Blog de notícias, política, artigos, cultura, entrevistas, variedades, opiniões... y otras cositas más! (Santiago/RS e Região) - Editor: Júlio Garcia
terça-feira, 31 de maio de 2016
domingo, 29 de maio de 2016
Eleições Municipais: enquanto a 'zelite' santiaguense 'bate cabeça', o PT já está definido
Antônio Bueno e a professora Liamara |
Santiago/RS - Enquanto as ditas 'elites'
da esfera política santiaguense (PP, PMDB, PSDB, PSD...) 'batem cabeça' na (in)definição de como
compor com seus diversos segmentos/interesses para tentar manterem-se à frente
do Executivo Municipal (sendo que um 'racha' entre esses setores já mostra-se praticamente inevitável), o Partido dos Trabalhadores já definiu que concorrerá com o bancário (Banco do Brasil), sindicalista e ex-vereador Antônio Bueno como
candidato a prefeito nas eleições deste ano, tendo a professora Liamara Guarda
Finamor como candidata a vice-prefeita, buscando consolidar uma alternativa
verdadeiramente oposicionista e de esquerda para o Executivo Municipal.
Alianças
Por ocasião da última
reunião do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores ficou decidido que
as alianças eleitorais só poderão se dar com partidos e/ou personalidades que
tenham se colocado em oposição ao golpe articulado por Temer/Cunha/Aécio/Globo
e cia, golpe esse cada vez mais desmascarado a nível nacional e internacional. Em Santiago, a absoluta maioria das legendas - com uma ou outra honrosa
exceção - aderiu ao golpismo.
Devido a isso, a política de alianças do PT em Santiago (salvo alguma mudança substancial na conjuntura política local) deverá se dar não com as desgastadas siglas partidárias, mas sim com
as lideranças e com a militância dos movimentos sociais, estudantis e sindicais que, principalmente
no último período, parece terem se acordado da letargia em que encontravam-se e
mostram-se dispostos - também - a ousar compor uma aliança programática e 'pela esquerda'.
Uma vez consolidada essa 'aliança supra partidária' entre o PT, o povo trabalhador e os setores oprimidos e explorados pelas elites dominantes, a mesma contribuirá sobremaneira para que Santiago também saia da mesmice conservadora que atrasa seu desenvolvimento e prejudica, principalmente, os trabalhadores e a juventude. (por Júlio Garcia, especialmente para 'O Boqueirão On Line')
*Atualizada às 22,45 h de 29/05/2016
Uma vez consolidada essa 'aliança supra partidária' entre o PT, o povo trabalhador e os setores oprimidos e explorados pelas elites dominantes, a mesma contribuirá sobremaneira para que Santiago também saia da mesmice conservadora que atrasa seu desenvolvimento e prejudica, principalmente, os trabalhadores e a juventude. (por Júlio Garcia, especialmente para 'O Boqueirão On Line')
*Atualizada às 22,45 h de 29/05/2016
Temer vai acabar com Minha Casa Minha Vida, se impeachment de Dilma for aprovado
O desmonte de Temer no governo de que foi vice-presidente até outro dia, não é apenas nas secretarias sociais. O jornal O Globo em sua edição de hoje informa que o presidente interino Michel Temer vai acabar com o programa Minha Casa Minha Vida.
Primeiro, Temer vai atacar o coração do programa, extinguindo o subsídio às pessoas mais pobres. Mais adiante, se vier a ser aprovado definitivamente o impeachment da presidenta Dilma, Temer vai mudar até o nome do programa, o que é uma forma disfarçada de dizer que vai exterminá-lo.
Alegando restrições orçamentárias, o governo do presidente interino, Michel Temer, decidiu acabar com os subsídios concedidos aos mutuários mais pobres dentro ml Minha Casa Minha Vida. O programa habitacional deixará de receber recursos do Tesouro Nacional, repassados pela União a fundo perdido, para subsidiar as famílias enquadradas na faixa 1 (renda de até R$ 1.800) — às quais as residências são praticamente doadas — e na faixa 2 (até R$ 3.600) — cujas prestações são bastante reduzidas, facilitando a quitação do financiamento. Antecipada a empresários pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na semana passada, a decisão foi confirmada ao GLOBO por fontes que trabalham no plano.[ Fonte: O Globo]
É uma política de terra arrasada para os mais pobres. Podem apostar que após o Minha Casa Minha Vida o próximo alvo será o Bolsa Família e sob os mesmos argumentos — falta de verba.
