sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Tereza Campello: Informação é a melhor arma para enfrentar o preconceito



Em entrevista, a ministra Tereza Campello fala sobre o atual estágio das políticas sociais no Brasil e aponta as prioridades do MDS para o próximo período.

Por Marco Weissheimer*, na Carta Maior - Após a disputa eleitoral de 2014, houve um grande crescimento do volume de manifestações preconceituosas contra vários setores da sociedade, em especial negros, pobres e nordestinos. O fenômeno não é novo, mas reapareceu com força no final do ano passado. “O que piorou muito não está relacionado à media da opinião da população. O problema está entre aqueles setores mais reacionários que nutrem uma coisa racista contra os mais pobres. Essas pessoas passaram a ter coragem de expressar seus preconceitos mais abertamente. Saíram do armário”, diz a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

Em entrevista ao Sul21, Tereza Campello analisa as causas desse tipo de preconceito e defende que a informação é a melhor arma para combatê-lo. “Recentemente tivemos o caso de uma jornalista que disse que os pobres só pensam em procriar. É um negócio inacreditável. Os dados sobre taxa de fecundidade no Brasil, hoje, são completamente conhecidos. A taxa de fecundidade brasileira caiu em todas as classes sociais e caiu muito mais entre os mais pobres, uma queda em torno de 50% acima da média nacional”, exemplifica. A ministra também fala sobre o atual estágio das políticas sociais no Brasil, aponta as prioridades para o próximo período e nega que programas como o Bolsa Família possam sofrer cortes em função de medidas de ajuste fiscal. (...)

CLIQUE AQUI para ler a entrevista na íntegra (postada originalmente no Sul21*)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

"Não vou dizer o que o novo governo deve fazer, ele foi eleito para colocar o seu modelo e criar as suas soluções. Mas posso afirmar que entregamos um Estado melhor do que recebemos" (Tarso Genro)

Ex-governador Tarso Genro, do PT/RS

No momento em que o governador José Ivo 'Meu partido é o Rio Grande?!' Sartori (PMDB) mostra toda a sua 'competência de governar' aumentando o próprio salário e promovendo um calote no estado - e literalmente  trocando 'os pés pelas mãos', seus secretários 'batem cabeça' e a 'mídia amiga' faz que não vê - e coloca todos os problemas do RS (e sua incompetência de lidar com eles) na conta do governo anterior comandado pelo  ex-governador petista, o Blog 'O Boqueirão Online' resgata a seguir parte da entrevista coletiva realizada pelo ex-governador Tarso Genro em 29/12/2014, oportunidade em que  um profundo e positivo balanço dos seus 4 anos de governo foi realizado. 

O  texto é do jornalista  Euclides Bitelo e a edição da Secom. Quem quiser 'refrescar a memória' e analisar a conjuntura política e econômica do Estado com um mínimo de isenção, sugerimos que leia a seguir:

"ESTAMOS ENTREGANDO UM ESTADO MELHOR PARA NOSSOS SUCESSORES'

"Não vou dizer o que o novo governo deve fazer, ele foi eleito para colocar o seu modelo e criar as suas soluções. Mas posso afirmar que entregamos um Estado melhor do que recebemos", disse o governador Tarso Genro, ao fazer uma avaliação e um balanço de sua gestão nesta segunda-feira (29), em entrevistas à imprensa.

O governador citou a renegociação da dívida, investimento de 12% da receita líquida na saúde, aumentos para o funcionalismo e qualificação dos quadros de servidores como os destaques do seu governo.

"Existem muitas outras coisas, algumas das quais tenho um grande carinho pessoal, como o diálogo que abrimos com todos os setores da sociedade. Mas esses três fatores, renegociação da dívida, saúde e valorização do funcionalismo, são aqueles de maior impacto para os gaúchos", afirmou Tarso Genro.

Fôlego para o Estado

Conforme o chefe do Executivo estadual, foram quatro anos convivendo com limitações financeiras, algo histórico e que preocupa o Rio Grande do Sul há pelo menos 30 anos.

"O Estado do Rio Grande do Sul estava praticamente sem recursos para investir em infraestrutura. Nós captamos mais de R$ 5 bilhões e passamos a investir. Estamos legando ao próximo governo ainda a possibilidade de investir mais R$ 1,5 bilhão em estradas e infraestrutura. Só na área do saneamento básico, há R$ 2,8 bilhões para investimentos que captamos junto ao Governo Federal, praticamente sem contrapartidas. Nós enfrentamos obstáculos, mas conseguimos superá-los", garantiu Tarso.

