quarta-feira, 21 de junho de 2017

Enquanto Paim fala e vota contra, Ana Amélia vota a favor da Reforma Trabalhista de Temer

Paim vibrando
Os dois senadores gaúchos, que integram a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), apresentaram votos opostos nesta terça-feira (20), durante a votação do projeto da Reforma Trabalhista do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB), cujo relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) foi rejeitado por 10 votos a 9, representando uma vitória da oposição e uma derrota do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB).
O senador Paulo Paim (PT) votou contra o projeto, que retira direitos históricos dos trabalhadores, e vibrou muito com o resultado.
Já a senadora Ana Amélia (PP) votou a favor do projeto, posicionando-se do lado das federações empresariais.
Ana Amélia2
Com o resultado, o voto em separado de Paim foi depois aprovado em votação simbólica e segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Confira os 10 votos contrários à reforma trabalhista na CAS
Humberto Costa PT
Regina Souza PT
Paulo Rocha PT
Paulo Paim PT
Lidice da Mata PSB
Randolfe Rodrigues Rede
Angela Portela PDT
Otro Alencar PSD
Helio José PMDB
Eduardo Amorim PSDB
Veja os 9 votos favoráveis à reforma trabalhista na CAS
Ana Amélia PP
Dalirio Beber PSDB
Flexa Ribeiro PSDB
Ricardo Ferraço PSDB
Valdemir Mock a PMDB
Elmano Ferrer PMDB
Airton Sandoval PMDB
Cidinho Santos PR
Vicentinho Alves PR
Avaliação do Diap
Para o o analista Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), a rejeição ao relatório de Ferraço “aumenta muito o ânimo da tropa” oposicionista, além de expor senadores até agora favoráveis ao texto. O resultado surpreendeu a própria entidade e representou inesperada derrota para o Planalto, que agora tentará reverter a situação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Segundo o diretor do Diap, o placar de 10 a 9 contra o relatório de Ferraço contou com dois votos até então contados a favor do governo: o de Eduardo Amorim (PSDB-SE, ex-PSC) e o de Sérgio Petecão (PSD-AC), que por uma articulação oposicionista acabou substituído na CAS por Otto Alencar (PSD-BA), este contrário ao texto da reforma, apoiada explicitamente por entidades empresariais e criticada pelas centrais sindicais.
Já o voto de Amorim causou surpresa, pois o PSDB, embora dividido, integra a base aliada de sustentação a Temer. Outro a votar contra foi Hélio José, do PMDB-DF.
“Foi um balde de água fria na base governista”, diz Toninho. Para ele, a reforma da Previdência está praticamente derrotada e a trabalhista tem chance de, ao menos, sofrer um adiamento. Não voltará para a Câmara, porque o voto em separado de Paulo Paim, aprovado simbolicamente na CAS nesta terça-feira, propõe a rejeição ao projeto, sem apresentar um substitutivo.
O relator na CCJ é o próprio líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), que deverá apresentar, já nesta quarta-feira (21), parecer favorável ao texto original vindo da Câmara.
O passo seguinte é o plenário. A votação decidirá se o projeto avança ou vai para o arquivo, mas para o diretor do Diap o cenário já é um pouco diferente e mostra fragilidade do governo e sua “ilegitimidade para tocar as reformas”.
Ele cita dois textos que tratam do tema, publicados na página da entidade. Um escrito pelo juiz Hugo Cavalcanti Melo Filho, presidente da Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho, que estabelece relação entre a JBS e a reforma trabalhista.
O outro é do jornalista Janio de Freitas, da Folha de S. Paulo,sobre a inviabilidade do governo Temer de conduzir reformas. “Sejam condições intelectuais, políticas, morais, e quaisquer outras. É só um fantoche. À espera de que alguém conte os seus feitos ou os silencie por dinheiro”. 
Fonte: CUT-RS com Rede Brasil Atual (RBA)

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