Cajar Nardes, irmão de Augusto Nardes, e o advogado de Eduardo Cunha: “promovidos”
Deputado Pimenta (PT-RS) pede que PGR suspenda nomeação de ministros investigados na justiça
Do Viomundo*: O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) encaminhou representação ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, solicitando instauração de procedimento investigatório sobre a nomeação dos novos ministros de Michel Temer.
No pedido, protocolado na tarde desta sexta-feira (13), Pimenta pede a suspensão dos efeitos da nomeação dos ministros investigados pela justiça que, até então, não possuíam prerrogativa de foro privilegiado.
Caso atendida, a medida atingirá os ministros Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), investigados na Lava Jato, Eliseu Padilha (Casa Civil) citado também nessa mesma Operação, e Gilberto Kassab (Comunicações), investigado por improbidade administrativa.
Recentemente, a Procuradoria Geral da República entendeu que a nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva, para a Casa Civil, teria sido praticada em “desvio de finalidade” e com o intuito de “obstrução da justiça”. De acordo com o deputado Pimenta, seria “incoerência” o Poder Judiciário adotar outra posição diante de casos idênticos.
Temer abre vaga na Câmara para irmão de Augusto Nardes, ministro do TCU
Com a indicação do deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB-RS) para o Ministério do Trabalho, Michel Temer abriu vaga para o suplente Cajar Nardes (PR-RS), irmão do ministro do Tribunal de Contas da União, Carlos Augusto Nardes, relator do processo de contas do governo Dilma Rousseff, em 2014.
Para Pimenta, é necessário investigar “aparência de cumprimento de acordo político”, e até a conclusão da apuração por parte do Ministério Público Federal, o deputado petista pede a suspensão da nomeação de Ronaldo Nogueira.
A representação do deputado Paulo Pimenta questiona ainda a nomeação de Gustavo Rocha, advogado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para o cargo de Subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República.
O parlamentar aponta “eventual desvio de finalidade e possível correlação com os atos praticados pelo ex-presidente da Câmara, afastado pelo Supremo Tribunal Federal e réu por corrupção e lavagem de dinheiro”.
12/05/2016 11:44:27
Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves ganham foro privilegiado
Ex-deputados só poderão ser julgados pelo STF, caso avancem as investigações contra eles na Lava Jato
Rio – Na tarde de hoje, ao assumir um posto no ministério de Michel Temer, o ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB) ganhará o direito de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal caso vire réu na Lava Jato — a mesma prerrogativa foi negada ao ex-presidente Lula ao ser impedido, pelo próprio STF, de chefiar a Casa Civil de Dilma Rousseff.
A Polícia Federal apreendeu, no celular de Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, mensagens que mostrariam a atuação de Vieira Lima em benefício da empreiteira. As mensagens indicam também que ele teria solicitado doações da OAS para sua campanha ao Senado e para outros políticos do PMDB baiano.
Ao voltar, hoje à tarde, para o Ministério do Turismo — tomou a iniciativa de deixar o governo Dilma em abril –, Henrique Eduardo Alves também irá recuperar o direito de ser julgado pelo STF caso avancem as investigações contra ele na Lava Jato.
Mensagens também encontradas no celular de Pinheiro revelam que doações para campanha de Alves foram solicitadas pelo deputado Eduardo Cunha, que, em 2015, seria eleito para a presidência da Câmara dos Deputados.
Em dezembro passado, a PF apreendeu documentos no apartamento do futuro ministro do Turismo em Natal (RN). A tentativa de nomeação de Lula para a Casa Civil foi um dos motivos citados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para pedir a abertura de inquérito contra Dilma Rousseff, suspeita de tentativa de obstrução da justiça.
Outros novos ministros, e o próprio Temer, foram citados nas investigações da Lava Jato, mas todos já têm direito ao foro especial.
Leia também:
*Via http://www.viomundo.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário