Governador participa da 36ª Romaria da Terra e reafirma compromisso com
agricultura familiar
Celebrando o tema "Terra, Vida e Cidadania", o governador
Tarso Genro, acompanhado do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas,
participou nesta terça-feira (12) da Romaria da Terra, que aconteceu na
comunidade Bom Pastor no município de Bento Gonçalves, Serra Gaúcha. A 36ª
edição foi um momento para debater as experiências concretas de agroecologia,
partilha, economia solidária e preservação do planeta como lugar de convívio e
de promoção da vida.
Para o governador Tarso Genro, a Romaria da Terra é um lugar de
celebração, fraternidade, luta e produção, um elemento fundamental da cultura
cívica e religiosa do Estado. "Nosso governo tem uma identidade profunda
com os trabalhadores da terra, que são a motivação básica de tudo aquilo que
queremos fazer para o povo da agricultura familiar deste Estado". Conforme
o governador, a política integrada e uma energia comum entre governo e
sociedade é fundamental para que o Rio Grande do Sul seja exemplo de
crescimento, de baixo para cima, do pequeno em direção aos médios e grandes
produtores.
Tarso ressaltou o trabalho desenvolvido pelo governo neste setor, que
vai desde o Vale Seca, qualificação dos assentamentos e políticas especificas
de financiamento através do Plano Safra. "Nós vamos para o terceiro Plano
Safra, o que nunca teve aqui no Estado, nossa identidade é absoluta com as
políticas públicas para a agricultura familiar e reforma agrária".
Completou dizendo que é uma meta resolver a questão dos assentamentos no Estado
até o final de seu governo.
Políticas públicas
O ministro Pepe Vargas destacou que a Romaria da Terra é sempre um
momento importante de reflexão. "Este ano refletimos a agricultura
familiar, que produz mais de 70% dos alimentos que são consumidos pelo povo
brasileiro, que tem gente que povoa a terra, uma agricultura onde temos as
principais experiências agroecológicas do nosso país". O ministro disse
ainda que a terra não é só um meio de produção, mas um modo de vida, a
construção de uma cultura vinculada à vida de quem trabalha e produz na terra,
e que na Romaria é possível discutir os desafios do campo e as políticas
públicas para a agricultura familiar.
Segundo o vigário geral da Diocese de Caxias do Sul, padre Izidoro
Bigolin, a Romaria celebra a caminhada do povo voltado para a agricultura, de
modo especial o pequeno produtor. "A nossa região foi colonizada por
pequenos agricultores e está em crescente desenvolvimento. Também celebramos a
luta, os desafios, as incertezas do povo trabalhador da roça". Para ele, a
Romaria da Terra é a união entre o meio rural e urbano, já que envolve diversos
segmentos que lutam pela vida.
A romeira Terezinha Froder, de Arroio do Meio, contou que pela primeira
vez participa da Romaria da Terra: "A caminhada, o acolhimento, a
celebração é muito importante para todos, principalmente para o pessoal que
trabalha com a terra, que vive da terra, nós precisamos da terra para tudo, sem
produção não somos nada", ressalta ela que pretende participar de outras
edições da Romaria.
Novas práticas
O objetivo da Romaria é estimular as pessoas a assumirem novas práticas
de vida que consolidem a preservação do meio ambiente e a defesa da vida, como
não usar venenos e produzir alimentos saudáveis; ressaltar a importância da
agricultura familiar e camponesa; produzir ecologicamente, adotar um consumo
consciente e responsável; reciclar, cuidar das fontes e nascentes; construir
cisternas e recuperar a mata ciliar.
A 1ª Romaria da Terra no Rio Grande do Sul aconteceu em memória do
martírio de Sepé Tiaraju e seus companheiros índios, dia 07 de fevereiro de
1756. Conforme a Brigada Militar mais de 15 mil pessoas participaram da 36ª
edição da Romaria da Terra.
Texto: Daiane Roldão da Silva Foto: Caco Argemi
Edição: Redação Secom http://www.estado.rs.gov.br
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