas áreas do governo federal concentraram as principais críticas dos manifestantes.
A atriz Tânia Farias, coordenadora do coletivo Artistas na Rua, avaliou como positiva a união de diversos partidos e movimentos no ato. O coletivo fez uma performance representando os “famélicos”, todos os brasileiros que atualmente não têm condições de se alimentar com dignidade e fazer três refeições por dia. Uma apresentação definida pela atriz como “forte”.
Tânia classificou Bolsonaro como o “inimigo nº 1” da cultura brasileira e destacou os constantes ataques feitos pelo presidente contra a classe artística. “Ele tenta nos calar, mas não vai. Jamais nos calaremos”, afirmou, citando a recente tentativa de censura no festival Lollapalooza.
A atriz criticou o veto do presidente da Lei Paulo Gustavo, e disse ter confiança de que o veto será derrubado no Congresso Nacional, considerando o apoio e a quantidade de votos favoráveis durante a aprovação da lei. O Projeto de Lei Complementar (PLP) 73/2021, que repassaria R$ 3,86 bilhões do Fundo Nacional de Cultura (FNC) para fomento de atividades e produtos culturais em razão dos efeitos econômicos e sociais da pandemia de covid-19, foi batizado de Lei Paulo Gustavo, em homenagem ao ator e comediante que morreu em maio do ano passado, vítima da covid-19.
Atos
contra o governo Bolsonaro também ocorreram em outras cidades do Rio Grande do
Sul, como Bagé, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Pelotas, Rio Grande e Santana do
Livramento.
*Edição final deste Blog. -Fonte: Sul21
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