Outro ponto sublinhado por Tarso foi o crescimento gaúcho, acima da média nacional. Segundo o governador, mesmo com todos os problemas que os governos enfrentam, o Rio Grande do Sul não é mais o mesmo.

"O Estado cresceu acima da média nacional, aumentou a renda dos de baixo e nunca atraiu tantos investimentos de fora do Estado e do país como nesse período. Foi uma decisão política, é claro, a de utilizar recursos do Caixa Único e dos depósitos judiciais para investir na criação de trabalho e renda, em prioridades que levavam em conta aqueles que mais precisavam", comentou Tarso.

O governador ressaltou também o fôlego que o novo governo terá a partir da renegociação da dívida, uma luta de quatro anos e que apenas no último novembro foi aprovada pelo Congresso e autorizada pela presidente Dilma Rousseff. As mudanças abrem um espaço fiscal de pelo menos R$ 3 bilhões para novas operações de crédito.

Momentos críticos

O governador apontou as manifestações de junho de 2013 como o momento mais nervoso e crítico da atual gestão. Para ele, a falta de interlocutores entre os manifestantes fez com que a crise fosse agravada, o que não ocorreria caso houvessem vozes e lideranças claras no movimento que tomou as ruas do Estado e do País.

"As manifestações se espalharam sem um mote claro, cada grupo se manifestava por algo diferente, isso atrasou o diálogo, mesmo que sempre tenhamos deixado claro nossa intenção de conversar com todos", disse.

Tarso também comentou sobre algumas obras que, mesmo com o esforço de todo o Governo, não conseguiram ser concluídas. Caso da ERS-118 e algumas ligações municipais.

"Não tivemos problema de falta de dinheiro, mas problemas técnicos e de contratos. Mesmo assim, no caso da 118, entregamos quatro vezes mais quilômetros concluídos do que os últimos governos. Mas deixamos tudo encaminhado, principalmente a realocação da população que vive às margens da rodovia", finalizou.  http://www.rs.gov.br/

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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Direitos trabalhistas são intocáveis e ajuste fiscal será feito sem revogá-los, afirma presidenta Dilma



A presidenta Dilma Rousseff disse, nesta terça-feira (27), em sua primeira reunião ministerial, realizada na Granja do Torto, em Brasília, que os ajustes que estão sendo feitos na economia brasileira manterão o rumo do desenvolvimento e ampliarão oportunidades, preservando as prioridades sociais e econômicas do governo. Esses ajustes, disse ela, são necessários em vista dos desafios atuais no cenário interno e externo.
Ela ressalvou, no entanto, que as medidas não colocam em risco os avanços sociais obtidos até agora. “Os direitos trabalhistas são intocáveis. E não será o nosso governo, um governo dos trabalhadores, que irá revogá-los”, enfatizou a presidenta.
Segundo a presidenta, as medidas que estão sendo tomadas e as que virão depois, consolidarão um projeto que transformou o Brasil. “São passos na direção de um reequilíbrio fiscal que irão permitir preservar as nossas políticas sociais – falo, por exemplo, do Bolsa Família, do Minha Casa, Minha Vida, do Mais Médicos, do Pronatec, das ações para garantir acesso ao ensino superior, doCiência sem Fronteiras, do combate à violência contra a mulher, por exemplo”, explicou. (...)
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

28/1: Dia Nacional de Lutas contra a recessão e o desemprego



CUT Nacional - Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (26), a CUT e outras centrais sindicais divulgaram o trajeto da manifestação contra a perda de direitos e em defesa do emprego que acontecerá nesta quarta-feira (28). Em São Paulo, a concentração do Dia Nacional de Lutas será no vão do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, às 10h, e passará pela Petrobrás e pelo Ministério da Fazenda, onde serão entregues documentos das centrais com críticas às medidas de crescimento econômico adotadas pelo governo.

Também estão previstas manifestações conjuntas, até o momento, em Curitiba (PR), Florianópolis(SC), Belém (PA), Salvador(BA), Manaus(AM), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro (RJ).

