Em discurso, presidenta defende seu governo e
pede “ajuda” de brasileiros em ajustes
A presidenta Dilma Rousseff priorizará a
educação em seu segundo mandato. A afirmação foi feita em seu discurso de posse
nesta quinta-feira 1 no Congresso Nacional ao anunciar o lema do seu novo governo,
“Brasil, pátria educadora”.
“O novo lema do meu governo, simples direto e
mobilizador, reflete com clareza qual será a nossa prioridade, e sinaliza para
qual setor seve convergir nossos esforços”, disse a presidenta. “Trata-se de
emblema com duplo significado. Estamos dizendo que a educação será a prioridade
das prioridades, mas também que devemos buscar em todas ações de governo um
sentido formador.”
A presidenta lembrou dos royalties da
exploração do pré-sal, que deve ser destinado a melhoria da educação pública no
país. “Só a educação liberta um povo e lhe abre as portas de um futuro próximo.
Democratizar o conhecimento significa universalizar o acesso a um ensino de
qualidade em todos os níveis, da creche a pós-graduação.”
Durante mais de cinquenta minutos, Dilma
reiterou diversas das suas propostas. Entre elas, falou da necessidade de uma
reforma política e de um pacto de combate à corrupção. "Democratizar o
poder significa lutar pela reforma política, ouvir os movimentos sociais e ouvir
o povo para legitimar as ações do poder legislativo. Significa combater
energicamente a corrupção," disse Dilma.
Dois dias após o anúncio de uma série de
mudanças de regras, que dificultam a obtenção de benefícios como o
seguro-desemprego, a presidenta afirmou que vai “provar que se possa fazer
ajustes na economia sem tirar direitos conquistados ou trair compromissos
sociais assumidos.”
A presidente Dilma Rousseff ainda citou uma
série de medidas econômicas para retomar o crescimento, “como a redução do
abismo tributário, que faz com os pequenos negócios tenham medo de crescer”.
Por conta disso, a presidenta prometeu lançar uma terceira fase do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC).
“Temos hoje a primeira geração de brasileiros
que não vivenciou a tragédia da fome”, disse, ao ressaltar que 36 milhões de
pessoas saíram da extrema pobreza nos últimos anos, sendo 22 milhões nos
primeiros quatro anos de seu governo. Dilma lembrou ainda que milhões de
brasileiros ascenderam à classe média, alcançaram emprego com carteira assinada
e tiveram acesso à educação superior e à casa própria.
“A população quis que ficássemos porque viu o
resultado do nosso trabalho compreendeu as limitações que o tempo nos impôs e
concluiu que podemos fazer muito mais”, disse. “O povo brasileiro quer
mudanças. É isso que vou fazer com destemor, mas com humildade, contando com o
apoio desta casa e com a força do povo brasileiro”, completou.
A presidenta também se referiu indiretamente
à operação Lava Jato da Polícia Federal, que investiga suposta corrupção na
Petrobras. Dilma falou da autonomia da Polícia Federal e disse que "temos
muitos motivos para proteger a Petrobras de seus predadores internos e de seus
inimigos externos.". Por fim, a presidenta lembrou do seu passado como
militante contra a ditadura e encerrou com os versos “o impossível se faz já.
Só os milagres ficam para depois”. (Via Carta Capital) http://www.cartacapital.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário