Da Redação*
A
Polícia Federal devolveu a bola, que estava no colo de Rodrigo Janot, para
Michel Temer.
A
apreensão de R$ 51 milhões de reais em dinheiro vivo, em nove malas e sete
caixas de papelão, num bunker atribuído ao ex-ministro Geddel
Vieira Lima, em Salvador, passou a dominar o ciclo noticioso desde a hora do
almoço desta terça-feira.
O
fato de Geddel ter sido ministro tanto no governo Lula quanto no governo Dilma
demonstra a importância dele no PMDB.
A
apreensão tem um timing claramente político: acontece às
vésperas de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar sua
segunda denúncia contra o usurpador Michel Temer, baseada acima de tudo na
delação do doleiro Dilson Funaro.
Funaro,
o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e Geddel são suspeitos de terem
faturado alto em esquemas ligados à Caixa Econômica Federal. Geddel
foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, entre 2011 e 2013, antes de
romper com o governo Dilma, articular o impeachment e se tornar ministro da
Secretaria de Governo de Temer.
Depois
que a bomba da Lava Jato estourou, Geddel teria sido o encarregado, no governo
do usurpador, de manter Funaro e Cunha calados.
Funaro,
em sua delação, confirmou que recebeu para não fazer delação.
Teria
o dinheiro vindo do bunker de Geddel?
O
ex-ministro cumpre prisão domiciliar, depois de ter conseguido um habeas
corpus. (...)
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