Presidenta do STF faz avançar a Operação Lava Jato e atrapalha os planos do governo Michel Temer
Carta Capital - A presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, homologou nesta segunda-feira 30 as delações premiadas dos 77 executivos da Odebrecht que decidiram colaborar com o Ministério Público Federal (MPF) nas investigações de corrupção da Operação Lava Jato.
Com a homologação, Cármen Lúcia chama para si a responsabilidade da continuidade da Lava Jato, ameaçada pela morte do ministro Teori Zavascki, relator das investigações no Supremo e que ainda não tem substituto.
Na semana passada, a presidente do STF já havia autorizado o gabinete de Teori a retomar delações da Odebrecht. Assim, juízes auxiliares realizaram as audiências com os funcionários da empreiteira que colaboraram com a Lava Jato.
Por que Cármen Lúcia homologou as delações? Ela não deveria ter esperado o novo relator da Lava Jato no STF?
Como presidenta do STF, Cármen Lúcia tem a prerrogativa de decidir sobre questões urgentes enquanto estiver em vigor o recesso do Judiciário, que acaba nesta terça-feira 31. Nesta situação, o presidente do Supremo atua como um ministro plantonista e pode resolver temas que necessitem de decisões imediatas. (...)
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