Da Redação*
Em despacho (íntegra acima), o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, admite indiretamente que a Lava Jato pode ter sido um
bom negócio para o seu ex-braço direito, o procurador Marcelo Miller, que
integrou a força tarefa da Lava Jato no âmbito da PGR.
Gravações recém reveladas sugerem que Miller atuou
dos dois lados do balcão e teria até mesmo instruído delatores para a obtenção
de provas contra terceiros.
O dono da JBS, Joesley Batista, já havia dito em sua
delação que pagava mesada de R$ 50 mil ao procurador Angelo Goulart Villela,
que atuava em investigação paralela à Lava Jato. O procurador foi preso.
Agora Miller, que se afastou da PGR para ganhar
dinheiro em uma banca de advogados — a mesma que fechou a delação dos
dirigentes da J&F — corre o risco de ser investigado, processado e preso.
Não se sabe exatamente quanto ele faturou em
honorários antes de se afastar da banca, mas presume-se que seja uma quantia
razoável diante do fato de que Miller dispensou um emprego público bem pago e
com estabilidade total para se juntar à Trench Rossi Watanabe.
As revelações contra Miller representam o maior
abalo até agora contra os métodos da Lava Jato, já
acossada pela informação do jornalista Luis Nassif de que a
esposa do juiz Sergio Moro, advogada Rosângela, recebeu dinheiro diretamente de
um dos investigados, o doleiro/advogado Rodrigo Tacla Duran.
Duran tem denunciado o compadre de Moro, o advogado
Carlos Zucolotto Jr., por supostamente negociar o recebimento de vantagens em
troca da garantia de redução de pena e multa em processo da Lava Jato.
Rosângela trabalhou junto ao escritório de
Zucolotto. O mais grave é que o caso de Duran é da alçada de Moro, o marido
dela. (...)
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