Por Marcelo Pires
Mendonça*
"1974. Rio de
Janeiro. Chico Buarque. Esta ditadura é uma lástima para a gente e é uma ofensa
para a música.
Chico Buarque, feito
de música e gente, canta contra o poder.
De cada três canções a
censura lhe proíbe ou lhe mutila duas. Um dia sim e outro também, a polícia
política o submete a longos interrogatórios.
Na entrada, lhe
revistam a roupa.
Na saída, Chico se
revista por dentro, para ver se os policiais não lhe haviam metido um censor na
alma ou se não lhe haviam apreendido a alegria em um momento de
distração." (Eduardo Galeano, Memória do Fogo III - O século do
vento).
***
*Marcelo Pires
Mendonça é professor. Trabalha na Secretaria de Educação do Distrito
Federal. Foi Coordenador-Geral de Instâncias e Mecanismos de Participação
Social da Presidência da República. É filiado ao Partido dos
Trabalhadores.
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