Mas o aumento do Judiciário está garantido. Aumento que Dilma não autorizou.
Agora servem sua cabeça na bandeja, entregando o país nas mãos de um bando que tomou de assalto o poder para pôr fim à Lava Jato e aos programas sociais dos governos Lula e Dilma.
*Via Blog do Mello http://blogdomello.blogspot.com.br/
sábado, 28 de maio de 2016
Máscaras golpistas caindo; coxinhas são recheados de mortadela
Por Eduardo Guimarães*
Só rindo mesmo. Se essa tsunami de gravações que, nos últimos dias, vem engolfando os golpistas tivesse chegado antes da votação na Câmara dos Deputados que autorizou o Senado a abrir o processo de impeachment contra Dilma Rousseff, o resultado daquela votação teria sido bem outro.
Felizmente, ainda dá tempo de o Senado criar juízo e não submeter o país a vexame dessa monta, já que essas gravações vêm estourando como bombas na imprensa internacional. À luz dos fatos que serão enumerados adiante, torna-se imperativo que a dita “Câmara Alta” rejeite o impeachment da presidente constitucional dos brasileiros.
A conversa grampeada entre o senador pelo PMDB de Roraima, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado virou divisor de águas. Ninguém mais tem dúvida de que deputados e senadores votaram pelo impeachment visando parar a Operação Lava Jato. Temem a investigação e acham que com Dilma ela não para.
A partir dali, as máscaras não pararam mais de cair.
Primeiro, caiu a máscara do golpe em si com a revelação da motivação dos golpistas.
Depois, caiu a máscara dos paneleiros que, quando Dilma estava na Presidência, saiam nas varandas de seus apartamentos de luxo para bater panelas em um dito “protesto contra a corrupção”. Com a saída de Dilma e o surgimento de casos de corrupção envolvendo o novo governo, as panelas se calaram, deixando ver que são contra a corrupção dos adversários políticos e a favor da corrupção dos aliados.
(...)
Agora, surge uma bomba que deve se espalhar como fogo pelo mundo. Simplesmente confirmou-se o que todos sabiam, que esses vagabundos de ultradireita que passam o dia na internet insuflando ódio político para inflar manifestações de rua são pagos pelo PSDB, pelo PMDB, pelo DEM e congêneres.
O que é mais divertido nessa história é que os fascistas desse grupo de trolls profissionais que foi flagrado em gravações confessando que é pago por partidos de direita, o tal “MBL”, vive afirmando que os manifestantes pró Dilma são pagos com “sanduíches de mortadela”.
A matéria publicada no UOL mostra que quem é pago para se manifestar e deve estar comendo muita mortadela é a direita antipetista. Quem entregou o jogo foi o “secretário de juventude” do PSDB-RJ, Ygor Oliveira, flagrado confessando que partidos pagam lanche, transporte e um troquinho aos grupos que o MBL leva para manifestações. (...)
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sexta-feira, 27 de maio de 2016
'A IMPRENSA, O EXPRESSO E A VERDADE DOS FATOS! MOSTRAM O QUE LHES CONVÉM!'
Santiago/RS - Depoimento do professor Diego Fiorenza Nunes, via face e Blog da Gabi: "Já é costume no Brasil a manipulação da informação. Os "jornais" não cobrem os fatos e depois mostram um lado do evento (que de alguma forma lhes convém). Exemplo disso foi a publicação do Expresso dessa manhã a respeito da manifestação dos alunos. Apenas a direção se manifestou nas páginas do periódico. Trazendo, portanto, uma só perspectiva dos fatos, tornando-se assim tendencioso. E como não verificam a veracidade das informações, publicam verdadeiros absurdos, como o que será percebido por você, leitor, após ler o relato a seguir, que narra os fatos na sequência com que ocorreram.
A manifestação ocorreu pela manhã no Apolinário com a presença de alunos e professores (membros do CPERS) dessa e de outras escolas, e até mesmo a diretora de outra escola estadual do município.
