Reprodução Época
Na tarde desta quinta-feira (22), a Revista Época, das Organizações Globo, anunciou em matéria publicada na coluna Expresso, que após um apelo do governo Temer, a Força Sindical e a UGT teriam desistido da greve geral do dia 30.
Usando um argumento sem sentido, a revista afirma que “os dirigentes das duas centrais sindicais acreditam que a greve se resumiria a um protesto “Fora, Temer” e deixaria de lado questões que consideram importantes, como a reforma trabalhista e a da Previdência”.
Fica evidente que a revista não entendeu que o principal objetivo da greve geral e da mobilização do dia 30 é enterrar de vez a reforma trabalhista, que o governo Temer diz que pretende votar no plenário do Senado dia 5 ou 12 de julho.
Centrais desmentem
Pouco tempo depois da publicação da matéria, as centrais UGT e a Força Sindical soltaram notas desmentindo a versão da revista. A UGT, em texto assinado por seu presidente, Ricardo Patah, afirmou: “A União Geral dos Trabalhadores (UGT) em momento algum desistiu da greve geral do dia 30 de junho. A notícia publicada no Fake News da Revista Época nesta quinta-feira (22) é inverídica. Unidos nós somos fortes. Por esse motivo é comum, nesse momento, tentar desorganizar o movimento conjunto das centrais contra as Reformas Trabalhista e Previdenciária”.
Um pouco mais tarde, um comunicado da Força Sindical, anunciou que: “A Força Sindical vem a público orientar suas entidades filiadas – sindicatos, federações e confederações – a realizarem, no próximo dia 30, sexta-feira, atos, manifestações e paralisações em suas bases”. Segundo a Força, “É muito importante que os trabalhadores de todas as entidades filiadas intensifiquem esta luta, cruzando os braços e realizando manifestações em repúdio aos textos apresentados sobre as reformas”.
Negociação com o governo
Pela manhã, o site da Força Sindical noticiou que na quarta-feira (21), representantes de quatro centrais sindicais (Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB) reuniram-se com o ministro do Trabalho para negociar “alternativas para reduzir possíveis impactos negativos” da Reforma Trabalhista. Entretanto, a reunião não teve resultados concretos, porque o ministro afirma que só vai negociar depois da aprovação do projeto no Senado.
A CUT e a CTB não participaram dessa reunião, nem aceitam negociar com o governo Temer. Na reunião da direção da CUT, na tarde desta quinta (22), Vagner Freitas reafirmou: “Convocamos todas as centrais e todos os sindicatos para estarem nessa greve. Não acreditamos numa saída negociada com golpista”. As centrais têm reunião na tarde desta sexta (23), para decidir e anunciar os próximos passos na luta para enterrar a Reforma Trabalhista.
*Fonte: http://cut.org.br
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