“Nós queremos resgatar o compromisso de campanha da presidenta Dilma, que nos afirmou que nenhum ajuste seria feito, seja em cima dos direitos dos trabalhadores ou dos direitos sociais”, afirma Sérgio Nobre, secretário geral da CUT nacional, ao falar da escolha do Ministério da Fazenda como um dos pontos de parada da manifestação. “As medidas que retiram direitos do trabalhador anunciadas no final do ano e o pacote de ajustes fiscais divulgado no dia 19, que restringe crédito, aumenta juros e dificulta a produção, são prejudiciais aos trabalhadores e ao país. Ao continuar nessa linha, as medidas empurrarão nosso país para a crise”, diz, lembrando que as demissões na indústria são reais, a exemplo das montadoras do ABC paulista. Para ele, a agenda econômica que está sendo implementada não é a eleita nas urnas em 2014. (...)

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sábado, 24 de janeiro de 2015

'Liberdade de expressão da mídia é seletiva e covarde'



      Por Paulo Pimenta*

Toda a vez que o debate sobre os limites do humor emerge, a mídia – especialmente a brasileira – diz que é preciso “ir até o fim” para se garantir a liberdade de expressão.  “Não podemos recuar”, afirmam uns. “Não vamos deixar nos intimidar”, dizem outros.

Mas dentro desse “limites do humor” é comum vermos por parte da mídia uma naturalização da violência, da cultura do machismo, da homofobia, do preconceito às minorias e intolerância às diferenças. Será mesmo que essas “gracinhas” fazem parte de um script tão inofensivo assim? Sabemos que não. O humor “apenas” por ser humor não está desprovido de um caráter ideológico em seu conteúdo.

O deboche e menosprezo ao negro só foi coibido a partir da lei que criminalizou o racismo no país. O que hoje se repudia com veemência, as piadas contra negros, antes era aceito como algo natural, que “fazia parte”.

Nesse mesmo contexto, está o PLC 122/2006 que criminaliza a homofobia. Enquanto o Congresso se omite, parte da mídia reforça em seus humorísticos uma cultura de que os gays são passíveis de serem ofendidos e humilhados, quando deveria promover uma cultura que negasse a discriminação e valorizasse o reconhecimento ao direito de sermos diferentes uns dos outros.

Daí, alguns questionamentos, qual o papel social da mídia com relação a esses temas? Não deve haver mesmo limites para o humor?

É claro perceber que os humorísticos da mídia brasileira, em grande parte, não buscam produzir uma consciência crítica da nossa população em relação às minorias. Pelo contrário, na medida em que eles reafirmam o preconceito, produzem um retrocesso no pensamento coletivo, contribuindo para um sistema de diferenciação, segregação e exclusão.

Mas, e quando a mídia passa a ser o alvo das críticas ou piadas, ela mantém o mesmo argumento de que o humor deve prevalecer a todo custo?  Claro que não.

Ela reage de forma autoritária quando é zombada ou satirizada em razão de seus erros e, especialmente, suas grandes fantasias jornalísticas. Rapidamente, ela age, seja dentro do seu próprio campo ou indo até ao Poder Judiciário, para impedir qualquer prejuízo a sua, já abalada, credibilidade.

A mídia é inteligente o suficiente para saber que a quebra do monopólio da informação e uma opinião naturalizada na sociedade de que ela combate a pluralidade de opiniões e engendra todos os esforços na direção de um pensamento único, atendendo a seus próprios interesses, ameaçaria também a hegemonia daqueles que a financiam.

Assim, a liberdade de expressão da mídia brasileira é seletiva e covarde. É uma concessão para poucos. A liberdade de expressão – não a que ela diz defender de maneira hipócrita, mas a que põe em prática – gira para impedir que haja qualquer retrocesso em um sistema arcaico de privilégios. Por isso, ela própria conhece, mais do que ninguém, os limites dessa liberdade de expressão, até onde pode ir e sobre o quê e quem falar.

A mídia brasileira sempre esteve preparada, aparelhada e unida para manter o status quo e abafar as vozes daqueles que discordam do projeto político e da agenda que ela própria tem para o Brasil. Entretanto, ao que parece, a mídia brasileira demonstra dificuldades para lidar com as críticas para além da sua seção de cartas do leitor, em que ela exerce o filtro, tampouco como protagonismo possível que as novas tecnologias têm permitido aos cidadãos e à sociedade civil de romper com lógica vertical da comunicação.

Um episódio que ocorreu em 2010 nos dá a clareza de quão longe a mídia brasileira está disposta a ir para calar os que fazem piadas com ela ou questionam sua hegemonia. Naquele ano, os irmãos Lino e Mário Bocchini criaram o blog Falha de S.Paulo, de análises e críticas satíricas a matérias e conteúdos veiculados no tradicional diário paulista.

Imediatamente, 17 dias depois, o jornal Folha de São Paulo obteve liminar e censurou o blog, que saiu do ar. Além disso, os autores estão sendo processados pela Folha de S. Paulo.