Os manifestantes fizeram uma caminhada pelo calçadão e tornaram a se reunir no APA, onde haveria uma almoço, acertado previamente com a direção, e piquete durante o dia, em ato de apoio à greve dos professores, isso não é um ACAMPAMENTO, aliás, o termo seria ocupação se essa fosse a intenção. Esse é o primeiro ponto. Também não havia nenhuma figura política nem assessor de deputado nenhum pela manhã. Eram alunos e professores, que foram impedidos de entrar na escola, pois a direção assim decidiu. Eu, professor do APA, liguei para a diretora no momento do retorno e ela me justificou que os manifestantes deveriam ficar lá fora (na chuva), pois não estavam em horário de aula. E informou que os portões não seriam abertos.
Dispersamos após um tempo e quando retornamos, à tarde, tínhamos os portões guardados por seguranças." (...)
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quinta-feira, 26 de maio de 2016
GALERIA DOS HIPÓCRITAS - #7 Alceu 'tico butico' Moreira: Combatente da corrupção que recebeu R$ 50 mil de Temer foi gravado pela PF dizendo “tem que chover na minha horta, neguinho”
Tico Butico com Eliseu Padilha e Temer: proximidade
Do Morrinhos lá, do Tico-Butico, é dois e meio, né? É isso que não tá incluído aqui no planejamento. Conversa entre funcionários da Mac Engenharia sobre o então presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Alceu Moreira, com referência à obra da rodovia Morrinhos do Sul-Mampituba, pleiteada pelo deputado, cujo apelido é Tico Butico
Pelo fim do populismo irresponsável e corrupto, pelo fim da vagabundização remunerada, pela valorização do trabalho, da produção, da pesquisa, tecnologia e inovação, eu voto sim. Alceu Moreira, deputado federal, ao votar pela abertura de processo de impeachment contra Dilma Rousseff
Da Redação, com Garganta Profunda*
O deputado gaúcho Alceu Moreira, do PMDB, é fã de Michel Temer. O deputado gaúcho Alceu Moreira acredita que Michel Temer é a solução.
Na véspera de Temer assumir interinamente o Planalto, ele discursou: “Amanhã, quando Michel Temer assumir a Presidência da República — assume como Vice-Presidente da República, constitucionalmente protegido e previsto –, certamente incluirá o Brasil de novo no mapa da economia mundial: voltaremos a ser uma economia de mercado, seremos competitivos, valorizaremos trabalho, produção, pesquisa, tecnologia, daremos aos brasileiros o direito de olhar para o mundo com um futuro”.
Antes, na visão dele, o Brasil estava tomado pelo bolivarianismo, o que fez o PT priorizar “Venezuela, Cuba, Bolívia e Paraguai” em detrimento de “Alemanha, Canadá e Estados Unidos”.
Como se vê, o deputado Moreira repete os mesmos argumentos do ator pornô Alexandre Frota, que pretende influir nos rumos da Educação e da Cultura.
No mesmo discurso, Alceu Moreira condenou de forma veemente a corrupção alheia:
Aqueles que querem ir para a vida pública para fazer negócio devem ficar no comércio, na indústria, na vida profissional. Transformar o mandato parlamentar em ponto comercial significa sacrificar milhares de eleitores que votaram confiantes e servir de amortecedor para interesses particulares.Que tristeza: um retirante do Nordeste chega à Presidência da República e, em vez de aproveitar para consagrar os direitos da cidadania brasileira, ele a usa como ponto comercial para fazer negócios escusos e encher os bolsos.
As frases sairam das mesmas cordas vocais que, de acordo com grampos feitos pela Polícia Federal com autorização da Justiça, emitiram uma frase significativa ao participar de esquema de corrupção: “Tem que chover na minha horta, neguinho”. (...)
CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Viomundo)
S.O.S.
