sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Livro aborda as escolhas do governo Tarso diante da crise do Estado

Ao lado do ex-governador Tarso Genro, o jornalista Marco Weissheimer lançou,
quinta-feira, o livro “Governar na Crise.” |Foto: Marco Nedeff

Da Redação do Sul21*
“Ele pretende ser um livro de combate nesses tempos”. Foi assim que o jornalista Marco Weissheimer definiu o propósito do livro Governar na Crise. Um olhar sobre o governo Tarso Genro – 2011/2014”, escrito por ele e lançado no final da tarde de quinta-feira (19), diante de um auditório lotado no Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e com a presença de muitos ex-secretários da gestão Tarso e petistas históricos. A atividade faz parte da programação do Fórum Social das Resistências.
O livro questiona, entre outros aspectos, se o ato de governar pode ser resumido a uma dimensão meramente contábil, que coloca a busca do déficit zero como objetivo principal, ou se essa escolha é contraditória com o próprio conceito de governar. Um governo pode, sob o pretexto de enfrentar a crise financeira do Estado, destruir um dos pilares que define a própria função do Estado, a saber, a prestação de serviços públicos de qualidade à população?
No início da apresentação, o ex-governador Tarso (PT) ressaltou que a ideia de fazer o livro vinha “sendo germinada há algum tempo.” Depois de muito debate, contou ele, foi definido fazer “um livro político” que contemplasse diretrizes gerais do governo e também agregasse “algumas atividades” realizadas na sua gestão que “eram novidades.” “É um trabalho responsável, sério”, elogiou Tarso, sobre a obra de Weissheimer.
Hoje, segundo o ex-governador, o que acontece no Rio Grande do Sul é o oposto “do que fizemos”, sem se referir explicitamente sobre a política adotada pelo governador José Ivo Sartori (PMDB). Entre os exemplos citados por ele e que foram revogados pela gestão peemedebista estão o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, e o Programa de Agricultura Camponesa, construído juntos com os movimentos sociais ligados ao campo. O Conselhão, conforme Tarso, oportunizou aos diferentes segmentos da sociedade exporem suas demandas, e o programa de agricultura beneficiou famílias pobres que não tinham acesso nem ao Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).
“Esse será um trabalho que vai se comunicar com outras experiências feitas no país”, enfatizou o ex-governador. Ainda referente às ações do seu governo e que não receberam a devida atenção da gestão Sartori, Tarso citou o programa RS Mais Igual,  voltado para a complementação e geração de renda e que beneficiou 70 mil famílias pobres do Estado. Hoje, informou ele, entre mil e duas mil famílias são contempladas pelo programa. “É um exemplo desse contraste que o livro vai apresentar”, completou o ex-governador, sobre as ações de sua gestão comparadas as do peemedebista. Na opinião dele, Sartori, apesar de não apresentar propostas para governar o Estado, já havia definido fazer o “ajuste fiscal” atendendo aos “setores mais conservadores da sociedade”, além de repassar serviços públicos à iniciativa privada.(...)
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