Segundo os irmãos e jornalistas Bochini, o blog Falha de S.Paulo está há mais de 4 anos censurado por uma decisão judicial, movida justamente por um dos veículos que se diz defensor da liberdade de expressão e que, ao lado de mais meia dúzia, forma o oligopólio da comunicação no país.

Pois bem, estranho é o fato desse oligopólio, que se autoproclama “guardião” e “defensor intransigente” da liberdade de expressão, e está sempre tão disposto a levar os limites do humor “às últimas conseqüências”, não enxergar o caso Folha versus Falha como censura, já que cada vez que um veículo jornalístico tem sua atuação limitada pela ação do Poder Judiciário fala-se em censura, e a grande mídia e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) bradam em favor da liberdade de expressão no país.

É curioso também observar que na época em que o caso Falha versus Folha ganhou repercussão, a MTV Brasil em um de seus programas utilizou logotipo idêntico ao usado pelo Falha que satirizava a Folha. Entretanto, nenhuma ação foi movida contra o Grupo Abril, antiga proprietária da MTV Brasil. “Lobo não como lobo”, já diz um velho ditado popular.

Recentemente, o recurso dos criadores do blog Falha de S.Paulo chegou ao STJ. A pergunta é: Folha vai manter sua posição de censura contra os irmãos Bochini, admitindo, então, que há limites para o humor; ou vai rever sua posição, mesmo que judicialmente desfavorável a si mesma? Talvez, para a Folha e para o oligopólio da mídia haja uma terceira via, algo como “não façam comigo o que faço com vocês”. É possível.

Está claro que a Folha de S.Paulo mira muito além dos irmãos Bochini. Insatisfeitos com a crescente audiência de blogs noticiosos na internet – que impõem uma nova agenda à Secom da Presidência da República com relação a “tal” mídia técnica – e decadentes em sua credibilidade e alcance, Folha é a porta-voz da hora do oligopólio da comunicação brasileira que busca intimidar e enfraquecer a blogosfera, jornalistas independentes, tuiteiros que ousam interpretar nas entrelinhas da imprensa e alertar, com posições críticas e contrárias, a insistente tentativa de imposição de uma agenda neoliberal que a mídia tem para o Brasil e a manutenção de um sistema de privilégios.

O recado está dado: “o monopólio da informação e da livre manifestação do pensamento é nosso, e qualquer tipo de crítica será censurado. E se possível, ainda queremos, buscar uma indenização daqueles que insistirem em nos desafiar”.

O jogo é o mesmo, mas as regras são diferentes. Nos editoriais impressos e eletrônicos continuaremos a assistir ao mise-en-scene da defesa intransigente da liberdade de expressão, mesmo que por trás das câmeras a pluralidade de ideias, que hoje transita, especialmente, pela blogosfera, continue a ser combatida.

*Paulo Pimenta é jornalista formado pela UFSM e deputado federal pelo PT do Rio Grande do Sul.

Fonte:http://www.viomundo.com.br/

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Desde 2009, mídia já anunciou racionamento de energia 8 vezes



Em novembro de 2009, às vésperas do ano eleitoral de 2010, teve início esforço anual dos maiores órgãos de imprensa do país – que, desde 2003, fazem oposição cerrada aos sucessivos governos federais do PT – para vender à população que o país estaria à beira de racionamento de energia como o que ocorreu ao fim do segundo governo Fernando Henrique Cardoso.

O único apagão real que ocorreu no país, porém, ocorreu entre 1 de julho de 2001 e 27 de setembro de 2002, tendo sido causado por falta de planejamento e investimentos em geração de energia.

Desde então, o Brasil sofreu alguns blecautes episódicos, com duração de poucas horas. Nada que possa ser comparado aos quase 14 meses de racionamento de energia impostos pela falta de planejamento do governo federal tucano (1995 – 2002).

Entre julho de 2001 e setembro de 2002, o limite de consumo mensal de energia elétrica de uma residência, para não ter multa, não podia ultrapassar 320 kWh. Pelas regras do racionamento tucano, se esse limite fosse ultrapassado o consumidor teria que pagar 50% a mais sobre o que ultrapassasse o limite oficial. Além disso, em agosto de 2001, a tarifa da energia elétrica sofreu reajuste de 16%.(...)