Temer e Collor - tudo a ver |
'Temer faz lembrar Collor pela violência do pacote econômico'
por Janio de Freitas, na Folha de S. Paulo*
Um país com suas continhas orçamentárias bem ajustadas, dívida em extinção –e, pior do que estagnado, de volta aos níveis imorais de miséria, pobreza, desordem, ensino em retrocesso constante, saúde pública em coma terminal, indústria nacional desmantelada, desemprego e violência urbana. É o que se pode vislumbrar para os anos vindouros, se efetivadas as medidas que Henrique Meirelles e Michel Temer apresentaram –com o devido cuidado da imprensa para maquiar umas e encobrir outras– como pacote primordial da aventura que iniciam.
A medida central, que consiste em estabelecer um teto permanente para os gastos do governo, só aumentado na proporção da inflação anual anterior, traz para o país uma perspectiva fácil de se presumir.
Mesmo Dilma Rousseff reconhece, entrevistada para a revista “Carta Capital”, o desastre econômico que foi 2015. Tudo no Brasil se deteriorou com intensidade assombrosa. A desgraceira que cresce, a ponto de atingir o olimpo das empresas financeiras, é apenas a continuidade de 2015 (por favor, nada de dizer “o ano que não acabou”). Os serviços públicos estão em pandarecos, os investimentos desabaram, as universidades desmilinguem, tudo é assim. Apesar disso, o gasto contabilizado do governo no ano passado foi de R$ 1,16 trilhão.
A esse montante, um exercício de Gustavo Patu, na Folha desta quarta-feira (25), aplicou as medidas propostas por Meirelles sob o olhar um tanto vago de Temer. Constatação: o 2015 de Meirelles teria os seus gastos limitados a R$ 600,7 bilhões. Metade, pode-se dizer, do gasto realizado. Por mais que tenha havido desperdício de dinheiro público naquele trilhão, não há como evitar a conclusão de que a brutalidade do corte proposto para a nova política econômica só pode trazer ao país a degradação da degradação. Se com um trilhão o país está em estado deplorável, com gastos pela metade pode-se imaginar como estará.
Ou melhor, nem estará. O crescimento econômico depende do investimento estatal que o inicie e o estimule. A iniciativa privada no Brasil (e não somente no Brasil) é privada mas não iniciativa. Meirelles não se ocupou dos investimentos, na apresentação inicial do plano, porque nem era necessário: o teto do Orçamento, corrigido só pela inflação, já indica a exiguidade de investimento em proporções mobilizadoras e de interesse por tê-lo.
Por falar em nisso, Michel Temer comparou-se de raspão a Juscelino. Mas quem Temer faz lembrar é Collor com a combinação de loucuras e violência que aplicou como plano econômico. Não é inovadora, portanto, a complacência quase envergonhada com que a imprensa se faz colaboradora de Temer, como preço –autêntica liquidação de outono –de não ter o PT no governo nem o risco de Lula em 2018. Depois, lava-se a história, com ou sem jato. Mas o malabarismo praticado por muitos comentaristas oferece um lado cômico nessa história de salvar o salvador perdido.
Do cômico ao trágico: o corte proposto contra a educação é também contra os jovens de hoje e as próximas gerações de estudantes; o corte proposto contra a saúde é também contra as gestantes, as crianças e todos os carentes. Ambos são agressões ao espírito da Constituição e suas intenções de reparação social da nossa história de injustiças e perversidades.
A educação tem hoje, por garantia constitucional, ao menos 18% do arrecadado com impostos. A saúde tem garantia semelhante, em menor percentual. O plano Meirelles retira da educação e da saúde essa garantia de um mínimo que leve a ampliar e estender a educação, como se deu nas últimas décadas, e atenuar os problemas persistentes na saúde pública. Os valores ficarão congelados, com futuros acréscimos correspondentes apenas à fictícia correção pela inflação. Note-se que o ponto de partida, nesse congelamento, é o percentual deste ano de baixa arrecadação. Logo, educação e saúde já começam com perda substanciosa.
Contas certinhas (no diminutivo, sim, porque serão cada vez menores), que beleza. Para um futuro condenado sobre um presente caótico.
*Via http://www.viomundo.com.br/
A Minha Liberdade Custou Sangue
*A Minha Liberdade Custou Sangue
RBA- O processo de impeachment aberto contra a presidenta Dilma Rousseff e os sinais de retrocessos do governo interino de Michel Temer deram samba. Nomes como Nelson Sargento, Moacyr Luz, Wilson Moreira, Ney Lopes e Leci Brandão cantam A Minha Liberdade Custou Sangue. A composição de Douglas Germano, Bruno Ribeiro, Fernando Szegeri e Arthur Tirone foi divulgada em um vídeo (veja acima) na última sexta-feira (20), pela página Roda Mundo, do Facebook.
CLIQUE AQUI para ler na íntegra.
*Com o Blog do Júlio Garcia
terça-feira, 24 de maio de 2016
Bernardo Melo Franco e o áudio de Jucá: os fatos como são e as perguntas que não são feitas.
POR FERNANDO BRITO*
Bernardo de Melo Franco vai se tornando, a cada dia mais, leitura indispensável a quem quer entender a política do jeito que ela é praticada no Brasil. Seu artigo, hoje, na Folha, descreve crua e diretamente o episódio da gravação do diálogo entre Romero Jucá e Sérgio Machado, as razões reais do PMDB ter se passado inteiro ao golpismo.
De quebra, levanta as questões que o jornalismo deveria, agora, estar levantando todo o tempo, embora não se tenha visto ninguém ir ouvir ninguém sobre os gravíssimos fatos que Jucá descreve sobre o STF, os comandos militares e a seletividade das delações premiadas.
Bom ver que ainda tem gente que trata os fatos para além da casca.
A solução mais fácil
Bernardo de Melo Franco, na Folha
Dois políticos em fuga discutem uma saída para escapar da polícia. “Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para poder estancar essa sangria”, diz o mais afoito. “Tem que ser uma coisa política e rápida”, emenda o colega.
A conversa avança em tom de urgência. “Tem que demorar três ou quatro meses no máximo”, afirma o primeiro interlocutor. É a deixa para o outro fazer a proposta: “Rapaz, a solução mais fácil é botar o Michel”. Assim foi feito. E foi fácil mesmo.
O diálogo entre Romero Jucá e Sérgio Machado ajudará os historiadores do futuro a explicar o impeachment de 2016. O desastre na gestão da economia, as trapalhadas na articulação política e as prisões de dirigentes do PT ajudaram a empurrar Dilma para a beira do abismo.
Mas o medo do camburão, que deu o tom da conversa, foi o fator decisivo para estilhaçar a aliança parlamentar que sustentava o petismo. Esse medo alçou Michel Temer ao comando do que já se chamou, com elegância, de novo bloco de poder.
A gravação revelada pela Folha atesta como os investigados viram no impeachment a “solução mais fácil” para frear a Lava Jato, que ameaçava desmontar todo o sistema partidário.
“É um acordo. Botar o Michel num grande acordo nacional”, diz Machado. “Com o Supremo, com tudo”, responde Jucá. “Com tudo. Aí parava tudo”, continua o ex-presidente da Transpetro. “É, delimitava onde está. Pronto”, arremata o senador.
A queda de Jucá, que durou apenas 12 dias como ministro da junta de salvação nacional, é a consequência menos importante do episódio. Agora é preciso esclarecer as questões que o grampo deixou no ar.
As delações dos empreiteiros são mesmo “seletivas”, como afirma Jucá? Ministros do Supremo teriam aceitado participar de um acordão, como sugere o senador? O que os comandantes militares prometeram “garantir”? E Temer, o que pretendia fazer com a Lava Jato em nome de um “grande acordo nacional”?
*Fonte: http://www.tijolaco.com.br/
segunda-feira, 23 de maio de 2016
O golpe foi visto do espaço
Por Juremir Machado da Silva*
Eu não acreditava em disco voadores.
Passei a acreditar.
Dados de um OVNI indicam que o golpe foi visto do espaço.
Marcianos estão impressionados com a gravação desta conversa de Romero Jucá.
Nela, até ministros do Supremo Tribunal Federal são citados como jogando o jogo.
Segundo Juca, o importante é um pacto para barrar a Lava Jato.
O interlocutor de Jucá só queria escapar de Moro e permanecer no STF.
Será tudo invenção dos marcianos?
*
SÉRGIO MACHADO – Mas viu, Romero, então eu acho a situação gravíssima.
