Crítica & Autocrítica - nº 107
*Nas últimas eleições municipais realizadas em
Santiago/RS, em outubro de 2012, a 'novidade' foi o resultado altamente
positivo alcançado pela coligação denominada 'Unidade Popular', integrada pelo
PT, PDT e PPL - com apoio do PSD. Inicialmente a 'cabeça de chapa' estava
reservada para o então vereador Miguel Bianchini (PPL), hoje deputado estadual.
Bianchini desistiu de concorrer a prefeito, optando por concorrer à vereança,
reelegendo-se com facilidade.
*A tarefa de liderar a coligação oposicionista coube
então ao Partido dos Trabalhadores, o PT, que lançou o sindicalista e
ex-vereador Antônio Bueno para prefeito e
João Silveira para vice. Em que pese a força da estrutura partidária do
PP, que detinha o comando da 'máquina' e do PMDB, legenda tradicionalmente
forte no município, que não abriu mão de lançar candidatura própria e ficou de
fora da coligação oposicionista, a Unidade Popular (PT/PDT/PPL) fez bonito e
literalmente 'incomodou' os favoritos, ficando com 4.723 votos (16,47% dos
votos válidos). A eleição foi ganha pelo PP (Júlio Ruivo), ficando o PMDB
(Diniz Cogo) em segundo lugar e Bueno (PT/PDT/PPL) em terceiro. A Unidade
Popular, contudo, saiu-se muito bem nas eleições proporcionais, elegendo 4
vereadores (dois do PT, um do PPL e um do PDT).
*A tendência agora, em cima dos resultados verificados
nas eleições de 2012, seria o relançamento da chapa da Unidade Popular
(PT/PDT/PPL); mas, devido principalmente a diferenças políticas, ideológicas e
programáticas que se agudizaram no último período no Estado e no País (e o
município não é exceção) entre o PT e a maioria desses partidos (mais PMDB,
PSDB e PSD), somados a falta de vontade política de suas principais lideranças
de recompor, dificilmente essa coligação será repetida.
*Uma pena, pois está mais do que na hora de se 'apear'
o PP (sucedâneo do PDS e da velha Arena) do Paço Municipal e termos uma alternância
verdadeiramente progressista à testa do Executivo Santiaguense. Fracionadas as
oposições, a vitória fica mais difícil, mas não impossível.
*Mas, quem sabe, como as eleições ocorrerão em outubro
e o prazo fatal para a definição das candidaturas ocorrerá somente em agosto,
tudo ainda ficará em aberto ... independente das especulações na mídia e das
manifestações das lideranças... Afinal, como diz o ditado, 'muita água passará
ainda por debaixo da ponte'.
*Uma coisa, contudo,
é certa: caso a Unidade Popular não seja reeditada em Santiago (pelo
menos nos moldes da eleição passada), deveremos ter três ou quatro candidaturas
concorrendo ao Executivo Municipal. O Deputado Bianchini (PPL) já informou que
não vai concorrer a prefeito. Teremos então o candidato da situação (PP), nome
ainda não definido; o candidato do PMDB (idem); o candidato do PSD e aliados
(provavelmente Guilherme Bonotto, ex-secretário municipal do governo do PP) e
Antônio Bueno (PT, já lançado como pré-candidato), com uma companheira
candidata de vice. À conferir. (por Júlio Garcia, especial para 'O Boqueirão
Online')
*Nota: O PMDB, segundo foi informado ao Blog, não deverá lançar candidato, uma vez que
decidiu integrar a coligação que terá Guilherme Bonotto (PSD) como candidato a
prefeito (nome oficializado hoje, após prévia onde Guilherme derrotou Paulo
Rosado, do PDT). Deveremos ter, então, somente três candidaturas ao Executivo
Municipal Santiaguense: duas de oposição (a do PSD e aliados e a do PT) e uma de situação (PP).
**Postada originalmente em 11/02/2016 - Atualizada em
13/02/2016.
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