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Via http://www.blogdacidadania.com.br/

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

'Gringo' trocando os pés pelas mãos (II)



*Postagem realizada no dia de ontem neste Blog (com a charge do Latuff  "Sartori começa bem ..."), originalmente postada no Sul21 (veja abaixo)  bateu record de acessos este ano no glorioso 'O Boqueirão Online': foram 2.228 visualizações!
-A charge dispensa maiores comentários. Latuff, além do grande artista que é,  foi, mais uma vez, muito feliz e preciso. 
-Vamos q vamos!!!





sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Rombo financeiro "é mentira deslavada", afirma Tarso



Ex-governador disse que equipe de Sartori quer criar clima de "ingovernabilidade financeira"

Correio do Povo - O ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) utiliza a internet para rebater o cenário de situação financeira difícil apresentado por José Ivo Sartori (PMDB). Na manhã desta sexta-feira, ele afirmou no Twitter que o propagado "rombo financeiro" nas contas do Estado é "uma farsa". Ele foi ainda mais contundente: "É uma mentira deslavada".

Para Tarso, a equipe do sucessor quer induzir a população a acreditar que o seu governo entregou o Executivo numa situação financeira pior do que recebeu. O petista disse que e parte da imprensa gaúcha busca criar “um clima de ingovernabilidade financeira para justificar medidas de austeridade”, em referência ao decreto de Sartori que visa a controlar todos os gastos do Estado, paralisando o pagamento de fornecedores e a nomeação de aprovados em concursos públicos.

De férias no Uruguai, Tarso também alfinetou o reajuste dos salários de governador, vice, secretários e deputados. Ele enfatizou que, no seu mandato, recusou-se tomar medidas semelhantes sobre o próprio vencimento. "Aumentei a cobrança da dívida pública e pagamos o dobro dos precatórios herdados", lembrou o ex-governador.

-Leia mais sobre o 'rombo financeiro' do RS clicando AQUI

Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Reforma política é compromisso prioritário, diz Miguel Rossetto



Prioridade é constituir uma agenda de diálogos com a sociedade para promover as mudanças e reformas com as quais a candidatura da petista se comprometeu.

O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, afirmou nesta terça (13) que o principal objetivo da sua gestão, conforme orientação da presidenta Dilma Rousseff, é constituir uma agenda de diálogos com a sociedade civil para promover as mudanças e reformas com as quais a candidatura da petista se comprometeu.

Segundo ele, o compromisso prioritário para este semestre é com a reforma política. “Esta é uma agenda definitiva para a sociedade brasileira. A sociedade já demonstrou que quer a reforma política a curto prazo. E a presidenta Dilma já manifestou seu compromisso em satisfazer esse desejo da nação”, ressaltou. (...)

CLIQUE AQUI para continuar lendo (via Carta Maior)

domingo, 11 de janeiro de 2015

2015: à esquerda



*Por Selvino Heck

Não tenho medo de 2015, diferente do que alguns estão dizendo por aí. Teria, ou terei medo, se o tempo não for, ou não fosse, de debate de ideias, de construção do futuro, de apontar reformas, de lutas e mobilização social, portanto, de semear utopias.

Fatos e acontecimentos recentes invocam esperança. Senão vejamos.

As grandes mobilizações populares e sociais de 2013/2014, em especial da juventude, acordaram a cidadania, reivindicaram reformas como a política e melhoria da qualidade dos serviços públicos. E levaram a presidenta Dilma a propor cinco pactos para o país, em pleno vigor: responsabilidade fiscal, ampla e profunda reforma política, saúde, salto de qualidade no transporte público, educação pública.

Em 2014, houve intensa mobilização social em torno do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Política, com quase oito milhões de participantes entre 1º e 7 de setembro, e coleta de assinaturas de um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para a Reforma Política, com centenas de milhares de apoiadores.

As eleições presidências, especialmente o segundo turno, mobilizaram a sociedade, movimentos sociais, garantindo a vitória torno de um projeto de desenvolvimento inclusivo e de participação social.

Movimentos sociais – MST, CMP, MAB, levante da Juventude, MTST, Via Campesina, CUT, Consulta Popular, Intersindical, CONLUTAS, entre outros – e partidos de esquerda – PT, PSOL, PCdoB, PSTU – reuniram-se em dezembro em São Paulo e estão propondo a organização de uma Frente Popular de Esquerda, para trabalhar por objetivos comuns “como a reforma política, o combate a agressões que envolvam discriminação ou atentado a direitos humanos e projetos como a democratização da mídia”.