ROMERO JUCÁ – Eu ontem fui muito claro. […] Eu só acho o seguinte: com Dilma não dá, com a situação que está. Não adianta esse projeto de mandar o Lula para cá ser ministro, para tocar um gabinete, isso termina por jogar no chão a expectativa da economia. Porque se o Lula entrar, ele vai falar para a CUT, para o MST, é só quem ouve ele mais, quem dá algum crédito, o resto ninguém dá mais credito a ele para porra nenhuma. Concorda comigo? O Lula vai reunir ali com os setores empresariais?
MACHADO – Agora, ele acordou a militância do PT.
JUCÁ – Sim.
MACHADO – Aquele pessoal que resistiu acordou e vai dar merda.
JUCÁ – Eu acho que…
MACHADO – Tem que ter um impeachment.
JUCÁ – Tem que ter impeachment. Não tem saída.
MACHADO – E quem segurar, segura.
JUCÁ – Foi boa a conversa mas vamos ter outras pela frente.
MACHADO – Acontece o seguinte, objetivamente falando, com o negócio que o Supremo fez [autorizou prisões logo após decisões de segunda instância], vai todo mundo delatar.
JUCÁ – Exatamente, e vai sobrar muito. O Marcelo e a Odebrecht vão fazer.
MACHADO – Odebrecht vai fazer.
JUCÁ – Seletiva, mas vai fazer.
MACHADO – Queiroz [Galvão] não sei se vai fazer ou não. A Camargo [Corrêa] vai fazer ou não. Eu estou muito preocupado porque eu acho que… O Janot [procurador-geral da República] está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho.
[…]
JUCÁ – Você tem que ver com seu advogado como é que a gente pode ajudar. […] Tem que ser política, advogado não encontra [inaudível]. Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra… Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria.
[…]
MACHADO – Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel [Temer].
JUCÁ – Só o Renan [Calheiros] que está contra essa porra. ‘Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha’. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.
MACHADO – É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.
JUCÁ – Com o Supremo, com tudo.
MACHADO – Com tudo, aí parava tudo.
JUCÁ – É. Delimitava onde está, pronto.
[…]
MACHADO – O Renan [Calheiros] é totalmente ‘voador’. Ele ainda não compreendeu que a saída dele é o Michel e o Eduardo. Na hora que cassar o Eduardo, que ele tem ódio, o próximo alvo, principal, é ele. Então quanto mais vida, sobrevida, tiver o Eduardo, melhor pra ele. Ele não compreendeu isso não.
JUCÁ – Tem que ser um boi de piranha, pegar um cara, e a gente passar e resolver, chegar do outro lado da margem.
*
MACHADO – A situação é grave. Porque, Romero, eles querem pegar todos os políticos. É que aquele documento que foi dado…
JUCÁ – Acabar com a classe política para ressurgir, construir uma nova casta, pura, que não tem a ver com…
MACHADO – Isso, e pegar todo mundo. E o PSDB, não sei se caiu a ficha já.
JUCÁ – Caiu. Todos eles. Aloysio [Nunes, senador], [o hoje ministro José] Serra, Aécio [Neves, senador].
MACHADO – Caiu a ficha. Tasso [Jereissati] também caiu?
JUCÁ – Também. Todo mundo na bandeja para ser comido.
[…]
MACHADO – O primeiro a ser comido vai ser o Aécio.
JUCÁ – Todos, porra. E vão pegando e vão…
MACHADO – [Sussurrando] O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para eleger os deputados, para ele ser presidente da Câmara? [Mudando de assunto] Amigo, eu preciso da sua inteligência.
JUCÁ – Não, veja, eu estou a disposição, você sabe disso. Veja a hora que você quer falar.
MACHADO – Porque se a gente não tiver saída… Porque não tem muito tempo.
JUCÁ – Não, o tempo é emergencial.
MACHADO – É emergencial, então preciso ter uma conversa emergencial com vocês.
JUCÁ – Vá atrás. Eu acho que a gente não pode juntar todo mundo para conversar, viu? […] Eu acho que você deve procurar o [ex-senador do PMDB José] Sarney, deve falar com o Renan, depois que você falar com os dois, colhe as coisas todas, e aí vamos falar nós dois do que você achou e o que eles ponderaram pra gente conversar.
MACHADO – Acha que não pode ter reunião a três?
JUCÁ – Não pode. Isso de ficar juntando para combinar coisa que não tem nada a ver. Os caras já enxergam outra coisa que não é… Depois a gente conversa os três sem você.
MACHADO – Eu acho o seguinte: se não houver uma solução a curto prazo, o nosso risco é grande.
*
MACHADO – É aquilo que você diz, o Aécio não ganha porra nenhuma…
JUCÁ – Não, esquece. Nenhum político desse tradicional ganha eleição, não.
MACHADO – O Aécio, rapaz… O Aécio não tem condição, a gente sabe disso. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB…
JUCÁ – É, a gente viveu tudo.
*
JUCÁ – [Em voz baixa] Conversei ontem com alguns ministros do Supremo. Os caras dizem ‘ó, só tem condições de [inaudível] sem ela [Dilma]. Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca’. Entendeu? Então… Estou conversando com os generais, comandantes militares. Está tudo tranquilo, os caras dizem que vão garantir. Estão monitorando o MST, não sei o quê, para não perturbar.
MACHADO – Eu acho o seguinte, a saída [para Dilma] é ou licença ou renúncia. A licença é mais suave. O Michel forma um governo de união nacional, faz um grande acordo, protege o Lula, protege todo mundo. Esse país volta à calma, ninguém aguenta mais. Essa cagada desses procuradores de São Paulo ajudou muito. [referência possível ao pedido de prisão de Lula pelo Ministério Público de SP e à condução coercitiva ele para depor no caso da Lava jato]
JUCÁ – Os caras fizeram para poder inviabilizar ele de ir para um ministério. Agora vira obstrução da Justiça, não está deixando o cara, entendeu? Foi um ato violento…
MACHADO –…E burro […] Tem que ter uma paz, um…
JUCÁ – Eu acho que tem que ter um pacto.
[…]
MACHADO – Um caminho é buscar alguém que tem ligação com o Teori [Zavascki, relator da Lava Jato], mas parece que não tem ninguém.
JUCÁ – Não tem. É um cara fechado, foi ela [Dilma] que botou, um cara… Burocrata da… Ex-ministro do STJ [Superior Tribunal de Justiça].
*Fonte: Correio do Povo http://www.correiodopovo.com.br/
domingo, 22 de maio de 2016
Vendilhão Serra exposto de corpo inteiro e sem sapatos em charge de Aroeira
Primeiro tucano a correr para os braços da dupla Temer-Cunha, Serra sonhava no mínimo com o Ministério da Fazenda. Não porque visse ali uma solução para o Brasil. A solução que ele vislumbrava era para si mesmo e sua sonhada candidatura à Presidência em 2018.
Quebrou a cara e levou de consolo o Ministério das Relações Exteriores.
Como precisa de plateia para se impor aos demais tucanos que almejam a presidência, Serra partiu para o ataque, especialmente contra os pequenos Cuba, Venezuela, Bolívia, e até a África, mas acenando alegremente para os Estados Unidos.
É a volta da política dos pés descalços, humilhação imposta ao chanceler brasileiro Celso Lafer em aeroportos dos Estados Unidos, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Horas depois, em 31 de janeiro, quando embarcava para Nova York do aeroporto Ronald Reagan, em Washington, Lafer teve que tirar novamente os sapatos e entregá-los a uma agente de segurança. Ficou descalço (e muito irritado) por alguns minutos. No total, Lafer foi obrigado a tirar os sapatos três vezes. [Fonte: Folha]
A charge de Aroeira faz um retrato de corpo inteiro do vendilhão Serra, que envergonha o Brasil.
*Via Blog do Mello - http://blogdomello.blogspot.com.br/
Sartori (PMDB, PP, PTB, PSDB, PSD etc...) aproveita para pintar e bordar
Por Antônio Escosteguy Castro*
Não há dúvida de que José Ivo Sartori é um homem de sorte. Primeiro, entra numa eleição como o azarão e o PT comete o mesmo erro de 2002 de aprofundar o ataque no adversário errado e lhe entrega o Piratini de bandeja. Depois, sem saber o que fazer no governo, passa meses sem fazer nada, mas a profunda crise política e econômica pela qual atravessa o país leva a que ninguém preste atenção nele e em seu desgoverno.
Aproveitando que o Brasil inteiro assistia os momentos finais do impeachment no Senado, levou a Assembleia a aprovar um projeto de concessões de rodovias e pedágios que faria Antonio Britto corar de vergonha. Concessões de 30 anos, sem prévias regras de obrigações e reajuste e sem marco regulatório! As “concessões cheque em branco”. Um presente para o empresariado. Foi uma violência contra o estado e contra a população que já rejeitara os pedágios…
Mas a violência no governo Sartori agora não é uma mera figura de linguagem. A repressão da Brigada Militar aos protestos contra o golpe mancharam a história de nosso estado. Uma carga de cavalaria com sabres em punho contra um grupo de estudantes indefesos, seguida da prisão de quatro meninas adolescentes, tiveram repercussão mundial e envergonharam o Rio Grande do Sul do Alaska ao Japão.
Premido pela pressão sindical e popular que advém da manutenção e aprofundamento de uma política de recessão e arrocho que joga o peso da crise no funcionalismo público, Sartori mais uma vez aproveita a circunstância dos protestos anti-golpe para mandar um recado aos trabalhadores: vamos agir com enorme dureza e violência contra quem ousar protestar.
Mas o governador deve se dar conta que o período de conforto na obscuridade e esquecimento acabou. Agora há um governo Temer, ilegítimo e tisnado de irregularidades, que será objeto de muitos protestos. E há um governo Sartori, identificado com Temer, a quem apoiou, promotor de políticas anti-populares que, repita-se, buscam tirar o estado da crise fazendo o povo pagar a conta. Como fará Temer, aliás.
Sartori e seu desgoverno agora virão para o centro do palco. Serão vistos como uma sucursal gaúcha do governo Temer. Um laboratório de medidas anti-populares. E a reação já se mostra potente, como se vê da greve dos professores e das ocupações de escolas, em que os estudantes gaúchos já superaram seus colegas de São Paulo em ativismo.
O golpe ajudou Sartori enquanto permitiu que este se escondesse no noticiário. Mas agora, pelo contrário, aprofunda a crise do Rio Grande do Sul eis que soma, à inação do governo estadual, o peso da ilegitimidade de Temer e, principalmente, o peso de uma repressão desmedida.
Acabou a zona de conforto. Tempos duros virão. Para todos.
.oOo.
*Antônio Escosteguy Castro é advogado. (Via Sul21)
sábado, 21 de maio de 2016
Dilma aos blogueiros: “é minha absoluta obrigação resistir; vou lutar contra isso até o fim, e ganhar”
'Fora golpistas' - ontem, em BH |
"(...) Às 19 horas, o grupo de amarelo se retira, até porque ficara em minoria esmagadora quando uma passeata de apoiadores da Democracia chega ao local. Os coxinhas (agora chamados de “trouxinhas”, pelo fato de terem sido usados pelo PMDB de Cunha/Temer) não empolgam. O outro grupo, em compensação, não para de crescer.
Quando Dilma chega ao hotel, para participar do Quinto Encontro de Blogueir@s e Ativistas Digitais, a multidão já tomava conta das duas faixas da avenida. Entre 10 mil e 20 mil pessoas se aglomeravam – numa demonstração impressionante de persistência, depois do início arrasador do governo golpista de Michel Temer."(...)
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Dr. José Nunes Garcia: Parabéns pelo Aniversário!!
*No dia de hoje está aniversariando uma pessoa muito especial: o Dr José Nunes Garcia, meu querido Pai que, na sua jornada de trabalho, já foi Agricultor, Carreteiro, Tropeiro, Operário, Advogado, agora Defensor Público aposentado. (Na foto acima durante a solenidade de sua formatura em Direito, em Santo Ângelo/RS)
Meu pai é também meu Colega, Amigo e Companheiro 'de primeira'! Uma pessoa ímpar, íntegra, batalhadora, lúcida e coerente que me proporciona muita satisfação e honra em ser seu filho.
-Parabéns meu Pai, te desejamos muita saúde, felicidades e sucesso! (Júlio C. S. Garcia)
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