O Brasil está mudando nos últimos anos, mas precisa mudar muito mais. O termo mudança foi o mais usado nas eleições. Os mais pobres e os trabalhadores estão tendo melhores condições de vida, salário, emprego, renda. A fome e a extrema pobreza não são mais os principais problemas brasileiros. Os historicamente excluídos começam a ser protagonistas de políticas públicas com participação popular. Reformas estruturais, no entanto, estão sendo adiadas desde quando as Reformas de Base do governo João Goulart foram abortadas e impedidas pelo golpe militar em 1964.

O Estado brasileiro precisa ser democratizado. A participação social precisa ser método de governo. A cidadania e os direitos humanos precisam ser ainda mais despertados, com o enfrentamento a qualquer discriminação e preconceito. A desigualdade social e econômica, embora tenha diminuído, ainda é das maiores do mundo.

São grandes, pois, os desafios e estão à esquerda. Como disse a presidenta Dilma às milhares de pessoas presentes e ao povo brasileiro em discurso no Parlatório do Palácio do Planalto, no dia de sua posse: “Nenhum direito a menos, nenhum passo atrás, só mais direitos e só caminho à frente.”

Uma agenda mínima, ou máxima, para 2015 e o próximo período não pode deixar de incluir pelo menos, ou já incluiu, as seguintes propostas:

1. As reformas: a política, em especial e em primeiro lugar, mais a do Estado, a tributária, a agrária, entre outras.

2. Um modelo de desenvolvimento inclusivo e soberano, que avance no enfrentamento à desigualdade econômica e social.

3. O enfrentamento duro, firme e permanente à corrupção. O Brasil passado a limpo.
4. A participação social transformada em método de governo.

5. É chegado o tempo da consciência, levando a mais cidadania e direitos. O lema do segundo governo Dilma, ‘Brasil, Pátria Educadora’, tem este sentido, nas palavras da própria presidenta no seu discurso de posse: “Devemos buscar em todas as ações de governo um sentido formador, uma prática cidadã, um compromisso ético e um sentimento republicano.”

Mauri Cruz, Diretor da ABONG, escreveu: “Para o Brasil seguir mudando, é preciso que haja luta popular, porque, como já sabemos, sem a luta a vida não vai mudar (ver em www.sul21.com.br)

Não há porque temer 2015. O tempo é de quem o faz.
...

*Selvino Heck (foto) é ex-Deputado Estadual do PT/RS; é Assessor Especial da Secretaria Geral da Presidência da República

-Fonte: http://www.sul21.com.br/

sábado, 10 de janeiro de 2015

Enquanto isso, no RS ...




*Charge do Kayser

"Vomitamos sobre nossos novos amigos", diz cartunista do Charlie Hebdo


Willem ironizou manifestações do Papa, da rainha Elizabeth e de Putin

O cartunista holandês Willem, que trabalha no jornal Charlie Hebdo, afirmou neste sábado à imprensa francesa que "vomita sobre quem, de repente, diz ser amigo", após o ataque contra o periódico satírico. "Temos muitos novos amigos, como o papa, a rainha Elizabeth e Putin, acho muita graça", ironizou, em entrevista ao jornal holandês de centro-esquerda Volkskrant.  "Marine Le Pen (presidente da Frente Nacional francesa - extrema direita) fica contente quando os islamitas começam a atirar para todos os lados", acrescentou.




Consultado sobre o apoio expresso pelo líder da extrema direita holandesa Geert Wilders, Willem insistiu: "vomitamos sobre as pessoas que, de repente, garantem ser nossos amigos". Willem, pseudônimo de Bernard Holtrop, é um cartunista de 73 anos que mora na França há vários anos. Ele desenha para o Charlie Hebdo e para o jornal Libération.

Na quarta-feira, ele estava viajando entre Lorient (oeste) e Paris, quando soube doataque contra a sede do Charlie Hebdo por radicais islâmicos. "Nunca vou às reuniões de pauta porque não gosto", disse Willem em outra entrevista ao Libération. "Talvez isto tenha salvado a minha vida". Willem insistiu na importância de continuar publicando o Charlie Hebdo e de desenhar. "Se não, eles vencem", afirmou.

*Com o Correio do Povo http://www.correiodopovo.com.br/
e o  Blog do Arnaldo   

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Política e terror na França contemporânea



'Os pronunciamentos após o atentado escondem claros cálculos políticos com o intuito de adotar 'medidas de exceção' e recrudescer a xenofobia.'

CLIQUE AQUI para  ler o artigo na  íntegra (via Carta Maior)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Lava Jato deve limpar partidos aliados e de oposição ao governo federal



 A se confirmar reportagem da Folha de São Paulo que afirma que o deputado pelo PMDB fluminense Eduardo Cunha, supostamente “favorito” para presidir a Câmara dos Deputados no início da próxima Legislatura, está entre os citados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, poder-se-á concluir que, antes arma política anti-PT, essa Operação pode melhorar o Brasil.

A Folha diz que “De acordo com os investigadores que atuam no caso, ele [Cunha] é suspeito de ter recebido dinheiro do esquema [de corrupção] por meio do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o ‘Careca’, que atuaria como um dos funcionários do doleiro Alberto Yousseff”.

Não se sabe, ainda, a quantidade exata de políticos citados nas investigações, mas já se sabe que há nomes ligados ao governo e à oposição. Fala-se em até uma centena de parlamentares de TODOS os partidos, talvez com exceção do PSOL, que não governa nada e não tem qualquer peso político.

No caso de Cunha, a se confirmar essa denúncia ela atingirá muito mais a oposição do que o governo, já que o parlamentar de um dos partidos da base aliada atua em consonância com a oposição e é sua grande esperança para impedir Dilma de governar, caso se eleja presidente da Câmara.

Mas já se sabe que nomes graúdos da oposição devem aparecer na lista que o Procurador Geral da República deve divulgar no mês que vem, no reinício dos trabalhos legislativos e com o retorno do Supremo às atividades.

Cunha, por exemplo, se for denunciado e eventualmente cassado contribuirá para grande melhora do Legislativo. É o grande despachante, na Câmara, dos lobistas de grandes conglomerados econômicos. Tentou acabar com a internet no Brasil durante a votação do Marco Civil na internet, em prol dos interesses econômicos das empresas provedoras de serviços.

Apesar dos problemas para a economia que a Lava Jato pode gerar, pois as empresas envolvidas têm muito peso econômico e a forte redução ou paralisação de suas atividades por certo contribuirá para esfriar ainda mais a economia em um momento em que ela precisa crescer, se não fosse essa investigação picaretas envolvidos com Yousseff e companhia continuariam roubando o país e chantageando o governo, como faz Cunha.

Além disso, a revelação dos nomes dos envolvidos servirá para desmascarar a oposição ao governo Dilma, que tenta vender ao país a teoria absurda de que só existe corrupção entre os governistas federais, apesar de que os oposicionistas federais são governo nos Estados e municípios, onde vicejam tantos casos de corrupção quanto na esfera federal.

Ironicamente, portanto, a aposta da mídia e da oposição em que a Operação Lava Jato seria ruim para o PT e o governo federal pode – e deve – sair pela culatra, pois essa operação deve atingir gente como Cunha, que atrapalha muito a governabilidade do país apesar de se abrigar em uma sigla governista.

Eis por que tanto Dilma quanto Lula, à diferença de seus antecessores, nunca impediram investigações de corrupção, mesmo quando atingem seus aliados e até correligionários de partido. Quando se limpa uma casa a fundo, há que bagunçá-la, tirar os móveis do lugar, mas, após a limpeza, os que nela residem passam a viver melhor.

*Por Eduardo Guimarães, Editor do Blog da Cidadania

http://www.blogdacidadania.com.br/

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

ZH apoia “austeridade” de Sartori e repete fórmulas de Yeda e Britto




Em editorial publicado na sexta-feira 2 de janeiro, o jornal Zero Hora defende as primeiras medidas anunciadas pelo governador José Ivo Sartori (PMDB), qualificando-as como “promissoras”. Intitulado “Compromisso com a austeridade”, o editorial repete posições já defendidas pelo veículo da RBS em governos anteriores do PMDB e do PSDB no Estado: 

“Endividada, com receitas insuficientes para cobrir o seu próprio custeio, sem alternativas para compensá-las e sem limite para novas operações de crédito, a máquina pública gaúcha não pode continuar mais como um entrave para o crescimento. O Estado só terá condições de se colocar de fato a serviço dos contribuintes se deixar para trás, e logo, essa etapa de estagnação. E é improvável, quase impossível, que consiga isso sem um ajuste rigoroso nas finanças”. 

Nenhuma novidade exatamente. No início do governo Yeda Crusius, o grupo RBS defendeu a política do déficit zero na mesma linha do “ajuste rigoroso nas finanças”. Antes disso, o grupo midiático apoiou editorialmente o governo “pacificador” de Germano Rigotto e o privatizador de Antonio Britto. O que também se repete é a postura da RBS de não assumir responsabilidade pelas posições que assume em inícios de governo, fazendo de conta de que vive em um eterno presente iluminado portador da solução definitiva para o problema das finanças do Estado. Tampouco há alguma referência ao fato de que esse modelo de austeridade, baseado no corte de gastos públicos, jogou a economia da Europa na estagnação e no desemprego. 

O Estado alquebrado e ausência de memória 

Em outro editorial, intitulado “O Estado alquebrado”, publicado no dia 22 de agosto deste ano, ZH defendeu que o “o colapso das contas públicas do Rio Grande do Sul decorre do acúmulo de deficiências estruturais que os governantes se negam a enfrentar”. As causas mais profundas dos problemas financeiros do Estado, acrescentou, “são estruturais e se acumulam, sucessivamente, a cada governo”:

“A principal está nas deficiências de gestão da administração pública, que colocam o Rio Grande do Sul entre os Estados retardatários na adoção de reformas que resultem em austeridade, com a adequação do tamanho do governo às demandas da economia, o enxugamento de estruturas obsoletas e, por consequência, maiores ganhos de produtividade”. 

A memória não parece ser o forte do editorialismo de Zero Hora. O que o editorial de agosto apontou como “as causas mais profundas” do problema e a receita para resolvê-lo já teriam sido enfrentadas e resolvidas, segundo o próprio pelo jornal, em setembro de 1996 pelo governo de Antônio Britto (na época, PMDB). Entre os dias 20 e 22 de setembro de 1996, o jornal Zero dedicou várias páginas, entre matérias, colunas, anúncios e editoriais saudando o acordo da dívida firmado por Britto com a União (governo Fernando Henrique Cardoso, na época) como a solução para o problema da dívida do Rio Grande do Sul. 

Na edição do dia 21 de setembro, a manchete de ZH destaca: “Rio Grande liquida a dívida”. A principal foto da capa mostra Britto e o então ministro da Fazenda Pedro Malan, sorridentes, comemorando o acordo que, segundo ZH, estaria “limpando a ficha dos gaúchos”. Quem lê o editorial de 2014, surpreende-se com a afirmação de que “nenhum governante enfrentou até hoje os problemas estruturais”. Foi a própria ZH que afirmou, em 1996, que esses problemas tinham sido enfrentados pelo governo Britto. O editorial de 22 de setembro de 1996 afirma: 

“O refinanciamento da dívida do governo do Rio Grande do Sul, cujo total chega a R$ 8 bilhões, mereceu consideração especial (do governo FHC) por conta dos esforços do governo gaúcho para reduzir os gastos de rotina na administração, em particular aqueles de pessoal. O Rio Grande foi pioneiro na implantação de um programa de demissões voluntárias. 
Ademais, o governador Antonio Britto vem extinguindo, na medida do possível, cargos em comissão e cargos vagos com o objetivo de enxugar uma folha que tem consumido em torno de 80% da receita líquida. Outro fator importante, incluído nas exigências válidas para todas as unidades federativas, é a disposição de privatizar empresas estatais“. 

Com essas medidas e a renegociação da dívida feita por Britto, o Rio Grande do Sul estaria, segundo ZH, “liberado para novos empréstimos e investimentos”. O jornal comemorava nas manchetes da época: “Os gaúchos limpam a ficha”, “Negociação acaba com o pesadelo dos juros altos”. José Barrionuevo, principal colunista político do jornal na época, escreveu (na edição de 22 de setembro de 1996): 

“A renegociação da dívida obtida pelo governo Britto liberta o Estado do maior obstáculo ao seu desenvolvimento (…) É uma obra que restabelece o crédito e a credibilidade do Rio Grande, com reflexos nas próximas administrações. Graças à reforma do Estado, considerada modelo pela imprensa nacional, o RS é o primeiro a renegociar a dívida. Não poderia haver data mais oportuna para o anúncio do que o dia em que se comemora a Revolução Farroupilha”. 

Como se sabe, ao contrário do que ZH apregoou, o acordo da dívida feito por Britto não só não resolveu como acabou agravando a situação financeira do Estado. Hoje, depois de pagar mais de R$ 15 bilhões, o Estado ainda deve cerca de R$ 47 bilhões. 

Agora, no início do governo Sartori, mais uma vez, Zero Hora faz de conta que não disse o que disse e que não defendeu o que defendeu em governos anteriores como soluções definitivas para os problemas financeiros do Rio Grande do Sul.

*Fonte: Portal PTSul http://www.ptsul.com.br/